A Ufologia passa por uma fase extremamente desafiadora: o que é comprovado e o que é apenas suposição na pesquisa dos discos voadores? Para se chegar à resposta é preciso muita investigação, cautela e, sobretudo, informação.
Na edição de fevereiro último da prestigiada revista Ano Zero, mais precisamente na seção assinada pelo Sr. Philippe Van Putten, é feita uma tentativa de correção a um texto anteriormente publicado em UFO 16 (um box com descrição da foto de um suposto ET, capa daquela edição). No entanto, na realidade, o Sr. Philippe tentou agredir e denegrir nossa publicação, no que foi infeliz. Talvez movido por sua ira ou por sua incompetência, a correção do Sr. Philippe é que é incorreta, representou lamentável perda de tempo e espaço na valiosa revista e nos obriga a perder mais tempo ainda para recorrigí-la. Mas, para esclarecer a origem da polêmica foto, que o desavisado articulista publicou sem oferecer o crédito apropriado (ao ufólogo Michael Hesemann ou à UFO, quem primeiro a publicou no Brasil), vejamos os fatos.
Em matéria publicada na referida edição de UFO, dizíamos que a foto do ET era naturalmente fabricada, como qualquer pessoa ufólogo ou não – pode ver. A história dessa foto é longa, mas vale a pena tentar resumir aqui: quem nos forneceu a foto pessoalmente foi o ufólogo alemão Michael Hesemann, durante o I° Congresso Mundial de Ufologia, em Tucson (EUA). Hesemann, por sua vez, nos informou que recebera a foto da ufóloga e cosmonauta soviética Marina Poppovich – também presente em Tucson e que nos confirmou a história. Marina acrescentou à EQUIPE UFO, durante o evento, que, por ter sido íntima do cientista e ufólogo soviético Felix Zigel, teria recebido dele uma cópia e a informação de que a foto havia sido produzida a partir de um boneco de cera fabricado com base em fotos legítimas de um corpo de ET resgatado no sudeste dos EUA (presumivelmente em Roswell), e que o assunto era “top secret” para os norte-americanos.
Ingenuidade – Já o articulista, que não conheceu a história da foto nem em primeira, nem segunda mão, e sequer consultou nossas fontes (embora as cite desavisadamente), afirma que não existe foto original (em preto e branco) de ET nenhum. “…não existem as fotos originais em preto e branco de um corpo verdadeiro, nem qualquer relação do boneco com o suposto incidente em Roswell”, afirma o auto-confiante Sr. Philippe Van Putten, que demonstra com isso uma ingenuidade, um despreparo ufológico e uma arrogância sem limites. Primeiramente, porque está totalmente alheio ao assunto, não tem idéia do que acabamos de descrever no parágrafo anterior, não tem idéia de quem é Michael Hesemann, Marina Poppovich ou mesmo quem é Felix Zigel. Em segundo lugar, é de uma desinformação fantástica uma pessoa imaginar que, no caso de assunto de tal envergadura como a queda de um UFO e resgate de seus tripulantes, o país que procedeu à captura não faria – só para mencionar um número – pelo menos 1.000 fotos de cada corpo! Em terceiro lugar, o despreparo do articulista, que parece não ter qualquer cuidado com as matérias que publica, chega a tal ponto que sequer imagina que, da mesma forma como milhares (para não dizer milhões) de páginas de documentos secretos vazaram para fora dos escritórios da Inteligência americana, fotos de cadáveres de ETs não passariam pelo mesmo processo de vazamento – e muito mais rapidamente.
Por fim, o Sr. Philippe Van Putten ainda desconhece que o professor Zigel foi grande cooperador da própria Inteligência norte-americana, como vários outros soviéticos, apesar de toda a propaganda de Guerra Fria existente à época entre EUA e URSS, e tinha acesso a todo o tipo de informações que quisesse – inclusive evidentes e óbvias fotos de corpos de ETs (ou o articulista também acha que nunca caiu um UFO nos EUA?…). “Em matéria de discos voadores, os soviéticos sempre trocaram informações assiduamente com os americanos, e vice-versa; o importante era ter as mais poderosas nações da Terra conhecendo o Fenômeno UFO e permanecendo unidas, acima de quaisquer outras diferenças menores, no caso de uma eventual invasão exterior”, afirmou em Tucson um dos ufólogos norte-americanos de maior prestígio.
Desinformação – o Sr. Philippe continua sua demonstração de desinformação ao afirmar que o boneco de cera estaria exposto no Pavillon de I’Insolite, na chamada Exposição Universal de Montreal, no Canadá, e que a foto do ET teria sido feita por Christian Page, em 1979. O que o articulista não sabe é que existem dezenas de bonecos semelhantes a ETs em muitas exposições espalhadas pelo mundo – e não um só boneco! Mas o boneco canadense, no entanto, não é o da foto; o do Museu de Cera de Londres, por exemplo, é bem mais parecido, embora não seja tão perfeito como o da foto que apresentamos.
Com isso, esperamos que o assunto esteja esclarecido para os leitores e para o próprio Sr. Philippe. Sua tentativa de denegrir-nos, chamando-nos em sua nota de “imprensa sensacionalista”, afirmando que publicamos a foto em questão “no afã de fazer dinheiro fácil”, foi muito infeliz. Sua intenção não era desmerecer a foto, mas sim a revista UFO, inconformado com as informações sobre seu duvidoso caráter que publicamos em UFO 18. No entanto, as pixações do Sr. Philippe são frágeis justamente porque não são éticas: o articulista não chegou a ter coragem de declinar o nome de nossa revista em conexão com a foto, apenas limitando-se a insinuá-lo. Oras, se UFO foi a única revista brasileira a publicar a foto, então as críticas são para nós! Mas por que, sejam elas apropriadas ou descabidas, seu autor não teve coragem de citar o nome de nossa revista. Assim, o que mais poderemos dizer sobre o assunto? Só uma coisa: que o leitor tem todo o direito de julgar o caso como quiser e, com certeza, irá fazê-lo. À EQUIPE UFO cabe a responsabilidade de bem (e muito bem!) informar seus leitores e defender sua integridade editorial, impedindo que elementos despreparados a ataquem movidos por razões e com meios insustentáveis.
Fontes internacionais garantem a existência da foto do ET
(O texto a seguir foi extraído da publicação alemã Journal Für UFO-Forschung, editada por Hans-Werner Peiniger, e está sendo publicada a seguir para servir como mais uma informação sobre a origem da polêmica foto do suposto alienígena de cera. A tradução do material é de Sérgio Granato Dantur, da EQUIPE UFO, e a adaptação redatorial é de A. J. Gevaerd.)
Foto de um ET morto? Na revista Orbiter de novembro de 1990 (n° 27), seu editor Jim Melesniuc publicou a fotografia de um suposto cadáver extraterrestre, que faria parte de uma série de várias outras, s
egundo a publicação. Duas delas inclusive foram publicadas livro Drachenwege (Caminho dos Dragões) de Johannes Von Buttlar, mas na forma de fotocópias muito ruins. Buttlar escreveu que “devia tratar-se de um alienígena, o qual teria se salvado na queda de um UFO em 7 de julho de 1947, perto de Roswell, Novo México”. Era uma declaração bombástica, mas Buttlar vai ainda mais longe: “…as fotos foram consideradas autênticas pelo cientista e ufólogo soviético Prof. Felix Zigel e pelo Dr. Wilbert B. Smith, então dirigente do programa secreto do Governo canadense para pesquisas ufológicas, o Projeto Magnet”. Contam as fontes de Buttlar que, pouco antes de sua morte, Zigel encaminhou as fotos para a piloto de testes russa, Coronel Marina Poppovich, que as enviou a Buttlar para publicação. Por outros meios, as fotos chegaram também aos Estados Unidos.
Serviço Secreto – O cadáver do ET que aparece na foto foi fotografado por um certo Nicholas Van Poppen, fotógrafo indicado pela prestigiosa British Satelite Broadcasting (BSB), da Grã-Bretanha, para trabalhar nos EUA. Poppen passou a ser fotógrafo militar oficial naquele país e tinha a incumbência de fotografar vários outros cadáveres. Empregado do serviço secreto norte-americano por ser um grande especialista em fotografia, Poppen recebeu uma rigorosíssima proibição de falar a respeito do que vira nos hangares da USAF, sendo obrigado a entregar seus filmes ao final de cada dia de trabalho. Perante seus amigos, no entanto, o fotógrafo afirmou, apesar da proibição, que os alienígenas deveriam estar ainda afivelados nos assentos de sua espaçonave -que teria 9 metros de diâmetro. “Tinham de 60 a 120 cm de altura, eram muito magros e vestiam macacões pretos brilhantes”, chegou a dizer a um interlocutor. Lamentavelmente, nesse Ínterim Poppen faleceu, e assim tais informações não puderam ser confirmadas por ele.