Continuam os rumores sobre uma nova temporada de Arquivo-X
No início de agosto surgiram em vários sites rumores de que as gravações da 11ª temporada de Arquivo-X poderiam começar já em novembro. O grande problema é conciliar as agendas de todos os envolvidos, pois o criador e produtor da série, Chris Carter, mora em Vancouver, Gillian Anderson (agente Dana Scully) vive na Inglaterra e David Duchovny (agente Fox Mulder) reside em Nova York. Dana Walden, atual diretora do canal Fox, afirmou que diante do imenso sucesso da retomada da série estão sendo considerados de oito a 10 episódios na próxima fase. Conflitos de agenda também impediram a participação de outros veteranos na série — caso de James Pickens Júnior (diretor Kersh), da série Grey´s Anatomy, e de Robert Patrick (agente John Doggett), atualmente em Scorpion.
O canal TV Line entrevistou Chris Carter, que deixou claro que teremos mais episódios de Arquivo-X, com o que será resolvido o final em aberto da décima temporada. Carter não respondeu se o filho de Mulder e Scully, William, irá aparecer e comentou que a nova temporada terá respostas sobre porque Mulder, abduzido como Scully, não é imune como ela ao vírus que surgiu ao final do sexto episódio da renovada série.
Aumenta o mistério da estrela KIC 8462852
Esse distante sol, situado a 1.480 anos-luz da Terra, tem causado sensação por causa da hipótese de abrigar um colossal projeto de construção de uma civilização extraterrestre — a teoria da megaestrutura foi apresentada pelo astrônomo da Penn State University Jason Wright, após a equipe de Tabetha Boyajian (cujo apelido é usado para nomear a estrela) descobrir nas informações conseguidas pelo telescópio Kepler estranhos trânsitos ocorrendo nesse sistema. O Kepler flagrou fenômenos de trânsito irregulares que diminuíram o brilho da estrela em até 20%. Um planeta gigante gasoso, como Júpiter, por exemplo, bloquearia a luz estelar em somente um por cento.
Michio Kaku está no projeto
A cobertura de todo o caso está sendo feita pelo site da Revista UFO, onde apresentamos, inclusive, uma entrevista do físico Michio Kaku [Foto ao lado] afirmando que, caso a hipótese alienígena se confirme, estes são extraordinariamente mais avançados que nós. O fato é que a comunidade científica tem considerado essa a menos provável das explicações — e entre as possibilidades estão uma estrela companheira ainda não detectada, um planeta que foi recentemente esfacelado e um enxame de cometas. Esta última tem sido a preferida da comunidade científica.
Civilização alienígena avança em seu projeto?
Bradley Schaefer, da Louisiana State University, por sua vez, analisou registros de observações da região do céu de KIC 8462852 e descobriu que nos últimos 100 anos o brilho da estrela diminuiu em cerca de 19%. Outros cientistas questionaram esses dados, o que levou os astrônomos Ben Montet, do Caltech, e Joshua Simon, do Instituto Carnegie, a publicarem um artigo no qual analisaram dados de outras observações do Kepler desde seu lançamento, em 2009. Nos quatro anos da missão primária do telescópio, o brilho da estrela teve uma diminuição sem precedentes de 3,5%.
Existem poucos fenômenos naturais conhecidos capazes de provocar esse efeito, e nenhuma das explicações convencionais é capaz de justificar completamente o que está sendo detectado. A campanha de financiamento online capitaneada por Tabetha Boyajian foi bem-sucedida e em breve terá início uma série de observações de KIC 8462852 por um ano, analisando todo o espectro eletromagnético. O fato é que nada do que foi descoberto ou especulado afastou a possibilidade de estarmos observando a construção de uma megaestrutura por parte de uma avançada civilização alienígena.
Vida em Marte, um debate de duas longas décadas
Em 06 de agosto completaram-se 20 anos da publicação, na prestigiosa revista Science, de um artigo assinado por David McKay, Everett Gibson e Kathie Thomas-Keprta, todos do Centro Espacial Johnson, da Agência Espacial Norte-Americana (NASA). Eles investigaram detalhadamente um meteorito marciano designado ALH 84001, localizado em 1984 na região de Allan Hills, na Antártida, e descobriram contundentes evidências de que a rocha mostra atividade biológica em Marte — formado há 4 bilhões de anos, acredita-se que o meteorito tenha caído na Terra 13.000 anos atrás.
Antigas evidências de vida em meteorito
Algo que chamou a atenção foi o fato de o anúncio ter ocorrido em plena ebulição das incríveis descobertas a respeito do Caso Varginha. A mais forte evidência encontrada foram cristais de magnetita, formados exclusivamente por processos biológicos, e exibindo uma espantosa similaridade com os encontrados na Terra, criados por bactérias. De fato, o que o ALH 84001 poderia estar mostrando eram evidências da forma de vida mais antiga já encontrada, anterior até mesmo aos primeiros sinais de vida na Terra.
Discussão segue inconclusiva até os dias de hoje
Boa parte da comunidade científica apontou que poderia haver outras explicações, especialmente para novas evidências, como os glóbulos de carbonato e as moléculas orgânicas do ALH 84001, que poderiam ter se formado por processos não biológicos. As formas similares a pequenos vermes vistas ao microscópio poderiam ser resultado do próprio processo utilizado pelo trio de cientistas em sua investigação. Pesquisas subsequentes mostraram que certos tipos de ondas de choque de impactos cósmicos podem produzir cristais de magnetita, e o próprio formato dessas formações pode indicar processos abióticos. O grande problema — que existe ainda hoje — é que os cientistas ainda não chegaram a uma boa definição de trabalho sobre o que constitui vida.
A controvérsia continua, e cada vez mais aquecida
Mesmo que nunca se saiba se o ALH 84001 seja a primeira prova de vida extraterrestre já encontrada, o anúncio segue dando frutos. A exploração de Marte por naves não tripuladas, como os rovers Spirit, Opportunity e Curiosity, as naves Mars Reconnaissance Orbiter e Mars Odissey, todos da NASA, além da crescente ebulição nas pesquisas da exobiologia devem muito ao anúncio da possibilidade de vida em Marte, apontada por um pequeno meteorito. Gibson, um dos cientistas responsáveis, acrescenta: “Até hoje, nenhuma informação apresentou provas em contrário às quatro linhas de evidências que divulgamos em 1996”.