Um dos maiores defensores da teoria da intervenção externa na criação da vida na Terra, e particularmente na criação do ser humano, é o autor, roteirista e novelista norte-americano Lloyd Pye. Ele esteve em São Paulo em 18 de outubro, onde participou da Conferência Internacional da Revista Ufo ao lado do ufólogo e co-editor Marco Antonio Petit. Pye nasceu em 1946, na Louisiana, formando-se em psicologia em 1968. Pouco depois, ingressou nas forças armadas dos EUA e se tornou agente da segurança militar. Foi quando começou a estudar e questionar a teoria evolucionista de Darwin, atento às enormes lacunas que não podiam ser preenchidas por quaisquer dos “elos perdidos” que a paleontologia, biologia e arqueologia ainda hoje insistem em procurar.
Em sua recente palestra em São Paulo, Pye expôs parte do resultado de suas extensas pesquisas sobre o que ele considera a mais surpreendente relíquia arqueológica já encontrada, de relevância para a Ufoarqueologia: um crânio com cerca de 900 anos de idade encontrado no México, de aspecto humanóide e apresentando uma configuração visivelmente diferente do crânio humano. Com perturbadoras semelhanças ao que a literatura ufológica convencionou chamar de cinzas [Grays], freqüentemente presentes nos casos de abdução, o crânio possivelmente pertenceu a uma criança “especial”, imediatamente denominada Starchild [Filho das Estrelas] por Pye. Uma cópia fiel da peça arqueológica foi mostrada à platéia do evento, que teve a oportunidade de vê-la de perto e tocá-la, chegando inclusive a despertar furor e polêmica mesmo entre alguns ufólogos presentes.
Na primeira parte de sua exposição, Pye apresentou fotos e relatos de perturbadores encontros com bizarras criaturas geralmente consideradas mitológicas, mas que, segundo o palestrante, existem de fato e chegam a interagir com os seres humanos. São eles o Pé-Grande, o Abominável Homem das Neves e outros do gênero. Lloyd Pye é o fundador do Project Starchild International, que se dedica ao estudo da intervenção alienígena na Terra, através de análises de DNA e comparações da tipologia humana com a extraterrestre, segundo relatos colhidos de abduzidos. Ele é autor do livro Everything You Know Is Wrong [Tudo que você sabe está errado], mais um futuro lançamento da Biblioteca Ufo, e concedeu esta entrevista ao nosso coordenador de traduções e responsável pela seção Memórias da Ufologia, Marcos Malvezzi Leal. Nela, Pye nos fala um pouco mais sobre a polêmica em torno do Starchild, o ceticismo da comunidade científica e a manipulação extraterrestre no desenvolvimento do ser humano e outras criaturas de nosso planeta.
Há 300 anos todos acreditavam que a Terra era o centro do universo, enquanto muitos achavam que ele era plano. A triste verdade é que hoje em dia não sabemos muito mais sobre a realidade do que se sabia há três décadas
Na sua opinião, qual é o maior equívoco do darwinismo ou da teoria da evolução, defendida pelos religiosos? A maior falha do darwinismo é que não existe nenhum mecanismo para mutação genética em larga escala, de espécie para espécie, ou em nível macro. As mutações só explicam mudanças pequenas, em nível micro, como o tamanho dos bicos dos pássaros ou a forma do casco das tartarugas que Darwin observou nas ilhas Galápagos. Os genes animais e vegetais claramente se conservam no nível macro, deixando amplo espaço para modificações no nível micro para que algum grau de adaptação possa ocorrer quando as mudanças ambientais assim exigirem. Entretanto, não existe um mecanismo inerente para que os genes permitam uma mudança significativa em nível macro. Por exemplo, um grupo de pintassilgos pode coletivamente, com o passar do tempo, desenvolver bicos maiores ou menores para operar com mais eficiência num ambiente específico. Mas nenhum pintassilgo pode se transformar num pássaro do tamanho de um corvo para se aproveitar melhor de um ambiente modificado. Se isso fosse necessário, os pintassilgos simplesmente entrariam em extinção. Do mesmo modo, nenhum grupo de pintassilgos pode mudar sua dieta de insetos, sementes, néctar ou frutas para, digamos, uma à base de peixes, como dos pássaros marinhos. Esse fato óbvio é convenientemente ignorado pelos darwinistas. Mas um fato é um fato, quer você goste dele, quer não.
Então você rejeita o darwinismo totalmente? Sim, rejeito totalmente a teoria darwinista como uma forma de explicar não só a existência da vida na Terra, mas também a incrível variedade de plantas, animais e insetos que temos. Entendo que isso está longe da realidade normalmente aceita. Mas 300 anos atrás todos acreditavam que nosso planeta era o centro do universo, enquanto muitos achavam que ele era plano. A triste verdade é que hoje em dia não sabemos muito mais sobre a realidade do que se sabia 300 anos atrás. Assim como nós, hoje, ridicularizamos aquelas pessoas do passado por serem tão absurdamente ignorantes, não conhecendo o que conhecemos agora, daqui a apenas 100 anos as pessoas do futuro olharão para trás e nos ridicularizarão, com a mesma justificativa que temos hoje em relação aos nossos ancestrais. As crianças de hoje viverão para ver como estamos totalmente errados neste momento a respeito de nossa origem e da disseminação da vida na Terra.
Em sua palestra Evidências da Criação por Intervenção Externa, nas Conferências Internacionais da Revista Ufo, você menciona algumas peculiaridades sobre os animais domésticos e as plantas, citando o guepardo como um dos mais notáveis exemplos de possível intervenção externa. Pode falar um pouco mais sobre isso? O guepardo é um animal que mostra sinais claros de uma mistura genética de gato e cachorro. Ele tem certos elementos de ambas as espécies, que parecem ter sido combinados para criar um eficiente predador, como um gato, mas também fácil de domesticar, como um cão. Por causa do temperamento canino do guepardo, foi o primeiro grande felino domesticado, e se tornou uma tremenda ajuda para os caçadores das primeiras civilizações na África e Ásia. Ele é constituído fisicamente para atingir uma velocidade que nenhum outro felino é capaz. Mas tem, entre outros traços de hibridização, garras que não retraem, combinadas com a estrutura das patas caninas. Isso lhe dá uma tração ideal e controle preciso em viradas em alta velocidade. Coisas desse tipo e outras que eu cito no artigo deixam claro que o guepardo é um híbrido criado como se fosse uma máquina de caçar domesticada, para uso de seres vivendo na Terra – fossem esses seres humanos ou não inteiramente humanos, que, na minha opinião, foram os criadores dos guepardos.
A teoria darwinista não apenas não explica a existência da origem da vida na Terra, como também é insuficiente para dar sentido à incrível variedade de plantas, animais e insetos que temos em nosso planeta
Falando em intervenção extraterrestre, você acredita que ela ainda esteja acontecendo na Terra? Sim. Não é possível que tantas histórias de abdução, experimentação médica a bordo de naves, gravidez e retirada de fetos híbridos de mulheres humanas por alienígenas etc, não contenham ao menos um mínimo de verdade. Noutras palavras, tanta fumaça assim indica a presença de algum fogo. Eu sinto que nós, humanos, somos como animais de animação para aqueles cuja origem não é a Terra. Não somos tratados melhor, nem pior do que tratamos os animais, desde os mais inferiores até nossos parentes supostamente mais próximos, os macacos e os chimpanzés. Sendo assim, não vejo porque os ETs não nos olhariam do modo como olhamos para os outros animais, tratando-nos também da mesma maneira.
Você acha que os implantes supostamente alienígenas, removidos do corpo de pessoas abduzidas, teriam alguma coisa a ver com essa intervenção? Se eles são realmente o que os pesquisadores dizem que são, então obviamente são também sinais claros de intervenção contínua em nossa espécie. Porém, não acredito 100% nos implantes, porque não parece haver uma padronização em tamanho, forma, função aparente e localização no corpo. Pessoalmente, acho essa área de pesquisa ainda inadequada, mas talvez isso seja apenas um produto de minha limitação no tema. Assim como nós, humanos, costumamos marcar e traçar espécimes animais quando os capturamos e libertamos, para futuros estudos, tenho a desconfiança de que os ETs podem fazer a mesma coisa conosco. Posso estar errado, mas por ora, essa é a minha intuição. Ainda há muito a ser investigado e estamos apenas começando.
E quanto a criaturas como o Pé Grande, Yeti, Sasquatch e o tal Abominável Homem das Neves? Por que você se interessou em estudá-las? Passei a me interessar quando li um livro que ainda é um clássico nessa área, Abominable Snowmen: Legend Come to Life [Abominável homem das neves: Mito que ganha vida], de Ivan T. Sanderson. Ele foi publicado no começo dos anos 60, mais de 40 anos atrás, e eu o li em 1968. Fiquei perplexo com o surpreendente conhecimento de Sanderson sobre os hominídeos de todas as partes do mundo. E não só na região noroeste dos Estados Unidos, que era o que eu conhecia até aquele ponto – quando ainda tinha 22 anos. Após ler a obra de Sanderson, fiquei fascinado. Acredito que ele estava basicamente certo, e 40 anos de pesquisas adicionais não me fizeram mudar de opinião quanto às suas idéias. Ele era um gênio muito além de nosso tempo. Um dia ele ainda será reconhecido.
É possível que essas criaturas hominídeas tenham alguma relação com extraterrestres, ou que sejam elas próprias ETs? Na minha opinião, não há a menor chance de que essas criaturas sejam outra coisa além de seres primatas indígenas andando sob duas patas, aqui da Terra mesmo. Tenho certeza de que eles estão no planeta desde pelo menos o período mioceno, cerca de 25 milhões de anos atrás. A maioria das pessoas acha que os macacos foram os primeiros a dominar a vida em nosso mundo, e que os símios sem rabo foram aos poucos evoluindo a partir deles. Na verdade, ocorreu exatamente o contrário. Primeiro, foram os símios sem rabo, estando os macacos numa aparente pequena minoria, em comparação. Essa é a história contada pelos registros fósseis daquela era. Mas se é assim, para onde foram as duas dúzias de espécies de símios? Como teriam degenerado para somente quatro tipos de símios quadrúpedes, os chimpanzés, gorilas, gibões e orangotangos? Essas são perguntas difíceis para os antropólogos responderem porque várias dessas espécies obviamente tinham braços com o comprimento aproximado das pernas. Os símios quadrúpedes precisam de braços significativamente mais longos do que as pernas para se mover confortavelmente. Braços e pernas mais ou menos do mesmo comprimento significam só uma coisa: seria muito mais fácil se locomover em posição ereta do que como um quadrúpede. Como isso é tão óbvio, acaba com a teoria de que andar é um traço distintamente humano, que aprendemos a dominar com o passar do tempo. Esse fato também é convenientemente ignorado pela comunidade científica.
Você acredita que os discos voadores e os seres supostamente extraterrestres avistados na atualidade pertencem à mesma raça que interveio na criação de nossa espécie, ou eles teriam origens totalmente diferentes? Acho que alguns dos UFOs pertencem aos seres que nos criaram, com os quais somos fisicamente parecidos. Obviamente, aqueles que não se parecem conosco não teriam relação com nossos criadores, que nos “fizeram à sua imagem e semelhança”, como fora escrito em tábuas de argila sumérias 4.000 anos atrás – e depois copiado literalmente, 2.000 anos atrás, na Bíblia. Acho que o universo está repleto de formas de vida, muitas das quais chegam até nós por um caminho ou outro.
Vamos falar um pouco sobre o Starchild, o Filho das Estrelas. Por que você acha que aquele crânio pode ser a mais importante relíquia já registrada na história? Não existe nada como o crânio do Starchild nos registros históricos médicos. É um exemplo único e singular. Ele tem numerosas propriedades físicas que, para mim, indicam claramente não ser inteiramente humano. Possui partes humanas, mas elas estão dispostas de maneira desordenada e modificadas, o que as torna completamente inumanas. Por exemplo, o osso em si foi reconstituído em algo diferente do osso humano normal. A disposição física de partes do crânio também é muito diferente das normas humanas. Mesmo assim, são surpreendentemente simétricas, o que é um sinal claro para aqueles que o observarem com atenção. E é claro que ele se desenvolveu daquela maneira por causa de instrução genética. Para quem puder aceitar o fato, aquele é um crânio geneticamente produzido e não uma deformidade – que eu admito que foi minha primeira impressão. Não há dúvida de que o Starchild não é humano. Os genes humanos determinam um certo tipo de crânio. O crânio do Starchild não chega nem perto das normas humanas de formação óssea.
Não existe a menor possibilidade de que o Starchild seja uma deformidade? Nenhuma que eu pudesse apurar. E é bom lembrar que um cirurgião plástico crânio-facial qualificado de Vancouver, no Canadá, passou quase seis semanas pesquisando em toda literatura médica existente a respeito das espécies de deformações, tanto genética – conhecida e determinada – quanto as ocorrências únicas, típicas de defeitos de nascimento. Seu nome é Ted Robinson e ele nada encontrou parecido com o Starchild. Eu também não fui capaz de encontrar nada semelhante na literatura médica sobre tal deformidade. Portanto, concluímos que tal comparação não existe. Talvez exista. Mas até o momento, não a encontramos.
O fato é que temos obrigatoriamente que buscar explicações mais coerentes e menos simplistas para a origem da vida na Terra, que as propostas por Darwin ou os seguidores da teoria evolucionista
Na sua opinião, qual é a característica mais notável do crânio do Starchild, comparado a um crânio humano? As diferenças na constituição do osso estão no topo de minha lista. Porém, as cavidades oculares são incríveis e o tamanho do cérebro é enorme. A falta de seios nasais é estranha. Os grandes ouvidos internos também são notáveis, assim como a volta do pescoço e sua acentuada redução, um terço do normal. Essas são coisas que nos deixam perplexos, assim como a redução dos músculos de mastigação, também um terço do normal. Isso sem mencionarmos a ausência do ínio, aquela protuberância na base inferior da parte de trás da cabeça, onde os músculos normais do pescoço se encaixam. E a possível reconfiguração do cerebelo, indicando talvez, aliás, uma total ausência de um cerebelo normal.
Qual é a reação mais comum por parte das comunidades científica e médica em relação às suas conclusões, mesmo diante de todos os testes laboratoriais? De um modo geral, a reação é a de ignorar o Starchild. Todo cientista que teve acesso a esses fatos e pôde ignorá-los, assim o fez. Aqueles que procurei só participaram de algum esforço de pesquisa, na maioria dos casos, com relutância. Dos 60 cientistas com quem entrei em contato, só 5 se esforçaram para tentar descobrir o que era o crânio. É uma estatística triste, mas perfeitamente compreensível, uma vez que o endosso por parte de um cientista a uma coisa como o Starchild poderia destruir sua carreira da noite para o dia. Há um conjunto estabelecido de parâmetros que determina o que os cientistas podem considerar real e possível. O Starchild está no topo da lista do irreal e do impossível. Para um cientista considerar a possibilidade de plantar sua bandeira profissional no lado errado das fileiras, ele precisaria ter muita coragem – e poucos a têm. Uma coisa triste de admitir.
O ceticismo científico compromete o desenvolvimento de seu trabalho? Não, mas cria obstáculos. Se tivermos as provas concretas, acabaremos vencendo. Esse é um fato inegável e a verdade se mostrará. Se o Starchild for o que pensamos, cedo ou tarde encontraremos alguém de poder e influência que se adiantará e não terá medo de pôr a mão na massa para descobrir de uma vez por todas o que ele realmente é. Quando essa pessoa ou pessoas finalmente apoiarem nossa causa, as respostas surgirão. Se estivermos certos, o mundo saberá. E se não estivermos, também. Claro que acreditamos estar certos – do contrário, não teríamos passado cinco anos nos dedicando a isso.
Considerando nossa provável origem extraterrestre, você diria, então, que somos todos filhos das estrelas? Sim, é exatamente o que eu diria. Somos todos filhos das estrelas. Desde a primeira bactéria surgida na Terra, 4 bilhões de anos atrás. Toda a vida no planeta foi trazida de fora para cá. Considero impossível que a vida tenha se gerado espontaneamente aqui. Claro que isso nos faria perguntar: ‘Se não aqui, então onde?’ Não tenho a resposta, mas não importa. Nosso trabalho é descobrir as nossas origens. As origens de nossos criadores ficarão por conta de outra geração, pois devemos dar um passo por vez.
Você acha que existe uma conspiração governamental contra a revelação de informações sobre temas como a origem extraterrestre do homem, visitas de alienígenas ao nosso planeta, UFOs acidentados e coisas assim? Claro, embora eu pessoalmente nunca tenha sofrido pressões do governo. A inércia da ciência é, sem dúvida, o maior obstáculo em nosso trabalho. E também – devo reconhecer – minha incompetência como angariador de fundos. Tenho várias habilidades que me ajudaram a manter o projeto, mas conseguir dinheiro para as pesquisas não é o meu forte. Nesse aspecto, provavelmente teria sido melhor se outra pessoa se encarregasse dessa enorme responsabilidade. Orgulho-me do que fiz em muitas áreas dessa tarefa. Mas sei, no fundo, que não fiz o melhor trabalho possível. Gostaria de ter feito. Tento me lembrar sempre da velha homilia que diz que ‘a vida é uma corrida de quatro voltas’. Talvez o Projeto Starchild também seja. E talvez ainda estejamos na terceira volta.
A descoberta do Starchild
Depois de nove séculos enterrado numa cova rasa, num poço de mina do nordeste do México, o crânio do Starchild [Filho das Estrelas] pode vir a ser o mais importante registro arqueológico da história da civilização humana. A peça foi encontrada acidentalmente por uma família norte-americana e, desde sua descoberta, tem sido objeto de intensos estudos, que envolvem especialistas das mais variadas áreas. Tudo indica que se trate mesmo do crânio de uma criança com características muito incomuns para ser humana. Daí o nome Filho das Estrelas. A peça tem forma e características tão estranhas que desafiam a ciência. As órbitas dos olhos são mais rasas que as humanas, o globo ocular é totalmente diverso do normal e o ouvido interno é pelo menos três vezes maior que o das pessoas. O crânio teria espaço para uma terceira circunvolução do cérebro. Há ausência de seios nasais e a parte de trás da cabeça é chata. O pescoço, estimado por reconstituição, seria fino. O rosto e a mandíbula inferior são minúsculos. Há ainda uma espécie de ruga ao longo do topo da cabeça, dividindo-a. Na imagem grande, acima, se vê uma reconstituição de como seria o portador desse crânio. Nos detalhes, a comparação do Starchild com um crânio humano normal.