Equipes do Corpo de Bombeiros Militar e da Capitania dos Portos de Florianópolis (SC) foram mobilizadas no início da noite desse domingo (24) para verificar a suposta queda de uma aeronave nas imediações da Ilha Xavier e do Campeche.
Relatos de moradores das praias do sul da ilha circulam pelas redes sociais sobre o clarão misterioso que foi visto no céu nesse domingo. Alguns falam em “bola de fogo” e outros em “explosão”. A Central de Operações do Corpo de Bombeiros Militar recebeu várias ligações de moradores de praias distintas reportando o mesmo fenômeno no céu: uma bola de fogo caindo, após uma explosão, desaparecendo em alto-mar.
Bombeiros iniciando buscas por volta das 19h30. Foto: Conexão GeoClima
A torre de controle do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, não relatou qualquer tipo de anormalidade com as aeronaves que estiveram decolando ou pousando, o que praticamente descarta um acidente aéreo.
Nas praias de Torres, Arroio Teixeira, Capão da Canoa e Tramandaí, no Rio Grande do Sul, também houve relatos da bola de fogo e do clarão no céu, porém como menos intensidade e espanto. Muitos caminhavam na beira-mar no momento. A corporação catarinense também fez contato com a Capitania dos Portos de Tramandaí (RS), que não recebeu nenhum pedido de socorro, nenhuma demanda durante o domingo.
O Batalhão de Operações Aéreas fez sobrevoos na região do litoral catarinense, mas não encontrou vestígios. A Base Aérea também foi comunicada sobre o caso. Até as 23h deste domingo não havia informação de embarcação ou aeronave desaparecida ou que tenha colidido.
Victor Gaspodini, 20 anos, afirma ter visto o fenômeno. Ele disse que pretendia entrar no mar por volta de 18h30 quando olhou para o céu e viu uma bola de fogo. A imagem sumiu após supostamente cair no mar. Ele não viu nenhuma explosão, mas ouviu um barulho semelhante ao de uma aeronave. O jovem também afirmou que não estava chovendo naquele momento. “Fiquei impressionado com o que vi. Olhei a minha volta para ver se mais alguém tinha presenciado aquilo. Um casal que estava próximo confirmou”, contou.
O departamento de meteorologia do Grupo RIC pesquisou imagens de satélite, radar e raios para verificar se houve algum fenômeno atmosférico. Até as 22h deste domingo, nada de anormal foi verificado. Confira o vídeo:
Após relatos de clarão no céu do Campeche, meteorologista do Grupo RIC @CatiaBraga pesquisou imagens de satélite, radar e raios para verificar se houve algum fenômeno atmosférico. Até o momento, nada de anormal foi identificado. Confira: ? #NDMais (https://t.co/CLqibvWCF6) pic.twitter.com/GcBSk4yqDf
— ND Mais (@ND_mais_) 25 de março de 2019
Corporação levantou três hipóteses, sendo o fenômeno astronômico a mais provável
Ao que tudo indica, o clarão visto no céu do litoral trata-se de um fenômeno astronômico. O Corpo de Bombeiros de Florianópolis levantou três suspeitas, sinalizador, descarga atmosférica ou fragmentos de meteoro, sendo a terceira a mais provável.
Na manhã desta segunda-feira (25), o helicóptero Arcanjo realizou voo de buscas no mar na capital à procura de destroços desta suposta explosão. As buscas foram intensificadas ao leste da Ilha do Campeche e da Ilha do Xavier. No entanto, nenhum indício de destroços foi localizado. A Capitania dos Portos também não recebeu nenhum chamado sobre queda de embarcação. Por isso, essa possibilidade já foi descartada.
Avistamento da sacada de um prédio, em Imbituba (SC).
Segundo o Coronel Cesar de Assunção Nunes, comandante da 1ª Região do Corpo de Bombeiros de Florianópolis, essa intensidade de luz foi vista desde Passo de Torres, no extremo sul do Estado. “Isso pressupõe três hipóteses, a primeira é a utilização de um sinalizador de forma indevida, mas isso é muito difícil de apurar. A segunda é uma descarga atmosférica a ser analisada com imagens de satélites, até porque temos dois fenômenos em formação, um ciclone na região do Uruguai e outro no litoral do Espírito Santo. E a terceira, e talvez a mais possível, é a entrada na atmosfera de pequenos fragmentos de meteoro, o que é bastante comum, e que possa ter produzido essa luminosidade em todo o litoral catarinense”, informou o comandante.
O professor Marcelo Girardi Schappo, coordenador do projeto de Observações Astronômicas do IFSC, também acredita nesta hipótese: “provavelmente, pelos vídeos que eu vi, é um bólido ou ‘bola de fogo’. É um meteoro mais intenso, causado por um fragmento maior. Por isso essa bola mais intensa”, explicou.
“O espaço fora do nosso planeta não é vazio, mas repleto de pequenos fragmentos de rocha que tem uma órbita e acabam vagando por aí. Eventualmente esses fragmentos vão entrar na nossa atmosfera e, quando isso acontece, eles vêm em alta velocidade, dezenas de quilômetros por segundo e a interação com o ar incinera esses fragmentos que a gente vê na atmosfera. Não é um fenômeno raro nem perigoso”, informou o professor.
Confira o depoimento do comandante do Corpo de Bombeiros de Florianópolis:
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