Em um recente simpósio sobre astrobiologia, realizado no Centro John W. Kluge na Biblioteca do Congresso, em Washington, os especialistas presentes deixaram claro ser muito provável que em breve encontraremos vida extraterrestre. O cientista sênior do SETI, a busca por inteligência extraterrestre, SEth Shostak, afirmou que essa é uma corrida sendo disputada por três métodos. O primeiro é a pesquisa por vida microbiana em planetas e luas de nosso Sistema Solar. O segundo é a possibilidade de detectar as assinaturas de vida, compostos químicos ou gases, na atmosfera de exoplanetas. E, finalmente, está a busca por sinais de rádio de civilizações alienígenas realizada pelo SETI.
Evidentemente não se sabe qual desses métodos apresentará as primeiras provas, porém Seth Shostak afirmou: “Antes de nós, houve 10.000 gerações de humanos e a nossa poderá ser a primeira a saber que não estamos sozinhos no Universo”. Porém, a discussão se ampliou além dos debates no simpósio, pois é crescente na comunidade científica o apoio à teoria de que os primeiros alienígenas que iremos encontrar serão seres não biológicos, na forma de máquinas, ou uma Inteligência Artificial (A.I.). A dra. Susan Schneider, professora de filosofia da Universidade de Connecticut, além de autora de vários artigos sobre vida extraterrestre, é uma das defensoras dessa teoria, na qual também trabalha o próprio Seth Shostak.
Susan afirma que a descoberta de micróbios alienígenas em outros mundos do Sistema Solar é a mais provável de acontecer primeiro, porém, naturalmente, encontrar vida extraterrestre inteligente teria um impacto incomparavelmente maior na sociedade terrestre. Mas ela afirma que podem acontecer surpresas nesse processo, pois poderemos nos deparar com formas de vida artificiais, robôs alienígenas. Schneider diz que, na atualidade, em nossa própria civilização, as pessoas já estão imersas em tecnologia e computadores, que já fazem parte integral de nosso cotidiano. E ela argumenta ainda com as previsões de avanço na tecnologia de informática, que aponta para o desenvolvimento das primeiras formas de A.I. para cerca de 50 anos no futuro. De fato, especialistas em computação afirmam que desde a criação do rádio até o desenvolvimento da inteligência artificial pode transcorrer um prazo muito curto, de no máximo 150 anos.
PRÓXIMO ESTÁGIO DA EVOLUÇÃO HUMANA
Susan Schneider afirma: “Pesquisadores dedicados à A.I. afirmam que estamos a somente 50 anos da criação de uma inteligência artificial mais inteligente que nós mesmos. Portanto, o próximo estágio de nossa evolução seria nos ligarmos a essas máquinas, até mesmo fazendo o upload de nossas consciências nelas. Então, como os alienígenas seriam muito mais antigos que nós, eles provavelmente seriam formas sofisticadas de A.I. incomparavelmente mais inteligentes que nós”. Schneider afirma que essa tem sido uma ideia intensamente debatida tanto na NASA quanto pelo SETI, a de que as primeiras civilizações alienígenas que descobrirmos não serão biológicas. Evidentemente, formas de vida artificiais seriam muito mais duráveis, sem as limitações da vida biológica, além de evoluir incomparavelmente mais rápido. Civilizações alienígenas poderiam se constituir de computadores ocupando todo um planeta e as longas viagens interestelares não representariam um problema para eles.
A evolução de vida biológica para artificial, por certo, enfrentaria resistência de certos grupos humanos. Além disso, o proferror Stephen Hawking, em evento que ocorreu em Londres recentemente, afirmou que o desenvolvimento de inteligência artificial plena poderia representar o fim da humanidade. Ele disse: “A criação da A.I. poderia ser o maior evento da história humana, mas infelizmente, também poderia ser o último. Uma vez que os humanos desenvolvam a inteligência artificial, esta iria continuamente se redesenhar por si própria, evoluindo muito mais depressa que nós, que somos limitados pela evolução biológica”. Em abril passado, Hawking escreveu, em um artigo publicado no The Huffington Post: “O impacto a curto prazo da A.I. depende de quem a controlar, porém o impacto a longo prazo depende se ela pode ser controlada de alguma forma”. Outros especialistas são menos pessimistas, afirmando que a inteligência artificial seria mais uma ferramenta para beneficiar a humanidade. E, se nós estamos próximos de dar esse passo, os alienígenas podem já tê-lo superado.
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