Desde as missões Voyager, que visitaram Júpiter em 1979, sabe-se da existência de uma espessa cobertura de gelo de água em sua lua Europa, de 3.100 km de diâmetro. Depois, entre 1995 e 2003, a Galileo realizou várias passagens pelo satélite, obtendo mais dados que apontam para a existência de um imenso oceano de água líquida abaixo de sua crosta gelada. Especula-se que esse oceano faça contato com o manto ativo do pequeno mundo, com trocas químicas que poderiam sustentar organismos alienígenas. Assim, a corrida para descobrir vida em Europa tem se intensificado e a NASA acaba de divulgar o que pode ser uma de suas próximas missões.
A proposta envolve uma sonda ou módulo de pouso, que irá descer em Europa e procurar evidências de vida colhendo amostras imediatamente abaixo da superfície de gelo e analisando-as com seus instrumentos de bordo. Um relatório, disponível nos links abaixo foi apresentado pelos 21 membros da Equipe de Definição Científica (SDT), descrevendo entre os instrumentos um analisador de composição orgânica, um sistema de microscópio e um espectrômetro vibracional. O relatório detalha que, caso seres vivos estejam presentes no gelo de Europa no mesmo nível que micróbios terrestres são encontrados nos ambientes mais desolados e extremos de nosso planeta, como o Lasgo Vostok na Antártida, então a missão poderá de fato encontrar vida em Europa.
A sonda também poderá realizar medições sobre o oceano abaixo da crosta de gelo, além de detalhar o ambiente na superfície da lua como preparação para missões posteriores. O módulo de pouso em Europa seria desenvolvido em paralelo com a missão apelidada de Europa Cliper, uma nave abastecida com painéis solares que orbitará Júpiter e deverá realizar ao menos 45 sobrevoos de Europa. A Cliper deverá ser lançada no início dos anos 2020 e em 2015 o Congresso norte-americano ordenou à NASA que adicionasse um pequeno módulo de pouso à missão, proposta sendo no momento estudada. O relatório do SDT é parte desse estudo, porém o relatório pede que seja um lançamento separado da Europa Cliper, utilizando o grande foguete Sistema de Lançamento Espacial (SLS), atualmente em desenvolvimento.
CORRIDA PARA ENCONTRAR VIDA ALIENÍGENA EM EUROPA
O relatório pede um lançamento em 2024 e a viagem a Júpiter levaria cinco anos. O módulo de pouso seria levado a bordo de uma nave orbital, que investigaria as luas de Júpiter por um ano e meio. Finalmente a nave entraria em órbita de Europa e liberaria o módulo de pouso, que desceria com um guindaste aéreo semelhante ao do rover Curiosity, já que a atmosfera de Europa é muito fina para o uso de paraquedas. Movida por baterias, a sonda de pouso funcionaria ao menos por 20 dias, colhendo amostras a uma profundidade de 10 cm ou superior, já que a superfície de Europa é banhada por altíssimos níveis de radiação emitida por Júpiter. Esse ambiente extremo irá limitar a duração máxima da missão em aproximadamente 30 dias. O pacote científico do módulo se completaria com câmeras e um sismômetro, capaz de determinar a espessura da crosta de gelo de Europa. Essa é por enquanto somente uma proposta, que será discutida junto a várias outras em conferências que a NASA irá realizar, uma em março e a outra em abril, onde pesquisadores poderão fazer sugestões.
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Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa
Este é o documento ufológico mais explosivo dos últimos tempos. O Dossiê Cometa é o relatório da entidade homônima francesa – o Comitê Cometa – que analisou as evidências mais marcantes da atuação de ETs em nosso planeta, através de avistamentos e aterrissagens de UFOs que se prolongam há milênios e dos contatos com seus tripulantes. O documento foi entregue ao primeiro ministro francês e a outras autoridades mundiais, com uma séria advertência: devemos estar preparados para grandes transformações em nossa cultura, ciência e religião, pois em pouco tempo os UFOs causarão grande impacto em nossas vidas. Para os membros da entidade, o futuro está definido: um exame da ação de nossos visitantes deixa claro que caminhamos rapidamente para um contato oficial definitivo com outras espécies cósmicas.