Nosso planeta foi visitado por seres extraterrestres no passado? Eles contribuíram para o crescimento da civilização humana? Nossos antigos monumentos contêm evidências dessa interferência? Em 1968, o hoteleiro suíço Erich von Däniken fez essas mesmas perguntas em seu livro Eram os Deuses Astronautas? [Melhoramentos, 1968]. Vendeu mais de 70 milhões de cópias e provou que milhões de pessoas gostam da ideia de que extraterrestres estiveram em nosso planeta no passado e que deixaram vestígios antes de partirem. Muitos anos depois, em 2009, uma série de televisão reacendeu com vigor a curiosidade pelo assunto: Alienígenas do Passado, do canal a cabo History. Nosso entrevistado nesta edição é justamente uma das estrelas do tão bem-sucedido show, sempre mostrando evidências que apontam para a confirmação da teoria de que não estamos sós, nem no passado, nem agora.
Estamos falando de David Hatcher Childress, conhecido por seus fãs como o “Indiana Jones da vida real”. Palestrante requisitado e autor de mais de 20 livros sobre mistérios antigos e enigmas da humanidade, Childress viaja pelo mundo procurando aventuras e desbravando os mistérios que nos cercam. Nascido na França, em 1976, e criado nas montanhas dos estados norte-americanos do Colorado e Montana, Childress teve sua curiosidade despertada para o tema quando ainda era jovem. Estudou na Universidade de Montana, de onde, maravilhado pela cultura oriental e filosofia, mudou-se para Taiwan para dar aulas de inglês. “Naquele mesmo ano comecei uma odisseia pelo mundo que durou seis anos. Durante o período, estudei as antigas civilizações da África, Oriente Médio e China — inclusive passando por territórios perigosos, como Uganda durante a revolução de Idi Amin”, revela o pesquisador.
Cidades submersas
As ilhas mais remotas dos oceanos Pacífico e Índico já foram visitadas várias vezes por Childress, que também organiza expedições para as áreas longínquas do Peru, Bolívia, Himalaia e outras partes da Ásia. “O meu maior interesse é pela história antiga e misteriosa, pela arqueologia, criptozoologia e cidades submersas. E ainda sou mergulhador profissional”, acrescenta. Autor de grande sucesso, foi na década de 80 que lançou aqui seus dois primeiros livros contando suas jornadas: Cidades Perdidas da África e da Arábia [Siciliano, 1984] e Vimanas: Veículos Voadores de Nossos Antepassados [Biblioteca UFO, 2006]. Expedições posteriores para a América do Sul resultaram na obra Cidades Perdidas e Antigos Mistérios da América do Sul [Siciliano, 1987], que se tornou best seller no país. Quase uma dezena de outros títulos se seguiram aos já citados, com destaque para Cidades Perdidas da Antiga Lemúria e o Pacífico [Siciliano, 1999].
Childress tem uma grande variedade de interesses, entre os quais o estudo da energia livre, antigravidade e UFOs. “Eu acredito que os visitantes extraterrestres do passado utilizavam naves espaciais movidas a energias que uniam antigravidade e eletricidade”, declarou, convicto. Quando questionado sobre as razões que levam a arqueologia moderna a ignorar a influência dos antigos astronautas em nossa história, respondeu: “Os cientistas acreditam piamente que a civilização é muito nova e que se desenvolveu lentamente nos últimos 9 mil anos. Mas, para crer nisso, eles têm que descartar algumas evidências, como cidades submersas ou megálitos com mais de mil toneladas, assim como textos antigos e lendas sobre o nosso passado. Não é fácil mudar a opinião de pessoas que já estão inseridas no sistema de crença global”.
Homens de outros mundos
Para o pesquisador, a melhor evidência de que seres extraterrestres estiveram aqui no passado precisa ser clara e um sinal de que houve um contato entre eles e nossos antepassados, como os oops arts [Out-of-place artifacts, artefatos inexplicáveis], que demonstram que a Teoria dos Antigos Astronautas está correta. Questionado sobre quais evidências considera serem as mais fortes sobre a presença alienígena na Antiguidade, Childress listou a Roda de Ezequiel, o Astronauta de Palenque, a Mosca de Ouro, o Mapa de Piri Reis e os megálitos de Puma Punku. “Você pode pegar qualquer uma dessas coisas e verá de forma lógica e científica que não são terrestres”, afirmou.
Sobre a Roda de Ezequiel, Childress foi preciso ao afirmar que uma descrição desconcertante, porém escrita em estilo realista, nos leva a pensar que Ezequiel foi testemunha direta da manifestação de homens de outros mundos desembarcando de engenhos voadores. “Já sobre o Astronauta de Palenque, em 1969, o geólogo austríaco Laszlo Toth, encontrou 16 pontos de correspondência entre o desenho da pedra e do módulo de comando de uma cápsula espacial contemporânea.” Childress já esteve no Brasil inúmeras vezes à procura de seus mistérios. “Infelizmente, nunca encontrei evidências de megálitos em seu país, mas isso não significa que os antigos astronautas não possam ter estado aqui e interagido com as civilizações daquela época”. O que mais o intrigou em suas passagens pelo país foi o Parque Nacional das Sete Cidades, no Piauí. “Aquilo, sim, eu chamo de local misterioso. Pedras vitrificadas que só poderiam estar daquela forma como resultado de uma temperatura extremamente elevada”.
Na entrevista a seguir, o leitor vai conhecer evidências e locais que, à primeira vista, não fazem sentido ou não têm explicações, mas que, quando analisados à luz da Teoria dos Antigos Astronautas, ganham novos significados. Conhecerá também o trabalho e as firmes convicções do entrevistado, um pesquisador com mais de 40 anos de experiência. Vamos à entrevista.
Nós fomos mesmo visitados por seres extraterrestres no passado? O que o faz ter tanta convicção disto? Em 1968, Erich von Däniken fez esta mesma pergunta em seu primeiro livro, e décadas depois as pessoas ainda têm esse questionamento. Há mais de 230 interrogações no livro de Däniken, cada uma delas desafiando o paradigma científico, demonstrando que a ciência não tem uma explicação própria para certas construções, objetos, lendas e imagens do passado. Nós temos o enigma das pirâmides do Egito, os megálitos da Bolívia, Peru, Etiópia, Estados Unidos e Europa, todos erguidos com o uso de uma supertecnologia de levitação e antigravidade, com ferramentas especiais de corte e derretimento. O mais provável é que essa tecnologia tenha vindo de seres extraterrestres.