Na última segunda-feira, 18 de novembro, a NASA lançou a sonda MAVEN para Marte. O nome é formado pela sigla em inglês Evolução e Volatilidade da Atmosfera de Marte, e a nave foi levada ao espaço por um foguete Atlas 5, partindo da base de lançamento de Cabo Canaveral.
Se tudo correr conforme os planos, a MAVEN deverá chegar à órbita de Marte em 22 de setembro de 2014. Ela se unirá as sondas Mars Reconnaissance Orbiter e Mars Odissey, também da NASA, e a Mars Express da Agência Espacial Europeia (ESA). Acompanhando a nave norte-americana está a primeira sonda para Marte da Índia, a Mangalyaan, lançada em 05 de novembro e que deve chegar ao planeta em 24 de setembro de 2014.
As equipes das duas naves podem auxiliar-se mutuamente dividindo informações, pois a Mangalyaan possui instrumentos que podem obter dados relevantes para a missão da MAVEN. Esta, a exemplo de suas predecessoras, igualmente servirá como satélite de comunicação para os rovers da NASA na superfície, o veterano Opportunity e o Curiosity.
Tentativa de desvendar o mistério de Marte
A missão MAVEN, de 671 milhões de dólares, pretende pesquisar como o clima marciano mudou com o tempo. A sonda irá analisar a atmosfera marciana e como é afetada pelo vento solar, além de determinar outros fatores que levaram o planeta a perder a maior parte de sua camada gasosa. Atualmente a atmosfera marciana tem somente um por cento da densidade da terrestre. Porém, há bilhões de anos Marte era um planeta úmido e quente, com atmosfera densa, rios, lagos e mares de água líquida.
Um dos objetivos da NASA com a missão é ajudar a determinar a viabilidade de viagens tripuladas a Marte por volta dos anos 2030. Também pretende desvendar o mistério do metano de Marte, detectado pela sonda europeia Mars Express em 2003, em emissões sazonais e áreas específicas do planeta, mas que outras missões não conseguiram detectar. A MAVEN também poderá determinar quais recursos os futuros exploradores poderão encontrar em Marte. A agência pretende ainda lançar a nave InSight em 2016, para pousar em Marte e realizar investigações sísmicas. Em 2016 e 2018 a ESA, em parceria com a Rússia, pretende enviar ao planeta, respectivamente, uma sonda orbital e um rover, como parte da missão ExoMars.
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