Nos últimos anos tem havido grandes mudanças na forma como os governos tratam da questão dos discos voadores, que sempre foi um enorme tabu. Hoje, ainda que silenciosamente, mais de 40 nações já admitem que reconhecem sua existência e cerca de 30 aceitam que tais naves têm origem não terrestre, ou seja, são realmente extraterrestres. É um enorme avanço e, portanto, os ufólogos não veem mais razão para discussão. O Brasil, por exemplo, já teve vários organismos dentro da Força Aérea Brasileira (FAB) dedicados a pesquisar oficialmente o tema, como o bem estruturado Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), que existiu mesmo durante a Ditadura dos anos 60 e 70. Hoje, é o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (Comdabra), em Brasília, que tem se ocupado do tema — e para a entidade não há muito segredo quanto ao assunto, sendo que vários de seus comandantes já se pronunciaram positivamente a respeito. “Os documentos sobre os UFOs devem ser abertos e entregues à sociedade e devem ser de conhecimento de todos. Sua abertura não impõe risco à segurança nacional”, declarou à Revista UFO o brigadeiro José Carlos Pereira [Veja edições 200 e 201, agora disponível na íntegra em www.ufo.com.br].
Coisa que pouca gente sabe, no entanto, é que apenas na América do Sul há cinco países que têm na atualidade comissões oficiais ativas de pesquisas ufológicas, isso é, comissões mantidas pelos governos de tais nações e dentro da estrutura de suas forças armadas. Eles são o Chile, a Argentina, o Peru, o Equador e o Uruguai, país este que tem a Comissão Receptadora e Investigadora de Relatos de Objetos Voadores Não Identificados (Cridovni) há nada menos do que quase quatro décadas. A entidade é vinculada à Força Aérea Uruguaia (FAU) e funciona em caráter misto, como todas as demais, com membros militares e civis trabalhando conjuntamente. No Chile e no Peru também estão avançadas as investigações sobre o Fenômeno UFO. Em Santiago funciona, desde 1997, o Comité de Estúdios de Fenómenos Aéreos Anómalos (CEFAA) e em Lima, desde 2002, o Departamento de Investigación de Fenómenos Anómalos Aeroespaciales (DIFAA). Todos estes organismos, assim como o uruguaio, já foram visitados pela UFO, que entrevistou seus comandantes.
Liderança brasileira
Mas é o Brasil que está na liderança do movimento de abertura ufológica no continente, apesar de no momento não ter nenhuma entidade oficial de pesquisas ufológicas. Sua liderança vem do fato de já ter desclassificado cerca de 20 mil páginas de documentos antes secretos sobre discos voadores, ato que foi uma reação à campanha “UFOs: Liberdade de Informação Já” implantada pela UFO e a Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) desde 2004. Hoje os documentos estão disponíveis a qualquer pessoa para consulta no Arquivo Nacional, em Brasília, e os ufólogos da Comissão chegaram a ser convidados a conhecer a forma como os militares tratam os discos voadores e a ver tais documentos antes de serem liberados em visita ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), em 2005. Anos depois, em 2013, foram recebidos no Ministério da Defesa para tratarem do assunto com os comandos da Forças Armadas. Ambos os encontros são inéditos na história e no mundo. Só ocorreram aqui.
Em outros continentes também há uma crescente agitação oficial em torno do assunto e até mesmo renomadas instituições científicas têm feito intensas e concorridas reuniões para se decidir a criação — se é que já não existe — de uma espécie de “protocolo de recepção aos extraterrestres”, casos eles cheguem à Terra a qualquer instante. Instituições seculares, como a Royal Society inglesa; da qual fizeram parte 90% dos cientistas dos séculos XIV a XX, como Albert Einstein, James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins; o Escritório de Uso Pacífico do Espaço Exterior, unidade da Organização das Nações Unidas (ONU); as Universidades de Stanford, na Califórnia, e Harvard, em Massachusetts; e, evidentemente, a própria Agência Espacial Norte-Americana (NASA), a mais interessada na questão. Todos estes centros acadêmicos e científicos têm sido os mais dedicados à questão e nem sempre silenciosamente. “Há um grande risco para o planeta se recebermos extraterrestres, pois não sabemos quais serão suas intenções. Se há vida em outros planetas, talvez seja melhor não encontrá-la”, declarou recentemente o falecido astrofísico inglês Stephen Hawking, ex-professor da Universidade de Cambridge, demonstrando ao mesmo tempo a iminência e o receio real que existe quanto à real chegada dos ETs à Terra. Devemos fazer contato?
Chegada definitiva deles
O que se vê é que gradualmente as mais importantes nações da Terra estão se preparando para aquilo que os ufólogos acreditam ser a chegada definitiva de outras espécies cósmicas ao planeta. “O processo teve início na Antiguidade e está em franco andamento neste momento. O contato um dia ocorrerá e creio que será pacífico”, declarou o arqueólogo e apresentador do programa Alienígenas do Passado, do canal History, Giorgio Tsoukalos, figura respeitada mundialmente por suas descobertas quanto ao passado da humanidade. Quando o contato ocorrerá, não sabemos. Pode ser amanhã, mês que vem, ano que vem ou daqui a duas ou três décadas, mas certamente ocorrerá e precisamos estar preparados. Tsoukalos se juntou ao famoso autor suíço Erich von Däniken e a este editor no começo deste mês no evento International UFO Summit Brazil 2018, um tour de conferências que ocorreu em São Paulo, Brasília e Curitiba. Foi o maior evento de Ufologia que já se fez no país. Däniken, como se sabe, é autor do best-seller Eram os Deuses Astronautas [Editora Melhoramentos, 1969], que levou gerações a se interessarem pela verdade sobre o passado da Terra.
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