Mais informações continuam a emergir após a mais recente liberação de documentos do Ministério da Defesa inglês, o MoD. Em um dos papéis, um memorando de 1995, um oficial não identificado escreveu que os avistamentos de naves alienígenas precisam ser transformados em assunto prioritário, e que não parecia haver intenções hostis por trás dos mesmos.
O oficial acrescenta ser essencial abrir a mente das pessoas, argumentando que o fato científico de hoje pode não ser verdadeiro amanhã. Essa pessoa salienta que “não conversa com pequenos homens verdes toda noite”, lembrando que seu escritório possui uma missão que talvez não seja cumprida, já que não sabiam se UFOs existiam. O oficial completa: “Se eles existem, não sabemos o que eles são, seu propósito ou se são uma ameaça para a Grâ-Bretanha”.
Segundo o que o oficial escreveu: “Se os avistamentos são de aparelhos não terrestres, então é uma prioridade estabelecer sua finalidade. Não existe qualquer aparente intenção hostil, e outras possibilidades são: reconhecimento militar; científico; turismo. Se as informações possuem valor, então mostram que os veículos extraterrestres têm variadas capacidades em termos de velocidade e são furtivos ao radar. Poderíamos utilizar essa tecnologia, se ela existir”.
O memorando ainda lista possíveis explicações para avistamentos de UFos, tais como alucinações em massa, aeronaves experimentais, fenômenos atmosféricos e fraudes, porém indica que nenhuma destas é plenamente convincente. Pelo contrário, salienta que os incidentes descritos são apenas a ponta do iceberg, afirmando que muitas pessoas, por receio do ridículo, não informam as experiências que tiveram.
Ainda são apresentados fatos tais como o grande aumento no número de avistamentos após a Segunda Guerra Mundial, e também a antiguidade do fenômeno, descrevendo avistamentos de centenas de anos atrás. O informe descreve a preparação de um memorando pelo MoD em 1979, a fim de dar suporte a uma reunião da Câmara dos Lordes que debateria o assunto.
Outros documentos liberados dão conta de um escritório oficial de pesquisa de discos voadores dentro do governo, entre os anos de 1950 e 1952. Em 1998 um funcionário leu essa descrição e anotou preocupado que tal fato tornava a negativa oficial quanto ao interesse governamental nos UFOs muito suspeita. De acordo com o doutor David Clarke, consultor de assuntos ufológicos do Arquivo Nacional e professor universitário, os papéis irão proporcionar as futuras gerações um estudo aprofundado a respeito de um aspecto inexplorado da história social contemporânea.