Até que ponto se estenderiam os poderes de um país que dispusesse dos meios para destruir de uma só vez todos os satélites estrangeiros que ameaçassem sua segurança nacional e, ao mesmo tempo, criar uma espécie de escudo virtual para proteção de boa parte da Terra? E se tal artefato, operando com emissões de poderosíssimas ondas eletromagnéticas, funcionasse também como um transmissor capaz de manipular a ionosfera, interceptando as comunicações do mundo todo e substituindo-as por suas próprias? Indo mais além, até que ponto tal nação poderia controlar o comportamento humano, se esse transmissor eletromagnético funcionasse na faixa de frequência do cérebro humano, que é extremamente baixa, possibilitando que seus operadores enviassem pensamentos dirigidos diretamente à cabeça das pessoas, manipulando, excitando, deprimindo ou reprimindo, induzindo rendição, obediência, suicídio etc?
transmissor que, segundo o ativista pelas liberdades civis norte-americano Jerry E. Smith, além de outros também engajados na mesma pesquisa, é capaz de fazer exatamente tudo isso. Tal transmissor poderia ainda — de modo particularmente preocupante — manipular o pensamento e a emoção das pessoas por meio de ondas eletromagnéticas. Autor do livro Armas Eletromagnéticas [Editora Aleph, 2005], Smith faz revelações surpreendentes. Ele garantiu que a arma mencionada acima existe e pertence aos Estados Unidos.
Em funcionamento desde 1995, tal dispositivo tem o nome HAARP, iniciais em inglês de Programa de Pesquisa de Alta Frequência Auroral Ativa [High Frequency Active Auroral Research Program]. Ele é a maior e mais potente instalação do Departamento de Defesa (DoD) norte-americano. O projeto vem há tempos sendo considerado por alguns pesquisadores bem-informados como o protótipo de um sistema de armas superdesenvolvido, baseado na superfície do planeta, inspirado ou parte integrante do programa de defesa dos Estados Unidos, instituído desde o governo Ronald Reagan e reativado sob a administração de Donald Trump. Em Armas Eletromagnéticas, Smith lembra que, em 1983, Reagan convocou a elite científica de seu país para que passasse a dirigir seus esforços “para a causa da humanidade e da paz mundial, a fim de nos conferirem os meios para tornar as armas nucleares impotentes e obsoletas”.
Ele se referia a um escudo mundial antimíssil para impedir ataques de países não alinhados. A proposta foi denominada tecnicamente Iniciativa para a Defesa Estratégica [Strategic Defense Initiative, SDI]. Grande parte da pesquisa para construção da SDI já foi há muito tempo abandonada, enquanto certas operações continuam até hoje dissimuladamente, segundo Smith, sob o disfarce de experimentos científicos orientados para fins civis inofensivos — mas sendo, em sua essência, um programa militar que culmina justamente com o HAARP.
É interessante observar aqui que, de acordo com outro autor norte-americano, o falecido coronel do Exército Phillip Corso, em seu livro The Day After Roswell [O Dia Após de Roswell, Pocket Books, 1998], a SDI seria, na verdade, não um programa para defender os EUA contra possíveis ataques de nações inimigas, como a ex-União Soviética. Mas um programa conjunto com os próprios soviéticos para criar um sistema de defesa virtualmente impenetrável por forças externas a ambas as nações, e, ao mesmo tempo, um poderoso armamento para destruir eventuais forças invasoras extraterrestres. Corso argumentava ainda que, ironicamente, a tecnologia para a criação desse escudo teria sido desenvolvida a partir de instrumentação e armas avançadas resgatadas dentre os destroços de uma nave extraterrestre acidentada em Roswell, Novo México, em 1947. É o feitiço se voltando contra o feiticeiro?
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