Pouso histórico e inédito no misterioso lado oculto da Lua
A Administração Nacional do Espaço chinesa (CNSA) entrou para a história da exploração espacial ao pousar uma nave no lado oculto da Lua, em 03 de janeiro. A sonda Chang’e 4 e seu rover exploratório estudarão a cratera Von Kárman, surgida por um impacto gigantesco com um meteoro que aconteceu há bilhões de anos no satélite natural. Ali analisarão a geologia do hemisfério lunar que nunca pôde ser visto da Terra, cogitando a possibilidade de germinação de sementes e ovos de bichos-da-seda em ambiente controlado. Essa pequena biosfera é formada por um pequeno cilindro de 20 cm dotado de circulação de ar e controle térmico computadorizado.
Segundo o informe oficial, os pesquisadores acompanharão diariamente o desenvolvimento de sementes de Arabidopsis thaliana e de batatas, principalmente se podem florescer no ambiente lunar, já de olho em missões espaciais futuras. A face oculta do satélite é montanhosa, pontilhada de crateras e um dos maiores desafios é conseguir comunicação com o robô naquela localidade. Como a face escura da Lua está orientada na direção oposta à Terra, não há linha de visão direta para transmitir sinais. Assim, a China lançou um satélite posicionado em órbita para retransmitir ordens e dados trocados entre a Terra e a sonda. A Chang’e 4 realizará estudos sobre baixas frequências de rádio e, enquanto analisa a possibilidade “agrolunar”, mandará mais fotos sobre o lado ainda tão misterioso da Lua.
Encontro com o objeto mais primitivo e longínquo do espaço
Em pleno ano novo, a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) anunciou que sua sonda New Horizons encontrou o objeto 2014 MU69, apelidado de Ultima Thule, no Cinturão de Kuiper. Ultima Thule está a 6,5 bilhões de km da Terra, sendo o objeto celeste mais distante já explorado pela humanidade. Com 16 km de comprimento, cor avermelhada e forma de boneco de neve — pela junção de dois artefatos que colidiram a uma velocidade tão lenta, a ponto de ter sido possível um encaixe —, o orbe é composto por corpos celestes de gelo remanescentes do Sistema Solar, além da órbita de Netuno. Não há evidências de que tenha anéis ou satélites próprios em sua órbita e não se identificou presença de atmosfera. Porém, é provavelmente o objeto mais primitivo já encontrado por uma espaçonave, a melhor relíquia possível do antigo Sistema Solar.
Buracos negros são janelas de comunicação com o futuro
Um artigo científico na Physical Review Letters revelou que os buracos negros se tornarão janelas para o mundo da física além dos limites estabelecidos por Einstein. Sua Teoria da Relatividade prognostica que podem existir as assim chamadas “singularidades” no universo, como são os conhecidos buracos negros. Tais objetos, em conformidade com o chamado Princípio da Censura Cósmica, de Roger Penrose e Stephen Hawking, não poderão ser vistos, pois serão separados do resto do universo pelo “horizonte de eventos” ou ponto de não-retorno. A singularidade está dentro da esfera imaginária de que nem a luz pode sair por causa da gravidade fortíssima do buraco negro. Se eles têm uma “singularidade”, onde há um ponto extremamente denso do objeto, não isolado mas invisível, ele pode tornar-se um túnel que juntaria dois espaços diferentes. Porém, a ausência de uma única teoria da gravidade quântica impede a verificação.
China lança um superdrone
A China acaba de realizar o primeiro teste com seu novo drone, a aeronave Sky Hawk, fabricada pela Corporação Chinesa de Ciência e Indústria Aeroespacial. De acordo com os desenvolvedores, a nave não tripulada irá realizar missões de reconhecimento e patrulha em ambientes hostis — com tecnologia que permitirá voar mais rápido, mais longe e escapar da detecção. O drone é semelhante a um UFO, quase uma asa voadora, sendo assim mais difícil de pilotá-la, ao mesmo tempo em que seu motor turbofan permite que atinja velocidades mais altas do que a de aviões convencionais. O país já havia lançado o avião CH-7, de 22 m de comprimento, porém o Sky Hawk é menor e mais eficiente. A ideia é lançar a nova aeronave a partir de porta-aviões usando futuras catapultas eletromagnéticas.
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