A NASA anunciou que, após décadas de buscas, finalmente conseguiu detectar, pela primeira vez, o primeiro tipo de molécula que se formou no universo. O hidreto de hélio foi teorizado em 1925 e, agora, foi detectado pelo observatório SOFIA da agência espacial — com a descoberta publicada na revista Nature.
O hidreto de hélio foi encontrado pelo observatório SOFIA na nebulosa planetária NGC 7027, — remanescente do que, um dia, já foi uma estrela parecida com o Sol — a uma distância de 3.000 anos-luz daqui, próximo da constelação de Cygnus.
No início da formação do universo, havia apenas alguns tipos de átomos. Acredita-se que cerca de 100 mil anos após o Big Bang os elementos hélio e hidrogênio se combinaram para formar a molécula hidro-hélio (ou hidreto de hélio) pela primeira vez, mas até então nunca havíamos detectado diretamente esta molécula no espaço.
Hoje, o universo é repleto de estruturas enormes e complexas, incluindo planetas, estrelas e galáxias, mas há mais de 13 bilhões de anos o universo primordial era quente demais — e tudo o que existia eram alguns átomos, como o hélio e o hidrogênio, e foi com a combinação desses átomos que o universo começou a esfriar.
Quando começou o resfriamento, átomos de hidrogênio puderam interagir então com o hidreto de hélio, criando-se, assim, o hidrogênio molecular (molécula responsável pela formação das primeiras estrelas). Então, as estrelas passaram a forjar os demais elementos que compõem o cosmos. A descoberta prova que a molécula de fato existe no espaço e confirma parte da nossa compreensão básica da química do universo primitivo.
Em 1925, cientistas conseguiram criar a molécula primordial do hidro-hélio em laboratório e na década de 1970 cientistas que estudavam a nebulosa NGC 7027 viram ali um ambiente que poderia ser ideal para a formação do hidreto de hélio. É que, ali, a radiação ultravioleta e o calor da estrela envelhecida criam condições adequadas para a formação da molécula em questão, mas todas as observações, com a tecnologia da época, se mostravam inconclusivas.
Somente em 2016, o observatório SOFIA pôde começar a ajudar nessa missão. O equipamento faz observações acima das camadas interferentes da atmosfera da Terra e uma recente atualização dos instrumentos do SOFIA acrescentou um canal específico para poder, enfim, detectar o hidreto de hélio, de maneira inédita.
O instrumento pelo qual isso foi possível funciona como um receptor de rádio e os cientistas precisaram sintonizar a frequência da molécula que procuravam (mais ou menos como nós sintonizamos uma rádio FM para encontrar a estação certa).
Nota: SOFIA, o Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha, é um jato Boeing 747SP modificado para transportar um telescópio de 106 polegadas de diâmetro. É um projeto conjunto da NASA e do Centro Aeroespacial Alemão, DLR. O Ames Research Center da NASA, no Vale do Silício, na Califórnia, gerencia o programa SOFIA, ciência e operações missionárias em cooperação com a Associação Universitária de Pesquisa Espacial, com sede em Columbia, Maryland, e o Instituto Alemão SOFIA (DSI) da Universidade de Stuttgart. A aeronave é mantida e operada a partir do Edifício 703 da NASA, o Armstrong Flight Research Center, em Palmdale, Califórnia.
Fonte: NASA
Conheça o Curso Portais Dimensionais, Universos Paralelos e Extraterrestres
www.portaisdimensionais.com.br
Veja Mais:
Documentário ‘Apollo: Missões à Lua’ traz áudio inédito
Pesquisadores conseguem controlar a velocidade da luz enviando-a para trás
UFOs podem ser máquinas do tempo vindas do futuro?
Agora você vai entender a Física Quântica e sua relação com os UFOs
O futuro da humanidade por Michio Kaku
Veja a primeira imagem real de um buraco negro na história
Há 40 anos em busca da resposta: existem seres extraterrestres?