Funcionários do governo que concordam em se tornar delatores ufológicos podem às vezes enfrentar consequências graves e, em alguns casos, até ameaças de morte. Agora, uma nova testemunha se apresentou e pode corroborar que tais ameaças ocorreram com Bob Lazar, famoso por afirmar ter trabalhado na engenharia reversa de um UFO.
Em 1989, um jovem cientista chamado Bob Lazar contou uma história bizarra para a KLAS-TV, alegando que havia trabalhado em uma espaçonave alienígena em uma instalação secreta perto da agora infame base Área 51, no deserto de Nevada, Estados Unidos. A equipe de notícias tentou encontrar outras testemunhas que pudessem apoiar as alegações de Lazar, e alguém que ajudou foi um policial de carreira e investigador chamado T.J. Jannazzo. Jannazzo nunca havia falado publicamente sobre isso até agora.
Jannazzo trabalhou com o Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas (Metro) no início de 1978, patrulhando por dois anos. Ele então se mudou para uma unidade de proteção do 8º Tribunal Judicial Distrital em Las Vegas. Nos 12 anos seguintes, Jannazzo subiu na hierarquia e recebeu a oferta de um cargo de investigador no gabinete do procurador distrital, onde trabalhou mais de 20 anos antes de se aposentar em 2014 como investigador-chefe assistente.
Durante seu tempo com os tribunais, Jannazzo localizou uma mulher que havia trabalhado para um empreiteiro de defesa e que disse ter participado de reuniões nas quais oficiais militares discutiam acidentes ao estilo de Roswell e materiais estranhos, os quais chamavam de “metamateriais”, sendo enviados a uma base secreta em Nevada. Segundo o ex-policial, ela poderia corroborar a história de Lazar. Mas depois de ter concordado em falar com o jornalista George Knapp, na época, ela mudou de ideia.
Bob Lazar certamente é uma figura polêmica no meio ufológico. Se suas alegações não fossem verdadeiras, por que haveria tantas tentativas em calá-lo?
Fonte: KLAS-TV
“Eu sei que ela havia combinado algo para falar com você sobre suas experiências naquele tempo”, disse Jannazzo ao Mystery Wire. “Ela tinha ido ao sul da Califórnia para visitar os filhos, que já eram adultos. E ela foi contatada e lhe disseram que ‘o deserto era um lugar muito grande, muito fácil de perder gente lá fora.’ E que ela não deveria estar falando nada sobre o qual ela já havia assinado um acordo de sigilo, para começar. E eles simplesmente tornaram muito conveniente para que ela calasse a boca, ou algo iria acontecer com alguém.”
Jannazzo diz achar Lazar extremamente credível. Ele afirma que, quando esteve com Lazar, ele nunca tentou convencê-lo da existência de UFOs. Era preciso insistir para que ele se abrisse. Logo antes do julgamento de Lazar referente a sua relação com uma garota de programa, a qual ele tinha sido acusado de proxenetismo, Jannazzo escutou dois homens que pareciam ser do Departamento de Defesa pressionando o juiz Lehman para que ele fosse condenado. O juiz confirmou mais tarde para ele o conteúdo da conversa com os dois estranhos homens, cujas intenções eram a de que ele sentenciasse Lazar à prisão por um bom tempo: “Esses caras chegaram e disseram ao juiz: ‘Isso é o que precisamos que você faça. Isso é o que você vai fazer por nós.’ E, se você conhecesse o juiz Lehman, saberia que essa intimidação não colou”, disse Jannazzo.
O caso de Lazar, segundo Jannazzo, era suspeito desde o princípio: “Esse tipo de caso de cafetinagem ocorria no tribunal o tempo todo, não era grande coisa. Mas ter múltiplas acusações criminais, perseguidas com esse tipo de vigor? Sem negociação? Sem chegar a um acordo judicial? A acusação recomendando tempo de prisão? Aquilo foi incomum.” Jannazzo insiste: “Lazar era um rapaz sincero. Ele poderia ter lucrado muito com sua história, escrito um roteiro para um filme, sei lá. Mas ele não é assim. É um amante da ciência e muito inteligente. Ele só queria divulgar algo que acreditava ser importante, mas depois só queria se livrar dessa história toda.” Certamente, o caso de Bob Lazar continua um mistério. Será que um dia teremos todos os detalhes?