ERNESTO BONO MOSTRA AS OBSCURAS MANOBRAS DOS EXTRATERRESTRES
A Grande Conspiração Universal Bonoppel Edições, 1994
340 páginas, R$ 25,00
Baseado naquilo que considera provas e evidências concretas, o livro A Grande Conspiração Universal, do gaúcho Ernesto Bono, denuncia uma terrível trama que já poderia ter subjugado a Humanidade inteira sem que ninguém se desse conta. O principal objetivo dessa trama, segundo o autor, seria implantar uma nova ordem em escala planetária (ou algo similar). Indo muito além das meras cogitações a respeito da existência dos UFOs, o livro se alinha com revelações bombásticas de exagentes secretos norte-americanos – tais como John Lear, Milton Cooper e outros – e revela que autoridades do primeiro escalão dos grandes governos fizeram alianças secretas com alienígenas nefastos, também conhecidos como reptilianos ou alfa-cinzentos. Tais homens poderosos, representando uma espécie de Governo Invisível, juntamente com seus aliados extraterrestres, estariam tentando dominar a Humanidade e transformar seus sobreviventes numa raça híbrida.
O autor, que é um dos mais renomados pensadores da Ufologia Brasileira, mostra em seu livro que a aliança entre ETs e humanos é bem antiga. Após terem conseguido se aliar aos terráqueos (mais ou menos na década de 30), os alienígenas teriam negociado favores com os Estados Unidos. Em troca de tecnologia avançada e segredos bélicos, os americanos acomodaram certos tipos de ETs em lugares altamente secretos, como bases subterrâneas construídas após uma série de acordos sigilosos (essas bases seriam camufladas sob o solo, como abrigos atômicos). Posteriormente, relata Bono, fazendo coro com o movimento internacional de revelação ufológica, tais instalações foram ampliadas e passaram a ser administradas não só por alienígenas, mas também por seres humanos. Isso aconteceu graças à intervenção da CIA, NSA, KGB, Scotland Yard, Securité, Mossad e de um projeto que, futuramente, se chamaria Majestic-12 [Editor: nossas edições anteriores apresentam a questão detalhadamente]. Apesar da presença de terráqueos nas bases, Bono conta que os ETs continuaram a fazer suas experiências tenebrosas – para o autor, entre estas experiências estaria a prática de se alimentar de humanos e de animais raptados. Juntamente com alguns cientistas inescrupulosos, os ETs passaram a fazer estranhas experiências com todo tipo de ser vivo terrestre, com o objetivo de proporcionar um cruzamento genético com sua espécie.
O autor penetra cada vez mais fundo em suas dissertações e toca num assunto delicado quando revela que muitas mulheres terrestres têm sido raptadas por ETs para serem inseminadas artificialmente. Seus fetos, segundo o autor, que aponta trabalhos de ufólogos norte-americanos, são arrancados vivos de seus ventres no fim do 3° mês de gestação, sofrendo uma maturação acelerada e chegando ao tamanho de uma criança de 12 anos in vitro.
Nem homem nem animal — Esse híbrido acabaria não sendo nem homem nem animal: é apenas uma máquina viva capaz de obedecer ordens, porém incapaz de questioná-las. Bono também trata das polêmicas quedas de UFOs, em especial no território norte-americano. Segundo a análise do autor, a partir de 1947 os UFOs não mais se restringiam à bases secretas dos EUA e começaram a cair constantemente na Terra, “possivelmente derrubados por outras espaçonaves alienígenas”, garante, apresentando uma nova versão para os acidentes.
Contudo, na análise do autor, esses visitantes não pareciam ser tão mal intencionados quanto os aliados do Governo Invisível, e os motivos de sua visitas à Terra passaram a ser os mais variados possíveis. Quanto aos ETs que operavam nas bases secretas, estes estariam se refugiando de perseguições espaciais devido a seus atributos de “guerrilheiros criminosos do espaço”. Ernesto Bono faz com que todos esses temas fiquem claramente interligados no livro A Grande Conspiração Universal, que explica também as causas do aumento da violência, da brutalidade, do crime, do narcotráfico e do consumo de drogas em nosso planeta, nos últimos anos. “Com a queda de tanto UFOs, os governos e suas forças armadas têm se preparado mais atentamente para receberem os acidentados alienígenas”, diz Bono. Um exemplo disso seria o acidente de Roswell, que aconteceu em Corona (EUA), em que 2 alienígenas morreram e um foi preso ainda vivo (há ainda versões que afirmam que os tripulantes eram 4 e não 3). Segundo estimativas, até o começo da década de 80, aproximadamente 40 objetos voadores não identificados teriam caído sobre a face da Terra, derrubados por forças alienígenas e até mesmo humanas. “O que mais impressiona nisso tudo é o fato de que mais de 118 ETs foram encontrados mortos nas carcaças das naves”, conclui o autor, citando um número novo na literatura ufológica mundial.
ETs alfa-cinzentos — Bono acredita que a maioria desses 118 cadáveres alienígenas são de aspecto alfa-cinzento ou reptiliano, correspondentes ao tipo físico dos que foram encontrados em Roswell. Bono cita o fato de que não há muitas notícias de terem sido encontrados corpos de extraterrestres do tipo prociniano, que têm uma aparência mais humana, nos acidentes. Uma observação curiosa que o autor faz é que a maioria dessas quedas de UFOs aconteceram antes dos governos Thruman ou Eisenhower – portanto, antes da criação do projeto Majestic-12. O que também se sabe com certeza é que alienígenas do tipo reptiliano já estariam instalados na Terra bem antes de 1940 e que, segundo alguns autores, eram hóspedes secretos do tal Governo Invisível. Segundo o livro, suspeita-se também que muitas dessas naves foram derrubadas por outros UFOs estranhos, e não somente pela USAF. É interessante notar-se que esses objetos começaram a aparecer com mais freqüência na Terra a partir da 2ª Guerra Mundial, entre os aviões de combate dos EUA – em 1952, por exemplo, esquadrilhas de UFOs voavam em Washington.
O crescimento no número de ocorrências ufológicas nos EUA justificou também a criação, segundo o autor, de inúmeras instituições camufladas por trás de interesses políticos e sociais. Como exemplo, foi criada nesta época o Central Intelligence Group (CIG), que mais tarde teve seu nome mudado para Central Intelligence Agency (CIA) e passou a espionar e sabotar o mundo inteiro, alegando motivos de segurança. Também foi criado o Conselho Nacional de Segurança dos EUA justamente na época em que os discos voadores passaram a aparecer com mais freqüência. Bono vai mais fundo e garante que a NASA até hoje exerce um controle absoluto dos sistemas de comunicação com UFOs, interceptando todos os sinais que poderiam ter origem de outros mundos
Ernesto Bono é desses estudiosos cuja clareza de idéias está além do concebido pelo cotidiano. Nascido na Itália em 1934 e, desde 1947, vivendo em Porto Alegre, é um homem eclético: consegue exercer as funções de médico, escritor, conferencista, pesquisador, estudioso do Espiritualismo, da Parapsicologia, da Metapsíquica, da Psicobioenergética e da Psicotrônica. Além disso, faz análises profundas sobre o Novo e o Antigo Testamentos. Suas obras anteriores – É a Ciência uma Nova Religião?, Nós, a Loucura e a Antipsiquiatria, Cristo, esse Desconhecido, Senhor da Yoga e da Mente, Ecologia e Política Tao e Antipsiquiatria do Sexo – revolucionam os conceitos do pensamento universal e denunciam, de maneira muito bem fundamentada, atos condenáveis dos grandes grupos que detém o poder. Agora, em A Grande Conspiração Universal, Bono consagra sua carreira de escritor voltando-se para o tema ufológico com carga total.
LIVRO RELACIONA ESTUDO DOS ANJOS COM O FENÔMENO UFOLÓGICO
Anjos e Extraterrestres
Keith Thompson, Rocco, 1993
320 páginas, R$ 23,70
Através de um aprofundado estudo sobre o universo dos mitos, o livro Anjos e Extraterrestres surge como uma análise documentada sobre os diversos fenômenos que intrigam a Humanidade na esfera da dúvida, da crença e do incomum. O autor tenta desvendar as implicações existentes na genealogia dos anjos, dos gnomos, fadas e outros elementos que a cada dia se tornam mais presentes na vida das pessoas. E mais: as ocorrências ufológicas já começam fazer parte deste círculo, ou seja, já estão influenciando traços culturais de certas sociedades, alterando comportamentos e criando novas sensações, jamais sentidas antes. Thompson, que é então desconhecido no mundo ufológico, em especial no Brasil, é um especialista na temática angelical. O autor não questiona a existência de UFOs, pois eles simplesmente existem. O que se propõe a analisar é de que maneira os seres humanos encaram e compreendem o Fenômeno UFO.
Muitas vezes as figuras do mito são descritas como perigosas, trapaceadoras, vulneráveis, vingativas, destruidoras e passíveis de destruição. Quando isso acontece, torna-se possível encontrar indícios de padrões míticos entre ufólogos rivais, que travam entre si uma disputa cujo objetivo é modelar o fenômeno ufológico para que se torne um mito. Dessa forma, as ocorrências com extraterrestres e objetos voadores não identificados podem ser “manipuladas” ideologicamente. Eis a situação de indivíduos que procuram dar sentido a eventos e experiências, transformando a realidade em elementos mitológicos. Todo esse paradoxo faz com que UFOs (reais e concretos) se transformem em objetos metafísicos, dignos de adoração e cerimônias quase que religiosas. Segundo Keith Thompson, isso muito atrapalha o desenvolvimento da Ufologia e seu reconhecimento como ciência.
Anjos e Extraterrestres passeia pelos mais variados mitos concebidos na história da Humanidade. Faz citações que vão desde o caso da aparição em Fátima até a mitologia grega, dando uma nova interpretação para o que se havia contado até então sobre a existência de santos e deuses. O autor nega, por exemplo, que o surgimento de Dioniso (deus grego do teatro e da orgia) esteja fundado na tragédia, como havia proposto o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Para Thompson, tudo isso admite uma simbologia ainda maior: “Dioniso também é considerado o deus das máscaras, só que nunca está atrás delas. Dioniso, por si só, já é uma máscara”. Isso enfatiza a qualidade divina de ser verdadeiro, autêntico e conseguir revelar a própria identidade sem recorrer a artifícios. Finalmente, quando tudo isso é colocado frente a frente com a Ufologia é que se percebe o grande abismo existente entre o que se conhece e o que se julga conhecer.
É muito mais fácil criar lendas e personagens fantásticos do que ir em busca de soluções concretas para os problemas e mistérios que surgem a cada dia. Quanto aos anjos, elementos de importância fundamental no livro, são descritos por Thompson como seres intermediários entre Deus e o homem. “Para os gregos antigos, os anjos se pareciam com humanos, mas tinham também a natureza do ‘ponto geométrico da alma’ ou ‘pensamento puro’”, diz o autor. Já a definição Bíblica diz que os anjos eram ‘do alto’ – porém, essencialmente iguais aos humanos e não necessariamente invisíveis. Segundo Tomás de Aquino, citado por Thompson em seu livro, “eles eram ‘pura alma’, sem corpos”. Lactâncio, apologista cristão também citado pelo autor, defende um princípio de relatividade: “comparados aos seres humanos os anjos são imateriais, mas em relação a Deus, parecem corporificados”.
Dessa forma, o autor conclui que, enquanto função mitológica, os anjos de hoje são os ETs. Mas Thompson também cita muitos casos de abducções e ocorrências ufológicas. Uma delas, que chega até a tratar com humor, é o Caso Roswell, em que corpos alienígenas foram encontrados nos escombros de um UFO acidentado: “Os desmistificadores esperam ansiosamente uma prova que não sirva apenas para corroborar a estranha necessidade religiosa dos pesquisadores pró-UFO, de transformar um cenário evidentemente deserto numa prova definitiva de que pilotos alienígenas, ultrapassaram um dos muitos sinais de tráfego celestes numa noite de chuva”. Para o autor, até hoje ninguém sabe direito o que foi realmente o Caso Roswell e diz que os ufólogos, por sua vez, trataram de pegar tais informações e montá-las num quebra-cabeças que nunca termina. Isso dificultou em muito que houvesse uma apuração ufológica correta e precisa.
Anjos e Extraterrestres é uma obra que inaugura uma nova forma de se observar a Ufologia e tudo o que a ela diz respeito. É um manual cuja função é quebrar antigos dogmas e resgatar o espírito da investigação e da busca à verdade. Em 315 páginas, o autor consegue fazer uma clara demonstração de que anos de pesquisa podem ir por água abaixo em virtude de pequenos descuidos, transformando a realidade em imaginação. Contudo, ele ainda admite que os mitos são fundamentais na existência do Homem. “É preciso crer em algo que seja maior e mais perfeito que a Humanidade”, esclarece.
ANÁLISE ESPIRITUALISTA DA PRESENÇA ALIENÍGENA NA TERRA
Alienígenas Entre Nós
Ruth Montgomery, Record, 1994
220 páginas, R$ 15,80
Em uma analogia entre os conceitos de vida extraterrestre e reencarnação, Ruth Montgomery faz um relato de experiências e uma análise do mundo espiritual sob uma ótica ufológica. Para ela, ETs e humanos são formados por uma única essência, sendo todos filhos de um só Criador. Seu objetivo é revelar de onde vêm, como chegam e por que os extraterrestres estão entre os humanos. Ruth acredita receber tais informações através de seus “guias” – seres espiritualmente evoluídos que se encontram na Terra para esclarecer e ajudar os que aqui vivem. Tais guias fornecem a Ruth dados preciosos sobre o futuro da Humanidade, além de segredos a respeito da vida de pessoas famosas, entre os quais se inclui um presidente dos Estados Unidos. Sua visão, no que diz respeito ao fenômeno ufológico, é bem clara: “Os ETs estão aqui para ajudar a nós, habitantes da Terra. Na minha opinião, precisamos de toda ajuda que possamos obter em nossa sociedade egocêntrica, poluída e marcada pelo antagonismo”.
Reencarnações — A autora sustenta a idéia de que a trajetória de um espírito consiste numa seqüência de várias reencarnações que vão acontecendo em mundos diferentes. Cada um desses mundos representa um nível de evolução e sua tarefa é servir de “escola” (para ensinar aos espíritos encarnados as “lições” que não aprenderam em vidas passadas). Há, entre os humanos, muitos espíritos iluminados e cheios de sabedoria que, de acordo com sua escala evolutiva, não precisariam estar na Terra. Contudo, esses seres (que segundo Ruth já tiveram numerosas vidas em outros planetas) vivem aqui para resgatar os Homens de seus limitados padrões de pensamento e ética. A autora também cita os visitantes que chegam em espaçonaves com o objetivo de fazer experiências que considera inofensivas, como a retirada de amostras da fauna e da flora terrestre, além da realização de testes com seres humanos.