A espectroscopia atômica é uma técnica capaz de determinar a composição química de um material por meio do seu espectro eletromagnético. Ela tem um amplo leque de aplicações, da determinação da composição química de outros planetas, até a estabilização da freqüência de raios lasers e a detecção de gases.
Agora, pesquisadores da Universidade da California, Estados Unidos, conseguiram pela primeira vez fabricar um equipamento de espectroscopia atômica totalmente integrado em um chip. Essa miniaturização deverá não apenas facilitar a utilização da técnica em suas aplicações normais, como abrir novas possibilidades de uso e exploração de novas tecnologias.
Um exemplo desse potencial são as pesquisas em óptica quântica, utilizadas para diminuir a velocidade da luz. Essas experiências utilizam células de vapor de rubídio, o mesmo aparato que os cientistas utilizaram em seu equipamento miniaturizado.”
Conceitos fundamentais no processamento quântico das informações têm sido demonstrado em princípio utilizando enormes células de rubídio. Para ser prático, você não poderá ter enormes mesas ópticas em todos os lugares onde que você quiser usá-lo, e agora nós tornamos essa tecnologia muito mais compacta e portável,” diz o pesquisador Holger Schmidt.
A espectroscopia atômica é baseada na interação da luz e da matéria, identificando as substâncias pelos comprimentos de onda da luz que elas absorvem ou emitem. Os equipamentos convencionais são grandes, caros e de manutenção difícil.
O novo chip de espectroscopia atômica contém tudo embutido, incluindo as células de vapor de rubídio e guias de onda de interconexão, tudo acessado por meio de fibras ópticas e mede menos de 1 centímetro quadrado. Isso permitirá o estudo de átomos e moléculas em uma plataforma minúscula, com todo o aparato óptico já integrado.”
Nós usamos o rubídio como uma prova de conceito, mas esta técnica é aplicável a qualquer meio gasoso. De forma que ela tem implicações difíceis de se prever,” diz Schmidt.