Há quase 60 anos, desde os flying saucers do piloto civil norte-americano Kenneth Arnold, que o fantástico, o impossível e o bizarro vem delineando a Ufologia, motivo pelo qual esta disciplina tão promissora nunca ultrapassou os limites da paraciência [Que se aproxima ou está ligado ao que é científico, mas não é reconhecido como tal]. O termo disco, aliás, em sentido estrito, nunca serviu para definir adequadamente esses enigmas que ora pairam no ar, ora submergem nos oceanos e ora se transladam para o invisível, para as outras dimensões da matéria. Disco, em suma, soa muito genérico para rotular esses objetos muitas vezes piramidais, esféricos, triangulares, disformes ou mesmo polimorfos que são, ou parecem ser, metálicos, gasosos, plasmáticos, luzes sólidas, verdadeiros fantasmas dos céus em aparições efêmeras.
E a tecnologia espanta até os que estão familiarizados com que há de mais avançado. Utilizam-se de eletromagnetismo? Antigravitação? Energia fotônica? Nuclear? A magia ainda parece sempre a melhor forma de comparação. E o que dizer dos tripulantes? São sirianos, aldebaranos, alfa-centaurinos, reticulianos? Já abandonamos a velha crença ingênua das décadas de 50 e 60, de que seriam marcianos, venusianos ou jupiterianos. Naquele tempo, o romantismo da ficção científica gerava clássicos como O Dia em que a Terra Parou [Dirigido por Robert Wise, em 1951], no qual Klaatu, vindo de Marte, preocupava-se com o futuro do Sistema Solar. A ciência astronômica e exobiológica já demonstrou, sem sombra de dúvida, que estamos sós em nosso pequeno sistema. Não existem seres inteligentes ou outras civilizações entre Mercúrio e Plutão. Soam falsas quaisquer premissas de que os discos venham do causticante Vênus, do desértico Marte, do hipergasoso Júpiter ou do gélido Plutão. A Terra é a verdadeira pérola de vida no sistema. Estaríamos, portanto, recebendo visitas de fora de nossa família solar?
Desalento e realidade — Infelizmente, a maioria dos filmes que registraram supostos ou alegados discos voadores em vôo pela nossa atmosfera é inconsistente e não prova de maneira cabal que estamos sendo realmente visitados. Na condição de fotógrafo, com razoáveis conhecimentos de vídeo, posso afirmar que até o momento não há nenhum documentário que ateste a presença extraterrestre em nosso planeta. Nada menos do que 90% das ocorrências podem ser descartadas como enganos, fraudes ou fenômenos naturais, nesta ordem. Analisei centenas de fotos e dezenas de filmes. Outros colegas, mais especializados nessa área, analisaram milhares de películas e chegaram a obter um filtro capaz de rejeitar até 99% dos casos. Um grande avanço nas metodologias de pesquisa e na seriedade no tratamento das ocorrências. Ponto para a Ufologia, que vem amadurecendo.
Resta uma pequena margem de casos inexplicados, de apenas um a 10%, e que se aplica também às dezenas de milhares de testemunhos, abduções e contatos via telepatia, psicografia ou mediunidade. Apesar dessa introdução um tanto desalentadora, o Fenômeno UFO em si é incontestavelmente real. Ele tem deixado seqüelas profundas na humanidade, desafiado cientistas e militares e preocupado governos de todas as nações. E ainda tem se infiltrado nas religiões e na espiritualidade de centenas de grupos tradicionais ou de vanguarda. Se os UFOs não existissem, isso significaria que a humanidade estaria acometida pela maior crise de histeria e paranóia coletiva da história.
Entre as tantas teorias aventadas para tentar explicar a presença de nossos visitantes, uma idéia pré-concebida criou bases profundas e arraigadas, o que prejudicou a compreensão total do fenômeno. Em 1938, um editor novato chamado Raymond Palmer assumiu a inexpressiva direção da revista de pulp fiction [Literatura popular, barata, descartável] Amazing Stories e deu início a uma nova série de histórias recheadas de donzelas em perigo e monstros espaciais gigantes. Vislumbrando as promessas tecnológicas da época, inspirando-se em obras como as do inglês Charles Fort, autor de O Livro dos Danados [Editora Hemus, 1985] e estimulando ao máximo a capacidade imaginativa, modernizou o gênero do realismo fantástico e, por extensão, a própria ficção científica. A tiragem da revista só aumentava ao longo dos anos até que, em 1948, na esteira do sucesso, Palmer resolveu lançar a revista Fate, dedicada exclusivamente à insurgente mania dos discos voadores, que ele mesmo, em grande parte, ajudou a forjar!
Visitantes do espaço — Assim, a hipótese extraterrestre (HET), advinda da ficção científica dos anos 30, 40 e 50, acabou contaminando todo o imaginário coletivo da população e da imprensa sensacionalista norte-americana. Qualquer visão de UFO era logo associada às naves voadoras de Flash Gordon ou Buck Rogers. Logicamente, só podiam ser visitantes do espaço. Entretanto, Arnold descrevera não exatamente discos, mas asas voadoras similares a uma “bolacha mordida”, em tudo semelhantes aos projetos aeronáuticos secretos alemães que vieram à lume após a derrota do eixo nazi-fascista na Segunda Guerra Mundial.
Por mais que se atribua o desenvolvimento de transistores, chips e outras tecnologias a uma tal “engenharia reversa”, aplicada no disco resgatado em julho de 1947 em Roswell, no Novo México, a verdade é que grande parte da indústria de guerra atual foi baseada em modelos e pesquisas da Alemanha nazista. Existem teorias de que os próprios alemães teriam recebido tecnologia de ufonautas de Hiperbórea, um mundo paralelo abaixo da superfície, além do pólo. Essa região notável, dentro da chamada Terra Oca nunca foi localizada geograficamente. Muitos acreditam que seja uma região dimensional, e que certos escolhidos da alta cúpula hitlerista, sob a proteção de seres nórdicos que dirigem Hiperbórea, refugiaram-se nesse local no pós-guerra.
Espíritos enganadores — Num esforço de classificação, os ufólogos foram agrupando, ao longo das décadas, a imensa e variada galeria tipológica de seres em cinco grandes categorias razoavelmente coerentes – alfa, beta, gama, delta e ômega –, das quais apenas duas se destacam como executoras da grande maioria das intervenções: os alfas e os betas. Os primeiros, também chamados de grays [Cinzas], variam de 90 cm a 1,5 m altura, apresentam compleição física esquálida, cabeça grande desproporcional ao corpo e imensos olhos
negros. São considerados “maus” devido a sua atitude invariavelmente fria e calculista perante o sofrimento ou reações humanas. São os responsáveis pelas chamadas abduções, nas quais a pessoa capturada a sua revelia é submetida a contragosto a uma série de exames médicos, experimentos genéticos e coletas de materiais orgânicos como óvulos, esperma e sangue. Não raro também obrigam o abduzido a copular com fêmeas humanóides dentro do UFO. Conseguem induzir homens e mulheres a uma excitação anormal e de grande prazer.
Já o tipo beta, também chamado humano ou nórdico, varia de um 1,8 a 2,5 m de altura, e em termos de constituição física se equipara em perfeição e beleza aos deuses do Olimpo. São louros ou morenos, com olhos claros e amendoados. São considerados bons devido a seu aparente respeito ao livre arbítrio humano. Difundem mensagens espiritualistas, benfazejas, ecológicas ou pacifistas. Não abduzem, mas antes convidam seus contatados a com eles viajar em suas naves brilhantes e reluzentes e mantêm um comportamento sempre amistoso, explicando espontaneamente quase todos os aspectos de seu mundo de origem. Conseguem induzir homens e mulheres a se sentirem privilegiados, escolhidos, eleitos para a missão de intermediários entre eles e nós, arautos e inauguradores de uma nova era.
Ambos os tipos são dotados das mesmas habilidades de contrariar todas as nossas leis físicas, atravessar materiais sólidos, desmaterializar-se, anular a gravidade e a inércia, alterar estados de consciência, efetuar contatos psíquicos via telepatia, psicografia ou mediunidade, andar por dimensões paralelas, além de modificar à vontade suas aparências. Em várias ocasiões já foram vistos atuando em conjunto. Projetores extrafísicos, como Wagner Borges, consultor da Revista UFO e diretor do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas (IPPB), afirmam que esses extraterrestres são comumente encontrados nos planos espirituais, ou seja, no chamado mundo dos mortos ou além-túmulo.
Esses seres, que estão ora no mundo dos vivos, ora no mundo dos mortos, vêm favorecendo a criação de centenas de grupos de contatos em todo o mundo. Para tanto, mantêm uma espécie de vínculo paranormal com seus escolhidos. Alguns dos mais conhecidos foram o grupo Rama, de Sixto Paz, no Peru; a Fundação Unarius, de Ruth Norman, nos Estados Unidos; o movimento Raeliano, de Claude Vorilhon, na França; e os projetos Amar, de Carlos Paz Wells, e Alvorada, de Luiz Gonzaga Scortecci de Paula, ambos no Brasil. Esses grupos costumam ter uma vida muito efêmera ou inconstante, cheio de altos e baixos, crescendo repentinamente e desaparecendo ou minguando seus quadros com o tempo.
Mentira e crença infundada — Em geral, afirmam peremptoriamente estar em contato permanente com seres superiores vindos das estrelas, confederações de planetas, comandantes de astronaves etc. Na realidade vagueiam entre a mentira, a crença infundada e contatos com espíritos enganadores e entidades ou seres negativos que perambulam por aqui mesmo. Dos grupos que sobrevivem, alguns têm seus quadros sempre totalmente renovados, pois as pessoas vão se desligando assim que a empolgação inicial desvanece e descobrem que não estão sendo orientadas por nenhum grupo superior ou das estrelas, e sim pelo ego de sensitivos ou mesmo por gente sem escrúpulos. Pelos frutos se conhece a árvore, e os “espaciais” deixam muito a desejar.
De tudo o que ensinam, não há praticamente nada que já não tivesse sido alguma vez transmitido pela própria tradição antiga. A vida dos seguidores, quase sempre, é abalada por uma série de eventos desastrosos. Muitos abandonam suas famílias e seus empregos, outros vendem seus bens e investem tudo no grupo, alguns enlouquecem e, no final, todos se vêem frustrados. As informações de uns não convergem com as de outros, ou seja, mais um completo desserviço espiritual. Nada de aproveitável resulta desses contatos ditos superiores, mas, mesmo assim, por incrível que pareça, neste exato momento milhares de pessoas estão deixando-se enganar por espertalhões deste e de outros planos, perdendo tempo, dinheiro e principalmente o equilíbrio mental e o bom-senso. Em pouco tempo serão sugadas suas energias físicas, psíquicas e monetárias. Constroem-se retiros, templos, bases de preservação, quando na verdade nada disso é preciso, pois todas as respostas estão em nós mesmos.
Uma questão de fundamental importância na análise de supostas atividades extraterrestres em nosso planeta, refere-se ao fato de todos os cinco tipos classificados apresentarem a mesma morfologia básica do ser humano, ou seja, cabeça, tronco e membros. Seu tamanho varia bastante, mas sempre dentro do padrão humano, que vai do pigmeu africano ao jogador de basquete. São também dotados dos nossos cinco sentidos, com o acréscimo de um sexto, o psíquico, nos moldes do que é idealizado pelo Movimento Nova Era. Porém, é claro, totalmente desenvolvido. Praticam as suas operações na atmosfera terrestre respirando muito bem o nosso ar, tanto ao nível do mar, quanto sobre os picos mais altos ao redor do Titicaca. Até nossos melhores atletas sofrem com essas alterações bruscas de altitude. Nossa temperatura ambiente também não os incomoda, nem no escaldante Nordeste brasileiro ou nas congeladas regiões polares.
As emanações eletromagnéticas do nosso Sol – raios ultravioletas UV-A, UV-B etc – são bem absorvidos pelos seus organismos ultra-resistentes. A nossa gravidade e pressão atmosférica não os afetam em nada. Vagueiam livremente e sem nenhuma proteção especial ou evidente, o que é outro dado incrível, já que nossos astronautas, no espaço ou na superfície da Lua, necessitam de roupas pressurizadas e locomovem-se com muita dificuldade e mau jeito. E diferente do filme Guerra dos Mundos [Dirigido por Steven Spielberg em 2005], seu sistema imunológico é perfeito, e nossos microorganismos não afetam suas funções vitais. Ora, estão mais à vontade aqui do que nós mesmos!
Cabe-nos, portanto, perguntar: como é possível a um ser extraterrestre legítimo, oriundo de um planeta distante, outra estrela, estar perfeitamente adaptado a todas as condições climáticas, atmosféricas e gravitacionais de nosso globo? Como pode enxergar na mesma freqüência do espectro? Como pode sintonizar telepaticamente seu cérebro, se é totalmente diverso do nosso? Como pode ter padrões lógicos, filosóficos e éticos compatíveis com a maioria
das crenças espiritualistas orientais, bíblicas ou antigas? Como pode, estando vivo na matéria, compartilhar também o mundo dos espíritos? Alguns projetores garantem que todos são apenas espíritos umbralinos [Do umbral, reino obscuro e sombrio no limiar de mundos] disfarçados de ETs para enganar e obsedar as pessoas. Não é possível fechar essa questão, mas tem havido muita enganação ao longo do tempo. É hora de refletir.
Forma de vida intrínseca — Somente aqui na Terra existem milhares de espécies diferentes – é a chamada biodiversidade. Há nadadores, voadores e terrestres, vertebrados e invertebrados, carnívoros e herbívoros, sexuados e assexuados, hermafroditas, répteis, mamíferos, marsupiais, quelônios, aves etc. Como pode um ET ser tão bem adaptado a este planeta quanto nós? Não deveriam ser muito diferentes? O peixe trazido para fora d’água perece, e dependendo da profundidade de onde venha, estoura. O pingüim trazido pelas correntes marítimas morre ao aportar nas praias tropicais. Os pássaros migram em busca de estações mais amenas, assim como os ursos hibernam. Toda forma de vida tem seu habitat natural apropriado à sua sobrevivência. O ser humano na Lua, sem proteção, seria queimado pelo Sol, pereceria por falta d’água e de oxigênio e sua pressão interna o mataria. Por que alguém de outro planeta estaria isento de todas as conseqüências das leis fundamentais da biologia, da física e da química? A menos que fosse alguém, de alguma forma, originário daqui mesmo. Alguma forma de vida intrínseca à própria Terra.
Conclamo que devemos focar outras teses para explicar o que parece inexplicável. Nós, ufólogos, criticamos a ciência acadêmica por sua ortodoxia e seus preconceitos, porém incorremos nos mesmos erros quando não abrimos o leque de possibilidades e insistimos erroneamente que os UFOs são apenas espaçonaves extraplanetárias, tripuladas por civilizações inteligentes do universo e ponto final. Subsiste uma margem mínima de questionamentos, e é aqui que reside toda a base da nossa problemática. Na busca de uma resposta mais compatível com os fatos, urge recorrermos a teorias alternativas, mesmo sendo as mais complexas e controversas. Ouso defender, por exemplo, a ligação da Ufologia com a espiritualidade, não propriamente o aspecto benéfico dos contatos, e sim suas formas mais perigosas e negativas. Talvez estejamos sentados em cima de um barril de pólvora prestes a explodir, sem sequer nos darmos conta de sua natureza destrutiva. E precisamos ter consciência disso.
A Bíblia narra uma luta incessante entre os anjos fiéis e os anjos decaídos, o Bem e o Mal. É nessa luta que vem sendo travada há mais de 4.000 anos que se encontra a resposta para muitos de nossos enigmas atuais. Um dos piores obstáculos para o devido entendimento, é o excesso de reducionismo que antropomorfiza [Empresta forma ou atributo humano] demais esses mensageiros celestes, bem como as manifestações dos Elohim. Tendemos a adaptar todos os relatos à nossa estreita visão científica e cartesiana. Adequamos a nuvem ao disco voador, o anjo ao astronauta e Deus a um comandante geneticista extraterrestre. É o limite da nossa compreensão atual, então descartamos todo o resto como tolices. Não nos atemos ao que é fundamental, ou seja, o âmago espiritual das Escrituras.
Os deuses antigos, anjos, querubins etc, não são extraterrestres, uma vez que muito antes do surgimento do homem na face da Terra já existiam os anjos, os mensageiros divinos que formavam o exército celeste. Quando da primeira rebelião, o anjo chamado Lúcifer voltou-se contra o Criador, arrebanhando um terço de suas fileiras. O final do embate é também muito conhecido: todos os rebelados foram precipitados na Terra, onde foram presos por toda a eternidade. Só depois é que Deus criou o Homem à sua imagem e semelhança, conferindo-lhe o direito e a capacidade de reinar sobre todos os outros seres viventes, crescer e multiplicar-se. E os anjos decaídos que já andavam por aqui? Estava criado o primeiro conflito de interesses no globo. Quais seriam aqueles que herdariam a Terra? O homem, coroa da criação, protegido divino ou os anjos rebeldes, inteligentes e poderosos, denominados “potestades do ar”, senhores da atmosfera, livres da gravitação pela própria natureza? Essas inteligências aceitariam uma segunda derrota ou fariam de tudo para escravizar a humanidade e destruí-la?
Domínio sempre foi uma questão de força. Se ele ainda não se firmou totalmente, é por causa de uma grande força contrária ainda presente. Vivemos uma época de grande afastamento de nossas proteções naturais e divinas, um verdadeiro enfraquecimento espiritual. O Mal, a cobiça, a sede de poder e a luxúria estão imperando cada vez mais. Aqueles que vêm tentando o domínio usarão todas as nossas fraquezas contra nós mesmos. Todo tipo de crença, filosofia ou engano. Será que não se passavam por deuses antigamente, e hoje se passam por extraterrestres? Não serão versáteis em sua apresentação?
A conduta dos UFOs é mais adequada ao ocultismo do que à física, e o comportamento dos ETs e demônios do passado são idênticos
— Pierre Gerard, cientista francês
Essência espiritual materializada — Assevero que os UFOs nunca infundiram sensação de paz, harmonia ou bem-estar. Muito pelo contrário. Em 1977, o Nordeste brasileiro foi assolado por uma onda de avistamentos de luzes alcunhadas adequadamente pelo termo chupa-chupa, já que atacavam as pessoas para retirar seu sangue [Veja UFO 114 a 117]. Sangue é vida, é essência espiritual materializada. Houve muitos casos de morte e de pessoas atemorizadas. O impacto social foi tão grande que a aeronáutica investigou esses casos sob o codinome de Operação Prato. O biólogo Daniel Rebisso Giese escreveu um livro obrigatório abordando essa fenomenologia com um titulo bastante sugestivo: Vampiros Extraterrestres na Amazônia [Belém, edição do autor, 1991], no qual ele diz: “Parece evidente que os discos voadores arrebatam seres humanos e animais. Muitos extraem órgãos e membros importantes dos animais. Esse estranho ritual de arrebatamento e imolação lembra os processos mágicos realizados por algumas civilizações antigas e seitas contemporâneas… o culto ao sangue constitui um dos rituais mais antigos e tenebrosos da raça humana”. Seriam os mesmos deuses primitivos, sedentos pelo nosso liquido vital? Tudo leva a crer que sim.
e a origem dos extraterrestres
Na década de 60, em West Virgínia, Estados Unidos, houve uma onda de aparições de UFOs. Simultaneamente, animais foram encontrados mortos e mutilados em várias fazendas. O mais bizarro, no entanto, foram as aparições do chamado de mothman nesses locais. Tratava-se de uma espécie de homem-morcego de um 1,5 a 2 m de altura, cinzento ou castanho, muitas vezes sem cabeça aparente, mas com olhos vermelhos e brilhantes na altura do pescoço. Voava em alta velocidade sem bater as asas, soltava guinchos semelhantes aos dos morcegos e exalava um odor repelente. Eis o que concluiu o ufólogo John Keel, um dos que mais se dedicaram a investigar essas aparições insólitas: “O que posso afirmar é que a demonologia vem há séculos estudando casos que em tudo se parecem com os casos de UFOs. E que as vitimas de possessão sofrem dos mesmos traumas físicos e emocionais que os contatados e vitimas de UFOs”.
Porto Rico celebrizou-se, na segunda metade da década de 90, com os casos de ataques do chupacabras, um monstrengo peludo, do tamanho aproximado de um homem, com olhos vermelhos, unhas compridas e cortantes como facas, que chupava o sangue de animais e atacava seres humanos. Sempre foram vistos nas proximidades de locais de avistamentos de UFOs e chegou-se a aventar que fossem animais extraterrestres domesticados para roubar sangue ou que eram soltos para que se alimentassem. Não demorou a que esses ataques se transladassem a outros países, inclusive o Brasil. Lembremos que em todos os rituais de magia negra, as entidades sempre fazem questão de sangue.
Intenso terror — Os animais são dotados de hipersensibilidade, principalmente em relação ao perigo. Nos mais diversos casos em que animais domésticos ou selvagens estiveram de frente com o Fenômeno UFO, eles se comportaram manifestando intenso terror. Os cães latem desesperados, o gado fica alvoroçado e os cavalos saem em disparada. De tão apavorados, destroem cercas, porteiras e correntes. Quando, na década de 60, Geraldo Simão Bichara foi abduzido dentro do quartel da Escola de Sargentos das Armas (ESA), em Três Corações (MG), toda a guarnição da cavalaria escapou, arrebentando correntes, e foram difíceis de serem recapturados e acalmados.
A presença de UFOs nunca passa despercebida, ao contrário, sempre infunde apreensão e desperta instintos de autopreservação. Não é para menos, pois cavalos, bois, carneiros etc, sempre foram as vítimas preferenciais dos extraterrestres, chupacabras etc, que extirpam seus órgãos reprodutores, olhos, orelhas, ânus e outras partes vitais. É licito concluir que os tripulantes dos UFOs, aparentemente, não se importam bulhufas com o impacto negativo que o encontro dessas carcaças produz. O mínimo que cientistas espaciais verdadeiros fariam ao conduzir alguma pesquisa, seria não deixar vestígios de suas atividades, recolher os espécimes necessários e destruir o material não aproveitado, principalmente ante a uma cultura tão agressiva ou reagente como a nossa. Mas parece que não se preocupam nem um pouco com isso.
Acaso não estariam fazendo o mesmo com seres humanos? Na região da Represa de Billings, zona sul de São Paulo, um pescador foi encontrado morto e mutilado [Pensou-se inicialmente que o caso teria ocorrido na Represa de Guarapiranga, na mesma cidade]. Apesar de nenhum UFO ter sido avistado naqueles dias, seu corpo apresentava mutilações idênticas às encontradas em muitos animais atacados por eles. Lábios, orelhas, olhos, ânus e partes internas do abdômen foram retirados. Discutiu-se muito a possibilidade de ataques por animais silvestres, mas o relatório da autópsia deixou margem a dezenas de perguntas e muitas dúvidas. Talvez o relato mais impressionante a respeito disso seja o de John Lear, piloto e filho do ex-dono da companhia de aviação Lear Jet e que trabalhou para o governo norte-americano por muitos anos. Ele conta: “Um dos primeiros homens a ser mutilado foi o cabo de esquadra Jonathan P. Lowette, que em 1956 trabalhava no campo de White Sands. O corpo desse cabo foi encontrado três dias depois que um comandante da força aérea testemunhou seu rapto por parte de um objeto em forma de disco, às 03 da madrugada. Seus órgãos genitais foram retirados e o reto foi arrancado até o intestino grosso. Seus olhos e sangue desapareceram sem sinal de colapso vascular. Acredita-se que toda a operação foi feita com a vítima ainda viva”.
Milton William Cooper, ex-militar e ex-agente da Inteligência da Marinha norte-americana, falecido em 2001, também fez declarações espantosas: “Corpos humanos mutilados foram encontrados por todo território dos Estados Unidos, junto de animais que sofreram o mesmo fim… Agora tínhamos certeza de que nem todos os raptados eram devolvidos com vida. Descobrimos que essas entidades tinham estado e estavam manipulando as massas através de sociedades secretas, de bruxarias, de magias, de ocultismo, de filosofias e temas religiosos”.
Hierarquias espirituais — O apócrifo Livro de Enoque, escrito em aramaico, traz um relato muito detalhado acerca dos povos da serpente, da queda dos anjos e da batalha do Bem contra o Mal. Ele nos conta como 200 anjos rebelados desceram dos céus para se apossarem da Terra. Segundo esse livro, proscrito pela igreja no cânon das obras reconhecidas como autênticas e divinamente inspiradas, Azaziel ensinou o fabrico de armas, Amazarak os sortilégios, encantamentos e propriedades das raízes e Samyaza, a feitiçaria. Pela sua traição, foram condenados a permanecerem encarcerados aqui para sempre, nunca mais retornando ao céu. Não são poucos os pesquisadores que sabem que as montanhas estão habitadas por seres invisíveis, mesmo que não concordem entre si quanto a natureza desses habitantes. Anjos decaídos são tidos como uma possibilidade por grupos judaicos e cristãos. Esses seres que no passado trouxeram a magia e a feitiçaria, estarão ainda hoje controlando essas técnicas malignas, como alerta Cooper, e se passando por ETs? As peças se encaixam perfeitamente.
Um dos casos mais interessantes que relaciona Ufologia com religiosidade foi pesquisado pelo psicólogo e ufólogo decano Húlvio Brant Aleixo, fundador e presidente do Centro de Investigação Civil dos Objetos Aéreos Não Identificados (Cicoani), sediado em Belo Horizonte (MG), e divulgado no Boletim da Sociedade Brasileira de Estudos sobre Discos Voadores (SBEDV), de setembro de 1973, editado pelo pioneiro ufólogo alemão Walter Karl Bühler. É conhecido como Caso Bebedouro, e o que se segue é apenas uma síntese do alentado relatório de Brant: “José Antonio da Silva, sold
ado da Polícia Militar de Minas Gerais, foi abduzido no dia 04 de maio de 1969 enquanto pescava, em Bebedouro, por seres pequenos de um metro e 20 cm de altura que o atingiram com um raio paralisante e o arrastaram para dentro de um estranho aparelho. Após levantar vôo, ele pôde observar que tinham cabelos longos e avermelhados, barba espessa e pele clara, olhos grandes verde-amarelados, nariz afilado e comprido, boca larga e orelhas grandes”.
O relato do ufólogo mineiro continua interessante: “José viu alguns vãos, onde estavam enfileirados, em decúbito dorsal (barriga para cima), quatro homens nus, aparentemente mortos. Amedrontado e temendo ser o próximo, apanhou um rosário que sempre trazia consigo e começou a rezar. Os tripulantes ficaram irritadiços e arrancaram seu crucifixo. Subitamente, surgiu somente para José um vulto de um homem de um metro e 70 cm, magro, barba e cabelos compridos, pele clara e corada, usando roupas escuras até os pés como um monge. Essa presença o tranqüilizou, e os tripulantes decidiram imediatamente libertá-lo. Foi deixado a 32 km da cidade de Vitória, no Espírito Santo”.
Isso faz lembrar a declaração de L. Warren: “Os ETs sabem exatamente o que é uma religião, mas nada podem divulgar. Tal revelação os destruiria completamente”. Segundo ele, essa informação lhe foi passada por eles mesmos ao contatado A. Bestenza. Fica claro nestes relatos que existe algo muito maior do que meras visitas de extraterrestres. Por que a oração os irritaria? Será que odeiam que apelemos para hierarquias espirituais acima deles? E se as temem, sabem que estão errados, que serão subjugados.
Em maio de 1986, mais de 20 UFOs invadiram o espaço aéreo da região Sudeste. Seis caças levantaram vôo e iniciaram uma perseguição tão inútil quanto absurda. Em vão tentaram uma abordagem ao que descreviam como luzes coloridas. Essas luzes surgiam e apagavam, na frente e depois atrás dos aviões, iam de um lado para o outro e ficaram horas brincando de gato e rato. Que tipo de civilização inteligente do espaço passaria a noite brincando de esconde-esconde? O radar e os contatos visuais não deixavam dúvidas: aquelas luzes não eram nenhum fenômeno atmosférico. Oficialmente nunca houve uma conclusão para o fato, pois na realidade estava mais para as histórias do folclore do que para uma operação militar. A Mãe do Ouro e a Cobra de Fogo costumam brincar assim…
Habitantes do invisível — Luiz Gonzaga Scortecci de Paula, em seu livro Mensagens Extraterrestres [Hyperespaço, 1984], reproduz uma frase bastante singular, passada por aquele a quem chama de Instrutor: “Dos céus e dos infernos o sêmen, para o ventre que arde em brasa. No parto, a morte lenta, mas a cria vingará”. Segundo Scortecci, é uma referência ao futuro do Brasil. Os únicos seres, que eu saiba, que detêm uma dupla natureza – ou seja, dos céus e dos infernos – são os anjos decaídos. Creio que é melhor tomarmos providências sérias contra isso. O pesquisador Ciro Moroni Barroso comenta sobre o mestre de Scortecci, Mabi-Isa: “O Instrutor não era alguma simples entidade ou ser encarnado em algum mundo físico, mas um ser com diversas manifestações em vários planos e mundos, e cada uma dessas encarnações foi se apresentando ao longo do tempo para o terreno do desdobramento, ora como sacerdote, ora como índio, como um extraterreno, como um intraterreno, como uma criança, como um ancião, ou ainda como um indescritível Príncipe das Profundezas”.
É quase uma regra que, antes de um contato ou abdução, uma estranha névoa surja no ambiente, como se fosse uma pré-materialização de um ser ou UFO. Isso apenas confirma que eles vêm sempre do invisível. Whitley Strieber, famoso abduzido e escritor norte-americano, autor dos bestsellers Comunhão [Editora Record, 1987] e Transformation [Transformação, The Breakthrough Books, 1988], este ainda não publicado no país, refere-se a um insistente cheiro de enxofre que sentia durante as aparições dos seres. No incidente ocorrido em Varginha, em janeiro de 1996, as três meninas que viram o ser marrom de olhos vermelhos também relataram o odor de enxofre. Trata-se de um detalhe comum na casuística e não preciso lembrar que é típico da mitologia demonológica. A respeito disso, o cientista francês Pierre Gerard conclui: “A conduta dos UFOs é mais adequada ao ocultismo do que à física, e o comportamento dos ETs é idêntico ao dos demônios do passado”.
Os ETs sabem exatamente o que é uma religião, mas nada podem divulgar. Tal revelação os destruiria completamente
— L. Warren,filósofo
Avalio que a grande maioria das manifestações estruturadas de naves e seres sejam materializações esporádicas, com duração de algumas horas, apenas para realização de algum objetivo concreto. Essa situação forçada demanda a manipulação de altas quantidades de energia que não podem ser mantidas indefinidamente. Assim, findo o prazo ou interrompido o processo, esses ufonautas retornam ao seu plano dimensional ou espiritual original. Daí a quase total escassez de fragmentos ou provas de sua presença. Ficamos apenas com os efeitos secundários, como alteração do solo, vegetação chamuscada ou queimaduras e marcas nos seres humanos. Talvez jamais encontremos uma base física de operações, apesar de conhecermos as coordenadas de dezenas somente no Território Brasileiro. Elas estão lá, mas quando chegamos no local só o que vemos são florestas e montanhas. Se dispuséssemos de um poderoso aparelho de raios-X, capaz de perscrutar o interior de uma montanha ou o fundo de uma fossa abissal, ainda assim nada encontraríamos, pois não estão neste mundo físico, mas habitam o invisível.
A juíza e deputada federal Denise Frossard é uma autêntica testemunha disso [Veja UFO 120]. Em 1993, ao amanhecer, na praia do Leblon, no Rio de Janeiro (RJ), ela e alguns amigos avistaram um objeto cilíndrico prateado e com intensa luminosidade, conforme seu relato: “Ele fazia movimentos erráticos e se deslocava rapidamente. Ele não partiu em nenhuma direção especifica. Ele simplesmente desapareceu em pleno ar”. Ou seja, estão sempre mudando de dimensão.
Os chamados homens de preto ou MIBs [Do inglês men in black, veja em UFO Especial 42] também parecem não pertencer à nossa dimensão concreta. Trajados à
; moda dos agentes da CIA, comportam-se de maneira aparentemente ilógica. Seus carros negros surgem do nada e somem da mesma maneira. Visitam testemunhas-chave envolvidas com contatos extraterrestres e delas exigem silêncio. À primeira vista, parecem agentes do governo. Os legítimos, porém, são seres dimensionais, manipuladores da matéria, que se apresentam dessa forma justamente para camuflarem sua real natureza. Se fossem apenas agentes terrestres investigando ocorrências não seriam tão perigosos, mas se tratam de agentes trevosos da grande conspiração que permeia nosso mundo dominado pela obscuridade e ignorância espiritual. Agem livremente e nossas forças policiais e militares nada podem contra eles.
Seres evoluídos — Pessoalmente já investiguei uma dezena de canalizadores, que realizam os chamados contatos de 5º grau ou metafísicos, através de canalização ou psicografia, e nunca perdi a chance de questioná-los quanto aos comandantes das naves. Nem sempre eles demonstram o equilíbrio necessário para seres evoluídos que se pretendem, ou mesmo para chefiar uma missão em um outro mundo. Sistematicamente recusam um contato físico programado, alegando sempre, é claro, o nosso despreparo. Já os seus contatados, via de regra, afirmam que estiveram com eles, viajaram pelo espaço ou mesmo estiveram em seu planeta natal. Como é sabido, nunca puderam trazer sequer um lixinho qualquer da espaçonave… Quando insistimos com esses comandantes, eles reagem muito irritadiços e indignados, esperando de nós uma fé cega, aliás muito imprópria para mentes que cruzam as estrelas. Posso asseverar que médiuns e contatados honestos estão sendo enganados.
Creio firmemente que entidades negativas e mentirosas estão se passando por extraterrestres e iludindo grupos esotéricos, centros kardecistas e muita gente de boa-fé. No passado foram chamados demônios, mas na verdade são os anjos decaídos. Há grupos que garantem que esses filhos da luz, durante uma queda planejada, teriam a função de vir auxiliar a humanidade, mas recusaram descer totalmente ao plano da matéria. Tendo estabelecido suas bases em certas faixas existenciais, resolveram exercer o poder e não o auxílio. Para isso teriam criado também uma horda de seres espectrais nos campos físico e astral, seres sem a centelha divina e que buscariam através da magia e da genética, roubar ou recriar o nosso cardíaco vital.
Extraterrestres espiritualizados — O suíço Eduard “Billy” Meier alega que manteve centenas de contatos com extraterrestres altamente espiritualizados das Plêiades em sua chácara na Suíça. E qual o nome da tripulante com quem manteve contato? Semjaze, nome praticamente igual a Semyaza, líder dos anjos caídos relatado por Enoque. Meier, ao contrário dos demais, trouxe afinal uma amostra metálica que chegou a ser analisada pelo laboratório de pesquisas da IBM, na Califórnia (EUA). A amostra era totalmente incomum quanto a estrutura, fundição e constituição. Porém, o mais incrível é que simplesmente evaporou no laboratório, demonstrando ter também uma natureza material induzida, logo desmaterializando-se. Não era “real” ou da nossa realidade. O próprio astrofísico Joseph Allen Hynek, de formação científica ortodoxa e materialista, declarou com todas as letras: “O que mais me intriga nos UFOs é seu isolamento no espaço e no tempo. As aparições duram pouco e vem do nada e voltam para o nada. Isso sugere muito mais uma realidade paralela do que visitas de um planeta distante”.
O corpo de Jonathan Lowette foi encontrado três dias depois que um comandante da força aérea testemunhou seu rapto por um objeto em forma de disco. Seus órgãos genitais foram retirados e o reto foi arrancado até o intestino grosso
— John Lear, piloto e ufólogo
Não são poucos os grupos e seitas que admitem que os próprios UFOs são seres vivos. O mais polêmico e conhecido é a seita uforeligiosa Cultura Racional, com sede em Belford Roxo (RJ). Seu fundador, Manoel Jacintho Coelho, afirma em sua série de livros Universo em Desencanto, que os UFOs são as próprias entidades extraterrenas, ou o que chama de “seres do mundo racional”, que vêm ao plano físico da Terra. Coelho divide, grosso modo, os seres que atuam no astral da Terra em inferiores ou negativos, os quais incorporam se passando por espíritos, caboclos e exus. Já os seres racionais surgem como bolas ou discos luminosos. Ambos estão interessados nos seres humanos. Será que desde sempre não estivemos no centro de uma grande disputa entre o Bem e o Mal? E será que o Mal não costuma travestir-se de Bem para conseguir seus objetivos? E afinal, quem pode apontar algum beneficio real e concreto desses supostos contatos com hierarquias do espaço? Que bom seria se existisse algum.
E o que dizer das sondas? São bolas luminosas de pequeno tamanho, variando de 10 cm a 1 m de diâmetro, freqüentemente observadas em locais de alta incidência de aparições, principalmente no litoral e interior dos estados. Essas luzes demonstram um comportamento inteligente, voam desde grandes altitudes como também ao nível do solo. Já foram filmadas no céu, em florestas e sobre o telhado de residências, vide o célebre filme do bairro de Capão Redondo, zona sul de São Paulo. Muitas vezes entram pelas janelas de casas e apartamentos fazendo uma espécie de vistoria no local, daí terem sido denominadas sondas, pois se supõem que sejam aparelhos rastreadores de espaçonaves maiores. Em vários casos elas dividiram-se em mais de uma, atravessaram paredes ou mesmo foram cortadas por um facão ou chicote.
Alguns pesquisadores e pessoas do interior crêem que estão vivas e são entidades da mata, como a Mãe do Ouro, o Boitatá, a Caipora ou mesmo fadas, dependendo da região em que aparecem. Em certas ocasiões parecem pulsar, crescem e diminuem de tamanho. Ora têm aparência sólida, ora translúcida, e desmaterializam-se com facilidade. Nunca conseguimos capturar um só desses aparelhos, apesar de surgirem aos milhares em redor do globo. Nunca deixaram um só rastro, partícula ou refugo passível de análise laboratorial. Estou inclinado a crer que são alguma manifestação viva, consciente e dimensional, e não algum tipo de objeto rastreador mecânico ou eletrônico.
Na década de 80, o ufólogo Oswaldo Soares e sua esposa subiram um mirante na serra da cidade de Extrema, sul de Minas Gerais, a 576 km de Belo Horizonte. Naquela época havia uma grande incidência de avistamentos na região. Durante aquela noite de vigília, bolas luminosas vermelhas surgiram no horizonte. As pessoas ali reunidas decidiram mentalizar para que houvesse uma aproximação. Imediatamente elas se deslocaram rapidamente em sua direção. Instintivamente, sua esposa levantou as mãos espalmadas para as luzes e disse: “Se forem de Deus que se aproximem, caso contrário, não!”. Repentinamente as luzes se apagaram e um clima apreensivo tomou conta das
pessoas, que resolveram descer e voltar logo às suas casas. O que pensar de fatos assim? Seriam afinal positivos ou negativos?
Marisa Varela, moradora da referida cidade, escreveu o livro O Resgate [Editora Missão Órion, 1998], baseada em seus próprios contatos. Nele ela explica um grande conflito entre o que chama de Loja Branca e Loja Negra, terminando com uma grande operação de resgate extraterrestre. Não duvido de sua boa-fé ou de que tenha sido convencida pelos “comandantes do espaço”, porém esse contato apenas coloca uma nova roupagem no velho relato bíblico da guerra entre Miguel e o dragão, com o arrebatamento dos escolhidos. Assim, sou novamente levado a perguntar: por que ETs legítimos afirmariam essas coisas? Naturalmente isso não condiz com a mentalidade de viajantes extraplanetários, mas nos remete mais uma vez às Escrituras.
Ashtar Sheran e seus aliados — Casos como o do vigia Antonio Carlos Ferreira, abduzido na cidade de Mirassol, próxima de São José do Rio Preto (SP), causam ainda mais espécie. Em 1979 ele foi capturado no pátio de uma fábrica de móveis e forçado a copular com uma fêmea grotesca, de cabelos vermelhos, pele fria e mau hálito. Seus captores eram seres de um metro e 20 cm de altura, cabeça, olhos e boca grandes, nariz fino e comprido, orelhas pontiagudas e cabelo carapinha vermelho. Prometeram ajudar-lhe a melhorar de vida e aconselharam que não se casasse no religioso. Que tipo de viajantes dariam esse tipo de conselho? O que esses “gnomos espaciais” teriam contra a fé ou a religiosidade das pessoas?
Linda E. Catoe consultou centenas de jornais e livros buscando encontrar uma resposta razoável para o Fenômeno UFO, e ao final compilou um relatório de 400 páginas para a Força Aérea Norte-Americana (USAF), hoje depositado na Biblioteca do Congresso Americano. Todo esse exaustivo trabalho a levou a concluir que “…a maior parte da casuística ufológica está ligada à metafísica, entidades invisíveis, poltergeist ou possessão. Muitos incidentes que vêm sendo publicados já eram conhecidos há muito tempo pelos teólogos e parapsicólogos”. Linda não é ufóloga, religiosa ou cética, é uma pessoa comum e curiosa que procedeu a uma análise fria e imparcial. Eu gostaria de poder desmenti-la, mas nos últimos 30 anos só pude encontrar evidências que corroboram inteiramente essa tese.
Ouso afirmar que o comandante supremo Ashtar Sheran, que se anuncia pomposamente como um ente de Alfa-Centauro para nos auxiliar, está mentindo e enganando sensitivos por todo o planeta. E o motivo principal disso é a própria ciência, como foi explicado logo no início. Alfa-Centauro, a “apenas” 4 anos-luz da Terra, é um sistema estelar trinário, composto por Alfa A, B e C [Ou Próxima do Centauro]. Esse sistema tem o dobro da massa de nosso Sol. As estrelas Alfa A e B variam a distância entre si, de um e meio a 5 bilhões de quilômetros – ou seja, mesmo com essa flutuação caberiam perfeitamente dentro do nosso Sistema Solar. A presença de Alfa B, se fosse irmã de nosso Sol, representaria um acréscimo de 30% de luz, calor e radiação. Dificilmente haveria condições mínimas para um ser humano sobreviver num sistema como o de Centauro. As variantes são imensas, e as condições de pressão, gravidade, temperatura e eletromagnetismo provavelmente seriam totalmente diversas às da Terra, tornando insustentável uma vida nativa igual a nossa.
Ashtar Sheran e seus aliados, além de vários outros alegados comandantes, dizem que Jesus, o Cristo, está sempre em sua “nave estrela” supervisionando as operações. E ainda, que promoverão uma operação de resgate para a humanidade. Novamente existe uma apelação para a religiosidade. É muita falta de originalidade para quem vem de tão longe. E como se não bastasse tudo isso, envolvem até mesmo o nome do Cristo em suas mensagens, buscando a aprovação de nossa parte, o que sugere mais um intrincado sistema de desinformação do que um contato real. O que mais me espanta é que muitos pesquisadores recorrem aos relatos bíblicos, livros sagrados ou textos apócrifos só quando lhes convém, porém rejeitam sempre outras partes mais abrangentes que detalham ou revelam a natureza espiritual dos fenômenos. Somente eles possuem o detector de mentiras sobre cada versículo.
Memória inacessível dos abduzidos — A totalidade das informações acerca da procedência dos UFOs e seus objetivos, vem dos próprios extraterrestres ou de hipnoses regressivas. Em primeiro lugar, por que deveríamos confiar neles? Afinal, como podemos confiar em alguém que vive nas sombras, não faz um contato oficial e não expõe claramente seus objetivos a ninguém? Algo de concreto deve justificar sua presença, mas e se o objetivo final for lesivo ao ser humano? Por que diriam a verdade? Se estivessem oferecendo qualquer auxílio, por que passariam décadas, séculos e milênios na clandestinidade? Algo a se pensar.
A hipnose regressiva já foi amplamente debatida. É sabido que a pessoa hipnotizada pode fazer uma narrativa fiel daquilo que acredita ser real. O dirigente da sessão também pode induzir, voluntariamente ou não, o paciente a adequar-se às suas próprias crenças pessoais. Algumas pessoas são muito influenciáveis até mesmo em estado de vigília, mas quase todos são influenciáveis por falsas memórias quando em estado de transe hipnótico. O mais grave é que seres negativos de outra dimensão possuem poderes psíquicos capazes de criar qualquer cenário fictício na mente das pessoas. A situação torna-se tão real que o corpo reage instintivamente aos estímulos mentais, sentindo frio ou calor, formando marcas ou sinais, gerando uma carga emocional capaz de imprimir ansiedade, terror e traumas duradouros na sua mente consciente. A mente pode curar ou matar, criar ou destruir, é o campo fértil para se moldar crenças, sentimentos ou qualquer coisa, principalmente no transe.
Os nossos melhores hipnólogos não conseguem penetrar numa determinada área da memória dos abduzidos. Esta área intocada guarda, certamente, a verdade sobre as abduções, o real objetivo dos seqüestros, das visitas noturnas e da manipulação sexual. Creio que se fosse algo de bom não seria tão seguramente protegido. E mais: se eles têm o poder de fazer esse tipo de
bloqueios, por que nunca bloquearam a história toda? Por que o indivíduo não se lembra somente de ter visto uma luz e pronto? Por que criar a falsa sensação de experiência extraterrestre? O que realmente estará por trás disso tudo?
Autor de mais de 20 livros com vendas totais que superam os três milhões de exemplares, o norte-americano Dave Hunt conduziu profundas pesquisas em áreas como profecias, misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo. Ele explica que no estado normal de vigília, o espírito da pessoa detêm o domínio do corpo biológico, mas quando exercita práticas como a yoga, a meditação e a hipnose, essa conexão natural é relaxada pelo estado alfa. Assim, outros espíritos ou entidades negativas podem assumir o controle temporário da mente, provocando visões que não existem e implantando mentiras de todos os tipos, como falsas mensagens e vivências. Concordo que é muito temeroso aceitar como reais tudo aquilo que obtemos através dos estados alterados de consciência, e os UFOs são geradores por excelência desse tipo de estado.
O espiritualista Waldo Vieira, autor de vários tratados sobre experiências extracorpóreas, em seu livro Projeciologia: Panorama das Experiências Fora do Corpo [Editora Universalista, 1997], também é enfático em suas conclusões acerca dos contatos imediatos com UFOs: “Não se pode deixar de registrar as freqüentes descrições e relatos de contatos com UFOs através da projeção consciente, fatos que falam a favor da hipótese de que o fenômeno ufológico surge num plano de consciência, e não procede de outros planetas ou dos confins mais distantes do espaço sideral”.
Retornando às escrituras, em Gênesis (6:2-4) encontramos uma interessante citação: “E vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram belas, tomaram para si as que lhes agradavam… E depois que os filhos de Deus coabitaram com as filhas dos homens, elas geraram os nefilins, homens gigantes e afamados na antiguidade”. Foram os primeiros seres híbridos na história. Nefilim vem do radical nefal, que significa caídos. Essa miscigenação pode ter sido uma das principais causas do extermínio que viria logo a seguir com o Dilúvio. Somente Noé e sua família foram considerados limpos ou puros pelo Senhor, e portanto salvos para repovoar o mundo. Em outros lugares do globo, vários personagens também foram escolhidos, instruídos e salvos. Não teria sido um critério racial ou espiritual que determinou os que deveriam perecer? Já outros pesquisadores vêem nesse extermínio o fim de uma tentativa dos anjos de elevar a humanidade através de sua própria semente divina, que gerava os nefilins.
Seguindo esta linha de raciocínio, o próprio Yaweh seria um dos filhos de luz que se negaram a descer à matéria, e portanto seria um falso deus. Em sua batalha pelo poder, ele teria destruído os nefilins, que viriam a promover um processo avançado de crescimento espiritual e, por conseguinte, contrário a seus objetivos de dominação planetária. Teria feito de Nóe e sua descendência um povo eleito para servi-lo e construir seu reino na Terra. Assim, o Cristo, que representava novamente um filho de luz para soerguer o homem, teria sido perseguido por um conchavo de interesses do Sinédrio [Grande Conselho dos notáveis de Israel, estabelecido depois do exílio para o governo da comunidade judia] em Roma, por isso crucificado. Apesar de haver uma aparente contradição nisso, não são poucos os que concordam que a filosofia de Yaweh, o Senhor dos Exércitos, nada tem nada a ver com a filosofia do Deus Pai de Amor do Cristo, que afrontou os ensinamentos dos sacerdotes.
O Livro de Enoque confirma alguns detalhes interessantes sobre isso: “O Senhor disse a Miguel: vá e anuncia o castigo que espera Samyaza e todos os anjos que se uniram às mulheres e se conspurcaram com toda espécie de impureza. E quando seus filhos forem exterminados, prende-os sob a terra, até o dia do julgamento final”. Por coincidência, muitas das bases de supostos ETs estão sempre sob a terra, debaixo de montanhas, tidos como mundos infernais pela tradição. Serão mundos favoráveis ou contrários a nós?
Manipulação sexual — Uma das maiores autoridades mundiais em abduções, o professor de história norte-americana do século XX na Universidade de Temple, Filadélfia, David Jacobs, defende em seus alentados e rigorosos livros A Vida Secreta [Rosa dos Tempos, 1998] e A Ameaça [Rosa dos Tempos, 2002], que os ETs estão desencadeando uma nova onda de miscigenação. Serão novamente os nefilins nascidos dos filhos decaídos na Terra? Estaria essa nova raça híbrida sendo criada para dominar e herdar o planeta?
Em seu livro O Portal [Madras, 2001], o investigador de polícia e ufólogo José Guilherme Raimundo inclui o relato impressionante de uma mulher seviciada por extraterrestres. Enquanto assistia televisão, uma luz azulada entrou em sua casa, causando interferência e chiados no aparelho. Ela sentiu-se paralisada e um cheiro nauseante de enxofre tomou conta do ambiente. Logo em seguida foi envolvida por uma luminosidade que fez seu medo desaparecer, ao mesmo tempo em que ouvia em sua mente as seguintes palavras: “Não temas. Nada faremos. És uma privilegiada. Somos de paz e precisamos de ti. Estamos usando a TV para o contato”. De repente, ela sentiu mãos invisíveis apalparem todo seu corpo, suas coxas e seus órgãos genitais. Foi suspensa no ar e uma coisa sólida e vib