Nota da Redação UFO: O texto a seguir foi produzido pela Equipe do programa Globo Ciência para seu site, por ocasião da apresentação do tema Ufologia na edição de 09 de junho, que contou com a participação do editor e do coeditor da Revista UFO A. J. Gevaerd e Marco Antonio Petit. Assista ao final a matéria completa disponibilizada pela Rede Globo.
Envolta em mistérios, a Ufologia é o estudo dos Objetos Voadores Não Identificados, denominados com a sigla OVNIs, e inclui, entre outras atividades, a análise de seus registros visuais e de possíveis evidências físicas. Mas por que quando os Unidentified Flying Objects [UFOs, sigla em inglês para OVNIs] são citados, a primeira ideia que vem à cabeça é a de uma nave em formato de disco voador? No caso de alienígenas, a que se deve a imagem de um ser franzino, com cabeça desproporcional ao corpo e os olhos esbugalhados? Seriam realmente esses os padrões de UFOs e de extraterrestres de que se tem conhecimento, ou são mitos que se repetiram ao longo dos anos?
Com vários livros publicados na área, o ufólogo Marco Antônio Petit, que é coeditor da Revista UFO, explica que esses modelos criados retratam apenas algumas das formas de naves e de seres estudadas pela Ufologia. “A origem desse modelo de extraterrestre, um dos mais relatados, se firmou como padrão, pois é a forma mais distante da humana”, justifica Petit.
Fazendo um resgate histórico, o ufólogo destaca que as formas pintadas por povos antigos em cavernas da Espanha, da França e do Brasil, mais especificamente, em Minas Gerais, datam de 20 mil anos e descreviam esse modelo de nave e de tripulantes. “Além disso, há fósseis de mais de 60 milhões de anos com pegadas de pés calçados, descobertas nos EUA, Peru e no deserto do Gobi, no Norte da China e Sul da Mongólia. Em outras partes do mundo, já se descobriram objetos metálicos com certo grau de tecnologia em camadas geológicas de milhares de anos”, ressalta o especialista.
Sobre a forma discoide das aeronaves, Petit lembra que esta é apenas uma das apresentadas pelo estudo da Ufologia. “A forma esférica é tão ou mais comum do que a discoide. Outros formatos muito descritos são a de charuto, ou a de ovo. No Brasil, é mais comum chamar as naves de disco voador. Já na Espanha é prato voador e nos EUA o termo mais comum é pires voador”, afirma.
Conheça alguns relatos clássicos de aparições
Sendo um dos ativistas da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, Petit luta para que sejam liberados pelas autoridades os documentos pertinentes à aparição de UFOs no espaço aéreo brasileiro. De acordo com ele, são casos que envolveram militares, tanto no passado, quanto no presente. “A campanha já liberou mais de três mil laudos sigilosos. A partir de uma lei de maio de 2005, as forças armadas estão começando a divulgar alguns documentos a que só tínhamos aceso no passado por meio de vazamentos”, conta Petit.
Um dos casos emblemáticos da Ufologia aconteceu nos EUA, em 1947. Existe o relato da queda de um UFO próximo à base militar da Força Aérea do Exército Norte-Americano, localizada no Novo México, na região de Roswell no dia 03 de julho. “No dia 08 de julho, pela primeira vez na história, uma base militar assumia publicamente, por meio de uma nota oficial, ter recolhido em um rancho próximo fragmentos de um pires voador. Entretanto, a notícia só durou seis horas, já que o exército norte-americano resolveu acobertar o fato, alegando se tratar de um balão meteorológico”, conta o ufólogo.
No Brasil, um dos eventos que gerou grande repercussão, envolvendo a Aeronáutica, foi o caso da aparição de 21 UFOs próximo à base militar de São José dos Campos, município do interior do estado de São Paulo. No dia 19 de maio de 1986, vários OVNIs, de tamanhos diferentes, foram avistados por militares na região, sendo também detectados pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). “O número de objetos começou a aumentar, ocorrendo também aparições no estado de Goiás. Em determinado momento, esses objetos começaram a gerar um risco para a aviação no estado de São Paulo devido à velocidade e agilidade. Isso fez com que o Núcleo do Comando de Defesa do Espaço Aéreo Brasileiro da Força Aérea Brasileira (FAB) determinasse que três caças F5 levantassem voo da base de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e três Mirage da base da Anápolis, em Goiás. Na ocasião, ocorreu contato visual e de radar com um dos nossos aviões, que acabou sendo acompanhado bem de perto por 13 OVNIs”, conta Petit.
Um caso de grande repercussão também foi o do voo 169, da Vasp. No dia 08 de fevereiro de 1982, o Boeing 727 da companhia, que ia de Fortaleza para o Rio de Janeiro, com destino final em São Paulo, teve parte do seu trajeto acompanhando por um UFO. “Na ocasião, o comandante Gerson Maciel de Brito alertou o Cindacta sobre o avistamento de um objeto luminoso. No primeiro instante, foi negada a presença de qualquer outra aeronave próxima. Mesmo assim, em vários momentos o comandante entrou em contato com as autoridades, até mesmo por questões de segurança do voo. Quando o Boeing estava sobre Belo Horizonte, em Minas Gerais, o objeto se aproximou muito. Neste momento, o Cindacta entrou em contato com a cabine de voo dizendo que havia identificado um objeto há 15km. Depois disso, o UFO se afastou do avião, que pousou em segurança no Rio de Janeiro”, revela.
Para assistir ao programa Globo Ciência sobre UFOs, na íntegra, basta clicar
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