11.1- Extraterrestres nos visitam há muito tempo?
Não se tem comprovação inequívoca de há quanto tempo a Terra pode estar sendo visitada por civilizações extraterrestres. Existem relatos esparsos de avistamentos ainda no século XX, antes da Segunda Guerra Mundial. Recuando ainda mais, existe o relato da suposta queda de um objeto voador não identificado na cidade de Aurora, Texas, em 18 de abril de 1897. Um possível tripulante não humano teria sido enterrado no cemitério local, onde qualquer escavação fora proibida pelas autoridades.
Recuando mais ainda, existem relatos de estranhos objetos vistos no céu por todo o mundo, mas novamente, os pesquisadores encontram dificuldades em distinguir o que é lenda e o que é fato.
Existe, contudo, um bom número de evidências descobertas em escavações arqueológicas e em documentos que datam desde a Antiguidade, que parecem permitir a discussão sobre a possibilidade de que visitantes provenientes de civilizações alienígenas estiveram entre nossos antepassados, visitas essas que teriam ocorrido há muitos milhares de anos.
11.2- Quais as evidências?
Existe um grande número de construções, espalhadas pelo planeta, que parecem ter sido produto de uma tecnologia que supostamente não estaria acessível a seus construtores, nas épocas ditadas pela Arqueologia oficial. Por cima, certos monumentos exibem o que parece ser um cuidadoso alinhamento com constelações importantes, o que comprovaria um avançado conhecimento astronômico cujo acesso, novamente, seria extremamente difícil para os povos antigos.
Um exemplo vem a ser os monumentos de Gizé, Egito, as três grandes pirâmides mais a Esfinge, que de acordo com pesquisadores como Grahan Hancock e Robert Bauval, encerram alinhamentos astronômicos respectivamente com a constelação de Órion (as conhecidas Três Marias), e a constelação de Leão, tal como esses astros teriam aparecido nos céus por volta do ano 10.500 A.C. Isso, segundo esses pesquisadores, aponta para uma data de construção dos fabulosos monumentos muito anterior aquela que é sustentada pela Egiptologia oficial.
A Esfinge ainda é alvo de um acirrado debate entre egiptologistas e geologistas. O geólogo Robert Schoch, após cuidadosas pesquisas, afirma que as marcas de erosão vertical exibidas pelo monumento comprovam que a Esfinge foi submetida a séculos de chuvas torrenciais. Os resultados, considerados legítimos pela União Internacional de Geologia, comprovariam que a Esfinge não foi construída ao redor de 2.500 A.C. pela civilização egípcia, conforme a Egiptologia defende, mas por volta de 9.000 A.C., quando a planície de Gizé era coberta por uma densa vegetação tropical.
Voltando a Hancock, ele defende que esses monumentos, e outros espalhados pelo mundo, são na verdade produto de uma civilização muito avançada e bem anterior as conhecidas pela história oficial, que teria sido extinta em um grande cataclismo por volta de 10.500 A.C.. Existem provas geológicas de que o planeta experimentou mudanças severas nessa época, coincidindo com o final da última Era Glacial, e teria sido esse cataclismo que inspirara, em diversas culturas espalhadas pelo planeta a lenda do Dilúvio, com relatos espantosamente similares. Sobreviventes dessa antiga civilização teriam sido os inspiradores das culturas maia e egípcia, o que poderia explicar as semelhanças entre os dois povos, que também construíram pirâmides e barcos de desenho virtualmente idênticos. E essas teorias apóiam outras especulações, no sentido de que tal civilização avançada seria de origem extraterrestre.
Existe ainda uma série de artefatos de origem desconhecida, produto de uma tecnologia supostamente não disponível há milhares de anos, desenhos em cavernas que são semelhantes a espaçonaves, esculturas que mostram impressionante similaridade com máquinas e astronautas atuais, lendas de deuses que chegaram do céu em grandes barcos aéreos, e que ensinaram a civilização aos primeiros grupos humanos, e uma variada lista de outras estranhas ocorrências nos tempos antigos.
11.3- Qual a influência e como estudar a Ufoarqueologia?
Existem correntes dentro da chamada Ufoarqueologia que alegam que quase todas as religiões foram na verdade produto de visitas extraterrestres. O mais antigo defensor dessas idéias é o escritor Erich von Daniken, que se tornou mundialmente famoso com o livro “Eram os Deuses Astronautas?”. Daniken defende que a súbita chegada de expedições alienígenas teriam sido interpretadas pelos primitivos humanos como prodígios dos céus, e os próprios visitantes tomados como deuses. É importante, entretanto, não generalizar no estudo da chamada ufo-arqueologia, especialmente evitando cair no radicalismo que por vezes Daniken exibe.
Para os antigos, o estudo dos céus era extremamente importante. Por meio da lenta mudança das constelações, devido ao giro anual da Terra em torno do Sol, eles marcavam o tempo, sabendo dessa maneira quando chegava a hora de plantar, quando seria a época da colheita, ou seja, dependiam desse relógio natural. Dessa forma, o estudo astronômico era literalmente questão de vida e morte, portanto não surpreende que as estrelas fossem tão importantes para esses nossos remotos antepassados, nem que ali apontassem como a morada de seus deuses.
Existem de fato enigmas impressionantes que nos desafiam desde a remota Antiguidade, mas como em tudo relacionado ao estudo ufológico, separar o mito dos fatos é a questão mais importante.
11.4- Quais casos se destacam?
Confira no tópico seguinte (12).