É certo que o Fenômeno UFO se manifesta entre nós, terráqueos. É fato também que existem complexas e múltiplas teorias que tentam explicar o motivo das abduções, dos contatos, das perseguições, enfim, dos inúmeros modos de relacionamento entre ETs e humanos. Porém, sob o parâmetro de que os alienígenas possuem uma meta a ser alcançada, para cada fato surge uma explicação plausível – seja ela uma pesquisa genética, mensagem codificada, conscientização da Humanidade e mais uma infinidade de teorias que visam saciar nossa curiosidade. Tais teses baseiam-se na metodologia científica e na lógica humana para a análise dos fatos ocorridos. Mas acho que uma parcela desses contatos tem um mero objetivo: a diversão de nossos visitantes. Se admitirmos que existem inúmeras espécies de seres inteligentes nos contatando, provenientes de vários pontos do Universo, com certeza existirão algumas que nos usam como diversão. Um exemplo seriam os símbolos impressos nas plantações, os quais ficamos tentando decifrar e não chegamos à conclusão alguma.
Raciocinemos um pouco. Se esses seres nos conhecem e querem nos transmitir algo, por que implementariam sinais difíceis de serem decifrados? É simples. Os símbolos podem não conter mensagem alguma! E mais: por que os extraterrestres manteriam relações sexuais com os humanos e se empenhariam na extração de material reprodutivo, sendo que a partir de uma célula do nosso corpo poderiam duplicá-la e utilizá-la para as suas experiências futuras? Será que não conhecem a clonagem? Ou querem somente usar terráqueos para seu prazer? Pensando assim, é claro que surgirão aqueles que defenderão os ETs, alegando que são seres evoluídos, com uma tecnologia infinitamente superior à nossa e que não perderiam tempo fazendo isso. Pois bem. Suponha que amanhã um cientista construa um aparelho que anule a gravidade e, combinado com a tão sonhada fusão fria, iniciemos a produção de naves espaciais que atinjam altas velocidades. Agora imagine os seres humanos – tal como fizeram os navegadores do século XVI – explorando o Cosmos como bem entenderem. Encontrarão planetas com tecnologias avançadíssimas, habitados por seres evoluídos, e outros atrasados em relação a nós.
Diante disso, não seria inverossímil supor que um terráqueo pudesse manter relações sexuais com o povo dos planetas que visitar, tal como os aliens fazem conosco? Ou que espalharia por lá o idioma brasileiro intercalado com o japonês, escrevendo absolutamente nada? Ou ainda, quem sabe, alguns terráqueos resolveriam dar um susto nos ETs atrasados, fazendo aparições à luz do dia? Tecnologia para realizarmos viagens espaciais poderá estar acessível a nós talvez dentro de uns 50 anos. Você acredita que a Humanidade evoluirá neste período? Se isso pode acontecer conosco no futuro, por que já não estaria ocorrendo com outra civilização, dada a enorme possibilidade de vida em todo o Cosmos? Como dizia Einstein: “Nossa tecnologia já ultrapassou nossa Humanidade.”
Essa análise da vinda dos extraterrestres à Terra por diversão pode ser perturbadora, mas nem por isso devemos deixar de pesquisar os fatos e tampouco atribuí-los a situações que ainda não conhecemos. Pelo contrário, isso deve ser um estímulo para mostrarmos a esses seres que é pesquisando que se aprende. Que aprendendo se adquire cultura e com esta se evolui. E evoluindo nos tornamos mais dignos do que eles e fazemos com que a graça de seu divertimento se finde.
Albertinni Areli Magalhães Júnior,
Av. Gov. Magalhães Pinto 344,
35681-134 Itaúna (MG)
Digitais de Deus
A igreja católica não só admite a existência de extraterrestres como defende sua redenção através de Cristo. A revelação foi veiculada pelo jornal Estado de Minas, em 18 de abril do ano passado, com o título Os Novos Filhos de Deus. No texto percebe-se que o interesse do Vaticano pela Ufologia e vida extraterrestre começou oficialmente em janeiro de 1997, quando o padre Piero Coda, um dos mais importantes teólogos da Igreja, concedeu entrevista à revista da Conferência dos Bispos da Itália. Nela, Coda afirma que, criados por Deus e tendo suas falhas, os extraterrestres precisam de redenção através das palavras salvadoras de Jesus Cristo. Meses antes, o padre Coda havia declarado serem os alienígenas também filhos de Deus.
Mas o reconhecimento de vida extraterrestre não se limitou a essas importantes declarações. Em outubro de 1997, pela primeira vez o Dicionário do Vaticano admitiu a expressão objeto voador não identificado, caracterizado em latim como res inexplicata volans ou “coisa voadora inexplicada.” Como não bastasse, o Vaticano começará em breve a construir um dos maiores observatórios do planeta, no Deserto do Arizona (EUA). João Paulo II instruiu seus padres-astrônomos a procurar digitais de Deus. O movimento pró-vida extraterrestre foi engrossado ainda pelo monsenhor Corrado Balducci, um dos teólogos mais próximos do Papa, que informou ao Vaticano sobre o número cada vez maior de dados sobre contatos de paroquianos com extraterrestres, que chegam ao seu conhecimento sobretudo dos núncios latino-americanos. Balducci declarou também que faz parte de uma comissão especial encarregada por João Paulo II para preparar o povo para uma aceitação global do contato com seres de outros planetas. Ele esclareceu ainda que os encontros com alienígenas não são demoníacos nem causados por problemas psicológicos ou casos de possessão por entidades.
Todas essas declarações merecem um comentário. Com mais de vinte séculos de evangelização, o Vaticano não colocaria à mercê da chacota pública sua credibilidade sagrada. Se chegou a admitir a possibilidade da existência de vida extraterrestre é porque a Igreja sabe muito mais do que pensamos. E não se envolveria por simples prazer num empreendimento de alto custo, tal como o do observatório astronômico que será construído. O Vaticano mantém uma escola de primeira linha, a Pontifícia Universidade de Ciências, que arregimenta boa parte das melhores inteligências do mundo, e dá prova de que a magnitude infinita de Deus não se resume ao microcosmos da Terra, que é apenas um subúrbio, e contribui contra a cegueira de uma criação muito mais perfeita do que a sujeição fanática à fantasia bíblica. Por exemplo, há uma tese sustentada por São Tomé, apócrifa, de que Cristo era realmente um extraterrestre. Além disso, o terceiro mistério de Fátima é, desde 1917, uma incógnita que só o Papa conhece, com uma potente verdade a favor ou contra a estigmatizada Humanidade.
Os UFOs não são óbvios, mas sim uma realidade paralela que a Igreja admite, finalmente, em nível de demanda futura. Se o próprio padre Coda, especialista no assunto e não um mero ufólogo, admite que os extraterrestres têm as suas falhas, justificando portanto uma “cristianização cósmica”, tem-se que ele sabe que os alienígenas (ou alguns deles) são inferiores à raça humana. Destarte, o Vaticano tem mais informações top secret a ser paulatinamente divulgadas… Quem lê a Bíblia, sobretudo o Velho Testamento, sabe que Enoque, Ezequiel, Isaías e mesmo o apocalíptico João não escreveram bobagens quando narraram sobre Moisés tendo “contatos com anjos envoltos em nuvens móveis”, ou Noé e a ressurreição de Cristo, por exemplo.
Não se trata de a Igreja assumir agora uma linha esotérica para equiparar seu discurso à religiosidade invisível da era New Age. A Igreja não admite brincadeiras e suas tradições secularizadas já sofreram abalos de fim de século desestabilizadores de sua até então sacralidade absoluta. Sua função será imprescindível para que a Humanidade não entre em parafuso quando houver, efetivamente, o contato com os nossos irmãos cósmicos, nossos visitantes alienígenas. O papa tem razão em pedir que procuremos as digitais de Deus. Já dizia o bom Anaxágoras, na Antigüidade, que o homem pensa porque tem mãos. Glória a Deus nas alturas!
Márcio Almeida,
Rua Petrônio Fernal 335,
35540-000 Oliveira (MG)
Editor – Veja mais detalhes sobre esse assunto em matéria de Marco Antonio Petit, publicada à página 12 de UFO 65, de julho passado.
Abduções e Resgate
Os extraterrestres que abduzem humanos com tanto afinco e interesse demonstram técnicas em seus procedimentos capazes de eclipsar, na prática, o imaginário mágico de nossos melhores escritores de ficção. Utilizam artifícios variados, tais como a invisibilidade, a levitação, o poder de atravessar paredes, a varredura telepática e o total domínio psíquico sobre os indefesos abduzidos – além da capacidade de “desligar” pessoas que não estejam envolvidas na ordem dos seqüestros, mas que indesejavelmente encontram-se próximas da ocasião, como cônjuges das vítimas, por exemplo.
Paradoxalmente, estes mesmos ETs e suas desconcertantes intromissões e violações ao arbítrio dos humanos revelam, por outro lado, um total descaso quando se trata da tentativa de resgate de seus pares aprisionados nas secretíssimas instalações militares norte-americanas e em outras partes do mundo. Esta é uma atitude muito estranha, partindo de uma civilização incomensuravelmente superior e presumivelmente comprometida com os indivíduos de sua própria espécie. Pois tal operação não estaria na pauta do simples e do fácil para os nossos visitantes cósmicos, tomando-se como parâmetro o inverossímil modus operandi empregado nas abduções? Então, por que não a realizam?
Ricardo Furtado Joris,
Rua General Portinho 104/404,
96200-210 Rio Grande (RS)