A velocidade de dobra é um dos conceitos mais famosos da ficção científica, apresentado em Jornada nas Estrelas (Star Trek, 1966). Na série, que depois deu origem a seriados derivados e vários filmes para o cinema, a nave Enterprise viaja para onde ninguém jamais esteve por um método que comprime o tecido do espaço-tempo à sua frente, e distende atrás, literalmente trazendo o ponto de destino, e afastando o ponto de partida, mais depressa do que a luz.
Albert Einstein provou com sua Teoria da Relatividade, sempre confirmada na prática, que é impossível qualquer objeto material viajar mais depressa que a luz. Em aceleradores de partículas elétrons e outros corpúsculos são acelerados a altíssimas velocidades, porém é verificado um aumento em suas massas conforme são mais acelerados, tornando impossível que atinjam a velocidade da luz. Exatamente conforme previsto pelas equações da Relatividade. Igualmente, os relógios dos satélites do sistema GPS marcam o tempo de forma diferente do que os dos equipamentos em solo, e para o usuário ter sua localização com precisão o sistema precisa levar esse fenômeno em conta.
Na experiência, realizada em uma câmara de vácuo, estava sendo avaliado um modelo do EmDrive (Eletromagnectic Drive, ou Motor Eletromagnético). Sem combustível ou partes móveis, contando somente com fornecimento de energia elétrica, esse engenho seria capaz de propulsionar espaçonaves via a emissão de microondas. De acordo com um texto publicado no site Spaceflight.com, da própria NASA, raios laser foram disparados através da câmara de ressonância do EmDrive, e alguns dos raios pareceram viajar mais depressa que a luz. Se isso for confirmado, então a única explicação plausivel é que alguma forma de dobradura do tecido do espaço-tempo foi criada dentro do motor.
TECNOLOGIA QUE PODE NOS LEVAR ÀS ESTRELAS, E TALVEZ SEJA UTILIZADA POR EXTRATERRESTRES
A ideia básica desse tipo de viagem espacial é criar uma bolha de dobra ao redor de um veículo espacial. O espaço-tempo, o tecido que forma a realidade, seria contraído diante da bolha, fluiria em torno dela, e se expandiria atrás. Em outras palavras, o motor dobraria o espaço-tempo mais depressa que a luz, enquanto a nave, dentro da bolha, se moveria incomparavelmente mais devagar, sem quebrar as leis da Relatividade. Sabe-se, devido a modelos teóricos da inflação, o súbito crescimento do Universo após o Big Bang há 13,8 bilhões de anos, que o espaço-tempo pode se expandir mais depressa que a luz, portanto estaríamos recriando uma condição que a própria natureza já realizou.
Entre os cientistas tentando provar se poderemos um dia criar uma tecnologia a fim de realizar esse feito está Harold G. White, que tenta em experimentos de laboratório alterar a trajetória de um fóton, a partícula que forma a luz, alterando a distância que ele percorre em determinada área, e medindo o resultado com um interferômetro. Além disso, o físico mexicano Miguel Alcubierre propôs, em 1994, uma teoria para um motor de dobra, chamado de Alcubierre Drive. Entretanto, a necessidade de colossais quantidades de energia, e ainda da ainda teórica matéria exótica, têm lançado dúvidas quanto à sua viabilidade. Porém, recentemente trabalhos teóricos demonstraram que a quantidade de energia necessária é muitíssimo menor do que antes se pensava. Recentemente os chineses anunciaram terem tido sucesso em experimentos com sua versão do EmDrive. Pode, então, estar começando uma corrida para levar a humanidade às estrelas, e talvez esteja sendo utilizada por alienígenas em suas longas viagens até a Terra.
Leia o artigo sobre o EmDrive da NASA no Spaceflight.com
O fórum deste site tem uma discussão a respeito
Leia um artigo sobre a possibilidade de criar a velocidade de dobra
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Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa
DVD: Buscando Vida Fora da Terra
Enquanto cientistas de diversas áreas buscam respostas para a origem e o futuro da humanidade terrestre, a exobiologia vasculha vastas regiões do universo à procura de outras formas de vida. Com exuberantes imagens obtidas pela NASA e usando avançados recursos de computação gráfica, este documentário mostra como seriam as espécies que encontraremos no espaço e deixa claro que esta é apenas uma questão de tempo.