Em busca de respostas e evidências sobre o Fenômeno UFO, o Centro de Investigações e Pesquisas de Fenômenos Aéreos Não Identificados (Cipfani) nunca mediu esforços. Durante muitos anos, sua equipe de investigadores viajou por quase todas as regiões de Minas Gerais, sempre documentando a manifestação ufológica de forma séria, imparcial e objetiva.
A investigação de um caso ocorrido em 22 de dezembro de 1994 se encaixa perfeitamente nesta definição. O Cipfani viajou mais de 600 km e enfrentou muita estrada de chão para coletar os dados e obter fotografias da passagem de uma estranha aeronave que, segundo testemunhas, “soltava fogo e fumaça”.
De acordo com moradores da Fazenda Barra do Cateto, localizada na região do Cocal, no Triângulo Mineiro, o objeto voador não identificado surgiu na data descrita, uma quinta-feira antes do Natal, assustando a todos. Por serem pessoas simples, os sitiantes não comentaram o episódio. Só alguns dias depois, quando o proprietário, Carlos Alberto, visitou a fazenda e observou o estrago causado pela presença do UFO é que o assunto foi divulgado.
Começou, então, a coleta de depoimentos. Waldemar, 70 anos, contou que o objeto teria passado bem próximo de onde mora, uma casa simples. Ele informou que ouviu um barulho diferente e saiu de casa para ver o que estava acontecendo, quando deparou com uma enorme bola no céu que sugava as nuvens e as devolvia para baixo, como se fosse uma espécie de escapamento.
Sobre a visão, Waldemar disse que estava “meio confuso”, não sabendo ao certo o que estava acontecendo naquela hora. Ele confessou que teve muito medo, mas não saiu dali, preferindo ficar do lado de fora da casa para ver o que aconteceria. O homem disse ainda que o objeto foi desaparecendo vagarosamente no céu e que tudo não durou mais do que 15 minutos.
“As nuvens se agitavam no céu. Elas se encontravam naquele negócio e saiam em forma de fogo e fumaça. Eu nunca tinha visto nada igual àquilo”, declarou, completando que chegou a pensar que o mundo estivesse acabando. “Só vendo mesmo aquilo para se ter uma idéia. O objeto passou pertinho da minha casa e pude ficar observando o negócio. Foi uma visão estranha”.
Já Lázaro Francisco da Silva, morador daquela região há mais de 50 anos, conta que não viu o UFO, mas ouviu o enorme barulho. “O lugar onde moro fica numa baixada e eu não pude ver o que estava passando por ali, naquela hora, mas o barulho muita gente escutou. Parecia que um avião a jato estava passando por aqui, principalmente pelo estrago causado na vegetação”, contou.
Alvina Maria da Silva, 70 anos, irmã de Lázaro, informou que chegou a acender velas para Virgem Maria achando que se aproximava a hora do juízo final. “Eu nunca tinha visto nada igual em toda a minha vida. Era um barulho ensurdecedor. As nuvens entravam pela coisa e saíam em forma de fumaça. Eu chamei minha filha e netos para dentro da casa, nos reunimos fazendo orações e esperamos a morte chegar”, revelou.
Mas que fenômeno teria sido aquele? Numa área de aproximadamente 6.000 m² havia árvores caídas, arrancadas com raiz e tudo, enquanto outras estavam retorcidas e quebradas. Tudo parece ter acontecido muito rápido e com bastante barulho. Pelo que apuraram os investigadores do Cipfani, o objeto voador não identificado tinha a forma aproximadamente definida, como a de uma imensa bola.
A região ao redor não é montanhosa e existe a possibilidade de que tudo não tivesse passado de um estranho vendaval. Mas como não é possível obter mais detalhes, resta-nos os testemunhos daqueles simples moradores da zona rural. Apesar de percorrermos uma grande área em busca de outros relatos, que dessem mais subsídios à investigação, os mesmos somente foram obtidos na área em que tudo foi devastado pelo estranho fenômeno.