A eterna pergunta sobre se estamos sozinhos no universo acaba de ganhar uma reviravolta curiosa. Um grupo de pesquisadores ligados a Harvard sugere que os chamados UFOs, ou melhor, UAPs (Fenômenos Anômalos Não Identificados), como o governo dos EUA prefere chamá-los, podem ter uma explicação bem mais próxima de casa: eles talvez não venham de outra galáxia, mas já estejam aqui. Ou seja, extraterrestres podem estar vivendo entre nós.
A ideia é chamada de hipótese criptoterrestre e foi levantada por Tim Lomas e Brendan Case, de Harvard, junto de Michael Masters, da Montana Technological University. Em vez de assumir que os objetos misteriosos vistos nos céus são sempre naves extraterrestres, eles argumentam que pode haver uma “explicação terrestre oculta”. Isso incluiria a possibilidade de civilizações avançadas vivendo escondidas debaixo da Terra, na Lua ou, quem sabe, até mesmo disfarçadas como seres humanos comuns.
Masters, que é antropólogo biológico, foi além: e se esses “alienígenas” fossem na verdade humanos do futuro que descobriram como viajar no tempo? Ele destaca que muitos relatos descrevem seres extremamente parecidos conosco, o que tornaria improvável a origem em um planeta distante. Segundo ele, a aparência típica atribuída a Ets, cabeças maiores, rostos menores e tecnologia avançada, poderia ser apenas uma versão evolutiva de nós mesmos daqui a milhões de anos.
A teoria, claro, é especulativa, mas ganha força em meio ao aumento de relatos oficiais de UAPs. Hoje, o Pentágono afirma estar investigando mais de 650 casos sem explicação clara, embora até agora não exista prova de tecnologia extraterrestre. Ainda assim, os pesquisadores acreditam que vale a pena manter a mente aberta para hipóteses alternativas, até porque, se algum dia houver contato, talvez essas inteligências já estejam apenas esperando o momento certo para se revelar.
Para Masters, pensar nesses cenários pode até ter um impacto positivo: a tecnologia de possíveis “visitantes do futuro” poderia ajudar a humanidade a enfrentar desafios atuais, como as mudanças climáticas. “O que aconteceria se aceitássemos a possibilidade de algo muito maior do que nós? O que poderíamos aprender com isso?”, questiona o pesquisador.
Seja por viajantes do tempo, seres ocultos ou visitantes espaciais, o fato é que o mistério dos UFOs continua mais vivo do que nunca. E a ideia de que alienígenas possam estar andando entre nós, escondidos a olhos vistos, é ao mesmo tempo fascinante e perturbadora.
A teoria de Michael P. Masters é conhecida como a hipótese dos “UFOs como viajantes do tempo”. Ele é professor de Antropologia Biológica na Universidade Tecnológica de Montana e autor do livro Identified Flying Objects: A Multidisciplinary Scientific Approach to the UFO Phenomenon (2019).
Resumo da teoria
Masters propõe que os chamados extraterrestres que aparecem em relatos ufológicos não seriam seres vindos de outros planetas, mas sim humanos do futuro que desenvolveram a capacidade de viajar no tempo. Assim, o fenômeno dos OVNIs e os encontros com entidades humanoides seriam, na verdade, observações de nossos próprios descendentes visitando épocas passadas.
Principais argumentos
Semelhança morfológica
Os “greys” (seres baixos, cabeçudos, de olhos grandes e pele lisa) têm aparência que pode ser vista como uma evolução plausível do Homo sapiens.
Cabeças e olhos maiores (relacionados ao maior uso da visão e do cérebro), corpos mais esguios e menor presença de pelos são características que poderiam surgir naturalmente com a evolução humana.
Tecnologia e viagem temporal
O desenvolvimento da física teórica sugere que viagem no tempo, embora extremamente complexa, não é uma impossibilidade absoluta.
As naves observadas poderiam ser dispositivos tecnológicos avançados criados por civilizações humanas do futuro.
Motivação das visitas
Esses viajantes poderiam estar realizando pesquisas antropológicas sobre seus próprios antepassados — ou seja, nós.
Abduções e experimentos relatados por testemunhas se encaixariam nesse contexto como coletas científicas.
Explicação para o caráter furtivo
O sigilo dos avistamentos e a ausência de contato aberto poderiam estar ligados à necessidade de não interferir na linha temporal, preservando o curso da história.
Impacto da teoria
A ideia de Masters ganhou repercussão porque propõe uma alternativa à hipótese extraterrestre clássica, usando argumentos de evolução humana e antropologia. Porém, é alvo de críticas por ser altamente especulativa, já que não há evidências científicas concretas da possibilidade prática da viagem no tempo.
👉 Em resumo: segundo Michael Masters, os “alienígenas” que testemunhas relatam ver seriam nossos descendentes distantes que retornam ao passado em missões de observação científica.
Assista à entrevista com o professor Michael Masters no canal da Revista UFO no Youtube: