Falar sobre mutilações de animais é inerentemente desagradável e muitas vezes repugnante para a maioria das pessoas. É difícil compreender porque alguém iria infligir crueldade a criaturas indefesas, especialmente àquelas que são exclusivamente dependentes de nós para sua sobrevivência. No entanto, há evidências que sugerem que uma agressão deliberada e premeditada tanto a animais domésticos quanto selvagens está em curso há várias décadas. Uma vez que o gado, especialmente bois, são as vítimas mais frequentes desses ataques, o fenômeno passou a ser conhecido como mutilações de gado desde seu princípio. Mas há muito mais tipos de animais passando pelo mesmo processo, inclusive domésticos.
O que é surpreendente, no entanto, é que tão pouco progresso tenha sido feito ao longo das últimas décadas para a determinação da natureza e autores dessas mutilações, além do pouco empenho dos governos em manter seus rebanhos em segurança. Assim, este artigo tentará rever as evidências físicas relativas a estas mutilações nos Estados Unidos e Inglaterra, recolhidas por um grupo de pesquisadores dedicados de ambos os países e também do Canadá. As descobertas foram em grande parte coletadas por pessoas que estão igualmente intrigadas com a natureza bizarra do fenômeno e que trabalharam com pouco ou nenhum financiamento. Felizmente, hoje, o que eles descobriram pode ser ampliado com os avanços tecnológicos mais recentes.
O início do fenômeno
O primeiro caso do gênero a vir a público nos Estados Unidos foi a horrível mutilação de uma égua domesticada chamada Lady, ocorrida perto Alamosa, no sul do Colorado, em 1967. A natureza incomum dos ferimentos do animal chamou a atenção da repórter investigativa Linda Moulton Howe, que tornou o incidente conhecido. Sua primeira impressão do corpo do cavalo foi chocante: “Todo o crânio e o pescoço do cavalo tinham sido despojados da carne e cada órgão do peito havia sido extirpado cirurgicamente. No entanto, nenhuma gota de sangue podia ser encontrada em qualquer lugar ao redor do animal, e não havia evidências de rastros”.
Desde que a jornalista começou a relatar tais eventos, milhares de mutilações semelhantes foram relatadas em todo o mundo, e uma de suas características mais notáveis é a completa ausência de sangue dentro e ao redor das carcaças. Esse processo, conhecido como sangria, é difícil de ser executado mesmo em um ambulatório ou necrotério, mas fazê-lo em um ambiente natural, sem deixar qualquer evidência de sangramento, seria quase impossível. No entanto, a sangria é a marca registrada das mutilações — para um observador inexperiente, parece que os infelizes animais foram vítimas de um vampiro fantasma.
Outra característica relatada por vários estudiosos é a ausência de rastros ao redor das carcaças, tanto de animais, quanto de seres humanos ou veículos. Os locais onde os animais são encontrados parecem intocados e isso vale para qualquer tipo de terreno onde se achem as carcaças, mesmo em condições de chuva, lama encharcada ou neve recente. Para os que estão familiarizados com esses casos, parece que os corpos vieram de cima e foram colocados cuidadosamente no chão.
Talvez a característica mais chocante das ocorrências seja a ausência de vários órgãos relatada em todos os tipos de mutilação, incluindo de equinos, bovinos, ovinos e caprinos. A mais evidente é a falta dos órgãos sensoriais localizados na cabeça. Normalmente, as vítimas têm um ou ambos os olhos e ouvidos cuidadosamente removidos e, após a inspeção da carcaça, verifica-se que a língua do animal também foi retirada de dentro da garganta — todas as extrações parecem ter sido realizadas com precisão cirúrgica. Também evidente é o que se costuma chamar de limpeza de mandíbula, termo que se refere à remoção de todos os músculos e tecidos moles em um ou de ambos os lados da mandíbula do animal, até aos ossos, e ocorre mais comumente no lado esquerdo da face.
Ausência de órgãos genitais
As carcaças de gado mutilado também mostram que os órgãos genitais externos — o pênis e os testículos do touro, as tetas e o úbere das vacas — foram removidos com perícia cirúrgica. Além disso, os quartos traseiros muitas vezes trazem evidência de descaroçamento anal, um processo em que o ânus é estendido para fora por vários centímetros. A perfuração anal e a ocorrência de aberturas menores em forma de círculo ou de lágrima no tronco dos animais aparentam ter sido feitas para a remoção dos órgãos internos. Pode soar improvável que tais procedimentos possam ser realizados através de aberturas tão pequenas, mas uma inspeção cuidadosa da cavidade interna do corpo revela que a maioria das vísceras foi removida. Exames forenses realizados nos pequenos orifícios revelaram que tais cortes foram executados por algum tipo de aparelho a laser, pois as incisões são limpas, precisas e muito bem feitas.
Dois dias após o corpo de Lady ter sido encontrado, John Henry Altshuler, médico patologista e hematologista da cidade de Denver, no Colorado, analisou a carcaça do cavalo. Segundo ele, quando chegou ao animal, pôde ver que o mesmo estava cortado do pescoço até a base do tórax com uma incisão vertical limpa — as descobertas do doutor Altshuler permaneceram totalmente privadas até 1989, quando foi entrevistado por Linda Moulton Howe pela primeira vez. Ele não queria prejudicar sua carreira médica relatando “fatos impossíveis”, segundo os denominou, como os que encontrou no exame da carcaça de Lady.
Altshuler disse que as bordas dos cortes eram de cor mais escura, como se a carne tivesse sido aberta e cauterizada com uma lâmina cirúrgica apropriada. “As bordas externas da pele estavam firmes, quase como se tivessem sido cauterizadas com um laser moderno. Mas não havia tecnologia de laser cirúrgico assim em 1967”, afirmou. Ele cortou amostras de tecido a partir da borda dura e mais escura e depois as examinou em um microscópio. No nível celular, o doutor Altshuler notou que havia descoloração e destruição consistentes com alterações provocadas por queima de tecido. E dentro do peito do cavalo, havia falta de órgãos. “Quem fez o corte levou o coração, os
pulmões e a tireoide do animal — o mediastino [Compartimento torácico central para os órgãos] estava completamente vazio e seco. Como você retira o coração sem haver sangue? Foi uma incrível dissecação dos órgãos, sem qualquer evidência de sangramento”, complementou.
Técnicas sem explicação
O médico também descobriu que a hemoglobina localizada nas bordas dos locais de corte havia sido cozida de alguma forma: “As excisões de mutilação em animais não mostraram qualquer resíduo de carbono. Mas a vida na Terra é baseada em carbono e todo o tecido exposto ao calor de um laser normal deve mostrar resíduo de carbono, que se parece com grãos de pimenta preta quando visto sob a ampliação do microscópio”, finalizou, para espanto de todos.
É importante destacar que, nos casos de mutilação, as incisões através das quais os órgãos internos foram removidos se revelaram uniformemente lisas e sem derramamento de sangue — suas bordas eram suaves e semelhantes às produzidas por uma tesoura de alfaiate ou como a impressão causada por uma forma de biscoitos quando pressionada contra a massa. Os tecidos moles removidos da cavidade das carcaças incluíam aqueles associados aos sistemas digestivo, reprodutivo, endócrino, cardiovascular, respiratório e linfático.
Todo o crânio e o pescoço do cavalo tinham sido despojados da carne e cada órgão do peito havia sido extirpado cirurgicamente. No entanto, nenhuma gota de sangue foi encontrada em qualquer lugar ao redor do animal e não havia evidências de rastros
Além dos cortes e extrações feitos nos animais, outros fatores estranhos estão regularmente relacionados ao fenômeno. Por exemplo, em alguns casos, o solo por baixo das carcaças é marcadamente comprimido, sugerindo que o animal foi solto e caiu de uma altura considerável — esse achatamento de solo foi encontrado em vários casos, espalhados por todo o mundo. Acompanhando essa impressão, os membros, costelas e outros ossos dos animais mortos muitas vezes mostram fraturas consistentes com trauma causado pelo impacto repentino. Em alguns casos, árvores muito próximas do local da carcaça mostram evidências de galhos quebrados, novamente sugerindo que os corpos caíram de uma altura considerável. Uma observação interessante a ser registrada é o fato de que algumas vezes as carcaças de grandes animais selvagens, como veados, alces e carneiros, são inexplicavelmente encontradas em galhos de árvores ou enredadas em linhas de alta tensão.
Há também nesses casos algo que se costuma chamar de evitação de carcaça. Segundo George E. Onet, especialista em microbiologia veterinária e investigador das mutilações de animais, os despojos do gado mutilado são regularmente evitados por grandes carniceiros predadores, como coiotes, lobos, raposas, cães, gambás, texugos e linces. Não se sabe por quê. Além disso, mesmo animais domésticos ficam visivelmente agitados e com medo de se aproximarem das vítimas. Os fatos são frequentemente relatados pelos proprietários dos animais, mas são aparentemente ignorados pelos funcionários dos setores que lidam com pecuária nos governos como sendo demasiadamente fantasiosos para serem levados em consideração.
As muitas faces do fenômeno
A análise estatística dos animais mutilados, até agora, tem sido muito limitada. No entanto, o médico Howard Burgess, que estudou os poucos dados estatísticos existentes, observou, a partir da análise dos limitados relatórios feitos sobre os eventos, que quase 90% do gado atacado têm entre quatro e cinco anos de idade — como sua longevidade média está entre 15 e 25 anos, parece que os autores têm um interesse por bovinos mais jovens. Infelizmente, não foram feitos outros estudos para confirmar a descoberta de Burgess. A única pista consistente relacionada à causa dos ataques são os relatos sobre estranhas luzes noturnas e, ocasionalmente, sobre a presença de helicópteros escuros e sem identificação que operam nas proximidades de onde o gado mutilado é mais tarde encontrado.
Tais aparições alimentaram suspeitas entre fazendeiros de que a perda dos rebanhos fosse fruto da atividade de alienígenas ou de alguma agência secreta do governo, no caso dos Estados Unidos e Inglaterra, principalmente. Entretanto, devemos nos perguntar porque os militares ou qualquer agência governamental secreta iria fazer experimentos tão audaciosos em gado doméstico, a céu aberto, quando tais atividades poderiam ser realizadas de forma muito mais discreta e segura em uma instalação privada? Curiosamente, ao longo desse quase meio século de existência do fenômeno das mutilações, as agências oficiais não foram capazes de identificar uma única pessoa responsável pela realização de tais atos.
Embora não existam evidências de trilhas, rastros ou caminhos que levem aos locais das mutilações, outros traços físicos estranhos são ocasionalmente observados. Esses vestígios consistem em grandes anéis circulares e descoloridos no solo, que desafiam o crescimento normal da vegetação durante longos períodos de tempo. Eles são de fato bastante semelhantes, se não idênticos, aos traços físicos deixados pelos conhecidos pousos de UFOs. Ocasionalmente, depressões triangulares menores também são encontradas e sua forma sugere um possível trem de pouso. Obviamente, essas pistas devem ser cuidadosamente acompanhadas pelos investigadores.
As mutilações de animais hoje não se limitam aos estados do oeste norte-americano e províncias canadenses, como ocorria nas décadas de 60 e 70. Elas são encontradas em criações de bovinos em todo o mundo. Desde a publicação do caso de Lady, milhares de casos semelhantes surgiram ao redor do planeta, sendo que os hot spots do fenômeno incluem regiões muito distantes entre si, como México, Panamá, Porto Rico, Brasil, Argentina, Chile, partes da Europa, Ilhas Canárias, China, Sudeste da Ásia e Austrália. Embora não seja fácil estimar o número de casos notificados, aproximadamente 10 mil foram registrados desde meados dos anos 60.
Mutilações na Inglaterra
O país europeu mais envolvido na investigação dos casos de mutilações de animais é a Inglaterra. Lá, o gr
upo conhecido como Unidade de Campo de Patologia Animal (Animal Pathology Field Unit, APFU), tem investigado casos desde 2002. Seus trabalhos e resultados foram levados ao conhecimento do público pelos esforços do engenheiro elétrico e pesquisador Richard D. Hall, por meio de palestras e de seu site [Endereço: www.rich-planet.net]. A APFU está agora especialmente empenhada na investigação contínua de mutilações de ovelhas que ocorrem em muitas áreas rurais do interior britânico — investigações também têm sido realizadas em uma grande variedade de outros animais domésticos e selvagens.
O padrão de ataque registrado em ovinos é muito semelhante, mas não idêntico, ao relatado em bovinos. Ocasionalmente, cães, gatos e outros pequenos animais domésticos são encontrados cortados exatamente ao meio, como se por uma espécie de laser e com os seus órgãos internos eviscerados. A APFU também encontrou muitas criaturas silvestres, como texugos, marmotas e até mesmo pequenos veados, frequentemente decapitados e com suas cabeças dispersas a uma grande distância de seus torsos. Outro padrão incomum foi observado em raposas e pequenos veados e consiste em um pequeno buraco feito no alto do crânio, a partir do qual os cérebros das vítimas são misteriosamente removidos.
Mas animais terrestres não são as únicas criaturas a sofrerem com o fenômeno. No norte da Inglaterra, um grande número de focas e golfinhos foi mutilado em um estranho padrão de saca-rolhas. Inicialmente, os funcionários do governo britânico atribuíram estes fatos a mortes acidentais causadas pelo contato com as pás das hélices de navios de grande porte, mas a APFU não conseguiu associar o padrão com qualquer embarcação conhecida ou outros dispositivos mecânicos encontrados no mar. Além disso, os restos das criaturas marinhas são encontrados frequentemente a alguma distância terra adentro, longe da costa onde esses animais seriam presumivelmente jogados [A próxima edição da Revista UFO trará um relatório completo desses casos de mutilações de animais com animais marinhos].
Investigações oficiais
Tal como nos Estados Unidos, pastores de ovelhas ingleses procuraram as autoridades em busca de ajuda para determinar a causa das perdas em seus rebanhos — mas, até agora, os resultados têm sido infrutíferos. Em geral, os agentes governamentais se veem frustrados por sua incapacidade de determinar a origem dos crimes ou de capturar os responsáveis ??por eles. Por outro lado, as autoridades têm procurado a colaboração de patologistas e veterinários em busca de pistas forenses que indiquem uma solução para os acontecimentos, mas as descobertas desses profissionais têm se mostrado inconclusivas. A natureza incomum das mutilações acabou levando a maioria deles a se abster de tirar conclusões sobre a causa exata das mortes dos animais.
Mesmo assim, um pequeno número de policiais e veterinários interessados ??no assunto se aventurou ao afirmar, sem constrangimento, que as mutilações devem ser de origem extraterrestre. Esse ponto de vista não foi bem recebido pelas organizações e comunidades científicas, e menos ainda pelas autoridades. Até mesmo a mídia fez pouco caso da ideia de que extraterrestres estariam envolvidos no fenômeno. A relutância dos meios governamentais em realizar investigações mais abrangentes sobre os casos só tem agravado a situação. Até o momento, nada foi resolvido e enquanto isso, gado, cavalos, ovelhas e uma série de outros animais domésticos e selvagens continuam a ser mutilados.
Por que militares ou qualquer agência governamental secreta iria fazer experimentos tão audaciosos em gado doméstico a céu aberto, quando eles poderiam ser realizadas de forma muito mais discreta e segura em uma instalação privada?
Observar mais exemplos das mortes acrescentaria pouco ao que já foi apresentado. Mas casos semelhantes àqueles vistos nos Estados Unidos e na Inglaterra estão sendo relatados em todo o mundo. A única correlação significativa entre os casos foi a associação feita com luzes noturnas e veículos aéreos escuros sem identificações, que sobrevoam ou pousam nos pastos nas noites anteriores à descoberta das carcaças. A citação abaixo é um exemplo típico de tais ocorrências. O relato é de 15 de julho de 1984 e foi publicado no jornal The Sunday Times, de Perth, Austrália: “Sobre o abate de animais relacionados a UFOs, muitos relatos de luzes estranhas no céu vêm sendo feitos pelos fazendeiros. Por exemplo, agricultores de Adelaide Hills descobriram cadáveres de animais mutilados e marcas de queimadura no chão. Em um incidente, os pesquisadores dizem que um fazendeiro descobriu quatro vacas com furos em seus crânios e os cérebros removidos”.
Como já foi dito, as polícias locais têm feito inúmeros esforços para investigar as mutilações de gado, pois a morte e mutilação intencionais de animais de outras pessoas é um crime punível por lei. No entanto, apesar de seus melhores esforços e com o apoio de fazendeiros, veterinários e numerosos investigadores, as mortes permanecem praticamente ignoradas — e surpreendentemente, até mesmo a comunidade científica tem se abstido da investigação séria.
Obstrução pelas autoridades
Em seu documentário Silent Killers [Matadores Silenciosos, 2009], Richard D. Hall examina cuidadosamente o que aparenta ser uma “blindagem oficial” sobre a questão. Ele conclui que houve um esforço deliberado na Inglaterra para desencorajar a resolução dos crimes, até mesmo pelos órgãos encarregados de sua investigação. Ele também sugere que, em alguns casos, pastores de ovelhas que reportaram mutilações de animais foram perseguidos pelos investigadores governamentais e que raramente os resultados de suas averiguações são fornecidos àqueles que a iniciaram. Na estimativa de Hall, a mídia oficial britânica está envolvida deliberadamente ridicularizando ou desacreditando os relatórios de mutilação — algo que se passa também com os agroglifos.
Uma situação semelhante é encontrada nos Estados Unidos. A citada jornalista Linda Moulton Howe também tem tido uma frustração expressiva em seus esforços para demonstrar a seriedade do assunto para as autoridades estaduais e do governo. Em seu site [Endereço: www.earthfiles.com] ela enumerou casos de mutilação ao longo anos, sem ser capaz de despertar qualquer preocupação oficial. Alguém poderia pensar que as perdas financeiras associadas às mortes nos rebanhos seriam o suficiente para provocar alguma resposta oficial à situação dos fazendeiros norte-americanos, mas isso nunca ocorreu.
Como se fosse algo de pouca importância, em maio de 1979 o FBI recebeu uma verba expressiva p
ara conduzir uma investigação oficial sobre as mutilações de animais — mas o relatório final concluiu que os ferimentos eram predominantemente o resultado de predação natural e os investigadores não foram capazes de identificar qualquer indivíduo responsável pelos crimes. Antes do envolvimento do FBI, o Escritório de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF) dos Estados Unidos conduziu sua própria investigação, mas, no entanto, seu estudo foi limitado e também não conseguiu determinar a causa do fenômeno.
Implicações sinistras
É desnecessário dizer que essas investigações superficiais fizeram pouco para aliviar a preocupação dos pecuaristas que tiveram perdas em seus rebanhos. A impressão que ficou entre eles é a de que ou o governo é inepto ou seus órgãos estão cientes da questão, mas optaram por se restringirem a uma análise pouco aprofundada. A primeira explicação é certamente discutível, embora muitos suspeitem de que a segunda seja mais plausível.
Diante de tais fatos, nos perguntamos por que o governo age de forma a ignorar as perdas dos criadores? Uma das respostas possíveis nos leva a pensar que, se realmente alienígenas são os agentes das mutilações, é seriamente duvidoso que qualquer governo pudesse detê-los. Por isso, os responsáveis ??pela formulação de uma resposta oficial para o fenômeno podem ter simplesmente optado por ignorar o assunto, a fim de evitar uma análise mais aprofundada. Mas, em algum lugar nas sombras se esconde uma possibilidade ainda mais sinistra. Supondo-se que certos setores secretos do governo dos Estados Unidos e da Inglaterra, principalmente, já soubessem que as mortes seriam causadas ??por alienígenas, um acordo poderia já ter sido feito com eles para lhes permitir mutilar o gado — desde que se abstivessem de fazer o mesmo em humanos. Eu concordo que tal cenário seja altamente especulativo, mas ele não deve ser totalmente descartado.
Alguns alienígenas poderiam, de fato, mutilar ocasionalmente seres humanos. No momento, há apenas evidências esparsas de que isso tenha ocorrido. Uma exceção é a mutilação humana ocorrida em 1988, perto da represa de Guarapiranga, em São Paulo. O caso possui documentação fotográfica de um cadáver humano com mutilações semelhantes às encontradas em bovinos e o relatório da autópsia concluiu que os ferimentos ocorreram enquanto a vítima ainda estava viva e foram a causa de sua morte. Mas mesmo este caso apresenta problemas, porque uma investigação posterior, realizada pelo ufólogo e ex-coeditor da Revista UFO Claudeir Covo, concluiu que o homem morreu de causas naturais [Veja edição UFO 080, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].
Seja como for, felizmente, esses casos parecem ser extremamente raros. No entanto, se agências governamentais secretas estão sistematicamente “limpando” as evidências de tais crimes, o público pode ter um verdadeiro dilema nas mãos. Nesse caso, os alienígenas não estariam apenas sequestrando seres humanos, como tem sido amplamente divulgado durante anos, mas alguns poderiam também estar nos mutilando. Esperemos que as possibilidades alarmantes mencionadas acima sejam todas ilusórias — aqui se busca apenas expressar possibilidades lógicas que podem explicar a desatenção do governo para o que certamente é uma questão de importância global.
A hipótese príon
O ponto mais importante sobre as mutilações de animais, entretanto, recai na questão das razões pelas quais são realizadas. Por que vários animais estão sendo tão horrivelmente mutilados? O problema é que nós simplesmente não sabemos. Na tentativa de responder à indagação, nos deparamos com o fato de que os órgãos mais comumente faltantes no gado são os mesmos utilizados para testar várias toxinas e teratógenos conhecidos, um processo longo e complicado que até hoje não conhecemos bem. No entanto, algo de grande interesse foi descoberto — os órgãos retirados dos animais mutilados são muito similares, se não idênticos, ao tecido mole utilizado para detectar a presença de príons em vários mamíferos.
O príon, conforme descreve a doutora Ananya Mandal, do importante portal na internet News Medical, “é uma pequena partícula infecciosa composta por uma proteína anormalmente dobrada, que causa condições neurodegenerativas progressivas. Essas proteínas mal dobradas não se multiplicam no organismo hospedeiro que infectam. Em vez disso, elas afetam a estrutura do cérebro, agindo como um modelo e induzindo outras proteínas com dobradura normal a se converter para a forma priônica anormal”.
Os alienígenas não estariam apenas sequestrando seres humanos, como tem sido amplamente divulgado durante anos, mas alguns poderiam também estar nos mutilando. Porém, esperemos que tal possibilidade alarmante seja apenas ilusória
Simplificando, príons são proteínas desigualmente dobradas que geram efeitos debilitantes sobre o tecido cerebral dos organismos que os ingerem. Elas têm sido associadas à Doença da Vaca Louca, em bovinos, e à doença de Creutzfeldt-Jakob, em humanos — em 2009, foi descoberta uma ligação inesperada entre príons infecciosos e Mal de Alzheimer. Uma vez que se estima que esta enfermidade afete mais de 20 milhões de pessoas em todo o mundo, a relevância dessa ligação é de grande importância para a população em geral. Coincidentemente, nosso conhecimento sobre a existência de príons também remonta ao início dos anos 60, pouco antes da mutilação de Lady ser relatada pela primeira vez.
Alienígenas, presumivelmente com uma tecnologia muito mais avançada do que a nossa, certamente devem estar cientes da existência dessa perigosa proteína e de suas implicações potenciais para a saúde da humanidade. No entanto, exceto para funcionários governamentais ligados às áreas da saúde e para aqueles que definem e regulam as políticas desses campos, muito pouco é conhecido pelo público sobre as implicações de doenças relacionadas a príons. Portanto, é perfeitamente possível que os alienígenas, de alguma forma, estivessem cientes de um súbito aumento da taxa de fundo dessas proteínas mal dobradas.
Saúde da população em geral
As primeiras consequências conhecidas da Doença da Vaca Louca, ou especificamente Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ocorreram na Grã-Bretanha, em 1986, e atingiram seu pico entre 1992 e 1993. Naquela época, a amostragem indicou que apenas três em cada mil vacas estavam infectadas. No entanto, as considerações epidemiológicas e financeiras da doença foram consideráveis. Em resposta ao rápido crescimento dos efeitos para a saúde da população em geral, as autoridades britânicas destruíram milhões de cabeças de gado. Mas, apesar destas medidas drásticas, a União Europeia e uma série de outros países proibiram a importação de carne bovina inglesa. Então, em maio de 1995, a primeira morte de um ser humano ligada à Doença da Vaca Louca ocorreu na Inglaterra. A vítima foi Stephen Churchill, de 19 anos de idade, que morreu de uma doença que parecia Creutzfeldt-Jakob, algo que normalmente atinge
pessoas com mais de 55 anos.
Mais tarde naquele ano, duas outras mortes semelhantes foram registradas na Inglaterra. Quando os cientistas examinaram os cérebros desses pacientes, encontraram sintomas espongiformes incomuns. Igualmente, em maio de 2003, as autoridades de saúde canadenses relataram seu primeiro caso de Doença da Vaca Louca. É hoje reconhecido que o gado contrai a doença ao comer ração comercial, que inclui ossos e cérebro de outros animais, inclusive outros bovinos. Herbívoros, tais como gado bovino, cavalos, ovelhas e um número de outros animais domésticos, receberam recentemente alimentação que contém partes de outros animais a fim de aumentar sua ingestão de proteínas. Essa alimentação traz consigo o risco de propagação da doença para os seres humanos que consomem carne e produtos lácteos provenientes dessas fontes.
Embora o principal método de infecção priônica em animais seja através da ingestão, uma investigação atual sugere que os príons também são depositados no meio ambiente por meio da urina, saliva, fezes e outros fluidos corporais dos animais — até mesmo os restos de animais afetados enterrados no solo podem abrigar príons que perduram ao se ligar à argila e outros minerais na área circundante.
Para tornar as coisas ainda piores, os príons são quase indestrutíveis. Um estudo descobriu que mesmo expostas a temperaturas de 134°C em uma autoclave de vapor pressurizado, as proteínas não foram destruídas. Consequentemente, até mesmo a incineração de animais contaminados pode não ser suficiente para erradicar os príons instados dentro de seus corpos. Quando um animal é infectado com algum tipo de doença de príons, o período de incubação é relativamente longo, variando entre 5 e 20 anos, dependendo da espécie. No entanto, segundo o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, “quando os sintomas aparecem, a doença progride rapidamente, levando a danos cerebrais e à morte. Os sintomas neurodegenerativos podem incluir convulsões, demência etc”. Todas as doenças de príon conhecidas, chamadas coletivamente de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EET), são atualmente incuráveis e fatais.
Uma hipótese válida
Se aceitarmos que as EETs são uma ameaça grave e crescente a uma população mundial que só aumenta, é provável que esse conhecimento seja compreendido também por alienígenas, já que nos observam e monitoram tão atentamente há décadas. Assim, a hipótese príon sugere que os alienígenas estariam mutilando gado a fim de monitorar a propagação de doenças relacionadas à vida animal em todo o mundo — e caso isso seja verdadeiro, em breve poderemos descobrir que criaturas do mar, como focas e golfinhos, também foram contaminadas com EET e por isso estão sendo igualmente estudadas por nossos visitantes extraterrestres.
Tal hipótese tem uma consequência imediata. Dada a potencial ameaça de EET relacionada à população mundial, vários cenários e suas implicações já devem ter sido cuidadosamente revistos pelas autoridades de altos escalões governamentais. E se assim for, a presença de helicópteros negros sem identificação perto dos locais de mutilação poderia significar que as agências governamentais estão ativamente envolvidas em um monitoramento similar da doença. Talvez seja possível até que essas agências estejam pegando pistas sobre a possível propagação de EET, seguindo a atividade de mutilação alienígena. Pressupondo-se que os alienígenas de fato interajam com a humanidade, parece inteiramente possível que as mutilações de animais sejam o seu meio de controle sobre a saúde de humanos e animais.
Aliens monitorando nossa saúde
Evidências confirmando as inexplicáveis mutilações de animais ??são onipresentes e robustas. Explicações convencionais falharam em contabilizar sua prevalência global, o rigor metodológico das mutilações e a falta de sangue e órgãos descobertos durante as necropsias. A situação é agravada por uma notável falta de urgência demonstrada pelos governos nacionais em relação aos casos. O que resta é uma evidência circunstancial de que as mutilações são de origem extraterrestre. Embora pouco ortodoxa, a hipótese continua a ser a explicação mais viável para a causa do fenômeno.
Enquanto continuamos sem a certeza da razão pela qual os ataques estão ocorrendo, há elementos convincentes para sugerir que são relacionados a UFOs. Esclarecimentos convencionais, tais como a predação natural, a intervenção humana na forma de cultos satânicos e eventuais programas secretos, falharam em explicar a natureza bizarra dos resultados relatados. Enquanto isto, relatórios de atividades de UFOs nos locais das mutilações persistem em todo o mundo.
Assumindo que a teoria alienígena esteja correta, seria razoável supor que as mutilações de animais sirvam a um propósito na agenda de tais seres — e a hipótese príon sugere que eles estariam monitorando a lenta propagação de doenças em todo o mundo, o que é um evento com implicações graves não só para os seres humanos, mas também para toda a cadeia alimentar planetária. Certamente provocaria uma degradação biológica que viria ocorrendo nas últimas décadas.
Descartar essa hipóte
se devido à sua natureza pouco ortodoxa é desaconselhável. Ela contém inferências testáveis ??que poderiam ajudar a resolver o fenômeno das mutilações de animais. Mas o que realmente importa não é se a hipótese é correta ou não — mas sim que todo o assunto seja seriamente investigado da melhor forma possível e que as conclusões resultantes sejam divulgadas livremente. Alguma coisa está acontecendo e que não pode ser explicada. Sabemos que isso é real, apesar das declarações em contrário de muitas autoridades respeitadas. Tudo o que podemos fazer é manter-nos fiéis ao que vemos, ouvimos e experimentamos sem sermos influenciados pelo desfavor daqueles que continuamente desafiam a nossa integridade.