Ninguém espera que o aniversariante dê as caras. Nem se sabe se ele era real. Mesmo assim, o ET de Varginha será tema de uma extensa programação nos 30 anos do suposto avistamento, numa tarde de 20 de janeiro de 1996. A prefeitura do município mineiro negociou a compra do terreno onde uma criatura teria aparecido para três meninas e o transformará em um local turístico, mantendo a originalidade do descampado. A secretaria de Turismo prepara simpósios e outros eventos para marcar a data. Além disso, um documentário americano e livros prometem trazer mais revelações sobre o caso.
O terreno baldio no Jardim Andere continua como no dia da suposta aparição do ET, a não ser pelo muro erguido posteriormente, nos fundos e na frente.
— Já havia algum tempo que a gente estava negociando com o dono do terreno. Inicialmente, ele não quis vender. E ficou lá parado. Mas as pessoas têm uma curiosidade muito grande. Então, iam lá olhar pelo buraquinho da fechadura para ver o lugar. Até que no ano passado conseguimos negociar com o proprietário uma permuta — conta a secretária municipal de Turismo, Rosana Carvalho.
A promessa do governo municipal é inaugurar o espaço em 20 de janeiro de 2026, para marcar o aniversário de 30 anos do caso.
— A ideia é derrubar o muro, mas preservar o espaço, que é isso que as pessoas querem. O lugar se mantém como no dia que as meninas avistaram o ET. Pretendemos fazer uma réplica da situação que elas contaram, colocando todos os detalhes ali. Estamos estudando as opções desse próximo projeto com artistas plásticos — prossegue a secretária.

Ainda não se decidiu se haverá algum ponto de observação, favorecendo selfies e fotografias. Pretende-se, porém, impedir o acesso ao interior do terreno para se manter a originalidade. Talvez se opte por uma grade.
O Caso Varginha é cheio de controvérsias, com relatos de testemunhas que divergem das conclusões das investigações apresentadas pelo Exército. Mas, seja lá o que tenha ocorrido, aquele dia mudou a cidade, hoje com 136 mil habitantes (IBGE, 2022). As referências ao caso estão por toda a parte do centro comercial. Estátuas de ETs decoram praças e logradouros. A caixa d’água que se destaca na área central tem a forma de disco voador, piscando com profusão de luzes coloridas durante a noite.
O Memorial do ET, inaugurado há um ano, também tem a forma de um disco voador. O espaço atrai estudantes das redes pública e particular, apresentando detalhes do caso, como recortes de jornais, fotos, vídeos e representações em tamanho real do avistamento de uma criatura no terreno baldio do bairro Jardim Andere, a poucos minutos de caminhada do Centro.
Documentário americano
O peso do caso na ufologia mundial cresceu com o tempo, embora basicamente apoiado por testemunhos, sem provas físicas. O documentarista americano James Fox esteve em janeiro em Varginha em busca de mais informações e testemunhas para comprovar a aparição de extraterrestres. Ele é o diretor do documentário “Moment of Contact” (Momento do Contato – O Caso Varginha), lançado em 2022 e em exibição nas plataformas de streaming.
— Não acreditei quando ouvi falar disso pela primeira vez no final dos anos 1990. Estava trabalhando no meu segundo documentário sobre OVNIs na época. Para mim, parecia impossível que houvesse relatos de alienígenas vivos em plena luz do dia na cidade de Varginha e o mundo inteiro não soubesse. Acredito que Varginha é o melhor e mais bem documentado caso da história moderna — afirma o americano, que já fez seis filmes sobre o tema em diferentes partes do mundo.
James Fox se concentrou na busca de novas testemunhas que aceitassem quebrar o silêncio após quase três décadas, sobretudo as que teriam se envolvido no suposto atendimento à criatura no hospital local. Estes testemunhos serão incluídos em uma edição ampliada do documentário.
— O que acabamos de ouvir em Varginha não foi anonimamente. Isso simplesmente tomou conta de minha mente. Se for verdade, é a coisa mais incrível que já ouvi. Acho que mais pessoas continuarão a se apresentar. Acabamos de entrevistar quatro pessoas pela primeira vez contando suas versões, revelando suas identidades. São absolutamente confiáveis — destaca Fox.
Segundo o diretor, um vídeo circula entre os médicos que mostraria a criatura ainda viva. Encontrar estas imagens é o grande desafio da equipe do documentário.
— Acho que o vídeo, seja do Exército ou da comunidade médica, vai vazar em algum momento. Estou convencido disso — diz Fox, esperançoso.
O ufólogo Marco Leal, de 39 anos, que integra a equipe de produção de James Fox, conta que começou a investigar o caso em meados de 2005, logo após participar de um congresso de ufologia.
— A gente meio que revisitou o caso, entrevistando todas as testemunhas que já tinham sido abordadas, tanto da esfera militar como da esfera civil. Nesse meio tempo a gente conseguiu novos depoimentos — conta Marco.
Para Leal, as pessoas estão mais abertas a comentar o que vivenciaram, sobretudo agora com os investimentos da prefeitura na divulgação turística usando o ET como ‘garoto propaganda’.
— Outras pessoas que se envolveram, inclusive da área médica, estão começando a falar o que elas sabem. Então esse documentário novo, que é um corte que o James vai fazer este ano, vai incluir vários testemunhos inéditos que nunca tinham sido expostos, inclusive o de um médico que teria visto a criatura realmente no Hospital Regional — diz o ufólogo.
A quantidade de testemunhos e documentos sobre o suposto aparecimento de extraterrestres, defende Marco leal, torna a história mais verossímil até para os mais incrédulos.
— O caso Varginha possui tantos testemunhos que acho que seria impossível tantas pessoas mentirem. A gente esteve de frente, inclusive, com o militar que fez o transporte dessa criatura do Hospital Humanitas para a Escola de Sargento das Armas e da Escola de Sargento das Armas, no dia seguinte, para Campinas — afirma.
O ufólogo acentua que outras testemunhas corroboram versões já apresentadas, ligando vários pontos dos fatos descritos naquele 20 de janeiro de 1996.
— Tivemos também o depoimento do Marcos Félix, um controlador de tráfego aéreo da Aeronáutica, que veio dizer que soube desse avião que desceu lá em Campinas. Então são muitos fatos que me fazem acreditar que esse caso realmente aconteceu. E começando desde o avistamento das meninas. As três nunca mudaram em 29 anos uma vírgula do relato — pondera.
Aparição em terreno baldio
O caso Varginha explodiu no noticiário a partir de um ponto chave, o relato das irmãs Liliane de Fátima Silva e Valquíria Aparecida Silva e da amiga Kátia Andrade Xavier, de 16, 14 e 21 anos à época, respectivamente. Elas teriam visto uma criatura de corpo amarronzado, no canto de um terreno baldio. Inicialmente, descreveram terem encarado o demônio. Segundo elas, o advogado Ubirajara Rodrigues, que vinha investigando outros relatos de avistamentos de disco voadores, é que lhe explicaram que a criatura, na verdade, seria um extraterrestre, ocupante de uma nave alienígena que teria caído nas proximidades.

As principais testemunhas ainda vivem em Varginha. Kátia, hoje com 50 anos, faz palestras sobre o episódio. Ela concordou com uma entrevista para esta reportagem, mas depois não retornou mais os contatos. As irmãs Liliane, 46, e Valquíria, 44, até participam de eventos organizados pela prefeitura, mas pouco falam sobre o caso. Chegaram a abrir há dez anos uma lanchonete no centro de Varginha, mas não fizeram nenhuma referência ao suposto ET como estratégia de marketing.
Varginha rejeitou inicialmente à fama de cidade dos ETs. O caso motivou piadas e brincadeiras com os moradores, como a parodia do humorístico Casseta & Planeta sobre “o mineiro que veio do espaço”. Com o passar do tempo, percebeu-se que a história poderia trazer dividendos. O ET virou mascote e peça decorativa por toda a cidade, além de referência em campanhas publicitárias para atrair turistas.
— Na época eu já morava aqui e ficamos um pouco amedrontados com o caso. Logo depois veio aquele programa do Casseta & Planeta e meio que fez uma crítica, zombou do caso e as pessoas realmente ficaram com receio de falar, de serem criticadas — reconhece a secretária Rosana Carvalho.
O lançamento do Memorial do ET, em novembro de 2022, em forma de disco voador, deu novo fôlego ao turismo. No espaço, estão reunidas várias informações, reportagens, suvenires e arte relacionadas ao suposto avistamento. Um dos destaques é a reprodução realista em computação gráfica, com base nas descrições feitas por dois enfermeiros do Hospital Regional que teriam atendido o paciente alienígena.
— O número de turistas aumenta cada vez mais. Em 20 meses que o memorial está aberto, já recebemos mais de 60 mil visitantes de todos os estados brasileiros e de 40 países diferentes. Isso mostra que realmente o caso é muito importante. Atrai turistas do mundo inteiro — diz a coordenadora do Memorial, Renata Silveira Lemos.
A reprodução do avistamento do extraterrestre está imortalizada em uma obra do artista plástico Renato Criatura. É o lugar em que os turistas aproveitam para fazer o melhor registro da visita.
— Estamos representando o momento mais marcante, quando as meninas tiveram esse contato com o ET, lá no terreno. Produzimos um efeito especial que a gente faz aqui, que é soltar uma fumaça verde quando tem algum evento. Inclusive, a Valquíria, que é uma das testemunhas, falou que é a escultura mais próxima do que realmente viu — observa Renata.
A capital dos ETs no Brasil
Os supostos alienígenas deixaram muitas outras marcas pelo município. Os lugares que teriam conexão com o caso estão catalogados na Rota do ET. Totens explicam a ocorrência do fenômeno em cada ponto.
— A rota do ET começa numa fazenda, onde supostamente uma nave caiu e os destroços ficaram espalhados pelo terreno. Um casal (os trabalhadores rurais Eurico e Oralina Freitas) viu esses destroços. A primeira parte da rota é lá. A partir daí, todos os pontos que o ET passou exibem um totem contando um pouquinho daquele fato. A rota informa que ele esteve no Hospital Regional e depois no Hospital Humanitas. Conta sobre todos os lugares por onde supostamente o ET passou até ser levado pelos caminhões da ESA (Escola de Sargentos das Armas) para Três Corações — diz a coordenadora.
Os ETs conquistaram sobretudo as crianças.
— As crianças começaram a desenhar extraterrestre, tanto que o ET de Varginha se tornou um patrimônio imaterial da cidade. Então, agora, a gente fala do ET com mais naturalidade e nos informamos mais sobre a ufologia — observa Renata.
Não é à toa que o alienígena ganhou versões simpáticas em desenhos criados pelo artista plástico Gleiber Piva, de 58 anos. A obra pode ser conferida no Memorial e torna o clima ainda mais receptivo aos visitantes do espaço.
— A gente trabalha também com essa parte do lúdico no turismo porque queremos que as crianças possam participar desse momento do ET. Os nossos produtos são o café e o ET. Criamos as personagens com essas características. É muito interessante porque a gente vê criança de dois anos, por exemplo, correndo para abraçar o ET. A ideia é deixar a aparência bem infantil. As três protuberâncias na cabeça do nosso ET, por exemplo, são grãos de café — explica o artista.
Apesar de o PIB municipal depender sobretudo do café, a imagem do ET é bastante cultivada.
— O nosso forte é o turismo de negócios, que é o café. Mas é claro que não há um turista que venha para os negócios do café que não queira conhecer aqui o lugarzinho do ET. Varginha é conhecida mundialmente como a cidade do ET — reconhece a secretária de Turismo, Rosana Carvalho.
A atmosfera pró-ET envolve a cidade e ajuda a disseminar a crença no caso. Os moradores estão sempre em contato com possíveis testemunhas e ufólogos, realizações de congressos e uma decoração urbana alusiva ao fato.
— Você acaba absorvendo muito isso. Acredito piamente no ET — assinala Gleiber, natural de Coqueiral, há seis residente em Varginha.
Em visita a Varginha, em 7 de agosto de 2013, a então presidente Dilma Rousseff corroborou com a história.
— Eu tenho muito respeito pelo ET de Varginha. Eu nunca o vi, mas as pessoas que eu conheço daqui, ou já o viram ou conhecem alguém que o viu — disse Dilma, durante entrevista a uma rádio local.
Miniaturas do ET
O ET está para Varginha como a Torre Eiffel está para Paris e o Cristo Redentor para o Rio. O suvenir mais vendido são as miniaturas do extraterrestre. Gerente de uma papelaria no Centro da cidade, Adriana Guimarães conta que as vendas são maiores próximo a épocas de feriados.
— A gente recebe muitos visitantes. E o ET realmente é bom ‘garoto-propaganda’. Foi muito importante para a nossa cidade. Por isso, temos uma variedade de produtos, como o ET em 3D, feito na pedra, e em formato de garrafinha — assinala.
A ‘lembrancinha’ mais requisitada é do bonequinho do ET com camisa de time de futebol, como a do Corinthians, Palmeiras, Cruzeiro, Atlético-MG, Flamengo e Fluminense. O modelo mais fiel a aparência descrita pelos relatos, em resina, com 30 centímetros de altura, custa R$ 100. Um ET de 1,20 metro aproximadamente na porta da papelaria é o chamariz para os consumidores.
— Sou da época do caso e realmente houve uma mudança muito grande na temperatura, no ambiente. O que mais me perguntam quando chegam aqui é: ‘Foi verdade mesmo?’ — observa a gerente.
Pressão após livro
O caso Varginha é apontado por ufólogos brasileiro como um dos mais importantes no mundo. Eles chegaram à cidade logo após surgirem os primeiros relatos da aparição de discos voadores e luzes estranhas no céu noturno no Sul de Minas. Alguns deles se tornaram mais atuantes como Vitório Pacaccini, Claudeir Covo e Marco Antônio Petit, além do advogado Ubirajara Franco Rodrigues. Covo morreu em 2012 e Ubirajara se retirou do caso, alegando que havia exageros por parte de muitos ufólogos e que não existia nenhuma prova concreta do avistamento.

A Escola de Sargentos das Armas chegou a abrir sindicância para apurar as notícias sobre a movimentação de veículos militares na cidade, supostamente para resgatar alienígenas. A investigação, no entanto, apontou que parte da frota havia sido deslocada para manutenção e, mesmo assim, fora do período alegado pelos ufólogos. Um Inquérito Policial Militar também foi aberto em 1997 para apurar as denúncias do livro “Incidente em Varginha”, de Vitório Pacaccini e Maxs Portes. No entanto, o relatório final — que veio à tona em 2010 — considerou o conteúdo sensacionalista, pontuado por fatos distorcidos.
— Prestei depoimento por quatro horas porque eles queriam saber, de qualquer jeito, quem do meio militar estava me ajudando. Queriam encontrar um ilícito penal contra mim para me mandar para a cadeia — relembra o ufólogo Vitório Pacaccini.
Pacaccini havia crescido em Três Corações, a 25 quilômetros de Varginha, e possuía muitos amigos militares na Escola de Sargentos das Armas. Ele já trabalhava em sua empresa de engenharia, em Belo Horizonte, quando soube dos rumores sobre o avistamento e correu para a cidade natal onde os pais ainda moravam.
— Foi a partir daí, desse contato com os meus amigos de infância de forma sigilosa, que aquilo que se iniciou como um boato lá em Varginha, que três meninas haviam avistado o demônio ou uma criatura extraterrestre lá no bairro Jardim Andere, começou a se solidificar — conta ele, que anuncia para junho o relançamento do polêmico livro “Incidente em Varginha’, agora assinado com Fernanda Pires.
Vitório Pacaccini quer agora viabilizar a produção de um filme sobre o caso. Ele já escreveu o roteiro em que ele próprio é o protagonista. Ele narra como teria descoberto toda a história e a pressão sofrida durante as investigações sobre a presença de ET no sul de Minas. O ufólogo sonha até em quem poderia interpretar o seu papel na trama.
— Penso em Cauã Reymond ou Juliano Cazarré como protagonista ou outro que o diretor indicar. Tem que ser “casca grossa” e enfrentar a situação. O sucesso será gitantesco. O público no Brasil e no mundo aguardam o filme sobre o Incidente em Varginha — acredita ele, que ainda busca financiamento para a produção.
Casal com nanismo
As explicações oficiais para o caso causaram muita polêmica. Uma das alegações é que as jovens teriam confundido um homem extremamente magro e com transtorno mental, apelidado de Mudinho, com um extraterrestre. Em outra versão apresentada por militares, tudo teria começado após um caminhão da ESA ter socorrido uma mulher grávida e seu marido, ambos com nanismo, durante um temporal na estrada. Os pequenos pacientes, cobertos na maca, segundo um oficial à época, poderiam ter sido confundidos com ETs. Às versões foram duramente ironizadas pelos ufólogos.
A partir daí, muitas especulações surgiram. Uma delas de que o policial Marco Eli Chereze teria morrido contaminado após participar da suposta captura de um extraterrestre. Como o policial morreu de infecção generalizada 26 dias após o relato do avistamento, a história ganhou espaço.
Outro ufólogo com destaque nas investigações, Marco Antonio Petit, conta que gravou, em cooperação com Pacaccini, uma série de depoimentos de militares sobre o avistamento. Mas ele diz que não pode identificar as testemunhas, em respeito a compromisso assumido à época. Mesmo quase 30 anos depois, revela ele, não há intenção de se divulgar as gravações.
— O Caso Varginha é indiscutivelmente o maior não só da Ufologia brasileira, mas um dos dois principais casos da Ufologia Mundial, lado a lado, no mínimo, ao Caso Roswell, que deu início ao acobertamento mundial. Dentro da nossa compreensão, pelos detalhes já conseguidos no Caso Varginha, ele até superaria Roswell, neste aniversário de 30 anos — acredita o ufólogo, que prepara um novo livro, mais abrangente, reunindo suas investigações, com previsão de lançamento para o ano que vem.
O Caso Roswell, citado por Petit, refere-se a suposta queda de uma nave alienígena perto de uma fazenda no Novo México, nos Estados Unidos. Apesar de inicialmente a Força Aérea americana ter divulgado que se tratava de um disco voador, a versão oficial foi que o objeto localizado em solo seria apenas um balão meteorológico. A partir daí, várias teorias foram criadas, como a de que ETs haviam sido capturados, mas nenhuma prova foi apresentada.

O Caso Varginha foi muito além do depoimento inicial das três meninas. A morte do policial Marco Eli Chereze 26 dias após o suposto avistamento gerou muita controvérsia. Para o ufólogo Marco Petit, ele teria morrido contaminado após participar da captura de um extraterrestre. Segundo o laudo, Chereze morreu de infecção generalizada.
Outra história que se espalhou foi sobre a morte de animais no Parque Zoobotânico de Varginha, local em que outra testemunha, Terezinha Gallo Clepf, que norreu em 2011, alegou ter visto a criatura. Em 2015, a então direção do Zoo admitiu que teriam ocorrido mortes no período do suposto avistamento, mas que os óbitos entre os animais estavam dentro da normalidade.
Houve polêmica ainda sobre o suposto comboio do Exército que teria levado carga sigilosa para o Departamento de Medicina Legal da Unicamp, em Campinas. Segundo versão defendida por ufólogos, o médico legista Badan Palhares, que chefiava o órgão, teria examinado os corpos. No entanto, Badan negou tudo.

Com tanto disse-me-disse, o Caso Varginha ainda vai ser muito debatido. Como parte das celebrações dos 30 anos da suposta aparição, a secretária de Turismo pretende organizar uma grande conferência em Varginha, convidando os principais expoentes do caso. Vai ser o momento para se passar a limpo o caso.
— Pretendemos fazer um encontro com vários ufólogos, cada um contando a partir da sua perspectiva o caso. Agora parece que há novas evidências. Alguns livros foram inclusive reeditados. Eles falarão um pouquinho disso neste grande encontro de ufologia, quando aproveitaremos para inaugurar o espaço em que as meninas viram o ET— disse Rosana Carvalho.
Via O Globo