Em Belém do Pará, no modesto bairro do Guamá, encontra-se a igreja dos devotos de São Pedro e São Paulo. De construção simples, a igreja compõe-se de um conjunto de quatro galpões dispostos em forma de “U” deitado, sendo um dos galpões a igreja e os outros, salas de aulas e de encontros promovidos pela paróquia, os quais são muito freqüentados pela comunidade local. O terreno é grande, com um pátio interno de aproximadamente 30 por 30 m. Em meados de abril de 1996, por volta de 01h30 da madrugada, o sacristão da igreja Alfredo Mendes, ao se dirigir a seu quarto para dormir após mais um estafante dia de muito trabalho, deparou-se com um UFO parado a poucos metros de distância.
O fato foi noticiado nos jornais locais, pois houve outras testemunhas que naquela noite ligaram para a polícia e a algumas estações de rádio, que também noticiaram estarem vendo o objeto. A razão que nos levou a visitar o local e conversar com o sacristão foi uma foto publicada em um jornal, que mostrava o rapaz ao lado de uma impressionante marca na grama do pátio interno da igreja, deixada pelo suposto UFO. Nós, do Núcleo de Expansão da Consciência (NEC), resolvemos imediatamente ir até o local para analisar a referida marca e, se possível, convidar o sacristão para freqüentar nossas reuniões a fim de que pudéssemos estudar mais a fundo essa ocorrência.
Para lá nos dirigimos: comandante Pinon, professor Daibes e este autor. Conhecemos Alfredo, um rapaz de 27 anos, simpático, simples, sem muito tempo disponível, pois administra uma igreja que presta inúmeros serviços à comunidade pobre do bairro, de apoio às crianças, jovens, adolescentes e idosos, onde ele participa ativamente. Apesar do dia e hora meio impróprios, Alfredo nos atendeu e, após nossas apresentações, falou: “Olha, até uns dias atrás, eu não acreditava muito em discos voadores. Mas agora, vou dizer uma coisa para vocês, eles existem! “Dissemos-lhe que também acreditávamos nesses aparelhos e que estávamos ali para ouvir sua experiência e partilhar com ele as nossas. Alfredo nos convidou a entrar. Fomos então até o pátio interno, onde havia, bem ao centro, uma marca circular de grama seca com a vegetação toda verde em volta. Alfredo começou a relatar o ocorrido e nós, meio atordoados pela visão daquela marca, não conseguíamos decidir se examinávamos a marca ou ouvíamos seu relato.
ORDEM CRONOLÓGICA – Imediatamente, identificamos uma série de detalhes característicos, que deram-nos a certeza de que estávamos diante de um caso que merecia um estudo bem profundo, pois, em todas as publicações e relatos que conhecíamos, nunca havíamos visto uma marca tão forte, e com tantos detalhes como aquela que estava à nossa frente. Analisaremos a marca mais tarde, e vamos voltar ao relato para podermos entender, dentro de uma ordem cronológica, o ocorrido.
“Toda noite, depois que o padre vai embora, eu fecho a igreja e vou para o meu quarto dormir”, contou-nos Alfredo. Naquela noite, o padre foi embora muito tarde, por volta de 01h30 da madrugada. O jovem o acompanhou até a rua e voltou fechando tudo como sempre o fez, pois é uma de suas funções como administrador da igreja. Mostrando-nos o local, disse que sempre dormia num quarto cuja janela e porta dão para o pátio em que estávamos. Ao fechar o portão e se virar para atravessar o pátio e alcançar seu aposento, Alfredo percebeu uma luz muito forte vindo de uma das árvores próximas na direção do terreno.
Sem saber explicar, no mesmo instante o objeto já estava sobre o pátio, com uma luz que ficava passeando para cima, para baixo e para os lados. O sacristão ficou apavorado e começou a gritar e a bater à porta para que seu amigo, com quem divide o quarto, abrisse a mesma. Ao abri-la, ainda pôde ver a nave parada no ar. Mas em poucos segundos, o UFO seguiu em frente na direção oposta de onde tinha vindo. O interessante é que dois dias antes de irmos conversar com ele, Alfredo havia mandado cortar o gramado e só então viu a marca e calculou que havia sido feita por aquele aparelho desconhecido.
E Alfredo continua o seu relato: “Um fato estranho que notei é que quando vi a nave, eu estava aqui nesse portão. No instante seguinte, eu já estava na porta do quarto batendo e gritando. Mas não me lembro de ter atravessado o pátio, pois teria que passar perto da nave. Apesar de eu estar gritando com todo o pulmão, meu amigo disse que acordou com o barulho dos socos que eu dava na porta, mas em momento algum ouviu minha voz”.
Conforme Alfredo descrevia o ocorrido, mais certeza tínhamos da autenticidade de seu relato. São pequenos detalhes que só pessoas que estudam a fundo o fenômeno, ou que já passaram por experiências parecidas, sabem que realmente a pessoa não está inventando. Conforme o sacristão falava, íamos nos lembrando de casos já conhecidos e, subitamente, interrompíamos com perguntas, como se ele sabia a que horas tinha acontecido tudo aquilo. E ele prontamente nos respondeu que havia olhado no relógio e que eram exatamente 02h00 da manhã. Percebemos, então, que ele parara de falar e ficara por uns instantes pensativo, talvez refletindo sobre a mesma coisa que nós.
PEQUENOS DETALHES – O padre foi embora à 01h30; até ele fechar duas portas e chegar ao pátio, não passaria mais do que dez ou quinze minutos. Portanto, entre o padre ir embora e Alfredo chegar ao quarto, gastando não mais de quinze minutos para fechar as portas, avistar a nave que, segundo ele, parou a uns dez metros do solo por alguns segundos e, ele entrar no quarto, a conta não batia. Percebemos que Alfredo ficou um pouco preocupado, talvez pensando que estivéssemos imaginando que ele não estava descrevendo direito o que havia se passado, ou até inventando, sem tomar cuidado com pequenos detalhes.
Mas são esses pequenos detalhes que nos dizem muito. Sem abrir o jogo, tentamos tranqüilizá-lo, pois era nossa intenção submetê-lo a uma regressão hipnótica e, quanto menos falássemos, melhor seria, pois assim teríamos certeza de que não haveria influências a serem associadas. Dissemos-lhe que ele estava descrevendo muito bem e que, numa experiência desse tipo, é normal as pessoas não se preocuparem com esses pequenos detalhes. Depois desse relato, pedimos a Alfredo que voltasse a contar tudo de novo, com mais calma e respondendo a algumas perguntas que iríamos lhe fazer ao decorrer de sua narrativa, que foi toda filmada.
No dia seguinte, este autor, ao lado da pesquisadora Marisa, resolveu voltar ao local para que pudéssemos desenhar a marca e medir corretamente as suas dimensões. Alfredo atendeu-nos e, aproveitando a prancheta de desenho e o lápis, pedimos para que o sacristão tentasse reproduzir o que havia visto. Prontamente desenhou a nave, explicando-nos o que estava fazendo. Percebemos que ele desenhava a nave vista de cima e perguntamos:
Alfredo, você disse ontem que a nave havia parado a uns dez metros de altura do chão, a poucos metros de você, que foi quando você teve oportunidade de ver a nave bem de p
erto e com detalhes? Sim, foi isso mesmo.
E como é que você conseguiu ver esses detalhes que estavam na parte de cima da nave se a estava olhando por baixo?
Novamente ele ficou em silêncio, preocupado talvez com o que estivéssemos pensando novamente. Mas o administrador nem desconfiava de que sua incerteza em relatar o fato, cada vez mais, dava-nos certeza de sua possível abdução. Esse nosso encontro aconteceu no dia 11 de maio, sábado, véspera do dia das mães. Após esse dia tivemos que viajar e, no dia 22, ainda em viagem, telefonamos a ele para saber como as coisas estavam indo. Conversamos por alguns minutos e Alfredo nos contou que já estava dormindo bem, sem precisar tomar qualquer tipo de calmantes. Porém, a janela continuava fechada, pois ele ainda não tivera coragem de abri-la durante a noite.
Disse também que havia recebido a visita de duas senhoras engraçadas que, acompanhadas de um rapaz, souberam do ocorrido e queriam ver a já famosa marca. Alfredo convidou-as a entrar, mas logo se arrependeu. Já na entrada, uma das senhoras fechou os olhos, levantou as mãos e começou a andar de um lado para o outro dizendo que estava sentindo a energia deixada pelos seres, que estava sentindo a presença deles e “outras maluquices”, segundo as palavras do próprio Alfredo.Quando viram a marca, uma das senhoras se colocou dentro do círculo, dizendo que estava sendo curada pela energia dos extraterrestres e que no dia seguinte traria o irmão, que sofre do coração, para ser curado. Temeroso do que essas pessoas, e outros possíveis ufólatras, pudessem fazer dentro da igreja, Alfredo convidou-as a se retirar, dizendo que o padre iria mandar arrumar a grama para que não ficasse mais um resquício da marca e que iria proibir a entrada de pessoas estranhas à paróquia. Perguntamos a ele como havia passado os dias que se sucederam à nossa primeira conversa, se havia notado alguma coisa diferente em seu modo de agir, pensar, permanecer durante a noite etc.
Quando viram a marca, uma das senhoras se colocou dentro do círculo, dizendo que estava sendo curada pela energia dos ETs e que depois traria o irmão, que sofre do coração. Temeroso do que essas pessoas, e outros ufólatras, pudessem fazer dentro da igreja, Alfredo convidou-as a se retirar, dizendo que o padre iria arrumar a grama para não deixar nenhum resquício
UM CLARO SINAL – Alfredo disse que na maioria dos dias correu tudo normalmente, com exceção do dia 17 de maio, que foi quando ele passou o tempo todo muito agitado, sentindo calafrios e uma espécie de cãibra ou coceira pelo corpo, que ele não conseguiu identificar. Nesse dia também, a uma certa hora, o seu nariz começou a sangrar, mas parou logo em seguida. Desde nosso primeiro encontro, convidamos Alfredo para uma visita, ocasião em que faríamos uma regressão hipnótica para podermos resgatar mais alguma coisa que por ventura ele não lembrasse. Alfredo concordou, porém, após vários convites, percebemos que ele estava um pouco temeroso.
Não insistimos mais, para deixá-lo bem à vontade. Somente após alguns meses, em 30 de julho de 1996, Alfredo foi à nossa casa, onde pudemos finalmente fazer a regressão. Começando com o processo de relaxamento e, estando o sacristão já devidamente relaxado, iniciamos a regressão de tempo. Voltamos o tempo até abril de 1996. A seguir, Alfredo descreve passo a passo os acontecimentos por ele experienciados naquela ocasião:
Você pode me dizer em que dia nós estamos e que horas são agora? Hoje é dia 17. Eu estou vendo na folhinha. Já vão dar onze horas da noite.
O que está acontecendo agora? O que você está fazendo? Você pode me dizer como se sente? Está tudo normal? Eu e o padre ainda estamos corrigindo provas. Eu me sinto agitado. Muito agitado, mas não sei por que estou assim.
OK. Então vamos agora para as 24h00. Diga-me o que está acontecendo. Você continua agitado? Nós estamos conversando. Mas eu continuo agitado… Uma má impressão. Sinto que alguém me vigia…
Como é essa má impressão? Descreva para mim tudo o que vier à sua mente. E você pode me dizer em que lugar está esse alguém que te vigia? Em cima de você? Perto, ao seu lado, como? Não consigo enxergar direito. Acho que em cima de mim. Não sei de que maneira. Só sei que está fora, no ar.
Você sente que está sendo observado. Vamos continuar agora indo para a 01h00 da manhã: diga me o que está vindo à sua mente.
Alfredo nos contou que corrigia provas com o padre. Um pouco mais tarde, eles guardaram tudo. Alfredo pegou a bolsa, desligou o ar condicionado, ligou o alarme e se encaminharam para o carro. Já era 01h30. Em sua regressão, Alfredo contou que fechou o portão e observou a rua: não havia ninguém. Como ficou com um pouco de medo, resolveu entrar. Então ligou o alarme e, ao fechar o último portão, sentiu uma coisa forte olhando-o. Isso aconteceu à 01h45. Alfredo explicou que demorou quinze minutos para fechar o portão porque estava comendo biscoitos. Então, enquanto fechava o portão do pátio, o sacristão sentiu aquela presença forte no ar e olhou para o céu. Lembra o rapaz que o objeto estava muito alto, a cerca de 50 ou 100 m. Em seguida, conforme relatou o sacristão, o objeto baixou, seu coração disparou e o UFO baixou mais ainda. Alfredo estava parado no portão que dá acesso ao pátio interno. Naquele instante um objeto prateado muito estranho desceu até o gramado. Logo depois veio outro maior que também ficou parado em cima do gramado, sobre o menor, que a essa altura já estava pousado. O objeto menor penetrou o maior.
Segundo Alfredo, o UFO pequeno media mais ou menos dois metros quadrados, era prateado, com uma pequena lombada em cima e várias luzes. No menor, o sacristão não notou a presença de tripulantes, mas ele diz ter visto pessoas no maior. Perguntamos a ele como tinha certeza de que havia pessoas no UFO e ele nos disse que via algo observando-o, mas não podia ver seus braços. “Só uma coisa assim: tipo um chifre”, disse.
Nesse momento, o sacristão se viu envolvido por uma luz esverdeada, que clareava tudo ao seu redor. O chão era branco e a luz muito forte. Mesmo induzindo o rapaz a nos descrever o chão, Alfredo dizia que não o sentia a seus pés: “Não estou sentindo… A coisa está me levantando”. Pedimos para que ele se acalmasse e nos descrevesse o que estava acontecendo, e o sacristão nos informou que parecia que estava indo em direção a um sol, que ele o estava sugando para dentro.
TAMPA DO AQUÁRIO – Alfredo ficou completamente apavorado, pois não tinha a menor idéia do que o esperava. O rapaz, então, chegou a um lugar que ele definiu como um aquário, em que oito pessoas o observavam, mas o rapaz não pôde enxergar o rosto deles, pois havia muitas luzes. Um dos seres estendeu-lhe a mão e pediu calma, mas Alfredo ainda sentia muito medo.
Apesar do medo, o rapaz não sentia que os seres eram malvados, por isso ficou mais calmo. Alfredo
lembra ainda que os seres tiraram a tampa do aquário e começaram a puxá-lo. Eles tinham quase dois metros de altura e usavam roupas prateadas. Eles o tiraram e o observaram muito. Um detalhe curioso: o sacristão disse que já havia visto um daqueles seres em sonho.
Nesse instante, a nave adquiriu força e Alfredo foi levado até uma janela, da qual pôde ver toda a cidade do alto. Ele nos disse que os seres o envolveram com um pano azul cintilante muito forte, quase verde, mas não sabia por que. Alfredo recorda também que aqueles seres não tinham ouvidos, possuíam olhos compridos, com uma barbatana na testa. Eram dois seres e o que Alfredo julgava ser seu amigo, pois já o tinha visto em outras ocasiões, pilotava a nave.
Ele pôde ver muitos painéis nela. Alfredo descreveu que essa nave era muito grande, com uma parte prateada, às vezes azulada e até amarelada. “Estou vendo que o aquário é uma espécie de purificador, para depois eu poder ter contato com eles, como estou tendo agora”, declarou o administrador. Nesse momento, os seres tiraram-lhe o manto que o encobria e Alfredo estava com um macacão branco por baixo, com uma espécie de botão que brilhava muito. Eis mais um trecho de sua regressão:
Olhe para eles. Têm algum emblema ou identificação na roupa? Tem uma pirâmide e uma asa. Eu não consigo observar direito. Deitaram-me… Eles estão tirando meu esperma. Acho que é para algum tipo de experiência. Eu recebo coisas que me confundem. Ele está me enviando.
Pode falar o que vem à sua mente. Não se importe se você não entender. É um planeta muito longe, mas cheio de harmonia. Durante cinco anos eles me observam. Viram que eu ainda não estou contaminado pelos sentimentos que predominam aqui na Terra. E então eles me pegaram. Sinto medo agora.
Por que motivo você diz que está sentindo medo? O que você acha que é? Por causa da máquina que eles me colocam e pela qual conseguem tirar o meu esperma. Eu acho que essa máquina é algum tipo de sugador.
Ela machuca você? Não. Ela não me machuca… Eles estão neste instante fazendo uma reverência. Colocaram-me sentado.
Enquanto isso, seu amigo continuava pilotando a nave e Alfredo permanecia sentado, vendo rios e alguns pescadores. A imagem era muito rápida. Infelizmente o rapaz não pôde dizer onde era, mas disse que havia um clarão; eles entraram na mata e a nave parou num local onde havia muito mato e água ao redor. Então todos os tripulantes se reuniram em torno do sacristão fazendo uma espécie de reverência. Eles o cobriram com o manto e um deles falou com seu amigo piloto. A nave começou a se mover e Alfredo sentiu que os seres o estavam levando de volta à igreja a uma velocidade assustadora.
De repente, Alfredo já se vê em cima da paróquia e os seres o colocam novamente naquele aquário. Nesse momento, pedimos para que o rapaz dissesse qual era o nome de seu amigo e, após uma breve pausa, Alfredo respondeu: “Turam”. Então solicitamos mais detalhes do UFO: “A pequena é uma espécie de sonda. Ela veio para a nave maior vir atrás”, respondeu. Em seguida a luz se afastou, a nave pequena saiu de dentro da grande e esta subiu, ficando distante e brilhosa como uma estrela.
A pequena ainda continuou parada à sua frente por uns instantes e subiu, parando próxima a um pé de manga. Logo, Alfredo se viu correndo, batendo à porta e gritando muito para seu colega de quarto abri-la. Então a nave passou rasante. Seu amigo imediatamente perguntou-lhe se ele sabia o que era aquilo, mas o sacristão não podia explicar. Alfredo fechou a porta muito nervoso, olhou o relógio: eram 02h00. Em seguida, foi ao telefone para chamar a polícia, mas, zombando do rapaz, disseram-lhe que ainda não haviam inventado um carro para pegar discos voadores. O sacristão entrou em desespero e convidou seu companheiro, Kilte, para orarem juntos. Após se acalmar, Alfredo notou que seu quarto estava um pouco azulado, por causa daquela luz.
Em seguida, Alfredo se viu sentado no colchão e perguntou a Kilte o que aconteceu. “Eu é que te pergunto! Você me acorda no meio da noite com essa claridade toda lá fora, que eu pensei que alguma coisa estava pegando fogo. Então, esse negócio passa baixinho, quase em cima das nossas cabeças”, responde afoito o rapaz. E o sacristão completa: “Eu vi um disco voador\’. Ele está parado bem ali e vai nos pegar. Você se lembra do Chupa-chupa? “Em seguida, os dois rapazes pegaram o sofá e o carregaram até a porta. Apagaram as luzes e só então conseguiram se deitar. Foi quando o disco desapareceu. Alfredo se sentia fraco, cansado, sem energia, mas ainda muito nervoso. Começou a se lembrar de lodo o ocorrido, menos os fatos relativos à abdução. Em seguida, este autor sugeriu a Alfredo que retornasse ainda mais no tempo, até o dia em que seu amigo extraterrestre esteve com ele – isso se realmente houve tal dia.
Eu vou me deitar.
Você pode me dizer em que dia nós estamos e o que está acontecendo? Hoje é terça-feira. Mas não é antes, e sim depois do que aconteceu. Eu ainda estou muito preocupado com o que houve. De vez em quando nós percebemos que as luzes piscam várias vezes, e vamos logo dormir. Eu estou um pouco agitado de novo…
Alfredo, tente me explicar o porquê de toda essa agitação que você está sentindo. E me diga tudo o que está acontecendo ao seu redor nesse momento. Não sei por que motivo eu me sinto apreensivo. Acho que é porque eu estou pressentindo que alguma coisa me observa de novo. Os cachorros da vizinhança latem muito. Eu sinto muita agonia. Nós dormíamos de janela aberta, agora ela está fechada, mas escutamos os latidos dos cães.
Por que eles estão latindo, você sabe? Porque eles vêem alguma coisa forte e brilhante, que se aproxima e pára no gramado.
De novo? E a mesma nave? O que eles estão fazendo? Talvez… Mas é do formato da pequena. Ele atravessa a parede e está me levando. Estão me levando através da parede para dentro da nave. Agora me deitou e me agradece muito…
Quem é que está fazendo isso? Turam. Ele diz que eu estou ajudando a salvar uma civilização brevemente. Eu me confundo um pouco, pois ele fala muito. E fala através da minha mente.
Ok. Eu vou contar até três, e você vai entender perfeitamente o que ele está te dizendo: um, dois, três.
De acordo com o sacristão, Turam lhe agradeceu e disse que estará sempre ao seu lado, onde quer que ele esteja. Se estiver em perigo, para se a
calmar, pois se Alfredo os ajudou, eles também o ajudarão. Então Turam pediu-lhe para segurar um cristal, que transmitiu-lhe uma espécie de “energia verde” para os braços e, depois, tomou conta de todo seu corpo. Em seguida, o ser lhe explicou que aquilo era uma fonte espiritual de energia que “carrega o coração e que fará com que eu vibre na freqüência deles. Eu posso ir até o fim do mundo, que eles estarão de olho em mim”, definiu o sacristão. Turam disse também a Alfredo que dos poucos planetas iguais à Terra, o sacristão tinha sido um dos escolhidos e que em breve ele voltaria a se manifestar da mesma forma que anteriormente, mas não revelou porque motivo.
Um pouco depois, Alfredo sentiu que aquele extraterrestre o estava abraçando, em seguida, introduziu uma espécie de pílula em sua garganta. Depois, Alfredo se vê atravessando a parede em direção a seu quarto. Já estava com suas roupas habituais. Na manhã seguinte, o sacristão levanta-se muito cansado, sentindo dores na nuca e ardência no nariz, além de dor no pênis e nos rins. Por se sentir cansado da experiência de regressão, pedimos para que Alfredo voltasse ao tempo atual. Em determinadas pessoas, a regressão hipnótica pode chegar a ser exaustiva, principalmente quando o paciente usa o seu racional, tentando de alguma forma interpretar aquilo que está vivenciando e não consegue compreender. Felizmente, isso não aconteceu com Alfredo e estendemos a sessão por quase duas horas.
Em certo momento, percebemos que ele estava ficando cansado, então resolvemos terminar a regressão sem averiguar por que motivo seu nariz havia sangrado durante um determinado dia. Por isso, combinamos uma segunda regressão, que aconteceu alguns dias depois, em 14 de agosto de 1996. Durante a sessão, passamos vários pontos já vistos na regressão anterior e, fomos para o dia em que havia sangrado o seu nariz. A regressão começou voltando ao momento em que o nariz de Alfredo sangrou. Eram cerca de 18h10 e o sacristão sentiu que pela narina direita escorria sangue. O curioso é que naquela tarde o rapaz havia dormido o que não é de seu costume. Um pouco antes das 13h00, Alfredo deitou-se na rede e começou a sentir-se com sono.
UMA ESPÉCIE DE CAMA – De repente, Alfredo vê um ser com uma espécie de tubo nas mãos, que o carrega através da parede, mas ninguém percebeu o que estava ocorrendo porque todos os trabalhadores estavam dormindo. Segundo o rapaz, o ser o levou à mesma nave de antes. Lá, Alfredo foi deitado em uma espécie de cama e Turam se aproximou dele, dizendo telepaticamente para ele se acalmar. Nesse momento, outro ser introduz um objeto em seu nariz e em seguida o retira. “É um ferrinho com uma bola na ponta”, descreveu a vítima. O ser retirou tudo e guardou dentro de um vidro. Alfredo diz que os seres fizeram isso para poderem retirar um outro objeto, uma esfera bem pequena, que haviam posto em seu nariz há muitos anos.
Os seres lhe explicaram que aquele objeto era um meio de não perderem o rapaz, como uma espécie de rastreador, mas que agora já não precisavam mais. Perguntamos a Alfredo se ele sabia por que razão os extraterrestres disseram-lhe que não precisariam mais daquele rastreador. “Porque agora eu sou inteiramente deles, exatamente como eles queriam. O meu coração sempre estará com o deles, pois eles sabem onde estou, o que faço. Agora eu faço parte deles”, respondeu. Em seguida, os extraterrestres injetaram um líquido em seu nariz e o rapaz engasgou. Então Alfredo foi coberto outra vez por aquela manta, atravessou a parede e, imediatamente depois, já se viu deitado na rede e o ser foi embora pela parede. Eis mais um trecho de sua regressão:
Você passou através da parede? Descreva-me, em detalhes, como foi essa experiência. Eu não sei. Eu simplesmente passei pela parede com ele.
Com o seu corpo físico ou com seu corpo astral ou espiritual? Não sei. Eu acho que foi com o corpo físico, pois o meu nariz ficou doendo e em seguida sangrou.
Alfredo, agora diga-me: você acha que essa experiência foi de certa forma negativa a você? De forma alguma. Talvez tenha sido graças a eles que eu sou como sou hoje, pois só penso em ajudar os pobres.
Ótimo. Agora vamos passar o tempo mais um pouco até o dia de hoje.
Além de trabalhar vários anos na igreja, Alfredo é um católico fervoroso e muito querido na comunidade. E uma pessoa muito ativa, que sempre ajuda os necessitados, conseguindo junto a empresários locais roupas e alimentos. Também aconselha as pessoas, como um autêntico ministro de sua fé. Ficamos um pouco apreensivos com o que ele poderia pensar ao término da regressão, pois o que o rapaz viveu poderia ir de encontro às suas crenças, mas Alfredo se mostrou calmo e muito pensativo. Em nenhum momento questionou o acontecido em relação à sua religião ou crença, ao contrário, chegou até a comentar que ele achava que tinha sido escolhido para ajudar devido à sua vida humilde, sem grandes ambições, a não ser a de auxiliar o próximo.
Aquilo foi tão real, que ele não tinha como questionar. Levando o de volta à igreja, fomos conversando, e Alfredo ia relembrando passagens de sua regressão e acrescentando mais alguns detalhes. E nós contávamos a ele outros casos que havíamos estudado, explicando lhe que essas pessoas tinham aumentado consideravelmente sua sensibilidade e intuição, tornando-se bem mais completas e, de certa forma, conscientes de suas missões aqui na Terra.
Em nenhum momento Alfredo questionou o que tinha acontecido em relação à sua religião ou crença. Ao contrário, chegou até a comentar que achava que tinha sido escolhido para ajudar devido à sua vida humilde, sem grandes ambições, a não ser a de auxiliar o próximo. O que ocorreu foi tão real que ele não tinha como questionar
HISTÓRIA COMPLETA – Durante os últimos anos, tivemos oportunidade de acompanhar várias pessoas que passaram e ainda passam por experiências iguais à de Alfredo. O que nós pudemos concluir é que, apesar de nos parecer uma coisa meio aterrorizante, após um aprofundamento na ocorrência, tal como as razões, os objetivos, os métodos de escolha do abduzido, enfim, quando nós resgatamos a história completa, a vítima já não tem mais tanta certeza se realmente foi uma vítima. Analisando racionalmente uma ocorrência de abdução típica em que uma pessoa comum da Terra, seja homem ou mulher, casada ou solteira, é levada fisicamente do interior de seu quarto, enquanto está dormindo, por seres
extraterrestres para dentro de uma nave onde é recolhido material de seus órgãos de reprodução, ou até mesmo fetos com dois ou três meses de idade, e depois a trazem de volta apagando de sua memória toda essa operação, realmente isso viola todos conceitos que nós temos sobre direitos humanos.
CONSCIENTE RACIONAL – No momento em que nós expandirmos a nossa consciência e começarmos a pensar no ser humano com relação a todo o Universo, na sua função cósmica dentro da maior de todas as interrogações que é a própria criação, tudo se modificará. E eles tiram da memória da pessoa a experiência para fazer o que precisa ser feito. Daí vem a pergunta: “E o que eu tenho a ver com tudo isso? Eu não autorizei nenhuma intervenção e muito menos um aborto para eles criarem essa criança longe de mim e sabe lá com que objetivo”. Realmente, no seu consciente racional, não. Conforme as pessoas que passam por essas experiências começam a se aprofundar no que está ocorrendo, elas começam a entender que isso vai muito além do que podem imaginar.
Após várias sessões de regressão, a presumível vítima começa a perceber que desde criança foi acompanhada por esses seres, que chegam até a interferir fisicamente em casos extremos de perigo, como autênticos “anjos da guarda”. Também na formação de seu caráter, eles sempre estão atentos e fazendo o que é possível, respeitando o livre arbítrio da pessoa, para que ela não se desvie em termos de consciência. Esses indivíduos acabam descobrindo que, em algum momento, em algum plano de sua existência cósmica, decidiu ser voluntário. E quanto aos implantes? Este autor também foi vítima de um implante. Toda vez que precisava receber algum aviso para perceber alguma situação de perigo iminente, ou para onde deveria se dirigir, dentro da busca pessoal, este autor sentia uma dor parecida com uma agulhada abaixo do ouvido [os terapeutas norte-americanos se referem a ela como “needle pain”, muito comum em casos de abduzidos].
As abduções com objetivos de reprodução de seres fora da Terra são fatos reais e já aceitos por pesquisadores reconhecidos mundialmente. Precisamos entender esses fatos com a mente mais aberta e quebrar nossos paradigmas. Foi só depois de 1600 da nossa era que o homem conseguiu tirar a Terra do centro do Universo. Porém, ele ainda continua lá. Precisamos derrubar essa muralha intransponível chamada ego, que nos impede de raciocinar com bom senso, fazendo com que estudiosos e cientistas elaborem teorias fantásticas e absurdas para a criação da Humanidade terrestre. O elo perdido está achado há muito tempo. Perdida está a comunidade científica, que já deveria pensar em como proceder para a sua retratação oficial quanto à vida fora da Terra. Com base em falsos e cômodos valores, as instituições oficiais que sempre impuseram os caminhos da Humanidade em beneficio próprio deverão se reposicionar, pois a verdade está se tornando aparente e está lá fora.
O poder, a religião e o conhecimento serão profundamente alterados em muito pouco tempo. Precisamos nos preparar para essa transição. E é isso que esses seres do espaço estão tentando nos avisar. Os grupos formados pelo NEC passam por um processo de conscientização sobre quem nós somos e o que estamos fazendo aqui na Terra. Regressões hipnóticas e projeções mentais induzidas em estados alterados de consciência são algumas ferramentas usadas para que os integrantes desses grupos possam tomar conhecimento de outros aspectos, que são necessários para sua reintegração com o Universo e, por conseqüência, seu possível contato com esses seres interdirmensionais.
Conforme o grupo evolui, são feitas reuniões em local indicado por meio de canalizações, onde os integrantes passam pelas mais variadas experiências, tais como avistamentos de naves, recebimento de mensagens via canalização, abduções individuais ou em grupo e várias outras experiências regidas pelo trinômio mente-espaço-tempo que desafiam nosso raciocínio cartesiano-newtoniano.
MUDANÇA RADICAL – Em todas essas experiências, fica mais claro para todos os membros que o contato maior e o convívio com esses seres dependem fundamentalmente de uma mudança radical no nosso universo de compreensão, bem como um crescimento espiritual real, seja qual for a crença do participante. A reestruturação dos valores pessoais também é uma constante.
Na época em que Alfredo estava passando por essas abduções, realizavam-se em Atlanta, EUA, as olimpíadas em que estavam reunidos centenas de atletas escolhidos a dedo, como os melhores representantes de cada raça. Porém, eles, os extraterrestres, preferiram Alfredo. Como atleta, o sacristão não teria chance. Mas como ser humano, ele tem um quesito fundamental que garante a continuidade de uma raça humana, que é o amor ao próximo praticado diariamente, ajudando com alegria os mais carentes de sua comunidade. Durante o resto do ano de 1996, Alfredo continuou passando por experiências de abdução.
EXPERIÊNCIA DE HIPNOSE – Porém, todas foram de modo inconsciente, quando ele já estava em seu quarto dormindo. Houve mais uma marca feita pela nave na grama do pátio, entretanto acreditamos que o número de vezes que ele foi levado em abdução tenha sido bem maior. Por volta do mês de fevereiro de 1997, Alfredo nos telefonou dizendo que havia tido outro de seus “sonhos” e que havia acordado com duas pequenas marcas em seu braço.
Fomos ao seu encontro e, de fato, ao examinarmos seu braço, notamos que havia duas marcas de injeção bem visíveis. Ao submetê-lo a mais uma regressão, confirmamos que, de fato, ele fora levado para que tirassem dele uma certa quantidade de sangue. Durante a experiência de hipnose, o rapaz descobriu que não foi apenas uma vez que isso lhe aconteceu, mas somente dessa vez percebeu o sinal ao acordar.
A respeito daquela marca encontrada no pátio da igreja, fizemos algumas considerações. Tratou-se de uma marca circular com dimensões externas de 2,15 por 2,25m, com quatro saliências triangulares de tamanhos diferentes e com três sinais internos formando um triângulo. O anel circular é bem visível, sendo as deformações de menor intensidade. O local que ficou marcado possuía a grama seca, num tom amarelado, mas não apresentou sinais de queimada.
O círculo é bem mais visível e as deformações externas ao círculo não estão totalmente secas, levando-nos a deduzir que a exposição ao agente cau
sador tivesse sido numa intensidade menor ou, talvez, num menor tempo. Internamente existem três marcas formando um triângulo, onde a grama se encontra totalmente seca e bem amassada, com uma certa compressão do solo, e conseqüente afundamento de uns três centímetros. A deformação externa maior coincide, em seu eixo, com a direção da trajetória de chegada e de partida do UFO.
José Luiz Lanhoso Martins Filho, 44, engenheiro civil, nascido em São Paulo, é empresário, escritor e conferencista na cidade de Belém do Pará e colaborador das revistas UFO e UFO Especial. Diretor estadual da Mutual UFO Network (MUFON) em seu Estado, onde reside atualmente, Lanhoso fundou e dirige o Núcleo de Expansão da Consciência (NEC), entidade filantrópica completamente sem fins lucrativos, que tem por finalidade acompanhar e desenvolver a mente das pessoas que passam por experiências de contato ou abdução por seres extraterrestres. O engenheiro é também autor do livro Conexão Cósmica, no qual relata diversas experiências pessoais de contato consciente e inconsciente ocorridas nos Estados Unidos, México e Brasil, além de outras localidades.
O que mudou para o sacristão
O SACRISTÃO ALFREDO MENDES PARTICIPA das reuniões do Núcleo de Expansão da Consciência (NEC) com outros abduzidos, sempre contribuindo de um modo positivo e trazendo mensagens por escrito recebidas em canalização. Participa também de nossas experiências de campo, em que fenômenos luminosos são uma constante. Apesar das experiências que passou, continua convicto em suas crenças religiosas, já tendo participado de alguns programas de televisão junto com este autor, nos quais responde muito bem às perguntas que são feitas pelos entrevistadores a respeito de sua abdução e de sua fé na religião católica. O padre de sua paróquia respeita o fato e, de vez em quando, pede a Alfredo para que conte de novo sua experiência. Entretanto, o padre mandou fazer um piso de cimento em toda a extensão do pátio inferno da igreja.
TORRE DA IGREJA – Em setembro de 1997, Alfredo passou alguns dias olhando para o céu, na esperança de ver a nave de novo, e perguntando mentalmente por que eles não apareciam mais. Uma semana depois, o sacristão recebeu a visita de um amigo que deixou-lhe uma filmadora de vídeo, para que a guardasse. Alfredo colocou-a em seu quarto e, por volta das 21h00, resolveu subir com um amigo na torre da igreja para filmar as luzes da cidade.
No momento em que o sacristão começou a filmar, uma luz branca um pouco maior que uma estrela começou a se movimentar a uma distância aproximada de 2 km. Andava no sentido leste para oeste e depois voltava, às vezes subia e descia. Em um dado momento, desceu tanto que chegou a ser confundida com as luzes dos prédios. O objeto foi filmado durante uns quinze minutos, até acabar a bateria da câmera. Infelizmente, a filmadora não estava em boas condições de uso e o filme resultou de péssima qualidade. Porém, podemos ver perfeitamente uma luz deslocando-se ora para direita, ora para esquerda, para cima e para baixo. Alfredo acredita que o objeto voador não identificado da fita, na verdade, é a nave de seus amigos.