Estamos completando 58 anos do início da Era Moderna dos Discos Voadores, que tem como marco inicial o avistamento no dia 24 de junho de 1947, de nove objetos voadores não identificados pelo piloto norte-americano Kenneth Arnold sobre a região do Monte Rainier, no Estado de Washington, Estados Unidos. Sabemos que seu avistamento não foi o primeiro, já que nossos antepassados registravam esses estranhos aparelhos há milhares de anos.
Mas o que falta então para que os governos reconheçam definitivamente a presença extraterrena em nosso mundo? Sabemos hoje que toda a política de acobertamento mundial teve início com a queda e recolhimento, por militares norte-americanos, de uma nave extraterrestre em Roswell, no Novo México (EUA). O fato aconteceu no início de julho de 1947, em meio a uma grande onda de aparições. Inicialmente, a base militar local chegou a expedir uma nota oficial à imprensa confirmando o recolhimento do disco voador, mas poucas horas depois tudo foi negado. Evidentemente, existiam vários motivos para o início do processo de acobertamento ufológico, e é importante que analisemos cada um deles antes de defendermos o fim da política de sigilo em relação ao assunto.
Para o governo norte-americano, o Caso Roswell foi obviamente muito mais importante e definitivo que todos aqueles avistamentos que estavam sendo relatados de norte a sul do país, inclusive por militares, na mesma época. Pela primeira vez o governo da maior potência militar do planeta pôde sentir a fragilidade de seu poderio. Os militares norte-americanos tinham provas definitivas de que a Terra estava sendo visitada por seres detentores de uma tecnologia superior, tão avançada que, vista pelos olhos de nossa limitada ciência, parecia magia. Se os extraterrestres fossem hostis, nada poderia ser feito contra eles.
Certamente, um dos motivos para o início do sigilo em relação aos UFOs foi justamente o receio de que o reconhecimento oficial pelo governo levasse parte da população a uma situação potencialmente perigosa. Havia risco de pânico. No final da década de 30 daquele século, a transmissão da novela A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, através de uma estação de rádio, havia provocado desespero em várias cidades dos EUA. Apesar de ter em mãos provas da existência dos discos voadores, o governo norte-americano certamente sabia muito pouco sobre as intenções que estavam trazendo os extraterrestres à Terra. Os UFOs seriam provenientes de uma única civilização extraplanetária, ou estaríamos diante de contatos com vários grupos distintos? Se os discos voadores viessem de várias civilizações, a situação seria ainda mais perturbadora.
Escalada crescente — As investigações sobre o assunto teriam que revelar as verdadeiras intenções de cada grupo alienígena que estava contatando nosso planeta. Como revelar à população norte-americana e à humanidade que naves de origem desconhecida estavam penetrando em nossa atmosfera numa escala crescente, por motivos ignorados. Muito interessante, a propósito, é um memorando enviado pelo diretor assistente do Departamento de Inteligência Científica da CIA, Marshall Chadwell, para o general Walter Bedell Smith, diretor da mesma agência, abordando justamente algumas das motivações que deram origem ao acobertamento ufológico, que confirmam a análise do problema aqui exposto. Esse memorando faz parte da documentação liberada através da Lei de Liberdade de Informações (Freedom of Information Act, FOIA), utilizada por pesquisadores norte-americanos para processar as várias agências do governo dos EUA que detêm informações sobre UFOs.
A Ufologia é uma disciplina jovem que tem muito a crescer, desde que os ufólogos entendam que os tripulantes dos UFOs não pensam exatamente como eles e que não estão a fim de se identificarem
– J. Allen Hynek
Diz o memorando: “Discos voadores apresentam dois elementos de perigo, os quais têm implicações de segurança nacional. O primeiro envolve considerações psicológicas de massa e o segundo refere-se à vulnerabilidade dos Estados Unidos ao ataque aéreo. Recomenda-se que o diretor da Agência Central de Inteligência avise ao Conselho de Segurança Nacional sobre as implicações do problema ‘disco voador’. Que o diretor discuta este assunto com o Conselho de Estratégia Psicológica. Que a Agência Central de Inteligência, com a cooperação do Conselho de Estratégia Psicológica desenvolva e recomende ao Conselho de Segurança Nacional adotar uma política de informação pública que minimizará a preocupação e possível pânico resultante dos numerosos avistamentos de objetos voadores não identificados”.
Em 1947, a partir do Caso Roswell, ficou evidente para a cúpula militar dos EUA que a nação que conseguisse absorver pelo menos parte da tecnologia dos discos voadores atingiria uma supremacia bélica sem precedentes. Os norte-americanos, grandes vitoriosos da Segunda Guerra Mundial, sabiam muito bem quanto o sigilo e o acobertamento podiam ser decisivos. Poucos anos antes da queda da nave extraterrestre no Novo México, o país já havia desenvolvido as primeiras armas nucleares, desconhecidas do resto do planeta até sua utilização contra o Japão. Em 1947 já era evidente para os norte-americanos que os soviéticos em pouco tempo estariam em condições de igualdade em termos tecnológicos, e sua “máquina de guerra” crescia rapidamente. Havia ainda alguns militares que defendiam que os EUA deveriam atacar os soviéticos com armas nucleares, antes que eles pudessem fazer o mesmo.
Presença extraterrestre — Nesse meio tempo, os discos voadores já estavam sendo avistados em outras partes do planeta, mas não seria muito inteligente admitir oficialmente que o assunto era realmente sério. Em 1947, a cúpula militar do governo norte-americano, indiscutivelmente, detinha o máximo de conhecimentos sobre a presença extraterrena. Qualquer vantagem temporal que pudessem conseguir na pesquisa ufológica, trabalhando em cima da nave acidentada em Roswell, e de outras que aparentemente também se espatifaram pouco tempo depois, poderia ser decisiva em caso de conflito com a URSS. O governo dos Estados Unidos passava a investir numa política de desinformação contra sua população através de vários projetos de pesquisa, todos dentro da esfera da Força Aérea Norte-Americana (USAF), cujos resultados eram divulgados publicamente. Assim nasceram os projetos Sign, Grudge e Blue Book, que serviam no máximo para manter a discussão de que os discos voadores existiam ou não.
O resultado da campanha pela liberdade de informações ufológicas no Brasil foi em grande parte inspirada em ações semelhantes ocorridas no exterior, e também servirão a muitos outros países
Acobertamento — Na verdade, tais projetos faziam parte da ope
ração de acobertamento em relação aos verdadeiros esforços que estavam sendo realizados para compreensão do problema. A cada caso de repercussão, a USAF tentava ridicularizar as testemunhas. Um dos principais objetivos dessa política era afastar a comunidade científica do assunto, pois se esta percebesse que algo de importância estava realmente acontecendo, seria difícil de manter o controle sobre a situação. Para ajudar nessa operação, a USAF recrutou o astrônomo Joseph Allen Hynek. Durante quase duas décadas, Hynek deu explicações convencionais para observações que muitas vezes não estavam ligadas ao planeta Vênus, a balões meteorológicos etc. Curiosamente, com o fim do Projeto Blue Book, Hynek passou a declarar que a USAF escondia a verdade do povo norte-americano, e por isso foi recebido como um herói pela maior parte da comunidade ufológica internacional.
Com o passar dos anos, outras potências do bloco ocidental foram percebendo o nível de importância do assunto. Em todos os países a presença dos UFOs ficava cada vez mais evidente. Mesmo em nações menos desenvolvidas, como o Brasil, por exemplo, o assunto despertava o interesse e envolvimento dos militares. Em nosso País, no ano de 1954, também em meio a uma grande onda de aparições, teve início o primeiro estudo sobre o Fenômeno UFO dentro da Força Aérea Brasileira (FAB), conhecido como I Inquérito Confidencial sobre Objetos Aéreos Não Identificados. Um dos casos mais estrondosos desta onda ocorreu no dia 24 de outubro, quando vários UFOs sobrevoaram durante horas a Base da Força Aérea em Gravataí, no Rio Grande do Sul.
Em 1961, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) criou seu próprio projeto de pesquisa ufológica, com o objetivo de saber se existia alguma forma de ameaça às suas forças militares na Europa. No final da década de 50 e início dos anos 60, haviam sido detectadas naves gigantescas de formato discóide sobrevoando a alta velocidade e em altitudes elevadas a Europa Central. Uma das testemunhas desses acontecimentos foi o astronauta Gordon Cooper. Esses incidentes, segundo o major Robert Dean, que na época era analista de informações no comando da organização, quase provocaram guerra entre os aliados e os países membros do Pacto de Varsóvia, pois cada lado suspeitava ainda que aquelas máquinas voadoras pudessem pertencer ao inimigo ideológico. Em 1964 o estudo foi encerrado e, ainda de acordo com o major Dean, as conclusões foram estarrecedoras.
O relatório final recebeu o nome de Abordagem. Segundo ele, nosso planeta estaria sendo alvo de uma detalhada e extensa pesquisa feita por várias civilizações extraterrestres, envolvendo uma inteligência de alto nível, com tecnologia avançadíssima, que demonstra estar ao menos mil anos à frente do que podemos imaginar. O estudo concluiu ainda que não parecia haver finalidades hostis ou malévolas e, se houvesse, nada poderia ser feito para impedir nossos visitantes.
Fatos perturbadores — De acordo com o major Dean, “as implicações das conclusões do estudo eram tão perturbadoras, que ficou decidido que elas não seriam divulgadas, pois colocariam em pânico o povo da Europa e EUA. Aliás, de todo o planeta. Uma das principais conclusões a que chegaram era de que os seres de uma das culturas extraterrestres em contato com a Terra eram iguais a nós. Esta constatação alarmou os militares no quartel-general dos aliados, pois ficava claro que alienígenas podiam vestir um paletó e ficar ao nosso lado em um restaurante, num ônibus, ou andar pelo QG dos aliados, e nós nunca descobriríamos”.
Esta conclusão era estarrecedora, sem dúvida, mas outra, bastante semelhante, já havia sido encontrada antes em 1948, dentro do projeto Sign, da Força Aérea Norte-Americana (USAF), muitos anos antes que a OTAN realizasse seus estudos. Conforme o tenente-coronel Wendelle C. Stevens da USAF, que já esteve no Brasil várias vezes proferindo conferências, foi redigido um relatório interno que dizia que “havia provas de contatos com extraterrestres, cujos veículos demonstravam ter uma capacidade além de qualquer tecnologia conhecida na Terra”. Segundo o militar, não era esta a conclusão que o alto comando da USAF desejava, pois o projeto havia sido concebido para informar ao público que não havia nada de concreto sobre UFOs. Nada que alarmasse a população poderia ser divulgado, e o relatório foi trancado a sete chaves. Desde o início da Era Moderna dos Discos Voadores, muita coisa mudou.
Nos EUA, por exemplo, segundo institutos de pesquisa de opinião, mais da metade da população acredita que os UFOs sejam realmente extraterrestres, e nem por isso há pânico ou processo de histeria coletiva. Ao longo das últimas décadas, em vários países, autoridades militares divulgaram casos em que UFOs foram observados visualmente, detectados através de radares e mesmo perseguidos por nossos mais modernos aviões. Em todos os casos desse tipo tivemos uma clara noção do abismo existente entre a tecnologia extraterrestre e a nossa. Nessas oportunidades também não houve qualquer indício a favor da idéia de que as informações liberadas estavam tendo algum impacto capaz de desestabilizar emocionalmente as populações da Terra. As pessoas informadas e conhecedoras da presença extraterrena no planeta evidentemente encaram tal realidade já de maneira normal. Já aquelas pessoas desinformadas, na verdade, parecem pouco preocupadas com o assunto.
Absorção da tecnologia extraterrestre — O próprio grau de desinformação dessas pessoas, em grande parte dos casos, parece ser diretamente proporcional ao próprio nível de interesse no assunto. Para estas, a possibilidade de estarmos sendo visitados por criaturas provenientes de outros mundos não é algo digno de preocupação – o carnaval, um jogo de futebol, a praia no final de semana, tudo isso é mais importante. Não seriam estes que entrariam em pânico caso o governo reconhecesse publicamente que a Terra está sendo visitada por alienígenas. A idéia de que o assunto deve continuar sendo tratado de maneira confidencial, a partir de interesses estratégicos ligados às tentativas de absorção da tec
nologia extraterrestre, já deixou de fazer sentido. Afinal, as forças armadas de praticamente todas as nações possuem hoje provas definitivas da presença dos UFOs. Divulgar a existência dos extraterrestres e a realidade dos contatos que estão sendo mantidos, em nada atrapalharia a manutenção dos possíveis desenvolvimentos tecnológicos conseguidos, por exemplo, pelos Estados Unidos.
Essas informações podem chegar perfeitamente a outros governos através de diversos meios. Quantas informações vitais, desconhecidas da população norte-americana, chegaram aos soviéticos através da espionagem? É claro que existem também interesses religiosos por trás do acobertamento da presença dos extraterrestres. As investigações de muitos pesquisadores parecem comprovar de maneira definitiva que foram os próprios alienígenas, em suas incursões passadas, que inspiraram o aparecimento das religiões. Outro aspecto que não pode ser ignorado é a dificuldade que um governo, como o dos EUA, a maior potência militar do planeta, tem em admitir para o resto do mundo que todo o seu poderio militar é, na verdade, insignificante frente os UFOs. A aceitação em termos oficiosos da presença alienígena levaria fatalmente ao surgimento de uma nova ordem mundial, fossem os extraterrestres invasores ou salvadores da humanidade, visto que teríamos que nos apresentar como habitantes do planeta Terra.
“Fracos de espírito” — Deixariam de ter sentido todas as nossas divisões em países, raças, credos etc. Mas além dos aspectos que já abordamos, que são usados para a manutenção do sigilo, podemos pensar em algo mais transcendente e talvez ainda mais estarrecedor para justificar sua continuidade. A verdade da presença extraterrena no planeta não se esgota simplesmente com a divulgação de que estamos sendo visitados por seres de outras civilizações. A verdade é possivelmente mais profunda, e pode obrigar a humanidade a reescrever sua história passada e repensar seu futuro. Não vamos falar aqui de acordos entre extraterrestres demoníacos e o governo dos EUA, e outras fantasias que considero sem o menor sentido. Pelo menos uma parcela do Fenômeno UFO está intimamente relacionada com o passado e origem de nossa humanidade. A semelhança existente entre nossa espécie e o tipo físico de alguns grupos extraterrestres que nos visitam pode ser uma boa indicação de que estamos caminhando em direção à verdade. Na realidade, parece que somos “propriedade” de alguém.
Contatos realizados em várias partes do planeta parecem indicar, ainda, que esses seres de aspecto humano comandam outros tipos de alienígenas. Existe uma interferência direta na própria evolução da humanidade. Somos alvo de um experimento em escala planetária. Mas por mais perturbadora que seja a verdade por trás da presença extraterrestre no planeta, temos o direito a ela. A prática tem demonstrado que a pior política é manter as populações na ignorância. Uma boa evidência disso ocorreu em nosso próprio País quando, em 1977, aconteceu na Amazônia uma das maiores ondas ufológicas já registradas, levando populações de várias localidades, no Estado do Pará, ao desespero e pânico. A situação ficou tão explosiva que um relatório feito por militares que participaram das investigações realizadas pela FAB, dentro da chamada Operação Prato, chegou a alertar para a possibilidade dos mais “fracos de espírito” partirem para o suicídio.
Com a intervenção e orientação dos militares, a população aprendeu a “conviver” com aqueles fenômenos e a situação progressivamente se normalizou nas áreas atingidas. Nada é tão perigoso quanto o medo do desconhecido. Estamos correndo um grande risco. Se algo semelhante aos acontecimentos verificados no Pará ocorrer em escala planetária, sem um processo gradual de preparação por parte dos governos, teremos a instabilidade emocional das massas em várias partes do planeta. Quando maior for a ignorância em relação ao assunto, maiores serão também os riscos de um processo de histeria coletiva.
Em 1997, a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), realizou em nosso País, na cidade de Brasília (DF), o maior evento da história da Ufologia Mundial, com a participação dos mais importantes pesquisadores brasileiros e do exterior. Nunca, em momento algum, um encontro ufológico teve tanta repercussão. A proposta principal do congresso foi o reconhecimento, por parte de nossas autoridades, da presença extraterrena no planeta. Na oportunidade foi redigido um documento que passou a ser conhecido como a Carta de Brasília, assinado pelos ufólogos presentes, oriundos dos mais diferentes países. O manifesto chamava a atenção de nossas autoridades para o crescimento da atividade ufológica no País e no resto do planeta.
Solicitava em termos emergenciais, o estabelecimento de “um programa oficial de pesquisa e respectiva divulgação do assunto, de forma a esclarecer a população brasileira a respeito da inegável e cada vez mais crescente presença extraterrena na Terra”. Como ponto de partida, pedia que o Ministério da Aeronáutica abrisse seus arquivos referentes à Operação Prato, através da qual equipes do I Comando Aéreo Regional (COMAR), situado em Belém (PA), tiveram contatos diretos com UFOs, possibilitando a obtenção de mais de 500 fotos e filmagens registrando a presença dos discos voadores na Amazônia.
Integrantes do meio militar, no Brasil e exterior, têm consciência da iminente necessidade de se relatar à população a existência material do Fenômeno UFO e suas implicações, não o fazendo, ainda, por temor de expor sua fragilidade
Já se tentou antes — A Carta de Brasília também pedia a abertura dos documentos relacionados à chamada “A Noite Oficial dos UFOs”, sobre os acontecimentos verificados em 19 de maio de 1986, quando 21 objetos voadores não identificados foram rastreados pelo Cindacta I, e perseguidos durante horas pelos caças da FAB, sobre os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás. No encerramento do I Fórum Mundial de Ufologia, estiveram presentes para receber oficialmente a Carta de Brasília o então senador José Roberto Arruda, que era líder do governo Fernando Henrique no Congresso Nacional, o coronel aviador Weber Luiz Kümmel, representando o Ministro da Aeronáutica e o também coronel aviador Zilmar Antunes de Freitas, do 6º Comando Aéreo Regional. Infelizmente, apesar de toda a divulgação que o evento propiciou, não tivemos na época qualquer resposta às nossas solicitações, ou possíveis repercussões referentes ao documento. Mas o trabalho, de uma forma ou outra, continuou buscando o reconhecimento da seriedade do assunto.
Sabemos que já existem muitos o
ficiais no meio militar brasileiro que são contra a manutenção do sigilo em relação à presença dos discos voadores e seus tripulantes. No final de 1996, quando estivemos com o ex-ministro da Aeronáutica, brigadeiro-do-ar Octávio Júlio Moreira Lima, principal responsável pela divulgação dos incidentes de maio de 1986, este ressaltou que nossas autoridades têm ainda uma preocupação com a possibilidade de pânico. Mas disse ainda que, para ele, pessoalmente, a humanidade já está muito bem preparada para receber a notícia de possíveis visitas extraterrestres. Já é hora de nossas autoridades assumirem uma posição de coragem e de independência em relação à política norte-americana relativa ao assunto.
Provas inequívocas — Os principais interesses que ainda mantêm o acobertamento nos EUA nada têm a ver com a realidade brasileira – até pelo contrário. Nossas autoridades, independentemente de outras nações, possuem provas inequívocas da presença alienígena. Continuar com o sigilo é muito perigoso, pois podemos estar na iminência de um acontecimento planetário. Sabemos que existem interesses poderosos em jogo, ligados à manipulação das massas através da ignorância. Mas esses são irrelevantes, na verdade, se pensarmos nas perspectivas que se abrirão para a humanidade. Cabe aos governos assumirem suas responsabilidades, enquanto ainda podem fazer alguma coisa. A campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, que agora começa a dar origem aos seus primeiros resultados, e que começou a ser formatada durante um encontro entre este autor e o editor desta revista, ocorrido em Conservatória (RJ), em março do ano passado, acabou se mostrando decisiva para conseguirmos aquilo que buscamos em 1997, através do I Fórum Mundial de Ufologia. Desencadeada pela mesma Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), recebeu o apoio de expressiva porcentagem da comunidade ufológica nacional, reunindo quase 40 mil assinaturas a favor do fim do sigilo em relação à presença dos UFOs e seus tripulantes.
Não tenho a menor dúvida que as autoridades militares que nos receberam em Brasília de maneira tão especial estão dando os primeiros passos para colocarem nosso País numa posição de pioneirismo. Abertamente declararam aos membros da CBU que estão dispostas a manter um diálogo em alto nível para que a população possa ter acesso aos arquivos militares relacionados ao tema. A liberação dos documentos, hoje classificados em vários níveis de segurança, dependerá apenas de formalidades legais que devem ser seguidas. Estamos vivendo certamente momentos decisivos do processo de esclarecimento em relação à realidade da presença extraterrena em nosso planeta. Em pouco tempo, não tenho a menor dúvida, a verdade definitiva estará à disposição, inclusive daqueles que insistem em negar a realidade do fenômeno, que ainda acreditam que a Terra é o centro deste universo e, o homem, seu habitante mais ilustre.