Figuras literalmente obscuras, que nasceram com a própria Ufologia nos anos 50, os MIBs têm visitado testemunhas de avistamentos de UFOs ou pesquisadores que não se calam sobre suas descobertas e estudos. O termo MIBs vem do inglês men in black ou homens de preto, como os conhecemos no Brasil. Intimidadores, ameaçadores e de aparência estranha, esses visitantes indesejáveis são tomados por vários tipos de vilões, desde agentes governamentais até ETs malignos. Mas o que há de real nos relatos sobre os MIBs? E se existem, quem ou o que são?
Em uma noite particularmente escura de julho de 1967, o senhor Robert Richardson dirigia pelas ruas de Toledo, nos Estados Unidos. Cansado e temeroso de se acidentar, conduzia o veículo devagar, pois dali a poucos minutos estaria em casa. Ao virar em uma esquina, porém, teve provavelmente o maior susto de sua vida: um estranho objeto, em nada parecido com o que ele já tinha visto, bloqueava o caminho. Estava estacionado logo depois da esquina. Incapaz de frear o carro, Richardson colidiu contra o artefato, mas não com muita força. Para seu grande assombro, este simplesmente se volatilizou.
Apavorado, Richardson foi para casa e entrou em contato com a Aerial Phenomena Research Organization [Organização de Pesquisas de Fenômenos Aéreos, APRO], a pioneira entidade de pesquisas ufológicas dos Estados Unidos, informando os seus dirigentes de que tinha batido o automóvel em um possível disco voador — era um objeto do tamanho aproximado de seu carro, arredondado e aparentemente sem qualquer emenda ou passagem que indicasse uma porta.
Ele não observou marcas nem na presença de antenas ou asas. Além de ligar para a APRO, informou o fato também à polícia, que enviou homens para acompanhá-lo até o local. Os policiais que inspecionaram o ponto de colisão com o UFO nada viram além dos sinais de derrapagem dos pneus. Richardson, porém, voltando ao lugar mais tarde, encontrou um pequeno objeto metálico, acreditando ter provindo do UFO. Provavelmente, ele teria deixado de se preocupar com o episódio em pouco tempo, talvez só mencionando o estranho contato em conversas esporádicas com amigos ou familiares, não fosse uma sequela que o caso produziu — era algo mais intrigante que a colisão em si, que viria a desencadear uma série de acontecimentos esdrúxulos em sua vida.
Visitantes ameaçadores
Três dias depois da suposta colisão, Richardson foi procurado em casa por três homens que ele jamais tinha visto. Todos tinham aparência muito jovem, de 20 e poucos anos. Sem entender a razão, ele não lhes perguntou quem eram nem solicitou que mostrassem identificação, apenas deixou que entrassem. E, a princípio, não se sentiu nem um pouco intimidado por eles. Conversaram por cerca de 10 minutos. Os três homens não fizeram nenhuma ameaça ou advertência, apenas muitas perguntas a respeito de seu “quase acidente”. Quando partiram, ele notou que os homens entraram em um Cadillac preto, modelo dos anos 50 — uma posterior investigação revelaria que a placa era fria. Ou seja, os visitantes, sem dúvida, eram algum tipo de impostores.
Mais tarde, sozinho, Richardson se sentiu totalmente incomodado e intrigado com a visita. Só então se deu conta de que respondera sem hesitar a todas as perguntas que os jovens misteriosos lhe tinham feito sobre sua quase colisão com o UFO, como se fosse a situação mais banal do mundo. E foi quando percebeu que talvez o que vira naquela esquina tivesse um significado e uma importância muito maiores do que a princípio imaginara. Uma semana depois, Richardson recebeu outra visita estranha. Dessa vez eram dois homens, que chegaram em um carro Dodge da década de 60. Mais uma vez, incapaz de resistir, deixou os rapazes entrarem na casa.
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