A Universidade de Harvard vai investir US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2.320 bilhões), nos próximos anos, em um projeto de pesquisa sobre a origem da vida na Terra. O ponto de partida dos pesquisadores são alguns mistérios ainda não explicados. “Minha expectativa é de que seremos capazes de reduzir a questão a uma série muito simples de eventos lógicos, ocorridos sem nenhuma intervenção divina”, disse David Liu, professor de química e bilogia químida de Harvard. O projeo Iniciativa Origens da Vida no Universo foi criado por causa da importância da Teoria da Evolução na base das pesquisas em diversas áreas da ciência contemporânea.
A visão evolucionista, fundada por Charles Darwin, se baseia na idéia de que as espécies evoluíram ao longo de milhões de anos. O debate em torno do tema vem esquentando nos Estados Unidos nos últimos anos por conta da ação de grupos conservadores, que defendem a hipótese criacionista, segundo a qual, Deus criou o universo ou a teoria do chamado Projeto Inteligente, cuja vida é muito complexa para ser explicada pelo evolucionismo e que uma força superior deve tê-la feito surgir. Harvard não é conhecida como um grande centro de pesquisas sobre a origem da vida, mas quer se tornar um. “É gratificante ver Harvard trabalhando numa solução que vai ser lembrada daqui a cem anos”, disse Steven Benner, da Universidade da Florida, um dos maiores pesquisadores sobre origens da vida.