Por Reginaldo de Athayde, co-editor
Os casos ufológicos se sucedem. A cada dia fatos impressionantes são citados, onde se destaca a presença de seres quase impossíveis de se imaginar. São ETs baixos, gordos, cabeludos, altos, carecas, com um olho só, três dedos, ou até mesmo seis – como o da autópsia, que custou uma fortuna a Spielberg e aumentou a conta bancária de Ray Santilli. Santilli continua jurando ser um filme autêntico, embora os técnicos aleguem tratar-se de uma farsa. Bonitinhos ou horripilantes, os desconhecidos seres gostam de atormentar os humanos, perseguindo agricultores apavorados. Em Porto Rico, um destes homens do campo, não conseguindo livrar-se do mal-educado alienígena, deu-lhe uma machadada que chegou a rachar seu crânio. Pendurou-o no cabo da enxada e o levou às autoridades daquele país.
Entretanto, outros extraterrestres engravidam mulheres e, antes do nono mês, voltam à Terra para retirarem o bebê. Essas mulheres são dominadas e somente sob hipnose regressiva contam que foram estupradas. Mesmo traumatizadas, não só pelo ato sexual a que foram submetidas, mas também por não sentirem prazer naquela união com seres diferentes, anseiam por conhecer o híbrido rebento, que talvez esteja sendo estudado num laboratório em outro planeta ou então mostrado num circo cósmico. Isto para não pensar que talvez estejam sendo servidos em restaurantes como terrestres ao primo berro, semelhante aos galetos empanados.
Há também seres loiros, morenos, musculosos ou não, atraentes, com olhos penetrantes e sedutores, que encantam as pesquisadoras terrestres e deixam os homens preocupados – tendo por esse motivo, inclusive, havido separação entre casais de ufólogos. Se não bastassem esses seres, agora temos um que não é cinzento, mas sim marrom. Este ser, o de Varginha (MG), está causando sucesso. Médicos desmentem, outros confirmam secretamente. Os militares, divididos, gritam: Verdade! Mentira!…
Ufólogos, munidos de documentos, mostram que o caso é verdadeiro – e não temos dúvida nenhuma: é verdadeiro mesmo. Só esperamos que os nossos colegas mineiros não deixem o caso se tornar um Roswell e tragam à tona toda a verdade, obrigando as autoridades a informarem publicamente que existe algo que os civis desconhecem neste planeta.
No Ceará há uma senhora baixa, gorda, muito simpática, que usa roupas exóticas, estampadas e cheias de fitas multicoloridas, além de um chapéu esquisito na cabeça. Esta senhora sempre nos procura para dizer que é uma extraterrestre vinda de muito longe – do planeta Karius. Ela nos conta que, quando os astronautas chegaram à Lua, a “extraterrestre” já estava lá, sentada, documentando tudo e rindo da maneira esquisita de como Armstrong pisou naquele satélite: “Todo metido, num escafandro, aos pulos e alegre”, falou. Enquanto que ela, vestindo uma roupa leve “made in Ceará”, não fazia alarde nenhum, apenas ria baixinho, não querendo que o “Arms” – assim ela chamava o famoso astronauta – a visse e se desmotivasse. Sabemos que ela não é de Marte, e sim de morte. Afinal, aturá-la todas as sextas-feiras, quando estamos em reunião no Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), não é mole… Mas ela existe, é palpável. Não é de Vênus, nem Ganimedes – a moda agora é ser de lá –, Plutão, Júpiter etc. Mas de uma coisa temos certeza: ela é uma “ET de Varginha”…
Brincadeiras à parte, a Ufologia é coisa séria e nós, ufólogos, devemos saber quando e onde devemos brincar com este assunto. Quando formos a um congresso de Ufologia, devemos nos lembrar de que ali está um público ávido por informações. Eles pagam para nos ouvir, pois sabem que somos pes-quisadores sérios, conscientes da verdade, e não oportunistas que usam o palpitante assunto para autopromoção. Estes oportunistas contam histórias mirabolantes de seres ou viagens a planetas distantes, além de desfrutarem da amizade particular de alienígenas poderosos e milagrosos. Os mesmos aliens que estão formando um contingente de “escolhidos do Cosmo”, para obterem uma conscientização coletiva e evitarem possíveis catástrofes.
Os terrestres escolhidos, amigos dos espaciais, recebem bens materiais para construção de templos ou espaçoportos – tudo dado pelo homem da Terra, é claro! –, mas nada trazem lá dos longínquos planetas que visitam que comprove as suas mirabolantes histórias. É incrível como pessoas inteligentes, cultas, com tradição religiosa – seja ela qual for –, apoiam tais “pre-destinados” que somente servem para denegrir a imagem da Ufologia e daqueles que a pesquisam seriamente, tentando mostrar a realidade dos discos voadores. Basta! Senhores promotores de congressos, escolham ufólogos honestos para os eventos. Façam uma limpeza nos bastidores, pois só assim, mostrando seriedade e verdade, teremos forças para exigir das autoridades o momento de informarem oficialmente que não estamos sozinhos e que, já há muito tempo, as inteligências alienígenas estão entre nós e muitas delas ditam as normas de conduta na Terra.