Minhas experiências ufológicas começaram quando eu tinha entre oito e 9 anos de idade, muito embora eu sequer imaginasse que o que acontecia comigo tivesse algo a ver com tal assunto. Na época, na década de 70, meu pai tinha comprado um terreno e estava construindo uma casa para a qual nos mudamos ainda antes de estar pronta. O bairro era a Vila Císper, localizado na zona leste da cidade de São Paulo. Naquela região não havia muitas casas, mas muito verde e algumas lagoas que hoje estão assoreadas. Uma tarde, após voltar da escola, enquanto brincava no terreno ao lado de casa, olhei para cima e vi algo que de imediato me deu a impressão de estar baixando ou caindo. O objeto, redondo e cinza, tampava a visão do Sol. Fiquei em pé por alguns segundos observando aquilo, sem saber do que se tratava.
Depois, só me lembro de correr para dentro de casa e de que, passado algum tempo, quando saí para ver se o artefato ainda estava lá, ele já havia partido. Só após muitos anos compreendi que havia visto um UFO. Na mesma época, em uma noite, pedi para minha mãe me deixar dormir um pouco mais tarde e ela concordou, pedindo que eu não fizesse barulho. Minha cama, um beliche, estava posicionada de tal forma que me era possível ver boa parte da cozinha. Sentei-me na beirada da cama e olhei em direção àquele cômodo da casa, que estava com a luz apagada, e vi que embaixo da mesa começava a se formar uma pequena luz branca, que depois se expandiu e ocupou todo o espaço sob o móvel. Em alguns instantes eu vi sair de dentro daquela luz um ser humanoide.
O primeiro contato
A inusitada criatura caminhava em direção ao quarto, olhando para todos os lados com um movimento corporal que demonstrava preocupação e curiosidade com o ambiente — ele era baixo e o tom de sua pele era uma mistura de verde musgo com cinza. O ser tinha algumas manchas marrom avermelhadas e bege escuras na parte superior dos braços e peito, cabeça grande sem cabelos, olhos arredondados e escuros, boca fina e pequena, braços que ultrapassavam a altura dos joelhos e seu corpo era magro, porém forte.
Quando vi tal criatura, de imediato deitei e me encolhi toda, cobrindo a cabeça com o cobertor como se ele fosse me proteger daquilo. Fiquei retraída por alguns minutos, morrendo de medo, até que resolvi descobrir a cabeça para ver se a entidade tinha ido embora, pois o quarto estava em silêncio. Ao fazê-lo, levei um susto, pois dei de cara com ela, que havia subido em minha cama. Normalmente, o beliche balançava quando eu ou minhas irmãs subíamos nele, mas a criatura parecia não ter peso. Ao dar de cara com a entidade, soltei um grito e ela, assustada, recuou com o corpo. Depois, jogando a cabeça um pouco para trás, começou a falar coisas que eu não entendi — suas palavras eram totalmente incompreensíveis para mim. Ela, então, deu uma olhada para a cama de meus pais e, antes que eles acordassem, desceu rapidamente do beliche e sumiu. Tudo aconteceu muito rápido.
Meus pais acordaram segundos depois e eu contei a eles o que tinha ocorrido. Meu pai, então, se levantou e inspecionou a cozinha inteira, principalmente embaixo da mesa, mas não tinha nenhum vestígio da presença do alienígena — ele simplesmente sumiu da mesma forma que veio. Depois disso, passei a ter medo de ficar acordada para assistir televisão e de ficar sozinha no escuro. Até hoje, me recordo muito bem do que aconteceu. Tempo depois, rememorando o episódio com a minha mãe, soube que no dia seguinte aos fatos eu desenhei o ser que havia visto e que ele era igual aos do tipo gray, hoje tão divulgados. Minha mãe ainda ressaltou que naquela época nós não tínhamos acesso a esse tipo de informação sobre alienígenas, o que torna mais curioso o fato de eu ter desenhado um deles. E ainda me perguntou por que aquilo apareceu para mim, já que eu era apenas uma criança?
No final da década de 70, quando eu já estava com 14 anos, comecei a observar que algumas luzes brancas sobrevoavam um morro em frente a minha casa — naquela época, a região continuava com pouquíssimas casas e com muito verde. As luzes começaram a chamar minha atenção porque sobrevoavam de uma ponta à outra do morro e às vezes se juntavam formando uma só para depois se separarem outra vez. Geralmente, eram duas ou três que surgiam quase sempre no mesmo horário, entre 20h00 e 23h00. Eu sabia que aquilo não era avião, balão ou algo semelhante e passei a observar o fenômeno mais atentamente.
Luzes inteligentes
Um dia, por brincadeira, acenei para as luzes, pois queria saber se elas podiam me ver, e, para minha surpresa, uma delas se apagou e instantes depois reapareceu, mais perto de mim. O processo de apagar e reaparecer se repetiu até a luz ficar bem perto, em torno de 5 m ou 6 m de distância e a uns 7 m de altura. Era uma luz globular branca e silenciosa, com luminescência não irradiante e aproximadamente 2 m diâmetro. Ao vê-la parada à minha frente, percebi que eu estava paralisada — eu queria me mover e sair correndo dali, mas não conseguia. De repente, vi um rosto surgir no objeto e percebi que ele era bem semelhante ao do ser que eu tinha visto quando criança, embora não fosse o mesmo.
O alienígena, então, me perguntou o que eu queria deles e eu respondi que não queria nada. O diálogo foi totalmente telepático, pois não cheguei a mover meus lábios. Depois disso, eu só me lembrava de ter entrado em casa e contado para meus pais o que havia acontecido. Eles já estavam deitados e não quiseram sair àquela hora para averiguar. Contei esse episódio primeiramente para o ufólogo Jaime Lauda [Consultor da Revista UFO] e depois para o hoje ex-ufólogo Carlos Alberto Reis, que na época, ao pesquisar o caso, percebeu que havia um pequeno lapso de tempo em minhas memórias. Fiz, então, uma regressão com o hipnólogo Mário Nogueira Rangel. Durante a sessão, consegui lembrar-me apenas de duas novas frases, pois mesmo com a regressão eu continuava com um forte bloqueio — o que consegui me lembrar durante a hipnose foi a continuação do diálogo.
Durante o procedimento hipnótico, relatei que, após eu dizer que não queria nada deles, o ser respondeu com uma entonação um tanto aborrecida: “Se não queria nada, por que me chamou?” E eu respondi: “Chamei por brincadeira!” Hoje, mais de 30 anos após o episódio, percebo que levei uma leve bronca do alienígena por tê-lo chamado, acenando para eles, mas como eu poderia saber que a luz viria ao meu encontro? Sob hipnose lembrei-me também das seguintes frases “o tempo é uma passagem para outros mundos” e “a escola terrena divide de forma errônea as med
idas do tempo”. Tais frases, que para mim são uma incógnita, ficaram em minhas lembranças como fragmentos de um diálogo que, infelizmente, não consegui recordar por inteiro.
Estranha marca
Algumas noites após o contato com a luz, eu me preparava para dormir quando, ao olhar para a janela do meu quarto, uma veneziana de madeira que estava bem fechada, vi passar por ela uma pequena bola de luz. O orbe flutuou e parou em frente ao meu rosto por alguns instantes, tempo suficiente para eu memorizar o símbolo que se formou na pequena luz de 6 cm. O símbolo, ou emblema, era redondo e dividido em quatro partes, sendo que em duas partes opostas havia duas curvas de tamanhos e formas diferentes. As partes em que os desenhos se formavam apareciam em alto relevo em branco, e a parte baixa era em um tom de lilás com roxo. Aquela luz ficou parada à minha frente e eu mal acreditava no que estava vendo. Era uma imagem muito bonita. Alguns segundos depois, o orbe começou a vibrar com rapidez e em seguida se desfez — a impressão que tive foi a de que eu precisava memorizar aquele símbolo e de que aquilo vinha da parte dos seres que vira.
O alienígena me perguntou o que eu queria deles e eu respondi que não queria nada. O diálogo foi telepático, pois não cheguei a mover meus lábios. Depois disso, eu só me lembrava de ter entrado em casa e contado para meus pais o que havia acontecido
Eu senti que aquela luz era controlada por algo externo, devido ao movimento que ela fez ao voar até chegar à frente de meu rosto. No dia seguinte, assim que acordei, desenhei o símbolo e guardei o desenho. Alguns anos se passaram e em 1991 comecei a sonhar com seres e a lembrar de um episódio que havia ocorrido comigo e minha prima Débora, fato que começou a me incomodar. Naquela época, Débora morava na Espanha e lá ela também começou a ter sonhos com seres em uma nave. Depois disso, procurei o ufólogo Claudeir Covo [Foi coeditor da Revista UFO, hoje falecido], que passou a pesquisar meu caso. Na ocasião, relatei a ele que em 1986 eu e minha prima tínhamos ido a uma discoteca que pertencia a um amigo dela, quando uma real abdução ocorreu.
Nós fomos à tal discoteca de ônibus, pois o amigo da Débora costumava levá-la para casa após determinado horário. Naquele dia, porém, ele não estava no local e como não tínhamos carona tivemos que sair antes das 23h00. Tomamos o ônibus no ponto em frente à casa noturna. Algum tempo após embarcarmos no veículo, vimos pela janela que havia uma luz acompanhando-o, coisa que nos chamou a atenção. Ao descermos do coletivo em nosso destino, olhamos para o céu e vimos que a luz que estava imóvel, não mais acompanhava o ônibus. Aceleramos o passo e percebemos que ela nos seguia de uma grande altitude.
Rompendo anos de silêncio
Em determinado momento, resolvemos mostrar a luz para um casal que estava sentado em frente a uma casa — eles olharam, acharam aquilo estranho e logo em seguida entraram em sua residência. Nós continuamos nosso trajeto a pé e depois de um tempo vimos que a luz havia sumido, o que nos deu um grande alívio, pois a casa de Débora era distante do ponto de ônibus e tínhamos que caminhar mais um pouco. Quando alçamos a rua sem saída onde ela morava, vimos ao fundo, onde havia uma enorme área verde e um pequeno campo de futebol, uma grande luz parada, flutuando sobre o terreno. A partir daí, só o que lembrávamos era de entrarmos em casa. Nós não sentíamos vontade de falar sobre o assunto e assim ficamos por alguns anos, até que passamos a ter lembranças que começaram a nos incomodar muito.
O pesquisador Covo, então, recomendou que fizéssemos uma hipnose regressiva com o hipnólogo e pesquisador Rangel, o que aceitei de imediato. Ao fazer a regressão, me lembrei de fatos que não consegui recordar fora do procedimento, como o de que, ao vermos a luz no campinho, mesmo estando com medo, começamos a caminhar em direção a ela. Nós nos sentíamos atraídas para lá e ao chegarmos perto, vimos que havia um ser embaixo da nave que nos olhava fixamente e apontava para cima — ele fez com que minha prima subisse flutuando por um cone de luz até o interior da nave e, em seguida, fez o mesmo comigo. Ao subirmos, vimos que havia três seres em pé dentro do veículo olhando para baixo, esperando por nossa entrada.
Quando adentramos o UFO, dois seres levaram Débora para uma sala e eu para outra. Havia três alienígenas me acompanhando. O interessante é que, mesmo querendo sair daquela situação, eu não tinha controle sobre minha vontade e não conseguia esboçar uma reação de defesa, como gritar ou sair correndo. Fui levada para um recinto na nave e deitada em uma cama ou mesa que era sustentada por uma haste central. Meus pés ultrapassavam o tamanho da mesa e ficavam um pouco para fora. Eu estava com medo, mas não podia fazer nada. Sentia-me, e estava, totalmente imobilizada.
Dentro da nave
Os alienígenas não falavam comigo, mas se comunicavam entre si — eles estavam concentrados no trabalho que faziam. Um deles, que ficou ao lado de minha cabeça, me olhava atentamente. Em determinado momento, um dos seres colocou uma espécie de pulseira que julguei estar ligada a um aparelho que tinha uma pequena tela. Um dos estranhos que estava ao meu lado tocou meu nariz e em seguida senti minha narina direita dilatada. Outro deles tinha na mão um fio fino e transparente com um pequeno gancho em uma das pontas, que agarrava um objeto redondo bem pequeno, do tamanho da cabeça de um alfinete. Aquilo não parecia ser de metal, mas um pequeno cristal transparente ou algo semelhante. O ser, então, introduziu o tubo em minha narina direita, e eu não tinha como impedi-lo de agir. Eu sentia uma pressão dentro do nariz e era muito ruim. Um segundo ser ajudava o primeiro e o terceiro só observava.
Quando retiraram o tubo de minha narina, percebi que a pequena esfera não estava mais na ponta do instrumento. Ao lado de minha cabeça havia um aparelho com um pequeno monitor e por ele acompanhei o trajeto que o instrumento fez ao entrar em meu nariz. A pequena esfera foi introduzida e deixada bem próxima da parte baixa de minha cabeça, perto da nuca — pelo menos foi isso que pensei ao olhar o monitor. Depois disso, um dos seres espetou o meu dedão do pé direito, o que doeu um pouquinho. Eu imaginei que eles estivessem retirando uma amostra de sangue. Eu estava descalça, mas não me lembrava de ter tirado os sapatos. O tripulante que estava ao lado então retirou a pulseira e o que estava na cabeceira da cama fez um sinal com a mão, que eu só entendi quando ele o fez pela segunda vez — ele estava pedindo para eu me levantar.
Nua e presa a um aparelho
Sentei atordoada, com os pensamentos embotados. Olhei para meus pés e vi que meus sapatos estavam lá, no chão, mas não me lembrava de tê-los tirado. Coloquei-os, fiquei em pé e vi minha prima sendo levada para o local onde havíamos subido pelo cilindro de luz. Perguntei quem eram eles e o que nós duas estávamos fazendo ali. Eles não responderam. Um dos seres se aproximou e olhou fixamente em nossos olhos sem falar nada. Instantes depois, estávamos de volta ao campo sem saber como havíamos descido e a nave não estava mais lá. Senti que havíamos recebido uma ordem telepática para irmos para casa. Saímos correndo e eu me lembrei de que Débora tinha caído perto da entrada de sua casa, próximo a Kombi de seu pai. Ao chegarmos, ela estava com fome e sede e eu estava com muita sede. Bebi muita água e muito suco que estavam na geladeira.
Débora fez a hipnose regressiva logo após regressar da Espanha, no dia 05 de maio daquele ano, na presença de Covo, que documentou tudo em vídeo. Não presenciei a sessão para não influenciá-la ou causar alguma interferência em seu relato — aguardei o fim do trabalho em outra sala, no apartamento de Rangel. Em sua regressão, Débora relatou que foram coletadas amostras de sangue por meio de um aparelho que fez a extração sem que ela sentisse qualquer perfuração. Também tiraram uma pequena amostra de seus cabelos e lhe fizeram um exame clínico completo.
Quando retiraram o tubo de minha narina, percebi que a pequena esfera não estava mais na ponta do instrumento. Ao lado de minha cabeça havia um aparelho com um pequeno monitor e por ele acompanhei o trajeto que o instrumento fez ao entrar
Como aconteceu comigo, Débora também se sentiu paralisada enquanto a examinavam. Segundo seu relato, eles olharam atentamente seus cabelos, boca e dentes. Os seres também examinaram e tocaram em seus olhos. Em determinado momento, ela se viu totalmente nua presa a um aparelho que, a meu ver, escaneava seu corpo. Ela não se lembrava de como tiraram suas roupas ou de como eles as recolocaram, exatamente como aconteceu comigo e meus sapatos. Ela perguntou aos alienígenas, em determinado momento, por que a haviam escolhido, mas também não obteve resposta.
Após o exame, minha prima não viu mais os seres, que acionaram alguns botões em um grande painel que havia na sala. Ela os descreveu como tendo olhos grandes e pretos, mãos com somente quatro dedos e com uma espécie de pele entre eles, e que não tinham unhas. Disse também que os alienígenas tinham a cabeça grande, sem pelos ou cabelos, lábios finos, boca pequena, pescoços finos e longos. Seus braços e pernas eram finos e longos e seus pés eram feios e pareciam estar descalços. Um dos seres acionou um botão que abriu a porta e Débora saiu, mas não me viu. Ela só se lembrava de estar caminhando ao meu lado, perto de sua casa e de que tinha escorregado e caído em uma pequena valeta perto da Kombi de seu pai. Lembrou-se, também, de que ao chegarmos em casa ela comeu bolo, tomou café com leite quente e que eu bebi alguma coisa que estava na geladeira. Ela disse que fomos deitar sem termos vontade de falar a respeito do que havia ocorrido conosco e que assim ficamos por alguns anos, sem tocarmos no assunto.
Implantes alienígenas
Algum tempo depois da hipnose regressiva, Mário Nogueira Rangel, ao continuar a pesquisa sobre o meu caso, leu o livro Abduction: Human Encounters with Aliens [Abdução: Encontros de Humanos com Aliens, Scribner, 2007], escrito pelo professor de psiquiatria de Harvard, doutor John E. Mack, e nele encontrou desenhos feitos por dois abduzidos hipnotizados Mack, Julia e Dave, reproduzindo exatamente o mesmo instrumento que eu desenhara — um equipamento que havia sido inserido pela minha narina. Rangel, na ocasião, enviou cópias a pessoas interessadas no Brasil e Estados Unidos e uma carta sobre o assunto para o doutor Mack, que acusou recebimento.
Mais tarde ele me perguntou se eu poderia tirar um raio-x do dedão do pé direito, no qual tinha sentido uma picada durante a abdução. Eu, então, pedi ao ufólogo doutor Max Berezovsky [Já falecido] que me fornecesse um pedido de exame para eu poder fazer a radiografia. Realizei o procedimento em dois locais diferentes e, para minha surpresa, a imagem acusou dois corpos metálicos nas partes moles do hálux — isso aconteceu em ambos os exames, feitos em clínicas diferentes. Os objetos eram bem pequenos e metálicos. Entreguei os raios-X para Rangel e algum tempo depois conheci o doutor Roger Leir [Foi consultor da Revista UFO, já falecido], especialista em implantes alienígenas, com quem troquei alguns e-mails.
Quando veio ao Brasil, Leir, que era podiatra, examinou o dedo do meu pé e se ofereceu para remover os objetos, mas eu não quis tirá-los e eles permanecem comigo. Não sei se essa decisão foi correta, mas não sinto vontade de removê-los desde o momento em que tomei consciência da sua existência. Não sei por que isso está em meu corpo, mas não tem me prejudicado ou causado qualquer problema de saúde. Acho que devo fazer parte de alguma pesquisa ou experiência por parte de meus abdutores, pois eles têm me acompanhado desde a infância, embora não saiba que critérios utilizaram para me escolher — não teria sentido eles fazerem o que fizeram sem terem uma motivação ou um objetivo maior. Em todo tempo, o comportamento deles indicou que eram uma espécie de cientistas fazendo seu trabalho seriamente e com muito empenho.
Não sei o que há por trás de toda esta história. Não sei quais são seus propósitos reais ou o que estão incumbidos de realizar. Porém, algo que jamais esquecerei é o olhar profundo daquele alienígena que olhou fixamente em meus olhos. Um olhar tão profundo que parecia que vasculhava todo o meu ser, minha mente, minha alma. Essas são partes de minhas lembranças que jamais serão esquecidas.
Os casos de sequestros alienígenas sempre geraram polêmicas dentro da comunidade ufológica, e mesmo pesquisadores tarimbados têm dificuldade em acreditar que sejam reais. Por outro lado, alguns relatos vindos de abduzidos são difíceis de ser desbancados por explicações como paralisia do sono ou alucinação. E muitos investigadores do assunto afirmam categoricamente que extraterrestres tratam membros de nossa humanidade, há décadas, como meros ratos de laboratório. A verdade é que ninguém pode provar que as abduções sejam falsas — o máximo que se pode fazer é buscar explicações alternativas para as milhares de alega&ccedi
l;ões ao redor do mundo.
É preciso notar que a citada busca por outras explicações têm deixado muito a desejar no que se refere às abduções e à generalização das explicações, que rotulam todos os casos como sendo farsas, alucinações ou doenças mentais, beirando as raias da ignorância. É preciso pesquisar o tema com cuidado para que se possa começar a entender o fenômeno e o primeiro passo é olhar para ele sem preconceitos ou julgamentos prontos.
A Revista UFO, seguindo seu princípio editorial de bem informar sobre a complexidade da Ufologia, traz neste artigo o relato pessoal de Bete Rodrigues, cuja abdução é pesquisada há décadas por renomados ufólogos brasileiros, entre eles Mário Nogueira Rangel, autor de Sequestros Alienígenas [Código LIV-007 da coleção Biblioteca UFO. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br]. Como acontece com grande parte dos abduzidos, Bete começou a ter experiências na infância e conforme o tempo passava elas foram se tornando mais intensas. A seguir conheceremos sua história. A. J. Gevaerd