Os ataques do Chupacabras em Porto Rico, iniciados em 1995, causam ainda mais prejuízos do que no Brasil. Na bela ilha da América Central ele não agride somente cabras ou cães. Sua preferência abrange vacas e animais de granja, gerando um déficit ainda maior, não somente aos fazendeiros, mas aos aficionados por rinhas de galos, que acabam por não mais apostar nestas lutas pelo reduzido número de aves para competição.
O senhor Júlio Zalduondo Morales, comandante do Corpo de Bombeiros da pequena cidade montanhosa porto-riquenha de Aguas Buenas, é um desses que tem como hobby promover dispendiosas lutas de galos na fazenda da família. As rinhas de galos, além de serem um esporte popular em Porto Rico, são um negócio bastante rentável. Por isso, a perda da nata dessa espécie para o Chupacabras levou os apostadores a um incomparável aborrecimento.
Ao ser indagado se tinha certeza de que os galos haviam sido atacados pelo Chupacabras, Morales respondeu: “Sim, quase. A segunda vez que eu o escutei rodeando minha propriedade, pude notar dois grandes e fluorescentes olhos azuis esverdeados, próximos à cerca de arame farpado. Percebendo minha aproximação, a criatura fugiu deixando uma mecha de pêlos”. Ele delatou ainda que na primeira vez em que o Chupacabras apareceu roubou-lhe uma vaca.
O porto-riquenho contou que ao amanhecer foi até a cerca de arame farpado, para tentar achar algum vestígio no local. Por sorte, sua esposa encontrou um chumaço de pêlos, o qual me confiou para análise. Prometi que examinaria o material num laboratório nos Estados Unidos e que lhe enviaria uma cópia do relatório. Apesar da pendência da análise laboratorial, acredito que há uma boa chance da amostra ser verdadeira. Literalmente seriam restos de uma criatura viva de fora deste mundo – mas, atualmente, dentro dele: na ilha de Porto Rico. Histórias como a de Julio Zalduondo são comuns nos dias de hoje na ilha caribenha.
Encontros próximos – Desde março de 1995, centenas de ataques têm sido relatados pela comunidade porto-riquenha. Enfermeiras, executivos, fazendeiros, pescadores, donas de casa etc, todos têm sido testemunhas oculares do fenômeno. Quatro policiais tiveram experiências de encontros próximos com as criaturas. E os ataques continuam, enquanto novos relatórios sobre o Chupacabras chegam do México, Guatemala, Costa Rica, Espanha, Portugal e mesmo dos EUA. O fato de a cobertura das notícias na ilha ter apresentado um decréscimo prova que o interesse do público, mesmo em eventos sensacionalistas, tem seus limites. Em 10 de agosto de 1996, com o ataque ocorrido aos galos na fazenda de Morales, retornei à região.
Afinal, havia muitas entrevistas para serem feitas e muitas evidências para se juntarem. Após o depoimento da mais crível das testemunhas, em abril, no início da pesquisa, pude traçar um esboço para um possível esclarecimento. Acredito que existe de fato uma criatura em liberdade, que não se ajusta a nenhuma descrição biológica prévia da fauna por nós conhecida. Saber de onde ela poderia ter vindo é intrigante, porém nada significa para comunidade científica, pelo menos até que seja estabelecida irrefutavelmente a prova atual da sua existência.
E um comandante dos bombeiros estava oferecendo a possibilidade da comprovação. Em minha primeira viagemà ilha entrevistei Madeline Tolentino e seu marido Miguel Agosto, habitantes da cidade de Campo Rico, localizada aos pés da floresta de El Yunque. Madeline tinha ficado frente a frente com a criatura, recebendo o maior susto de sua vida. O fato aconteceu na garagem de sua casa, a uma distância de um metro. A descrição de Madeline condiz com outras de pessoas que também estiveram bem próximas do fenômeno: uma criatura coberta por pêlos curtos, de cor cinza-acastanhado, com uma altura de 1,5 metros aproximadamente, quando ereta, cabeça semelhante à de um canguru, com um bico, grandes olhos amendoados – que ficam avermelhados quando o animal está alarmado ou amedrontado. Além disso, possuía braços relativamente longos e finos.
Segundo Madeline e as outras tantas testemunhas, o misterioso ser possuía também patas, três dedos, com unhas semelhantes a garras, grande traseiro e diafragma, apesar de pernas razoavelmente finas. Presume-se que a criatura seja bípede – razão pela qual pode se mover rapidamente pelo solo. Além disso, parece ser estranhamente inteligente. O mais impressionante são seus longos espigões dorsais que ficam posicionados mais ou menos eretos em suas costas.
Algumas testemunhas disseram que eles vibram emitindo um som semelhante a zumbido, mudando de cor subitamente quando a entidade se deixa levar pelo ar. Sim, ela voa! Mas não tem asas, apenas um tecido semelhante a um flap entre seus apêndices, o qual permite que flutue pelo ar, como um morcego ou esquilo voador. Deve-se mencionar que as várias fotos de Chupacabras, as quais têm aparecido regularmente na Internet, são completamente fraudulentas.
Uma delas parece um modelo em argila de um gárgula; a outra assemelha-se a carcaça parcialmente decomposta de um vitelo ou um grande felino. Cedo ou tarde, alguém conseguirá tirar uma foto ou filmar a criatura, mas no momento, a melhor representação de um Chupacabras é a ilustração em cores feita pelo ufólogo porto-riquenho Jorge Martin, que apareceu na revista Evidencia Ovni, editada por ele. Martin desenhou uma composição dos diversos relatos das testemunhas.
Aquelas que tiveram encontros próximos com a criatura, quase que invariavelmente, concordam ao afirmar que o esboço de Martin é tão acurado quanto poderia ser. Um dia ou dois depois do primeiro encontro, Madeline viu a criatura novamente. Desta vez, na estrada principal próxima à sua residência, a qual é muito movimentada por volta das 16:00 h. O curioso é que no momento em que o Chupacabras apareceu, uma tranqüilidade se estabeleceu sobre a vizinhança, quase como se uma suspensão de tempo tivesse ocorrido. Quando a criatura se foi, as coisas voltaram ao normal.
Outros moradores também presenciaram o fenômeno Chupacabras – inclusive seu marido, o senhor Miguel. Alguns dias depois da experiência de Madeline, um amigo foi correndo até a oficina onde Miguel trabalhava, e gritou: “Venha rápido. Há um Chupacabras no ar, descendo a rua”. Os dois correram até o ponto e, surpreendentemente, ele estava lá, suspenso no ar. Eles a observaram, bastante surpresos. “Então, houve apenas um flash. A criatura não se distanciou enquanto voava, apenas desapareceu em questão de segundos”, disse Miguel.
O caso do granjeiro Jesus Sanchez, morador da cidade de Gurabo, é outro com alta singularidade para convencer alguns céticos ansiosos. Ele pode falar sobre a substancial realidade do Chupacabras, uma vez que esteve próximo a uma dessas criaturas. Após o primeiro ataque, sem testemunhas, a seus frangos, os quais estavam num galinheiro a cerca de dez metros de sua casa, o granjeiro estava determinado a pegar o mutilador ou o que quer que fosse, em flagrante. Seus galos tiveram o sangue drenado.
Pequenos animais que se tornaram vítimas do Chupacabras nem sempre foram encontrados fora de suas gaiolas, soltos pelo chão, como os de Jesus Sanchez. No caso dos pombos do criador José Ayala, executivo de uma importante cadeia de hotéis e proprietário de uma casa de verão em Espinosa, oeste da capital San Juan, eles foram atacados dentro de seu próprio habitat. De alguma forma, por duas vezes, o Chupacabras drenou o sangue das aves dentro de suas gaiolas.
“Como fizeram isso, não sei. Pois teriam que abrir cuidadosamente a porta externa do pombal, e logo após a interna de cada gaiola. Mas todas elas estavam fechadas quando encontrei os pombos mortos”, considerou. Ao apresentar seu caso às autoridades locais, todas riram do senhor Ayala – assim como fazem a qualquer vítima do Chupacabras. Nem mesmo quando mostrou as marcas de perfurações nos pescoços das aves, o criador conseguiu convencer a população a levar seu testemunho a sério.
Em geral, o Chupacabras parece ser bem inteligente. Na experiência de Edelmiro Vasquez, presume-se que ele tenha agarrado os frangos pelas pernas e os puxado através da pequena fenda da gaiola, drenando seu sangue. No sítio de Edelmiro, situado no Bairro de El Mango, não muito distante da cidade de Juncos, as aves ficam alojadas a uma considerável distância da casa, em gaiolas de arame com um alçapão no alto de cada uma delas. Mas então por que os alçapões das gaiolas não foram abertos?
No entanto, quem teve a mais intrigante experiência com Chupacabras em Porto Rico foi Maria Mojica, que vive com seu marido na comunidade de Rio Lajas, a oeste de San Juan. A história de Maria é única. Só no último ano, ela estima ter tido mais de quinze encontros com as criaturas. “Elas freqüentemente aparecem após o avistamento de UFOs. Somente neste mês foram quatro vezes. Tenho a impressão de que os Chupacabras advêm dessas máquinas extraplanetárias”, sugere.
É uma das hipóteses. Mas devemos considerar que elas podem ter sido criadas pela engenharia genética dos humanos e liberadas clandestinamente nos arredores da ilha. O motivo ainda não sabemos. O fato é que o Chupacabras tem sido relatado na companhia de humanóides extraterrestres, descritos como seres do sexo masculino, de altura média, pele branca e corte de cabelo tipo escovinha, grosso, eriçado e negro. Os olhos são de cor avermelhada. Em pelo menos um caso, esta entidade foi vista não somente próxima do Chupacabras, mas acompanhada pelo que parece ser um espécime imaturo de sua própria tipologia.
Estariam os extraterrestres utilizando essas criaturas como serventes para fazer reconhecimento de área? Esta, sem dúvida alguma, é uma possibilidade distinta que necessita de consideração cuidadosa. No entanto, existe a possibilidade de que estejamos lidando com uma espécie vinda para nosso ecossistema não com objetivo de pô-lo em risco e, sim, ajudá-lo a sobreviver caso ocorra uma catástrofe maior. Consideremos que existem evidências de que essas criaturas estejam se reproduzindo na ilha de Porto Rico. Também devemos considerar os tipos de clima que prevalecem nos locais onde o Chupa-cabras tem sido avistado com freqüência: todos tropical ou subtropical.
Maria Mojica ainda não tem certeza do que está acontecendo, mesmo depois de ter registrado fotograficamente alguns ninhos supostamente feitos por Chupacabras no quintal de sua casa. Infelizmente, conforme a testemunha, as chuvas já tinham levado embora as amostras de suas fezes. Desde que começaram essas ocorrências, seu marido, Miguel, já atirou setenta e duas vezes nas estranhas criaturas. Nunca, ao que parece, matou qualquer uma delas – apesar de que, certa vez, encontrou manchas azuis pouco raras numa plantação de bambu, próxima à sua residência.
Tanto ele como a esposa e seu vizinho, Theophilo Cartagena, consideram a criatura um incômodo, contudo, inteligente. Maria disse que quando esses seres estão por perto, sente algo estranho na cabeça e pode ouvi-los conversando com ela. “Eles me chamam pelo nome. Vou para os fundos da casa, e lá estão eles”, assegurou. Sua comunicação telepática é “uma transação de via única. Eu os escuto, mas não acho que eles me escutem”, supõe, com base numa experiência com ETs do tipo gray em sua casa.
Anormalidade mental – “Mas não acredito que os grays tenham qualquer coisa a ver com o Chupacabras”, adicionou. “Têm policiais, médicos e advogados vindo até aqui para conversar comigo o tempo todo. Eles me usam e, além de tudo, não acreditam em mim. Acham que sou louca”, contestou. É provável que alguém esteja tentando convencê-la de que está tendo alucinações ou sofrendo de alguma anormalidade mental. Por concidência, muitos outros moradores de Rio Lajas têm avistado as criaturas.
Estariam todos loucos? Teophilo, por exemplo, que teve seus frangos agredidos, avistou os atacantes bem de perto por duas vezes. Em determinada ocasião, alguns vizinhos observaram, maravilhados, quais os procedimentos do Chupacabras para arrancar bambus em plena luz do dia, arremessando-os ao ar. “Por que você acha que eles fazem isso?”, perguntou-me Jorge Martin. Talvez porque, como os humanos, o Chupacabras nem sempre é racional. Uma coisa, porém, é certa: ele é forte. É necessário muita força para rasgar e dilacerar bambu maduro. Além disso, previamente o Chupacabras já tinha ficado famoso por arremessar grandes e pesados objetos com a mesma facilidade.
Algumas vezes eles atacam o fígado, outras o coração. Veterinários que autopsiaram espécimes animais mutiladas têm sugerido que essas criaturas possam projetar um tipo de língua ou sonda para fora de suas bocas, a qual perfura como agulha. O ferimento, freqüentemente singular, localiza-se no pescoço das vítimas e algumas vezes na área do tronco. Os fur
os são geralmente largos. Nenhuma dessas lesões, no entanto, imita as várias lacerações metodicamente feitas em milhares de bovinos e outros animais nos Estados Unidos durante os últimos 36 anos.
O Chupacabras tem sido relatado na companhia de humanóides extraterrestres, descritos como do sexo masculino, pele branca, olhos avermelhados. Esta entidade foi vista não somente próxima, mas acompanhada pelo que parece ser um espécime imaturo de sua própria tipologia
Os ferimentos do Chupacabras são picadas cuidadosamente planejadas, e não extirpações. A única coisa em comum entre os dois fenômenos é o fato de que em muitos casos de mutilação de gado o sangue também é drenado das carcaças. Alguém poderia adicionar que os grays têm sido avistados nos locais dessas mutilações. Contudo, nenhum deles é associado ao Chupacabras, apesar de Maria Mojica alegar que quando os UFOs aparecem essas criaturas não estão muito distantes.
Jose Arriaga trabalhava à noite numa estação de rádio na cidade de Barranquitas. Em 1995, ele estava em atividade na rádio quando, de repente, os ouvintes começaram a relatar sobre um enorme UFO que pairava sobre a antena da emissora. Acreditando ser alvo de uma brincadeira, Arriaga saiu para olhar o fenômeno. Porém no alto da torre de 58 m, realmente pairava um amarelo e incandescente UFO em forma de ovo, medindo cerca de 10 m de largura e 15 de altura.
Duas noites depois, também em frente à estação, Jose foi presenteado com o espetáculo de um Chupacabras galopando em um campo próximo, mais ou menos 100 m de onde ele se encontrava. Não adianta dizer a Jose Arriaga e aos moradores das cidades montanhosas de Barranquitas, Orocovis, Comerio, Cidra, Aguas Buenas ou aos estrangeiros das terras baixas que Chupacabras não existem. Eles os têm avistado com seus próprios olhos e escutado algumas vezes seus guinchos não-terrestres. As testemunhas recontam suas fascinantes aventuras de uma forma direta e simples, sem apologias.
De todos os casos de Chupacabras em Porto Rico, não existe qualquer exemplo convincente de ataques a humanos. Poucas pessoas foram tocadas pelas criaturas. Então, o que devemos pensar dos casos mexicanos, em que alegam terem sido atacadas? O Chupacabras, conforme as indicações, parece inteligente – o suficiente para acabar com a raça humana, se assim preferir –, mas os episódios do México são difíceis de qualificar como tentativas sérias de agressões físicas.
Poderiam esses relatórios indicar a germinação de uma campanha de desinformação? Alguém estaria interessado em capitalizar o Chupacabras? Não precisamos de sensacionalismo ou pânico, mas de uma cuidadosa análise científica dos dados. Em todos os assuntos concernentes aos UFOs, a comunidade científica, com poucas exceções, tem mostrado, pelo menos publicamente, seu profundo desdém.
Qualquer coisa além do normal pode parecer um bicho de sete cabeças, capaz de comprometer de uma só vez as reputações profissionais e públicas. Uma coisa podemos dizer sobre Chupacabras e sua freqüente atuação: ele não é um fenômeno definitivamente ordinário, nem particularmente previsível. Fingir, contudo, que é alucinação ou ilusão é irresponsável. Evidências circunstanciais e físicas apontam para a realidade de que temos um novo visitante no planeta, quer estejamos prontos a recebê-lo ou não, quer o aceitemos em nosso meio ou não.
Chupacabras: criaturas interdimensionais
São os Chupacabras naturalmente invulneráveis? Há dúvidas com relação a isso. Porém, podemos considerá-los como possuidores de algum tipo de interdimensionalidade. Tomemos como exemplo o caso de um ex-policial que repetidamente recarregou a arma e continuou a atirar em uma das criaturas, bem de perto. Ele estava convencido de que a havia acertado muitas vezes, mas não encontrou sangue em seu corpo, assim como aconteceu com Jesus Sanchez.
Nenhuma criatura terrena, por mais bruta que seja, pesando 100 kg ou menos, poderia tolerar duas facadas sem sangrar, mas essa conseguiu. Então tais entidades seriam algo como um holograma – uma imagem projetada de algum lugar, talvez de uma espaçonave em órbita? De acordo com as evidências, eles parecem bastante substanciais e tangíveis. Os Mojica viram man-chas azuis no bambu, liberadas por um dos seus fuzi-lados e o comandante dos bombeiros, Morales, en-controu amostras de pêlos.
Pode ser que o Chupacabras tolere, por razões desconhecidas, mais abusos físicos do que meros animais mortais. Todavia, não devemos supernaturalizá-los. Sem dúvida, eles são diferentes do que estamos acostumados. Também é possível que eles sejam subs-tanciais, mas interdimensionais de uma forma que não compreendemos, visto que sabemos muito pouco sobre eles. A não ser que têm atacado todo tipo de animal domesticado em Porto Rico: cabras, porcos, cães, galos, pombos e até mesmo ratos. Originalmente, ganhou esse nome – que significa curiango em Espanhol – por de-vastar um rebanho de cabras em 1995. Eles são famintos como animais normais, mas preferem dieta de sangue – como fazem morcegos, vampiros terrestres, e muitas subespécies de mosquitos e sanguessugas.