O ex-oficial do Pentágono Luis Elizondo, que chefiava o Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP) dos Estados Unidos, defende em seu livro uma teoria sobre o que faria objetos voadores não identificados (Ovnis) aparecerem com maior frequência em certas áreas do planeta.
Em “Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a Ovnis”, o norte-americano explica que os agora chamados de fenômenos anômalos não-identificados (UAPs, na sigla em inglês) são atraídos por dois fatores espécífos: atividade nuclear e grandes porções de água.
“Tudo isso é bem estranho, mas uma das primeiras observações de nosso grupo foi que os UAPs e a água são como waffles e xarope de bordo: onde está um, está outro. Às vezes, como no caso da mina no Congo ou, como discutiremos mais tarde, em embarcações nucleares no mar, o avista-mento de UAPs é associado à tecnologia nuclear e também à água”, diz um trecho do livro.
“Coincidentemente, toda vez que um reator nuclear derreteu ou uma catástrofe ocorreu, testemunhas avistaram UAPs nos arredores dias ou meses depois. Three Mile Island, Chernobyl e Fukushima serviram como ímãs para UAPs”, afirma o ex-oficial em outra passagem.
Créditos: CNN
Ao longo das páginas, Elizondo apresenta uma teoria que justificaria essa coincidência. Não é raro que Ovnis sejam avistados carregando água, ainda que nunca sejam vistos com propulsores ou qualquer elemento motor similar ao usado pelos humanos.
Luis Elizondo explica por que o Brasil escondeu casos de Ovnis

ex-oficial do Pentágono Luis Elizondo explicou por que o Brasil manteve silêncio sobre os casos de Ovnis na ilha de Colares, no Pará, durante a década de 1970. Na época, a Força Aérea Brasileira realizou a Operação Prato, investigando luzes misteriosas e supostos ataques de raios a moradores locais, mas as investigações foram encerradas sem conclusões definitivas. Elizondo acredita que, na época, o Brasil preferiu não divulgar esses casos para evitar prejudicar relações internacionais, já que as tecnologias poderiam ser de origem americana ou russa, ou até mesmo uma ameaça comunista.
Ele também comentou que, agora, com outros países admitindo estudos sobre Ovnis, será mais fácil para o Brasil discutir o tema abertamente no futuro.
O livro dele, “Iminente”, detalha os bastidores da investigação do Pentágono sobre Ovnis e ajudou a aumentar a conscientização sobre o assunto nos Estados Unidos.
Operação prato

As Forças Armadas do Brasil, especificamente a Força Aérea Brasileira (FAB), conduziram uma operação para investigar avistamentos de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) na região do Pará, incluindo áreas próximas ao arquipélago do Marajó. A operação foi conhecida como Operação Prato e ocorreu entre outubro e dezembro de 1977.
Detalhes da Operação Prato:
– Objetivo: Investigar alegações de avistamentos de OVNIs na região de Colares, no Pará, onde moradores relataram fenômenos associados a “corpos luminosos” e supostos ataques à população.
– Período: A operação foi realizada em duas missões, entre 20 de outubro e 11 de novembro de 1977, e novamente entre 25 de novembro e 5 de dezembro de 1977.
– Equipe: A operação foi conduzida por uma equipe de agentes de inteligência do I COMAR, incluindo o sargento Flávio Costa, e contou com a participação de médicos da aeronáutica.
Fenômenos Investigados:
– “Chupa-chupa”: Os moradores relataram fenômenos de luzes voadoras que pareciam sugar o sangue de pessoas, além de queimaduras e outros efeitos.
– Avistamentos: Foram registrados avistamentos de OVNIs em várias localidades da região, incluindo Colares, Vigia e outros municípios.
Documentação:
– Registros: A FAB produziu relatórios detalhados sobre as observações, incluindo imagens fotográficas e descrições dos fenômenos.
– Arquivos: Os documentos da Operação Prato estão sob guarda do Arquivo Nacional em Brasília e incluem relatórios de missão, imagens e outros materiais.