Muito se fala sobre o acobertamento militar em relação aos UFOs e pesquisadores de todo o mundo se queixam de ser praticamente impossível conseguir qualquer informação oficial referente ao assunto junto às forças armadas. O que poucos sabem — e muitos que sabem fingem não saber —, é que qualquer ação militar, ainda que seja meramente administrativa e aparentemente sem grandes repercussões, obedece a procedimentos prestabelecidos e seguidos à risca pelos componentes dos meios oficiais.
Esse tipo de comportamento ocorre no mundo inteiro, uma vez que militares seguem regras claras e objetivas que constam nos regulamentos das forças armadas de todos os países. E se isso é verdade até para um mero procedimento administrativo do tipo “como arquivar um memorando”, o que dizer então de questões que estão diretamente ligadas à defesa de território, como é o caso dos discos voadors? E quando questionamos porque esses objetos seriam uma ameaça ao território nacional de qualquer país, basta lembrarmos que UFOs são aeronaves desconhecidas que invadem o espaço aéreo sem qualquer tipo de comunicação, sem obedecerem às regras internacionais de voo e sem se identificarem quando são solicitadas a fazê-lo. Para que se entenda melhor como tudo isso funciona, precisamos também saber como está montada a rede de proteção aérea no mundo.
Como estamos falando sobre Ufologia, ou seja, sobre objetos voadores não identificados, obviamente nosso maior enfoque será nos procedimentos adotados pelas forças aéreas. E embora um ou outro ponto possa variar de país para país, em termos gerais todas elas atuam da mesma maneira. Também vale a pena lembrar aos leitores que apesar de o avião ter sido inventado há pouco mais de um século, só bem depois de sua invenção que ele começou a ser utilizado como meio de transporte comercial.
Os aviões foram muito empregados durante a Primeira Guerra Mundial, mas foi a partir de 1920 que eles realmente passaram a ser utilizados como meio de transporte de carga e de passageiros. Hoje, quase 100 anos depois, temos algo em torno de milhares aviões em voo simultâneo em todo o mundo, transportando algo em torno de dois milhões de passageiros todos os dias — e isso sem levarmos em conta aeronaves militares e de carga, aeronaves clandestinas e outros operadores no espaço aéreo. É um grande feito se pensarmos no pouco tempo decorrido, porém é um feito que exige controle e acompanhamento para se evitar acidentes em terra e no ar.
Ainda falando sobre o desenvolvimento dos aviões e nosso conhecimento sobre o assunto, embora as aeronaves tenham sido largamente utilizadas durante a Primeira Guerra, foi na década de 30, durante a Guerra Civil Espanhola, que a avião de combate mostrou seus dentes e sua força. O ataque alemão à Guernica foi um dos atos mais atrozes praticados pela humanidade. O quadro de Pablo Picasso não deixa qualquer dúvida sobre o horror impingido aos espanhóis pelos alemães. Ali ficou claro para os exércitos de todo o planeta que uma nova força de guerra estava entrando no tabuleiro: os aviões.
A questão aqui é que, antes, as tropas de terra paravam diante de um rio ou do mar e as tropas embarcadas paravam nas praias, mas tropas aéreas não paravam em lugar algum — elas passavam por cima dos obstáculos e lançavam suas bombas e ogivas destruindo tudo o que pudessem, levando o pânico desmedido às populações. Nós, hoje, não fazemos ideia do tamanho do impacto provocado pela aviação de guerra à época, nem o que sofreram aquelas pessoas.
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