Faremos contato algum dia?
Em minha opinião, sim. Creio firmemente que caminhamos de forma gradual para um encontro com as civilizações extraterrestres que nos visitam – que nos descobriram antes de nós a elas, por uma simples questão de diferença em estágio de evolução tecnológica. Essa trajetória sofre abalos constantes em razão de nossos arroubos de primitivismo. Mas ainda assim, com atrasos ou avanços, o encontro é inevitável. Minha afirmação pode soar como uma profecia, mas não tem absolutamente nada disso. Trata-se de uma simples dedução, originada da observação dos fatos e estimulada por uma análise objetiva que se faz deles. Acredito, sim, que estamos cada dia mais próximos de um contato com extraterrestres. E não tanto porque eles estejam querendo nos contatar, mas mais porque nós avançamos cada vez mais no espaço exterior, em nossas viagens espaciais, chegando cada dia mais perto de onde eles vivem e operam.
Um dia, evidentemente, será inevitável tal encontro. É como se prospectássemos profundezas oceânicas cada vez mais remotas. Nelas seria impossível que não descobríssemos espécies aquáticas até então impensadas. É claro que, se quisessem, nossos visitantes já teriam se apresentado a nós. Mas a complexidade que envolve esse conceito de aproximação é gigantesca. Nossa rudimentaridade ainda repele muitas civilizações, das quais estamos mais distantes tecnologicamente, e espanta um pouco menos aquelas das quais não somos tão diversos. Quando o contato final (ou inicial?) acontecer, nos daremos conta de que estávamos, até então, num estágio de “infância cósmica”, tal como crianças que brincam no quintal, alheias ao mundo ao redor. Os terrestres estão nessa fase, ainda sem se darem conta de quão amplo é o universo que nos rodeia. E, mais que isso, que somos parte dele, e não apenas do terceiro planeta de um sistema estelar de médias proporções.