Advogado em Varginha e ex-militar, o senhor J.C. (as iniciais são falsas e seu nome não pode ser revelado) testemunhou o movimento de militares na cidade na mesma semana do avistamento das três garotas. “Após as meninas terem visto a criatura, quase ninguém percebeu, mas aviões da VASP estavam fazendo vôos rasantes sobre Varginha. Também vi o Exército vasculhando a área, eram muitos militares no local. Ninguém percebeu nada”.
J.C. descreveu os aviões que sobrevoaram a cidade como sendo dois F-5. Apesar de não ter observado muito bem, caracterizou-os pelo barulho, pois estavam voando muito baixo. Disse que estavam fora da formação natural, em alguma formação de combate… Afirmou que os aviões não passaram pelo centro da cidade, e que fizeram o retorno próximo ao local onde J.C. alega ter visto o avião.
Porém, o fato mais importante testemunhado por ele foi a presença de viaturas do exército perto de uma mata (próxima de onde os pesquisadores afirmam ser o local em que o ET foi capturado). Ele passava por lá è viu um caminhão com mais ou menos sete soldados. Não sabia qual era a intenção desses militares lá: “Estavam andando nu área, vasculhando o caminho. Vestiam enfardamento verde de campana (camuflado). Não sei se eram do Tiro de Guerra ou do Exército. Alguns estavam à paisana e andavam em duplas. Mais pessoas também viram isso, eu não fui o único. Eles desapareceram misteriosamente, acho que perceberam que estavam sendo observados”.
Poucos dias depois, J.C. ouviu algumas pessoas comentando no ponto de ônibus do bairro em que mora. Jardim Amélia II, que no mesmo dia em que ouviu os aviões, escutaram barulhos de três disparos que pareciam de fuzil. Um conhecido de J.C, tem mais detalhes: “Na hora em que eu estava descendo a rua, escutei os disparos, não lembro a hora. Saíram com dois sacos de dentro da mata, mas isso eu não vi. Pelo que disseram, eram sacos de campana”. Segundo o advogado, um dos sacos estava inerte, mas o outro se mexia, parecia até que tinha algo vivo dentro dele. Logo após essa operação, os caminhões sumiram. Alguns curiosos foram vasculhar o local, mas não acharam nada. Tudo aconteceu por volta das 10h30.
ATALHO — Mas J.C. revela que essa foi somente a primeira das operações de captura. Segundo seu depoimento, existe ainda uma segunda, que aconteceu entre às 13h30 e 14h30 daquele mesmo dia. Quando estava saindo de seu escritório, no início da tarde, viu um caminhão saindo da cidade e parando do lado oposto a um atalho de terraplanagem. O advogado tem acompanhado as reportagens sobre o caso e as investigações de Ubirajara e Pacaccini pelos meios de comunicação, porém não procurou os pesquisadores antes para relatar o fato porque acha que “geralmente, esses fatos, quando são comentados, acabam caindo em descrédito”, disse com convicção. J.C. chegou a comentar alguma coisa com Ubirajara Rodrigues, um dos pesquisadores do caso, mas não entrou em detalhes. Fica uma dúvida no ar… Seria outra “coincidência”, em meio a esse emaranhado de informações, o testemunho de J.C.? Acreditamos que não. E damos total apoio aos pesquisadores para que desvendem logo todo esse mistério.