O ET E A IMPRENSA
Ivan de Carvalho
Permita-me o leitor deixar de lado por um dia o bate-bico dos tucanos com o PFL e a rotina oficial do país para tratar de assuntos mais significativos e interessantes: o ET de Varginha. Aquela estranha criatura humanóide de pele ou veste marrom, três saliências na cabeça, grandes olhos vermelhos e corpo franzido que, segundo testemunhas e investigadores independentes, foi capturada em 22 de janeiro pelos bombeiros, levada para um hospital local, transferida em seguida para uma unidade militar do Exército, a Escola de Sargento das Armas (ESA), que fica em uma cidade vizinha, e finalmente levada a outra unidade militar de Campinas (SP).
Pois é. A criatura de outro mundo tem freqüentado as noites dos brasileiros pelo programa Fantástico, enquanto sua aparição e captura são solenemente ignoradas por todas as outras redes de televisão do país e pelos principais jornais. Mas o programa da Rede Globo, em suas reportagens, limita-se a apresentar o caso como se fosse uma curiosidade do tipo “veja só, pegaram ali um ET, você viu a cara do bicho?”. Fica no jogo do interesse das autoridades (em todo mundo) de negar e retirar o caráter de seriedade de ocorrências como essa, até que elas caiam no esquecimento geral.
Ora, a Rede Globo tem amplos meios e modos de ir a fundo na questão. Pode investigar por conta própria, não se limitando a ficar no reboque do que descobrem e podem dizer os ufólogos que pesquisam o evento com recursos muito mais modestos.
Que fim levou afinal, o jornalismo investigativo? Alguém já questionou o ministro do Exército, o presidente da República, pelo menos o porta-voz Sérgio Amaral? Equipes de repórteres experientes já foram à Campinas? As fontes adequadas em Brasília, de hábito tão confidentes, já foram acionadas? Nem pensar.
O tratamento dado ao caso pela mídia é incompetente, preconceituoso, omisso. Desrespeita o público que tem direito a uma boa informação.
Fonte: jornal Bahia Hoje, maio de 1996.
DIREITO À VERDADE
Danielle de Carvalho Pinto
Acho mera bobagem se dedicarem à procura do verdadeiro cinegrafista, para descobrirem se o filme da autópsia do ET é uma fraude ou não. Com todas as provas, nos mínimos detalhes, e até mesmo por outras razões, sabemos que é uma fraude. Não estou negando a probabilidade da existência de vida em outros planetas ou até em outras galáxias, e nem de o governo dos Estados Unidos – até mesmo outros governos – estarem guardando corpos e naves resgatadas por eles mesmos. É lógico e racional que eles estão escondendo algo de muitíssimo interesse para todos em suas bases secretas.
Se o filme fosse verdadeiro, o governo americano e seus militares não iriam deixar escapar algo tão importante sem dar nenhum valor. Talvez os militares estejam mantendo as coisas em segredo, e somente liberando as notícias menos importantes, ou liberando fatos que talvez muitos ufólogos já saibam (uma perda de tempo), dizendo sempre o contrário para o povo em relação à causa ufológica, e até mesmo chegando a desmoralizar algumas pessoas.
Qual a troca que eles estariam escondendo, por mera bobagem, a verdade e dizendo que a Ufologia não passa de imaginação? Se, na realidade, esse próprio governo está à frente desse segredo? Mera bobagem?! Muitos podem confessar o que viram, o que sabem de secreto, seus contatos de zero a cinco graus, sendo até raptados. Mas o governo começaria a calar a boca das pessoas, pois seria a única coisa que saberia fazer.
Todas as pessoas têm o direito de saber a verdade sobre estarmos ou não sozinhos no universo. Aquela verdade escondida em papéis bem guardados com a capa escrita Top Secret – como gostaríamos de entender o que há por trás dessas duas palavras! Se o governo e seus militares pensam que as pessoas são crianças inocentes, que ficam sempre à espera de um adulto para ajudá-las a atravessar a rua, estão redondamente enganados. Somos mais espertos do que imaginam.
Por que esconder a verdade se não tememos nada? Onde está o direito à cidadania de sabermos tudo que se passa com o nosso país e com o planeta? Todos os governos, ao invés de ficarem se preocupando com UFOs, achando ser um problema para a segurança nacional, deveriam se preocupar com o próprio país, como por exemplo resolver os problemas da guerra, fome, meio ambiente e muitos outros, deixando os UFOs servirem de espetáculo para as pessoas que gostariam de vê-los um dia, e fazendo com que os Ufólogos cuidem disso, pois são os mais indicados para esse caso. Quem sabe os UFOs não seriam a nossa única escapatória para um mundo melhor, ou uma ajuda para salvar nosso planeta de uma catástrofe?
CARTA ABERTA SOBRE O CASO VARGINHA
Walter k. Bühler
Contrastando com as pessoas motivadas pela inveja e covardia, em vista dos quase 50 anos de guerra contra a verdade da presença dos ETs, às vezes até assalariados pelo próprio poder político, a serena exposição do corajoso advogado Ubirajara na revista UFO, quando objetivamente comprova as suas pesquisas a respeito da presença extraterrestre na cidade de Varginha.
Para que não caiam na asneira de querer imitar infelizes boateiros da matéria UFO, que infelizmente continua presa pela política terrestre em uma campanha medieval, porém moderna, contra a verdade e contra uma informação democrática das massas (desta verdade) e para evitar mais rumores descabidos, indagamos você sobre a origem da notícia que nós tivemos da propriedade de vários fragmentos de material despendido pelos UFOs. É verdade que no passado mandamos testar uma composição de amostra metálica, mas as análises desta não distinguiram-se das amostras terrestres comuns, e assim não poderia pensar-se em uma origem extraterrestre.
Ao nosso ver, são somente as amostras de Vivaldo Maffei (Boletim da SBEDV 19/20, página 7) e a amostra de grande pureza mandada analisar pelo finado Dr. Olavo Fontes, que permitiriam ventilar eventualmente uma origem extraterrestre.
GRITARAM FARSA CEDO DEMAIS
Milton Botelho
Uma infinidade de acusações alegando fraude, com o objetivo de levantar dinheiro, foi despejada sobre o filme de Roswell. Ufólogos irados apontaram uma série de falhas gritantes no filme – coisa que evidenciaria claramente a má fé de seus criadores. No entanto, os menos precipitados puderam, com o passar do tempo, constatar que as convictas afirmações sobre os erros verificados na montagem simulada da autópsia eram, simplesmente, desprovidas de qualquer consistência, não possuíam a menor solidez – eram falsas – e assim foram sendo derrubadas uma a uma.
Alguns exemplos dessas afirmações são que os seres em questão seriam bonecos; ou que poderia tratar-se de uma aberração genética; ou ainda que a idade do filme não era real; ou então que uma autópsia de tamanha importância não poderia ter sido realizada em apenas duas horas; que nas cenas mais importantes do filme a imagem é sempre desfocada; ou também que o cabo espiral do telefone que aparece na cena da autópsia não existia em 1947; ou até que o relógio de parede na sala não tinha sido fabricado naquela época e que a tipologia dos seres difere das descrições de Roswell.
Resumindo sobre a autópsia do ET de Roswell, podemos constatar que a argumentação contrária à autenticidade do filme é estéril, sem nenhum embasamento sólido. Contestações calcadas fundamentalmente no medo que alguns ufólogos têm de cair no ridículo ao manifestarem opinião favorável em casos ainda não oficialmente aceitos.
É bom lembrarmos que adotar cautela é algo saudável, porém sair acusando alguém ou algo de fraude, sem possuir provas incontestáveis, é irresponsabilidade. Pois apreciar intelectualmente a idéia de vida extraterrestre é uma coisa, no entanto, estar frente a frente com uma prova, é outra. Infelizmente, é isso o que está acontecendo com uma parte da comunidade ufológica – da pseudo linha científica. É lamentável que, mais uma vez, certos fatos ufológicos sejam deformados a ponto de se transformarem numa caricatura daquilo que realmente são. Parafraseando o ufólogo Michael Hesemann, acho que “gritaram farsa cedo demais”.
Em suma, acredito na autenticidade do filme, mas não que se trate dos seres do Caso Roswell. Tudo me leva a crer que a entrega do filme a Ray Santilli, pelo militar J. B., faça parte do esquema governamental que começa a liberar informações e revelar, ainda que de maneira confusa e dissimulada, verdades antes trancadas às sete chaves. É bem provável que tenha chegado a hora da verdade. Endereço do autor: Av. Heitor Beltrão 41/302, Tijuca, 20550-000 Rio de Janeiro (RJ).