A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) anunciou uma conferência de imprensa para próxima quinta-feira, 02 de dezembro, sobre descobertas relacionadas à astrobiologia. Às 17h00 de Brasília, seus porta-vozes falarão ao público sobre as mais recentes pesquisas que, segundo comunicado, “terão impacto na busca por evidências de vida extraterrestre”.
Astrobiologia é o estudo da origem, evolução, distribuição e futuro da vida no universo. As informações estão sob embargo da revista Science, que deve publicar a descoberta e só poderá ser revelada na quinta-feira.
A coletiva será no quartel-general da agência, em Washington, transmitida ao vivo pela NASA Television e também via streaming pelo site oficial. Os participantes do evento são Mary Voytek, diretor do programa de astrobiologia da NASA, Felisa Wolfe-Simon, pesquisadora associada ligada ao departamento de pesquisas geológicas dos Estados Unidos, Pamela Conrad, astrobióloga do Centro Espacial Goddard, Steven Benner, da Fundação para Evolução Molecular Aplicada e James Elser, professor da Universidade Estadual do Arizona.
Embora não tenha divulgado nenhuma outra informação sobre o conteúdo, é possível especular algumas possibilidades pelo perfil dos participantes. O professor Elser trabalha com ambientes aquáticos e terrestres, usando uma perspectiva evolucionária para integrar diferentes níveis de organização das moléculas e células ao ecossistema.
Seu trabalho inclui o estudo da vida em lagos, inclusive em regiões geladas. Esses ambientes há muito são estudados como podendo conter pistas para o início da vida na Terra. Se ela veio do espaço (em um cometa trazendo bactérias ou organismos unicelulares, por exemplo), seriam essas regiões profundas e isoladas que guardariam os indícios.
O trabalho de Felisa Wolfe-Simon também está relacionado a água. Ela utiliza biologia molecular, bioquímica e fisiologia do fitoplâncton para descobrir a seqüência de eventos que moldou a evolução do fitoplâncton moderno nos oceanos e da própria vida. Essencialmente, sua busca é achar os detalhes da co-evolução da vida com a Terra.
Ao que tudo indica, a divulgação está mais relacionada à origem da vida no nosso planeta do que fora dele, mas só nos resta aguardar até quinta-feira para saber, exatamente, do que se trata. Da última vez que provocou tanta expectativa, em novembro, o comunicado era “somente” sobre um jovem buraco negro.