Um ar de mistério sempre cercou a base da Área 51, em Nevada. Durante anos, os militares dos Estados Unidos negaram que existisse, mas está lá desde 1955, escondida atrás de apelidos enigmáticos. Agora, novos segredos sobre a base estão sendo divulgados pela primeira vez, incluindo seu nome real.
A Área 51 é, em certo sentido, uma contradição viva – a base secreta mais conhecida do mundo. Ela inspirou vários livros, programas de televisão e grandes filmes, mas era realmente um segredo? “A Área 51 nunca foi secreta. Todos sabiam da existência dela. O segredo apenas é quem está lá e o que eles estão fazendo”, disse Thornton “T.D.” Barnes, ex-especialista em radar da Agência Central de Inteligência (CIA) ao 8 News Now I-Team, à George Knapp.
Barnes provavelmente fez mais do que muitos para levantar o véu de sigilo da Área 51. Ele é o chefe dos Road Runners, um grupo de ex-funcionários da Área 51 que veio à tona há mais de uma década para falar sobre o trabalho que fizeram no deserto de Nevada. Barnes levou as coisas adiante ao incitar a CIA a desclassificar fotos e documentos sobre a base, coisas que nem a CIA parecia saber, incluindo o nome real da base – “Estação D”, que era o nome original da CIA para a Área 51.
“Eles tinham todos os tipos de documentos que identificavam a Estação D”, disse Barnes. O público não sabia disso até agora. “Ninguém sabia, mas mesmo quando voltei aos historiadores (da CIA) para obter mais detalhes, eles disseram que nunca tinham ouvido falar disso”, disse Barnes. Ele descreve a surpreendente variedade de nomes, apelidos e codinomes usados para a base desde que a CIA a escolheu pela primeira vez em 1955 como o local perfeito para testar e pilotar secretamente o altamente classificado avião espião U-2. O lago Groom é o local que sempre foi usado para tais testes. Os funcionários da CIA inicialmente chamaram o empoeirado posto avançado de Watertown ou Watertown Strip, nomeado em homenagem à cidade natal do diretor da CIA na época.
A designação “Área 51” começou em 1958, quando a CIA precisou anexar terras da área de testes atômicos próxima para desenvolver o A-12 Blackbird. Em algum momento nos anos 60, o “51” desapareceu dos mapas e os militares começaram a fingir que não havia uma base lá, mesmo que as agências de espionagem russas soubessem da sua existência. A empresa aeroespacial e de defesa Lockheed Martin se referiu à área como “Rancho Paraíso”, uma piada cruel para atrair trabalhadores para o deserto. “Era tudo menos o paraíso”, disse Barnes. O “Rancho Paraíso” tornou-se “O Rancho”, depois “Quadrado Vermelho” ou “A Caixa”, que se referia à zona de exclusão aérea ao redor da base.
Placas por todo o entorno da base militar notificam possíveis invasores das consequências ao passar daquele ponto.
Fonte: Pinterest
Vários outros nomes surgiram ao longo das décadas: “Natal”, “Santo Em Outro Lugar”, “Prato da Casa”, “Aeroporto Caseiro”, “O Local.” Muitas outras variações diferentes surgiram, incluindo “Terra dos Sonhos”, tirado de um indicativo de uma torre. A CIA usou histórias para acobertar, basicamente mentiras, para disfarçar o que aconteceu no lago Groom. No início, era supostamente uma estação meteorológica da NASA, depois uma instalação de pesquisa de energia atômica, mas o tempo todo a CIA estava desenvolvendo as plataformas e tecnologias de espionagem mais avançadas do mundo que ajudaram os Estados Unidos a vencer a Guerra Fria. Nos anos 70, quando os crimes da CIA chamaram a atenção do Congresso e de dois presidentes, pesando em Washington, D.C., a agência foi proibida de operar na base, e a “Estação D” foi fechada e o controle transferido para a Força Aérea dos Estados Unidos.
Em meados dos anos 80, a atenção do público foi despertada quando a Força Aérea se apossou de 89.000 acres de terras públicas ao redor do lago Groom. Essa atenção explodiu no final dos anos 80 por causa de uma história particular que tornou a base mundialmente famosa, que Barnes menciona: “Quando se espalhou a notícia de que algo estava acontecendo na Área 51 e a CIA esteve envolvida por 20 anos e ninguém sabia, eu questionei o que eles estavam fazendo lá por 20 anos. E foi aí que a fase UFO começou”, disse Barnes.
Considera-se que, quando o controle da base passou para a Força Aérea, coisas mais estranhas ainda começaram a ocorrer no local, aumentando mais ainda a alcunha de “base alienígena” que agora a torna tão famosa. Não só os avistamentos que questionam nossa tecnologia atual, como documentos e funcionários relatando UFOs sendo estudados e até mesmo seres vivendo e trabalhando no local emergiram, nos fazendo apenas imaginar o que estaria, de fato, acontecendo lá.