Um cachorro da raça cão d’água, de propriedade de L. G., membro da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF) e do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ), que mora num apartamento em Salvador (BA), apareceu, em outubro do ano passado, com um furo perpendicular estranho no dorso, junto à coluna vertebral, ao lado direito. O dono ao afagá-lo sentiu uma casca dura entre o pêlo e a pele do animal. L. G. achou que era um machucado, no entanto ele não se recordava de que o cão tivesse se ferido em sua companhia, e o cachorro nunca saía sozinho. Sua esposa pensou tratar-se de um parasita e começou a puxar o que estava agarrado à pele.
A surpresa foi grande quando por baixo da ferida constataram que havia um buraco em forma cilíndrica, com 0,5 cm de diâmetro e uma profundidade de cerca de 2 cm. O mais interessante é que a superfície interna apresentava a mesma cor branco azulada da pele externa do cão, não havendo qualquer sinal de sangue, quer ativo ou coagulado. Além disso as bordas do buraco estavam perfeitamente lisas, sem pêlos à volta, como se tivesse sido cuidadosamente raspadas para uma pequena cirurgia. O veterinário que o examinou não encontrou explicação médica para o fenômeno. O buraco só cicatrizou por completo cerca de quatro meses depois.
Tratamento alternativo – Em 28 de dezembro de 1996, um cão pastor alemão foi atacado, também no dorso, junto à coluna vertebral. O animal chama-se Ouro Preto e mora na propriedade rural do sogro de Valmir, colaborador do G-PAZ, em Jacuruna. Era um furo estranho, com um centímetro de diâmetro e uma profundidade que permitia a entrada de um cotonete inteiro. Da mesma forma que o outro caso, à volta do buraco, os pêlos pareciam ter sido cuidadosamente raspados e a superfície interna também apresentava a mesma cor da pele externa – rosada. Novamente não foram encontrados sinais de sangue ativo ou coagulado. No início o sogro de Valmir pensou que alguém havia dado um tiro no animal.
Quem seria o autor de tamanha perversidade? Ninguém ouviu qualquer barulho de arma durante a noite. O único fato é que o cão latiu muito, chamando a atenção de outros animais da vizinhança que ladravam junto com ele. Sem entender o motivo do alarido, à certa altura, Valmir foi até o quintal para ver o que se passava, e observou que o animal olhava fixo para o fundo do terreno. O pesquisador preferiu não se arriscar em ir até lá, mesmo com a lanterna em mãos, pois se fosse algum marginal, tornar-se-ia um alvo fácil. Seu sogro, mais corajoso, acabou por ir buscar o cão e amarrá-lo junto à casa.
Ao fim dos três meses em que o animal foi tratado com remédios caseiros, o ferimento não se cicatrizou, nem apresentou supuração. Até agora o cão, apesar de ter-se apresentado nervoso e agitado nos primeiros dias, não deu sinais de se sentir incomodado com o profundo buraco que che-gava até os rins. Em 26 de março último, levamos as fotografias e as radiografias de um outro cachorro que sofreu ferimento semelhante a um veterinário.
Após um minucioso exame, o médico relatou-nos nunca ter visto nada igual, e o que mais o surpreendia era o fato da ferida não ter cicatrizado rapidamente. Na última semana de fevereiro, em Lauro de Freitas, no Estado da Bahia, mais um cão da raça pastor alemão, de nome Apolo, cujo proprietário é o ufólogo Emanuel Paranhos, presidente da SEULF, também apareceu com um buraco junto da articulação da pata dianteira, que possuía 1,5 cm de diâmetro. Mediante as radiografias feitas no animal, o doutor que o examinou nada pôde constatar.
Talvez a maior coincidência entre essas três histórias seja que o senhor L. G. havia comentado rapidamente, numa conversa com Paranhos, o fato que se sucedeu com seu cão. Mas o assunto morreu ali, sem despertar especial atenção dos ufólogos e veterinários. Voltamos, pois, a comentar sobre isso quando Valmir informou que o mesmo tinha acontecido ao cachorro de seu sogro. Passado algum tempo, a vítima foi o cão pastor alemão de Paranhos.