
Já faz muito tempo que o nosso planeta está atravessando problemas e desequilíbrios nos planos social, econômico e político como conseqüência dos equívocos praticados em tempos pretéritos. Seguramente há oásis de luz, sabedoria, esclarecimento e fraternidade em todos os quadrantes da Terra. No entanto, o sofrimento e a ignorância são os lugares comuns que por aí grassam frutos do primitivismo implantado pelo desamor e pela intolerância. Contudo, há na essência do homem, um anseio superior que o faz sonhar por felicidade, paz, justiça e libertação. Nessa busca maior, fruto da energia inerente no íntimo do ser, muito se espera que as soluções surjam a partir do trabalho intenso de organizações internacionais, dos governos nacionais, planejamentos técnicos de especialistas, regimes políticos e estruturas econômicas vigentes.
Há os que acreditam que essas dificuldades possam ser resolvidas com soluções externas, provenientes de transformações que ocorrerão de um momento para outro a partir de fórmulas miraculosas vindas de chamas coloridas, como a abertura de portais que acompanham determinadas posições de astros no firmamento, de rituais iniciáticos com graduações comercializadas por gurus, que utilizam incensos aromatizados e velas energizadas, ou por mestres que usam cristais com poderes mágicos, amuletos benzidos por padres, pastores, curandeiros e outros. Há também os que crêem que mudanças dimensionais possam ser realizadas por entidades espirituais ou espaciais, por seres de luz e mestres. Como se fosse possível termos causado tanto desequilíbrio e dor, durante longos milênios, e não colhermos absolutamente nada daquilo que plantamos.
Uma outra parcela da população acredita que a Terra, nesse começo do terceiro milênio, estará saltando para dimensões superiores onde um verdadeiro paraíso envolverá o planeta. E nós, seus ocupantes, iríamos aproveitar essa oportunidade para também saltarmos para tais patamares superiores e usufruirmos, assim, de uma vida com características paradisíacas. Grupos, seitas, religiões e instituições praticamente vendem indulgências, limpezas cármicas e lotes no céu, quase ao estilo da Idade Média e dos períodos inquisitórios em que eram cobradas as taxas da sagrada chancelaria apostólica e, com isso, os pecados ficariam absolvidos a custa da compra dessas benesses.
Existem também aqueles que se consideram fazendo parte dos 144 mil eleitos, após receberem iniciações de placas de pedra ou de argila que lhes são vendidas a preços exorbitantes, por aproveitadores da ingenuidade alheia. Como se amuletos pudessem modificar seus circuitos espirituais. Talvez, até alguns acreditem que serão resgatados aos céus por naves. E assim, uma quantidade muito grande de fiéis e crentes ingênuos é ludibriada. Casos de verdadeiros delitos são cometidos em ações típicas de estelionato, falsidade ideológica e formação de quadrilhas caracterizando golpes que mais parecem casos de polícia. Ledo engano cometem aqueles que julgam que rituais, símbolos, amuletos, instituições, gurus, sacerdotes, pastores, crenças e cantilenas têm o poder de diminuir o carma negativo, salvar o crente e ser o passaporte para o céu.
Se o homem não se modificar intimamente com uma profunda reforma interior, o planeta não irá mudar. É preciso que compreendamos que uma nova era de paz, justiça, ética, harmonia, fraternidade, respeito e prosperidade, só será vivenciada quando nós, habitantes da Terra, nos reabilitarmos e começarmos a experimentar o amor ensinado por diversos irmãos mais evoluídos. Mahatma Gandhi (1869-1948), eminente líder hindu, já dizia que “nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo e não podemos ser menores do que os sonhos que alimentamos”.
Angústias, aflições e derrotas — Enquanto considerarmos que o mal de todas as nossas angústias, aflições, derrotas, aborrecimentos e desequilíbrios são os governos, vizinhos, comunistas, seguidores de outro credo ou partido político, e não percebermos que somente nos reformando internamente é que iremos alterar nosso planeta, tudo vai continuar como está. Nenhum dos regimes políticos, econômicos ou filosóficos estabelecidos até hoje, jamais conseguiu resolver os problemas sociais da humanidade. E as religiões, por acaso, sempre foram pacíficas? Se na nossa história de poucos milhares de anos, já houve tantas dezenas de milhares de guerras, será que é verdade que o homem realmente aprendeu que guerra não resolve problema algum? Quando é que iremos olhar para o espelho? Em que momento vamos compreender que somente após aprendermos a respeitar, amar e perdoar qualquer regime passará a ser bom? Será que algum dia entenderemos que na raiz de todos os males está o próprio homem com sua conduta equivocada?
Não serão os santos, espíritos, mentores, gurus, anjos, extraterrestres, Ashtar Sheran, Sai Baba, Buda, Maomé, Jesus ou mesmo Deus que farão por nossa humanidade o que corre por conta da responsabilidade existencial que nos marca, que é o esforço moral de evoluir sempre
– Nelson Granado
Conquista do paraíso — Os rituais, símbolos, mantras, a procura de chaves, de portais dimensionais, as graduações conseguidas nas instituições iniciáticas e todas as atividades que eventualmente nos iludem na obtenção de saltos e conquista do paraíso, geralmente são feitos com esforço, sem suavidade e no final nos levam a diversos desgastes, tensões, vínculos com grupos prometedores de salvação, divisões, fanatismos e separatividade. Utilizam rótulos que nos envolvem em véus, os quais não nos permitem enxergar um palmo sequer, a não ser limitadíssimos horizontes próprios e contaminados. Tudo isso parece barganha para se comprar o bilhete para a salvação. Se não tivermos o devido cuidado, discernimento e espírito crítico, agiremos dentro de um posicionamento limitado, com pontos de vista restritos aos horizontes pregados pelo colorido do grupo ao qual pertencemos e então, consideraremos que somente nossas opiniões, idéias e trincheiras são as corretas.
É fundamental percebermos as posturas de intransigência e intolerância que nos envolvemos ao adotarmos as rotulações dos diversos grupos formados na sociedade. Com isso, o comportamento dos homens se torna fundamentalista, limitado e fanático e, de certo modo, assim caminha a humanidade. Entretanto, apesar de tudo, há alguns aspectos positivos desses rótulos, dos rituais e do uso de símbolos – e isso não se pode negar. Esse tipo de abordagem tem sido usada para sinalizar e ativar determinados centros energéticos do ser humano terrestre, em todos agrupamentos e culturas, nos diversos campos de atividades da vida terrena
. É uma forma de atingir ou de se chegar a um certo patamar evolutivo de uma grande parcela da população terrena, pois outra coisa não pode ser feita. Parece que esse tem sido um recurso que o Plano Superior utiliza, porque não há outra escolha, devido ao primitivismo humano terrestre.
O devocionismo é, de certo modo, uma forma de se trabalhar esses centros vibratórios que, ao estar vinculado a um grupo religioso, guru, orientador espiritual ou seita, tem estimulado circuitos que permitem ao adepto sintonizar princípios de disciplina e responsabilidade, dotando-o de condições para no futuro desabrochar no quesito crescimento espiritual. É claro que, dependendo do devoto que recebe as orientações e dos líderes que comandam os grupos, pode ocorrer estacionamento do desenvolvimento espiritual com eventuais problemas de aumento de débitos cármicos, devido a perigosas posturas de preconceitos e fanatismos. No entanto, mesmo assim, todos esses mecanismos que o homem utiliza acabam servindo como chaves para desencadear processos que ativam comportamentos e reações. Mas insistimos, que sendo soluções vindas de fora, de fato não transformam e nem apagam carmas, dívidas e débitos de ninguém.
Outros também crédulos, ingênuos e superficiais, acreditam que tudo começará a ser um paraíso após a vinda de Jesus e consideram que Deus dará um jeito no caos que nós mesmos instalamos, pois assim está escrito nos textos sagrados. Nada mais ilusório! Não serão os santos, espíritos, mentores, gurus, anjos, extraterrestres, Ashtar Sheran, Sai Baba, Buda, Maomé, Jesus ou Deus que farão por essa humanidade o que corre por conta da responsabilidade existencial que nos marca: o esforço moral de evoluir sempre. Esse quesito é intransferível. A infinita misericórdia do Pai garante que o homem sempre pode, por esforço próprio, adquirir mérito de se reabilitar. O fato é que a responsabilidade é de cada um e o ser humano deve caminhar com os próprios passos, apesar de, certamente, contar com a ajuda de todos eles.
Salto quântico — Carma é um mecanismo cósmico universal que determina infalivelmente a colheita daquilo que se plantou. Mas isso, nada mais é do que o resultado da sintonia das vibrações energéticas da situação presente, com as atitudes vivenciadas no passado e que estão registradas nos circuitos espirituais. Enquanto não entendermos que para ocorrer o tão falado, e pouco ou nada compreendido, salto quântico do nosso amado planeta azul, será necessário atingirmos um determinado nível crítico. Isso só poderá ser conseguido a partir de uma autêntica reforma íntima, onde o amor incondicional é a chave para chegarmos a esse objetivo. Todos os regimes políticos, religiões, rituais, amuletos, rezas, missas, técnicas, cursos e graduações serão meros acessórios.
É claro que os débitos podem ser minimizados plantando boas vibrações. No entanto, a lei da colheita é certa e dela não se pode escapar. Não como punição ou castigo, mas como sintonia. A intensidade dessa colheita e como ela se processa, depende de diversos fatores, entre os quais, o momento da realidade existencial e o grau de instrução do agente causador da ação. Isso acontece porque há um sentido gradualístico da lei do carma, que é tanto mais branda quanto iniciante, e primário é o espírito da individualidade causadora da ação.
Certamente temos ajuda de fora, e não é pouca, mas o salto vibratório planetário não ocorrerá enquanto não chegarmos a um patamar específico e, para alcançá-lo, é preciso que nos esforcemos e, por mérito, atinjamos o nível que estaremos na iminência do salto. Até lá precisamos conquistar os degraus, um a um. As mudanças que ocorrerão na Terra serão degrau por degrau, a partir de vitórias que conseguiremos com esforço, obtidas com labor, suor e aprendizados absorvidos nas lições da vida e com uma profunda intenção de nos reformarmos internamente.
Nessas condições, ajuda virá sim, mas sempre na medida dos nossos merecimentos. Mas não podemos nos iludir. Insistimos! Somos os únicos responsáveis por todos os problemas do planeta, e nessas condições cabe somente a nós cuidarmos dos males que causamos. Na realidade, o planeta só irá sofrer modificações se primeiro nos modificarmos, e não o contrário.
Preparação para agrande revelação
Preparação para a Grande Revelação é o subtítulo da obra Dimensionalis, que o pesquisador Nelson Granado lançou em junho de 2004, pela Wanel Editora. É um livro inovador que aborda relações entre ciência e espiritualidade a partir de um modelo científico adotado para se compreender aspectos das dimensões mais sutis de manifestação e seu relacionamento com o plano material. Os temas apresentados são variados e contundentes. Enfoca grande quantidade de assuntos, tais como circuitos oscilantes neurais, mediunidade, anatomia da alma, mecanismos da morte e da reencarnação. Discute sobre Ufologia, inconsciente coletivo e campos morfogenéticos, entre tantos outros, sob o aspecto científico sem se ater a dogmas, rotulações e fundamentalismos institucionais.
Com uma linguagem coloquial, porém envolvente, corajosa e precisa, penetra nos diversos meandros da espiritualidade e dos chamados conhecimentos esotéricos, nos quais aprofunda conceitos antes tidos como invioláveis. Simultaneamente, desmistifica dogmas equivocados de diversas linhas comportamentais distorcidas dos seguidores de certas correntes sectárias alternativas, religiosas, esotéricas e ufológicas. Relaciona vários campos de assuntos ocultos, agora com o aval de conhecimentos trazidos das ciências acadêmicas. No final, após os esclarecimentos terem sido repassados, apresenta horizontes de esperança, onde se vislumbram novos caminhos, em uma preparação consistente para grandes revelações que deverão ocorrer em breve para o homem do terceiro milênio.
A publicação pretende acrescentar novas informações ao arsenal intelectual daqueles que não se satisfazem com o limitado lugar comum da superficialidade nas abordagens feitas para essa temática contextual. Dimensionalis pode ser obtido escrevendo-se à Wanel Editora, através do e-mail: phisiom@uol.com.br e telefone: (11) 3271-0838. Ou através da seção Suprimentos de Ufologia desta edição.