
A semente para a realização do I Fórum Mundial de Ufologia veio de um antigo sonho de nosso colega Rafael Cury, que já organizou diversos congressos de Ufologia em Curitiba, com estudiosos do Brasil e do Exterior. Mas isso era pouco: nos últimos anos, já vinha sendo amadurecida a idéia de se fazer um evento de grande porte, como foi o Fórum, e isso exigia uma estrutura muito complexa. No fim do ano de 1996, esta idéia foi proposta à Legião da Boa Vontade (LBV), através de Wellington de Azeredo Arthur, como uma oferta de parceria para sua realização.
A LBV encarou seriamente o projeto de Cury e, já no mês de março de 1997, colocou seu magnífico ParlaMundi, em Brasília, à disposição dos ufólogos. A Cury se juntaram outros cinco pesquisadores brasileiros e formaram a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), que decidiria os rumos do Fórum daí em diante. A CBU foi composta por A. J. Gevaerd, Marco Antônio Petit, Reginaldo de Athayde, Ubirajara Franco Rodrigues, o próprio Cury e este autor. Reuniões em São Paulo, Brasília, Campo Grande e Curitiba iam permitindo, lentamente, elaborar todos os detalhes necessários para o importante evento que estava sendo programado. Foram nove meses de muito trabalho.
Com exceção de uns poucos, a maioria dos ufólogos brasileiros deu o maior apoio ao evento, anunciando-o em suas publicações, palestras e apresentações perante a Imprensa. Na Internet, o Fórum foi constantemente comentado e divulgado – inclusive com o lançamento de uma belíssima homepage criada pelo ufólogo Ricardo Varela Corrêa, do INPE. Mesmo assim, assustadas, algumas pessoas chegaram a dizer que a idéia não ia dar certo. Lamentável. Talvez por falta de experiência, talvez por não acreditarem na capacidade dos ufólogos, essas pessoas estavam visivelmente preocupadas com o resultado final.
Houve até quem tentasse destruir o projeto do Fórum, sem sucesso… Finalmente, dezembro se iniciara e o dia de abertura do Fórum estava chegando. Quando houve a abertura oficial, na segunda-feira, 08 de dezembro, às 14h00, os presentes não acreditavam no que viam. Um casal de mestres de cerimônia apresentava detalhes e a importância do evento e anunciava os países participantes do conclave. Nesse momento, sob uma linda música interpretada pelo coral da LBV, ao fundo, dezenas de crianças entraram no auditório com as bandeiras dos países ali representados. Logo depois, o Hino Nacional e, em seguida, as palavras iniciais. Foi inesquecível. Tivemos até a presença de dois senadores da República: José Roberto Arruda (líder do governo 110 Congresso Nacional) e Leonel Paiva. O senador Arruda elogiou a iniciativa da LBV e da CBU.
CARTA DE BRASÍLIA – No encerramento, tivemos a presença de dois militares do Ministério da Aeronáutica: o coronel aviador Weber Luiz Kümmel, comandante da Base Aérea de Brasília, e o coronel aviador Zilmar Antunes de Freitas, chefe do Estado Maior do 6º Comando Aéreo Regional. Ambos estavam representando o ministro da Aeronáutica, o tenente brigadeiro do ar Lélio Viana Lobo. A esses senhores entregamos a Carta de Brasília um documento que redigimos durante o evento, com a esperança de que o mesmo seja encaminhado ao presidente da República e ao presidente do Congresso Nacional.
Foram quase 70 palestras em sete dias de muito trabalho. Alguns palestrantes estrangeiros não se contiveram diante da beleza do evento, de sua organização e na impecabilidade de tudo que ali foi apresentado. Entre inúmeras coisas que me marcaram no Fórum Mundial, a que mais chamou atenção foi a simpatia e a dedicação dos funcionários c voluntários da LBV que, mesmo dormindo somente quatro horas por noite, recebiam a todos com um alegre sorriso nos lábios. Garra, força de vontade, entusiasmo e dedicação foram fundamentais para a realização e o sucesso desse histórico evento.