UMA ENTREVISTA HISTÓRICA – Nossa entrevista do mês é um dos trabalhos que publicamos com a maior satisfação em UFO. A cada mês, apresentar ao leitor versões variadas, pontos-de-vista diferentes e posições novas sobre o Fenômeno UFO, procedentes de nossos entrevistados, é uma grande satisfação à nossa Redação. Mas esta edição contém uma das entrevistas que mais nos locou e que mais profundamente atingiu o âmago da questão ufológica.
Nosso entrevistado é um homem simples, como nos conta nosso enviado especial à Coventry, no estado americano de Connecticut, nordeste do país. Ufólogo por paixão, Lawrence Fawcett, ou \”Larry\”, como é conhecido nos círculos ufológicos norte-americanos, é um policial de carreira, extremamente dedicado ao seu serviço, como é comum ao policial americano, mas também excepcionalmente dedicado à causa ufológica. Aliás, dedicado ao extremo, pois foi este homem, um dos cabeças da organização civil norte-americana CAUS ou Citizens Against UFO Secrency (Cidadãos contra o sigilo aos UFOs), quem mais perturbou um Governo especialista em omitir e de-sinformar a respeito de Ufologia. Larry perturbou tanto que, junto ao CAUS, chegou a contratar advogados para processar – algumas vezes com sucesso, outras não, como era de se esperar… – diversas agências governamentais, tais como a CIA, o FBI, o NSA etc.
Para nosso leitor mais interessado, recomendamos a leitura das páginas 22 e 23 de UFO 02, onde publicamos (seção \”Memória\”) matéria sobre o funcionamento do CAUS e do processo de acionamento judicial das agências de segurança e defesa (leia-se, muitas vezes, \”espionagem, contra-informação e sigilo\”). Mas, para o leitor apressado, publicamos ainda nestas páginas desta edição de UFO, box com um retrospecto de nossa matéria do mês de maio. Mas, enfim, como é isso de processar o governo? Essa deve ser a pergunta na boca de nossos leitores, para qual a resposta é simples: num país realmente democrático, onde não haja significativa quantidade de corrupção e incapacidade administrativa do governo, o cidadão que se sente lesado de alguma forma por este mesmo governo pode e deve ter o direito de processá-lo judicialmente, para pedir reparação do erro governamental, indenização, retratação etc.
Pois, nos Estados Unidos existe uma lei, a famosa FOIA ou Freedom of Information Act (Lei de Liberdade de Informações), que, literalmente, sustenta que o direito à informação é propriedade de todos. O governo não pode negá-la à comunidade e quando o faz incorre em erro grave, que lá nos EUA, por exemplo, depõe até presidentes.., E como é que isso ocorre com a Ufologia? Deve ser esta outra pergunta que nosso leitor quer nos fazer, para a qual a resposta é ainda mais simples: o Fenômeno UFO representa a certeza de que não estamos sós no universo, de que não estamos sós nem em nossa galáxia e que, mais que isso, além de não estarmos sós, estamos sendo observados, pesquisados e escrutinados dentro de nossa própria casa, sem que sequer saibamos quem se interessa tanto por nós! Por trás disso tudo existem sociedades interplanetárias avançadas e inteligentes que por certo manejam e detêm controle de leis da natureza que sequer desconfiamos que existam, e que por esta razão não podem – segundo a ótica obtusa dos militares e burocratas governamentais – ser divulgadas ao povo, ou por alegação de que tal conhecimento agitaria a comunidade e traria pânico, ou pela simples razão (inconfessável) de que, se divulgado, tal conhecimento abalaria as estruturas e sustentáculos do poder, da igreja, da sociedade, das ordens Financeiras, da ciência, da filosofia, do militarismo e de tudo o mais que existe há séculos.
Lawrence Fawcett não teve medo desse desafio: junto a advogados, profissionais liberais, engenheiros, técnicos (inclusive governamentais, como o próprio Larry) etc, formou o CAUS, arrecadou dinheiro para os custos processuais, arregaçou as mangas e colocou o governo norte-americano na parede. Forçou o governo a liberar, por ordem judicial, as informações de que os UFOs não só existem e têm provocado grandes bailes às autoridades dos EUA, como jamais deixaram de ser assunto de máximo interesse do Estado, que classificou-o como \”top secret\”!
Mas, entrevistar Larry não foi fácil. Nosso enviado, o ufólogo brasileiro naturalizado americano J. Marra Stutz, teve um pouco de trabalho em acompanhar o pique de um dos mais prestigiados pesquisadores de Ufologia do mundo. Deslocando-se de onde mora, Stutz encontrou-se com Larry há alguns meses, fez a entrevista e nos enviou o material, que só recebemos com 40dias de atraso devido à greve dos correios (do Brasil, é claro). Vejamos o que nosso enviado diz sobre seu entrevistado:
\”Após uma viagem de uma hora e meia pude chegar a cidade de Coventry, em Connecticut, localizada a apenas mais 30 minutos da capital do estado, a grande Hartford. Na agradável e pequena Coventry, que conta com apenas 3.800 habitantes, passei quase 3 horas com o excepcionaI ufólogo Larry Fawcett, uma das pessoas mais simples que conheci em toda minha vida!
\”Larry, que não é lembrado somente por ser autor de um dos livros mais sérios e importantes sobre UFOs já editado nos EUA, o best-seller Clear Intent (Claros Desígnios) (Nota do Editor: o livro já foi indicado em nossa seção Leitura. Ver página 25 de UFO 01, de março/88), nos recebeu tão bem que nos sentimos verdadeiramente à vontade para entrevistá-lo em sua casa. O dia que nos recebeu, pelas 10 horas da manhã, é um feriado nacional, o famoso \”Memorial Day\”, e Larry logo nos adiantou: \”Após a entrevista pretendo aproveitar o feriado para fazer um pic-nic com uns amigos…\” Foi incrível saber que um dos ufólogos mais renomados do país é um homem simples que gosta de fazer pic-nics!
\”Um dia muito quente aquele Memorial Day, Larry recebeu a mim, meu irmão e fotógrafo Ubaldo Marra Stutz sem camisa, à vontade e tomando seu \”breakfast\”, bem no estilo americano. Acabava de acordar e, para nossa surpresa, ao nos ver já foi pegando uma caneca para oferecer-nos café, coisa muito pouco comum para americanos (e olha que eu convivo com eles há anos..). Não se parecia nem um pouco com o homem que via em entrevistas na TV.
\”Acabou seu breakfast e levou-nos ao seu escritório, na parte de baixo de sua casa, onde possui além de inúmeros arquivos, um pequeno computador, muitas fotos de UFOs na parede e alguns pôsteres de seu artista predileto: John Wayne! E começamos aí a entrevista.\”
Larry, o que o levou a dedicar-se à Ufologia e há quanto tempo você desenvolve atividades nesta área? Comecei a estudar o Fenômeno UFO em junho de 1965 e a razão que me levou a este estudo foi, como muitos outros, eu ter visto algo! Próximo ao dia 25 de junho, verão na cidade de Manchester, quando eu voltava para casa em meu carro logo após o trabalho, resolvi parar em uma agência de carros novos. Do outro lado da rua, havia uma subestação elétrica, que abastecia toda a cidade de Manches ter. Da agência, vi um grupo de pessoas olhando algo que voava no céu e me dirigi a o grupo para saber o que estava ocorrendo. (Nota do tradutor: No hemisfério Norte, o verão tem seus dias longos, havendo sol até às 20:00 h).
Inicialmente, pensei tratar-se de uma pequena aeronave que estivesse em perigo e estava descendo em zig-zag. Quanto mais descia, aumentava assustadoramente de tamanho, chegando a uns 20 a 25 metros da subestação elétrica, parando sobre ela. O tamanho da aeronave me fez compará-la com um Jumbo 747; ela não tinha asas, nem janelas, nada. De repente, saiu um \”tubo\” ou \”vara\” debaixo do objeto e, como se sugasse a eletricidade, deixou toda a cidade sem luz por algum tempo. Em seguida, recolheu o tubo ou vara e desapareceu repentinamente.
Éramos ao todo 25 pessoas testemunhando o estranho fenômeno, sendo tal avistamento o responsável por meu ingresso na pesquisa ufológica.
Ao longo de todos estes anos de pesquisas ufológicas, qual foi o momento de maior satisfação que você teve em seus estudos: uma descoberta, uma conclusão, algum avanço, enfim, o que você definiria como o melhor momento de sua \”carreira\” de ufólogo? Sem dúvida, foi em 1979, quando nós processamos o governo americano. Isto aconteceu na Suprema Corte dos Estados Unidos, com a causa chamada \”CAUS X NSA\” (Agência de Segurança Nacional). Neste processo, tentamos que esta agência liberasse os documentos existentes sobre UFOs. Nós havíamos tido bons resultados em processos anteriores contra a Cl A (Agência central de inteligência), o FBI e outros mais, e muitos dos documentos liberados por estes órgãos citavam o nome da NSA como possuidora de uma grande reserva de documentos sobre UFOs. Deste modo, entramos na Corte dos Estados Unidos com uma ação contra a NSA, mas perdemos a causa. Conseguimos, porém, que a NSA admitisse que de fato possuía em torno de 250 documentos sobre o Fenômeno UFO. É muito difícil obter alguma informação sobre isso por parte do go ver no, pois sendo este assunto objeto de segurança nacional, o governo reserva o direito de manter segredo total sobre isto. Esta foi uma das situações mais delicadas que nós encontramos, mas temos ainda muito mais pela frente, podem acreditar.
Qual foi sua maior decepção dentro da Ufologia? O Projeto \”Blue Book\” e o \”Condon Committee\”, feitos pela Universidade do Colorado, onde cheguei a trabalhar por algum tempo. Após me tornar amigo intimo do Dr. Hynek, tornei-me investigador para ele, há anos atrás. Ele começou a me contar muitas coisas, entre elas algumas sobre o Projeto \”Blue Book\”, que se propunha basicamente a ser um meio de levar ao público uma explicação lógica para o Fenômeno UFO, mas ocultando sempre a verdade. A Universidade do Colorado, com o Condon Committee, não conseguiu explicar nem a metade de muitos casos catalogados por eles mesmos. Continuavam sempre a dizer que os UFOs eram irreais. Outros projetos também foram falsos, mas penso serem estes os mais importantes, ou os maiores \”estouros\” na tentativa de se negar os UFOs. O novo projeto que enfrentamos agora chama-se o \”Majestic 12\” ou o \”MJ-12\”, que acreditamos também ser falso. De fato, se você ler o Boletim \”Just Cause\”, do nosso Grupo CAUS, você verá isso claramente. Muitos estudos já realizados por pesquisadores encontraram fraudes nos documentos apresentados pelo governo. Assim como Stanton Friedman e Peter Gersten, membros de minha organização, muitos outros estão lutando para chegar a uma conclusão sobre este MJ-12.
Suas atividades como ufólogo chegaram, de algum modo, a prejudicar ou alterar sua vida profissional, familiar, social etc? Jamais! Venho investigando o Fenômeno UFO há quase 20 anos e especificamente há 7 anos venho me especializando em documentação governamental, mas nunca tive qualquer problema relacionado com minha família ou mesmo com meu trabalho, mesmo sendo um policial. Meu chefe de trabalho è, particularmente, muito interessado em Ufologia; assim, não tenho problemas com o trabalho. O único problema que realmente tenho é com o governo americano, que intercepta minha correspondência, grava minhas conversas telefônicas, sempre chega em meu trabalho e pede que eu assine \”documentos secretos\” etc, mas eu o ponho para fora!
Você nunca deu uma entrevista a uma publicação brasileira. Como vê a Ufologia desenvolvida no Brasil, em comparação com a americana? É muito difícil responder isto, pois não tenho muito conhecimento sobre como está a Ufologia no Brasil. Você deve se lembrar que minha área de experiência é dedicada a documentação e não aos casos de avistamentos ocorridos com a população civil propriamente dita. Sou muito interessado em saber o que está acontecendo e o meu co-autor Barry Greenwood é o responsável por casos de avistamentos e informações nesta área. Seria muito útil para sua revista uma entrevista com ele, também.
Dentro do cenário atual da Ufologia americana, quem você considera que está realizando um trabalho sério, indispensável ao avanço da Ufologia? Hoje posso citar quatro nomes: Dr. David Saunders, que vem realizando um trabalho sério referente a \”amostras\” de materiais encontrados nas roupas de pessoas que tiveram contato com UFOs. Ele agora tem quatro casos sendo analisados, e se for constatado o mesmo material nas quatro pessoas, estaremos próximos de algo. Também cito Bob Hopkins, que vem trabalhando nos contatos de 3 Grau e possui, agora, dois bons livros editados. Posso afirmar também que Linda Howe e Tom Adams, que trabalham seriamente com casos de mutilações de animais aqui nos Estados Unidos, muito vêm colaborando com o crescimento ufológico nos últimos anos.
Há mais ou menos 20 ou 30 anos havia uma conotação diferente dada á Ufologia: havia uma espécie de fantasia criada em torno do fenômeno ufológico e uma grande curiosidade popular. Hoje, porém, não constatamos mais que a Ufologia seja de grande interesse da sociedade americana. O que houve? Perdeu-se o interesse pelo assunto? Não vejo assim, pois hoje em dia existe um gigantesco interesse do povo americano por este assunto. Hoje é mais fácil se aceitar o Fenômeno UFO do que a 20 anos atrás, pois uma nova geração está surgindo e melhor assimilando a casuística ufológica. inclusive, a nova geração de cientistas, hoje, na América, já, admite que realmente possa haver algo, mais do que nós pensamos e assim necessitamos mais de investigações científicas., Por isso, penso que muito caminhamos nestes últimos 20 anos.
Você é um dos diretores do Grupo CAUS, como funciona esta organização? O Grupo CAUS começou em 1979, em Washington, e não é um grupo aberto a membros. Se você for assinante do nosso Boletim Just Cause, que é um meio oficial de comunicação do nosso grupo, estará nos ajudando a obter verba para ser usada nos processos que m o vemos contra o governo; é muito caro processar o governo a fim de obtermos as informações de que necessitamos. O grupo possui sua diretoria composta pelo advogado Peter Gersten, de Nova Iorque, que é o diretor; eu sou o assistente do diretor e chefe de investigações; Barry Greenwood, de Massachusetts, é o chefe de pesquisas e informações; Robert Todd, da Pennsylvania, é também pesquisador; e são também membros desta diretoria Bill Moore, Stanton Friedman, Bruce Maccabee e Larry Bryant. Temos atualmente mais de 4.000 filiados, que recebem o nosso boletim, e estamos crescendo muito. Não temos encontros, reuniões ou algo parecido, somente nos contata/t/os através do Just Cause.
Como o CAUS conseguiu entrar tão profundamente na questão ufológica a nível governamental, obtendo tamanha quantidade de informações e documentações oficiais, muitas vezes secretas? Começou com Boh Todd e Barry Greenwood, que já estudavam os arquivos de projetos sobre UFOs feitos pelo governo americano, como por exemplo o Blue Book. Mas se não fosse pela lei \”Freedom Information Act\”, que surgiu aqui em 1966, nós não poderíamos jamais ler chegado onde estamos hoje. Usando este \”Act\” podemos abrir os arquivos existentes nos escritórios governamentais e ver, assim, documentos nunca antes mostrados ao público. Devagar e sempre o governo vem tentando fechara porta que é este \”Act\”, mas, sem sucesso… Pessoas como Barry Greenwood, Peter Gersten, eu, entre outras, estamos lutando constantemente para obter mais informações do governo sobre UFOs e temos encontrado muitos documentos. Certamente, o Dr. Hynek nos forneceu muitas informações também.
Foi esta a principal conquista da CAUS? Não há dúvida sobre isto. Temos que levar o governo americano a abrir os arquivos e dizer ao público a verdade; dizer que o Fenômeno UFO é uma realidade. Sabemos que os documentos compravatórios sobre os UFOs estão com o governo. A questão agora é; de onde eles vêm e o que querem os UFOs? O governo sabe!
O que você realmente sabe sobre o caso de Roswell, New México? Você esteve lá? Eu não estive lá. Bill Moore e Stanton Friedman estiveram e realizaram toda a investigação na área, viram a fazenda e conversaram com Mr. Brazel. E um dos grandes casos da Ufologia mundial, pois sem dúvida algo realmente caiu lá e não era um balão meteorológico.
Qual sua opinião sobre o astronauta Gordon Cooper? Eu nunca o vi ou falei com ele. Eu conversei com pessoas bem chegadas a mim que estiveram com ele. Quando tínhamos as Nações Unidas envolvidas na pesquisa ufológica, o astronauta Cooper enviou uma carta dizendo que acreditava em UFOs, mas nunca se referiu ao falo de ter visto UFOs na Lua, sim no espaço! Mais tarde ele se retratou naquela famosa carta, mas penso que foi devido ao fato de ter trabalhado para o governo conto astronauta e por pertencer a uma companhia aeroespacial. Os astronautas viram muitas coisas que não podem dizer, pois eles têm contratos que os proíbem de falar. Tirar algo deles é simplesmente impossível.
Após a produção do vídeo \”UFO What´s going on?, \”qual seria,em primeira mão para nós, seus planos para um próximo programa para TV? Agora estamos trabalhando pura que o livro Clear Intent .se transforme em um filme. Estamos tentando encontrar uma companhia que possa se interessar por este programa, que se baseará nos incidentes envolvendo as bases estratégicas militares americanas, que são pontos chaves para a Ufologia, haja visto terem sido sobrevoadas por UFOs em 1975; UFOs se aproximaram de bases militares onde bombas atômicas eram guardadas, irritando os militares que nada puderam fazer para detê-los.
Há, como se acredita, uma \”conspiração\” para se manter o Fenômeno UFO sob sigilo, longe do conhecimento do público? Não tenho dúvidas quanto a isto. E a razão disso é a tecnologia, pois o governo americano, o russo, chinês e outras superpotências são muito interessados em saber como os UFOs são operados, ou como funcionam, já que o primeiro país a desenvolver um UFO, não imporia qual país seja, se o americano, russo, chinês ou outro, teria superioridade no mundo, seria intocável pelos outros. Seria possível realizar viagens e se deslocar a grandes velocidades, a milhares de milhas somente em segundos, bem como imediatamente realizar curvas de 90 graus etc. Não existe no mundo de hoje aeronave capaz de chegar sequer próxima a estas façanhas.
Como funciona esta \”conspiração\” ou esta máquina de desinformação governamental? Nosso país possui agências de informações e a CIA, creio, tem a maior parte nesta tarefa de ocultar o Fenômeno UFO. As agências atuam deformas diversas, como, por exemplo, infiltrando agentes nos grupos de pesquisas, descobrindo como funcionam estes grupos, sempre obtendo informações para o governo. Acredito que algum grupo esteja bem próximo de algo, pois agora remos o MJ-12, com o qual o governo tenta mais uma desmentir o Fenômeno UFO, desviando o grupo da verdade. E uma boa forma para se fazer isso é liberar documentos \”fabricados\”; infelizmente isto acontece porque muitas pessoas dão atenção a tais documentos, com exceção da CA US.
Na sua opinião, além de toda a documentação já liberada pelo governo americano, o que ainda ele esconde sobre os UFOs? Acredito na queda de um UFO ocorrida aqui, onde até os corpos dos tripulantes foram apanhados pelo governo para estudo, bem como a nave. Este caso é um dos mais bem guardados em todo o mundo e muitas outras superpotências vêm colaborando com o governo americano neste caso. De alguma forma ou de algum modo, as superpotências como a Rússia, a China e outras vêm, em conjunto com os Estados Unidos, trabalhando nas pesquisas ufológicas, sempre com intuito de manter as informações longe do público. Particularmente, nada sei sobre países como o Brasil, mas se o governo brasileiro não admite este fenômeno publicamente, possivelmente faça parte deste grupo de países. Não se deve esquecer que as Nações Unidas têm instruções de sempre trocarem informações a esse respeito entre os próprios países, é isso vem acontecendo. Deve-se ter em mente que minha organização não é contra o governo, somos contra ele, isso sim, no que se refere ao problema da pesquisa ufológica. O governo possui segredos, tanto o nosso, como o brasileiro e outros, mas quando falamos de UFOs tudo se fecha; imenso que nada deve ser tratado em segredo, o público tem que ter acesso às informações sobre o Fenômeno UFO.
Você constatou através da documentação obtida pela CAUS, que os Estados Unidos trabalham em conjunto com outros paises na questão ufológica, por vezes espionando e por outras colaborando com países estrangeiros na solução deste problema. O que você encontrou sobre a participação conjunta do Brasil e os Estados Unidos? Eu nunca obtive muitas informações sobre o Brasil, somente quando vejo alguns artigos publicados pelo C U FOS, ou em outros lugares. Se o governo brasileiro não diz ao público a verdade sobre os UFOs, e se diz o mesmo que o governo americano, que se trata de uma criação da mente humana, que são irreais, então o Brasil faz realmente parte deste grupo de paises que trocam informações entre si.
O Major Colman VonKeviczky, do grupo ICUFON, de Nova Iorque, declarou em entrevista concedida a nossa revista UKO 03, que o Governo americano hostiliza os UFOs, inclusive, usando armamentos pesados. O que você acha disso? Nos primeiros anos do Fenômeno, como nos finais dos anos 40 e 50, eu diria que sim, que tentamos derrubá-los, mas não vejo sinais destes ataques hoje em dia. Não há mais motivos para se tentar derrubá-los, pois para que saber o que há dentro da nave se já possuímos uma nave e os corpos de ETs aqui?
Há no Brasil, atualmente, um movimento que pretende atribuir aos UFOs uma origem satânica, principalmente orquestrada por fanáticos religiosos. De onde você acha que vêm os UFOs? Isso é ridículo: o Fenômeno UFO nada tem de satânico! Em minha opinião eles vêm de outro mundo, talvez de outro sistema solar. Em verdade, nós ainda não sabemos isto a certo porque o governo não nos libera informações. Se olharmos o comportamento apresentado por estes seres, constatamos que possuem uma tecnologia bem mais avançada que a nossa. O Dr. Hynek nos diz isto. Assim que o Fenômeno UFO for tratado seriamente, levado a público pelo governo, a ciência avançará assustadoramente.
Por que após tantos anos de intensa observação de nosso planeta e seus costumes, nossos visitantes não decidiram entrar em contato definitivo conosco? Há alguma estratégia para se aproximar daqui? O contato está sendo preparado e isto com a alta cúpula do governo. Todas as informações que temos nos levam a este caminho. Ouvimos rumores e militares que vieram até nós e nos disseram que no final dos anos 60 um contato foi feito; eventualmente a troca de tecnologia foi feita. Tudo está sendo tramado e organizado para que os contatos se realizem.
Quais são as principais finalidades de nossos visitantes em observarem nosso planeta? Essa é uma questão que custa US$ 64.000,00 para se responder (o preço de um processo contra o Governo dos EUA)!!! Nós sabemos que eles existem, temos todas as provas, mas o que não sabemos é o que eles querem. Se vão nos dar tecnologia, algo muito importante esperam em troca, o que não sabemos! Talvez o governo saiba!?! Não há dúvida de que o fenômeno ufológico será reconhecido pelo governo nos próximos anos. Estamos lutando para isso e, particularmente, tenho que me colocar entre um dos principais responsáveis por este trabalho, pois estamos pressionando e quebrando seus segredos. Muitas pessoas já estão falando; a nova geração e o público devem ser informados de tudo.
Você acredita que a Ufologia nos reserva grandes surpresas, ou que possa vir a ser uma ciência do futuro, ou a Ufologia está com seus dias contados? Esta é uma pergunta que ninguém pode responder, já o que podemos fazer é apenas especular. A tecnologia apresentada por estes seres poderá um dia nos levar a curar doenças como o câncer, e fazer com que todos possam viver melhor. Há uma vastidão de hipóteses sobre o que aconteceria se soubéssemos de tudo. Seria maravilhoso se, de alguma forma ou outra, todos 05 países, unidos, em paz, pudessem estar na pesquisa sobre os UFOs. Sem mais guerras, sem mais pessoas morrendo de fome. Podemos lembrar que em 1969 havia apenas um a cortina quando nós tentamos nas Nações Unidas que o Fenômeno UFO fosse estudado de forma aberta por todos os países. Não foi uma idéia que obteve êxito, mas foi uma ótima idéia, e quem inspirou isto foi o Dr. Hynek.
Você tem uma opinião pessoal sobre o Dr. Hynek? O Dr. Hynek sempre foi uma pessoa muito sincera. Quando participou da Força Aérea ele acreditava, naquele tempo, que o governo não mentiria, mas ele veio a aprender que isso não era verdade. Após trabalhar por 20 anos para a Força Aérea, ele começou a ver a sinceridade também das testemunhas sobre seus casos de UFOs, dos casos secretos, dos casos militares. Ele então mudou sua opinião sobre o fenômeno ufológico e concluiu que sua tarefa na Força Aérea estava no fim.
Sendo esta sua primeira e exclusiva entrevista para uma publicação brasileira, você tem uma mensagem especial para o leitor brasileiro de um modo geral? As pessoas no Brasil devem fazer o mesmo que estamos fazendo aqui. Devem fazer com que o governo brasileiro admita que o Fenômeno UFO é uma realidade. Vocês não têm seu \”Freedom Information Act\” em seu país, mas basicamente podem realizar o que aqui estamos fazendo, ficando ligados no governo. Temem tirar todas as informações possíveis das fontes militares; foi assim que obtiveram a maior parte do material de nosso livro \”Clear Intent\”, pois as fontes militares, com sigilo, nos forneceram os casos e nós os verificamos para saber a verdade. Infelizmente somos o único país livre no mundo para fazer isso, mas seria muito bom que o Brasil pudesse fazer estas pesquisas, assim como o Brasil, a Rússia, a China e muitos outros. No nosso livro, remos casos brasileiros que foram obtidos da CIA, através dos nossos processos aquele órgão. Minha mensagem, propriamente dita, para o povo brasileiro é: Não acredite no que vem sendo dito a você pelo seu governo ou por fontes militares; o fenômeno ufológico existe, é real. Fique atento a isto.
COMO FOI POSSÍVEL PROCESSAR O GOVERNO DOS EUA
Quais são os mecanismos que permitem ao cidadão comum acionar judicialmente um governo, forçá-lo a abrir seus arquivos e ainda exigir que o mesmo respeite suas opiniões sobre o Fenômeno UFO?
Teoricamente, segundo a legislação dos diferentes países do mundo, isso é possível em qualquer lugar. Porém, na prática, isso só é possível mesmo em governos que tenham uma sólida estrutura democrática em funcionamento. Os Estados Unidos são o exemplo mais próximo da realidade. É possível que em nenhum outro país do mundo o cidadão tenha tantos direitos junto ao Estado como lá.
Associado à esta estabilidade democrática, há uma população inquieta, sempre atenta e exigente. Uma população que não permite deslize se que tem poder para depor presidentes. À essa população são atribuídos direitos plenos de vigiar o Estado, de vigiar quem ela mesmo elegeu, e verificar se seus eleitos cumprem o que prometeram. Em suma, esses são os requisitos básicos para que se encontre uma fórmula, amplamente amparada pela legislação em vigor para obter informações que o Estado considera só suas: uma sólida estrutura democrática e cidadãos exigentes e cultos.
NA PRÁTICA – Tendo isso, processar um governo como os Estados Unidos é mais simples. Complicado é ter sucesso neste ato! Na prática a coisa funciona assim; se o cidadão julga necessitar de determinada informação – que está sendo mantida \”confidencial\” pelo governo para seu bem; estar, seja ela qual for, desde que não seja rotulada como \”de segurança nacional\”, este cidadão usa mera e simplesmente seu direito de tê-la, de conhecê-la. Faz, portanto, solicitação formal ao governo que a retém, para que este a entregue prontamente; caso o governo se negue ou demore demais a atender (em governos verdadeiramente democráticos há até um prazo legal para que respondam à solicitações públicas), o cidadão entra com uma petição, baseada na Freedom of Information Act (FOIA), a famosa \”lei de liberdade de informações\”.:
É, inclusive, um procedimento simples: o interessado preenche um formulário próprio, gratuito, fornecido pela própria agência e/ou departamento de governo de onde pretende extrair a informação. Após preenchido, o documento é entregue ao seu destinatário, que tem um prazo estabelecido para responder e, se for o caso, entregar as informações. Este prazo varia de agência para agência, departamento para departamento.
Antes de terminado o prazo, o órgão envolvido deve informar ao requerente o que este deseja. Se for necessário copiar o material, o órgão cobrará os custos do xerox e das despesas com pessoal para atender o pedido. Porém, nem tudo são flores: o órgão solicitado pode simplesmente responder ao requerente que o material e/ou a informação desejada é \’\’classified\” (classificada), o que quer dizer confidencial. Nesse caso, o órgão não é legalmente obrigado a fornecêla.
APELAÇÃO – Mas, naturalmente, faculta-se ao requerente o direito de apelar à decisão do requerido. Nesse caso, é comum que o primeiro contrate um bom advogado, porque as coisas podem conduzir a petição até a um julgamento, num verdadeiro processo judicial, onde o acusado, o órgão requerido, deverá ser representado em juízo por um de seus diretores. Se o advogado contratado pela parte interessada é dos bons, pode ganhar a causa facilmente e a corte que a concedeu determinará um prazo para que o acusado, condenado, atenda ao seu pedido.
É incrível, mas tudo isso ocorre até com certa regularidade nos EUA. Requerimentos de todos os tipos são feitos às mais variadas agências, solicitando os mais diferentes tipos de informações. Após criada, em 1966, essa lei mudou muito as coisas nos EUA, e assim que os ufólogos norte-americanos descobriram este recurso, nos idos de 1977, o mesmo já foi acionado dezenas de vezes pelas mais diferentes organizações de pesquisas ufológicas, resultando na liberação de mais de 3 mil páginas de documentos antes desconhecidos sobre UFOs.
O grupo dirigido por Larry Fawcett, o CAUS ou Citizens Against UFO Secrency .(Cidadãos contra o sigilo aos UFOs), è um dos grandes responsáveis pelo sucesso obtido através da FOI A. Foi o CA US, que tem como advogado o competente Peler Gersten, de Nova Iorque, quem mais processou agências norte-americanas de informação e defesa para obter documentos, com um relativo índice de sucesso.
Algumas das agências processadas pelo CAUS são o FBI (Federal Bureau of Information), o Bureau Federal de Informações (leia-se \”polícia federal dos EUA\”), a CIA (Central Inteligence Agency), a Agência Central de Informações (leia-se \”espionagem interna mas, principalmente, externa\”), e a NSA (National Security Agency), a Agência de Segurança Nacional, algo similar à nossa. Contra estes organismos, o C4Í/S teve vários sucessos e hoje possui um acervo imenso de documentação ufológica governamental, ou seja: aqueles documentos que provam que os EUA não só reconhecem a existência dos UFOs, como também sua origem extraterrestre e se mantém ininterruptamente informado sobre o assunto. E, publicamente, é isso que ele nega!
\”JUST CAUSE\” – O CAUS circula regularmente as informações que obtém em seus processos em um boletim próprio, o Just Cause. Esse boletim, simples mas competente, circula nos mais diferentes segmentos da Ufologia mundial, através de assinaturas. Só nos EU A já possui mais de 4.000 assinantes, o que lhe dá um prestígio e crédito inabaláveis.
O Just Cause, no entanto, é um órgão de divulgação que tem suas limitações, principalmente a de espaço. Como circula trimestralmente, praticamente não \”dá conta do recado\” de dividir com a comunidade ufológica informações importantes e imprescindíveis á ela. Assim, seus editores, o próprio Larry e o ufólogo Barry Greenwood, lançaram há dois anos o livro \”Clear Intent\”(Claros Desígnios), onde sintetizaram seus valiosos anos de pesquisas e ações judiciais. No livro, extremamente rico e informativo, Larry e Barry introduzem o leitor ao funcionamento da \”máquina\” de omitir informações sobre UFOs nos EUA. Colocam o leitor ao par do que possuem as diversas agências governamentais e reproduz dezenas de documentos obtidos através da FOIA, com comentários valiosíssimos.
Nenhum ufólogo pode ficar alheio á estas obras. O Just Cause pode ser obtido através de assinaturas a USI 15.00, escre-vendo-se ao próprio Earry Fawoett: P. O. Box 218, Coventry, Conn, 06238, Estados Unidos. Já o Clear Intent pode ser solicitado à editora Pretince-Hall: Engtlewood Ctiffs, New Jersey 07632, Estados Unidos (desconhecemos seu preço atual).
Para o leitor mais interessado, informamos que a lei de liberdade de informa- ções (FOIA) es tá catalogada sob número 5 U.S.C. Sec. 552, e pode ser solicitada em texto jurídico ao Congresso norte-americano. Há um trabalho desta espécie, conhecido como \”Report No, 79-17 A 701/ 126\”, de autoria do especialista Paul S. Wallece Jr., que pode ser solicitado ao: Congressionat Research Service, The Library of Congress, Washington, D.C. 20540, Estados Unidos. (A. J. Gevaerd)