Os taxonomistas são responsáveis por classificar as formas de vida nativas do planeta Terra e a cada ano diversas novas espécies de organismos são descobertas. Diante da variedade de seres descritos pelas testemunhas, ao longo de mais de seis décadas de estudo ufológico, é natural que se tente implementar um sistema de classificação dessas criaturas, com o fim de facilitar seu estudo. Contudo, a grande desvantagem dos ufólogos é não dispor de espécimes para realizar tal trabalho.
Tal dificuldade está ligada ao aspecto fugidio do Fenômeno UFO e a principal hipótese para explicá-lo: a de que tais objetos são naves provenientes de outros mundos. Ao longo das décadas essa hipótese foi se impondo, devido a milhares de casos recolhidos ao longo dessas décadas, onde testemunhas de todas as idades e profissões, com variados graus de credibilidade, descreveram a presença de seres próximos de tais naves. Há até mesmo relatos de seres observados, onde nenhum UFO surgiu. E, para somar-se à ausência de evidências físicas, é necessário cuidado extremo ao lidar com os relatos das testemunhas, sempre influenciado por sua cultura, crenças religiosas e outros fatores.
A vasta maioria das criaturas avistadas possui semelhança com seres humanos. Caminham eretas, sua constituição física é similar à nossa, com cabeça, tronco, dois braços e duas pernas, mas tal descrição básica comporta inúmeros detalhes que diferenciam os extraterrestres no que parecem ser diversas espécies. A primeira e óbvia conclusão é que esses visitantes são naturais de diversos mundos, evoluindo de acordo com as características e condições presentes em cada um destes. Diversos modelos de classificação dos ufonautas já foram propostos ao longo dos anos e todos acabaram concordando com relação às duas categorias de seres que são os mais comumente avistados.
MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO
Em uma dessas categorias se enquadram os grays ou cinzentos, com forma vagamente humana porém mais baixos, constituição frágil, corpo e membros bastante esguios, e cabeças grandes parecendo desproporcionais. Seus olhos são descritos como muito grandes e inexpressivos, totalmente negros, a boca muito pequena e dois orifícios como narinas. Não possuem pelos no corpo, usam variados tipos de vestimenta e possuem três ou quatro dedos nas mãos, de acordo com a maioria dos testemunhos. O segundo grupo mais visto é composto por criaturas praticamente idênticas aos seres humanos, sugerindo claramente algum tipo de parentesco conosco. Os mais frequentemente descritos são os chamados nórdicos, seres altos, de cabelos geralmente longos e loiros, homens ou mulheres muito atraentes. Mas outros tamanhos, cor de cabelo e pele já foram descritos.
Outros tipos de alienígenas já foram descritos, com muito menor frequência, incluindo criaturas que usavam capacetes ou o que pareciam trajes espaciais, seres semelhantes a animais ou robôs, criaturas imateriais ou feitas de energia, e até mesmo bizarras massas ou bulhas disformes. Os métodos de classificação apresentados ao longo dos anos de estudo ufológico foram os mais variados, e recentemente mais um foi proposto pelo coeditor da Revista UFO Thiago Ticchetti, no livro Guia da Tipologia Extraterrestre. É o próprio Thiago que explica:
SISTEMA SIMPLIFICADO E VERSÁTIL
“O sistema de classificação que utilizo não pretende ser científico. Não estou tentando determinar as bases de uma antropologia extraterrestre, mas simplesmente tentando estabelecer uma tipologia de criaturas que são relatadas como sendo de natureza extraterrestre. Não consegui classificar os alienígenas observados em espécies, famílias, pelo seu tamanho, cor dos olhos ou dos cabelos. Busquei criar um sistema simples, mas ao mesmo tempo contendo as informações necessárias e esse sistema pode ser alterado a qualquer momento. As classes são abrangentes e dentro delas temos os tipos e suas variações, que podem receber novas informações à medida que surgirem novos relatos.
Este sistema de classificação é baseado estritamente na aparência dos seres. Pensei que dessa forma seria mais simples mantê-la atualizada, pois é só acrescentar novos tipos que porventura sejam relatados. A partir disso defini, seguindo a ideia do citado pesquisador Huyghe, quatro classes de alienígenas. Mas dentro de cada uma dessas grandes classes descobri muitos tipos de entidades, e em cada um desses tipos há muitas variantes. Por isso subdividi os tipos alienígenas em variáveis, que são obtidas por meio de casos específicos e constituem a descrição do evento”.
Há séculos a espécie humana assiste à chegada de estranhos seres geralmente bípedes e semelhantes a nós, que descem de curiosos veículos voadores sem rodas, asas ou qualquer indício de forma de navegação. Quase sempre estas criaturas têm formato humanoide e não raro se parecem com uma pessoa comum, mas com um problema: elas não são daqui, não são da Terra. O que pouca gente sabe é que existem dezenas de tipos deles vindo até nós, alguns com o curioso aspecto de robôs, outros se assemelhando a animais e há os que se parecem muito com entidades do nosso folclore. O Guia da Tipologia Extraterrestre faz uma ampla catalogação de todos os tipos de entidades já relatadas, classificando-as conforme sua aparência e características físicas diante de suas testemunhas, resultando num esforço inédito para se entender quem são nossos visitantes.
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