Uma tradução de Fábio Franco.
Foi aproximadamente às 19:30h da noite do dia 22 de fevereiro que Gehri Rinaldi resolveu sair um pouco da festa de aniversário do seu filho de 14 anos. Ela foi para a varanda da casa e calmamente acendeu um cigarro. Neste momento, espantada, viu pela primeira vez o que ela depois definiria como “estranhas luzes no céu”, voando rapidamente em todas as direções.
E foi somente um pouco mais tarde, quando o show dos UFOs acabou, que Gehri e seu filho, Daldon Mosher finalmente se deram conta de que tinham visto algo inexplicável: “Eu vi quatro delas aparecerem em seguida, e levei um susto”, lembra-se Gehri. “Eram luzes vermelho-alaranjadas, e eu chamei Dalton para ver também. No momento que ele chegou nós nos viramos para a esquerda e lá estavam mais duas! Foi então que as vimos voando através das árvores. Elas estavam bem próximas do chão!”.
A experiência desta família foi apenas uma das quatro relatadas neste dia – todas no mesmo horário e na mesma área – para o Centro de Comunicações do Condado de Somerset.
A Guarda Nacional Aérea de Vermont foi consultada em busca de explicações e Marie Endsley, porta-voz deste agrupamento, disse que três aeronaves fizeram manobras e exercícios no Maine durante a noite de 22 de fevereiro. Três caças F-16. A missão de treinamento pode talvez explicar as luzes que muitos moradores viram perto do chão: “Nós realizamos exercícios normais de vôo e passamos por lá”, diz Marie, “mas os caças sobrevoaram a região por pouco tempo…”. Marie disse também que os F-16 voaram baixo, numa altitude menor que 2100 m. Sinalizadores, ela explicou, podem emitir uma luz vermelho-alaranjada, mas se desintegram muito antes de tocar o chão.
Tom Hawley, metereologista e funcionário do Serviço Nacional de Metereologia (National Weather Service) em Gray, disse que não houve nenhum fenômeno atmosférico anormal naquela noite que pudesse causar este tipo de relato.
Várias chamadas telefônicas foram recebidas oriundas de diversos locais nesta mesma região. Uma chamada de Fairfield disse ter visto “estranhas luzes no céu indo para o sul,” enquanto uma outra ligação de Skowhegan afirmou ter avistado luzes amarelas no céu.
O xerife do condado de Somerset, Richie Putnam, respondeu as chamadas de Anson e Norridgewock. Putnam disse que nem a Administração Federal de Aviação e nem a Estação Naval Aérea de Brunswick informaram a realização de vôos na área nesta data. “As pessoas estavam vendo várias luzes brancas e ficaram assustadas porque não era nada que elas conseguissem reconhecer” disse Putnam.
Gehri, que se mudou do Arizona para Anson há apenas três semanas, tentou em vão fotografar as “estranhas luzes” com sua câmera de 35 mm, mas a máquina falhou. “Estava funcionando normalmente dentro de casa, durante a festa de aniversário, mas quando a levei para fora ela simplesmente travou. Não consegui tirar nenhuma foto!”, afirmou.
Gehri disse também que um dos UFOs moveu-se de um lado a outro do horizonte, como se fosse um cometa. E no momento em que ela voltou para dentro de casa, tentando consertar a câmera, ouviu o seu filho Dalton gritando: “Mamãe, mamãe, tem mais!”. Naquela hora, lembra-se Dalton, ele começou a ficar assustado, porque as luzes começaram a mover-se entre as árvores.
“Havia muitos outros”, disse ele. “Um deles apenas passou direto. Parecia que tinha algum tipo de rabo preso nele. Eu fiquei com medo porque não sabia o que pensar sobre isso…”.
Apesar de tudo, Gheri Rinaldi diz que não se assusta facilmente: “A parte que me deixou mais apreensiva foi quando eu voltei para fora de casa, uns 30 ou 40 minutos depois para fumar outro cigarro, e todos os cachorros da região estavam uivando”.
Avistamentos de UFOs foram reportados uma semana antes na área de Farmington. O tenente Niles Yeaton, do condado de Franklin, disse que pensou serem sinalizadores de aviões militares em treinamento. Pessoas na área ouviram jatos voando baixo nessa noite, acrescenta ele.
O xerife do condado de Somerset, Barry A. Delong disse que não subestima os casos de UFOs porque ele próprio já viu um. Aconteceu por volta dos anos 70, quando ele estava em patrulha durante a noite. “Mas eu não quero falar sobre isso”, disse Delong, “não quero que as pessoas pensem que eu sou louco…”.
Apesar da recusa inicial Delong disse que, durante o avistamente dele, as luzes não estavam longe do chão: “Elas estavam flutuando a aproximadamente 4 metros do meu carro de polícia”, diz o xerife. “Possuíam luzes fixas que ficavam girando. Era muito grande, e possuía forma oval. Eu sabia que não era um jato de combate! Então, ele começou a voar lentamente na direção de Sugarloaf e subitamente se afastou numa velocidade impressionante!”.