Para os Estados Unidos, ele é um homem muito perigoso que põe a segurança do país em risco ao cometer a “maior invasão de um computador militar de todos os tempos”. Mas o britânico Gary McKinnon diz que ele é apenas um simples nerd de computadores, que queria descobrir onde existem extraterrestres e objetos voadores não identificados. Durante dois anos, McKinnon invadiu computadores do Pentágono, da NASA e do Centro Espacial Johnson, assim como sistemas usados por exército, marinha e aeronáutica dos Estados Unidos. Autoridades dos Estados Unidos dizem que ele causou danos no valor de US$ 700 mil [cerca de R$ 1 milhão e meio] e até danificou sistemas de defesa vitais depois dos ataques de 11 de setembro de 2001.
O programador de computadores, de 39 anos e desempregado, está agora lutando pela extradição aos EUA, onde se ele for julgado culpado terá de enfrentar 70 anos de prisão e multas de até US$ 1,75 milhão [R$ 3,65 milhões]. Seu advogado teme que ele possa até ser enviado à prisão de Guantánamo. Durante 2000 e 2001, de sua casa em Hornsey, no norte de Londres, e usando um computador com modem de 56K para conexão discada, ele invadiu computadores militares e do governo dos EUA. “Meu principal objetivo era descobrir sobre extraterrestres e tecnologia de ponta”, disse ele, insistindo que não tinha intenção de causar danos. “Eu queria descobrir tudo aquilo que o governo não queria nos contar”.