Varginha também institui o Dia do Ufólogo
Depois de Campinas e Buritama, a cidade de Varginha é mais um município brasileiro a reconhecer a Ufologia. Por meio da lei número 6.190, publicada no Diário Oficial do Município no último 06 de maio, foi instituído a data de 24 de junho como o Dia do Ufólogo e da Ufologia na cidade mineira. Varginha é, sem dúvida, a capital brasileira da Ufologia, pois ali aconteceu, há vinte anos, em 20 de janeiro de 1996, a ocorrência ufológica mais importante já registrada no país: a queda de uma nave alienígena e a captura de sua tripulação extraterrestre por parte da Polícia, do Corpo de Bombeiros e do Exército, no que ficou conhecido mundialmente como Caso Varginha.
A data de 24 de junho é também o Dia Mundial dos Discos Voadores, celebrando o marco inicial da pesquisa ufológica. Nesse dia, em 1947, o piloto civil norte-americano Kenneth Arnold, veterano que na época tinha 4.000 horas de voo, sobrevoava a região do Monte Rainier, em Washington, quando observou nove objetos desconhecidos voando em linha. Arnold era profundo conhecedor da região e, pelo tempo em que os objetos levaram para percorrer a distância entre Rainier e outro pico, calculou que sua velocidade era de 1.600 km/h, muito além de qualquer outra aeronave na época. Ele descreveu que os objetos voavam como pires lançados sobre a água, e a imprensa então batizou esse fenômeno como pires voador, logo transformado em disco voador. Editor da Revista UFO homenageado em Campinas
Campinas foi a primeira cidade brasileira a instituir o Dia do Ufólogo, com a publicação da lei número 13.597, de 05 de junho de 2009. E há anos a Câmara de Vereadores da cidade buscava uma forma de homenagear o editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd, pelos serviços prestados ao estudo do Fenômeno UFO em nosso país. A sugestão para a homenagem foi apresentada inicialmente pelo vereador Aparecido Campos Filho, em projeto de decreto legislativo, seguida pela determinação do vereador e presidente da casa, Rafael Zimbaldi, para que a homenagem ocorresse. Finalmente, o vereador Carmo Luiz referendou a matéria e Gevaerd compareceu à Câmara de Vereadores de Campinas no último 24 de junho para receber a comenda.
Em reunião solene, vereadores e demais pessoas presentes apresentaram a Gevaerd um diploma de honra ao mérito e depois o editor da Revista UFO fez uma apresentação de 90 minutos sobre a abertura ufológica brasileira, a trajetória da publicação — a mais antiga sobre Ufologia do mundo —, e os impressionantes resultados da campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, obtendo a liberação de milhares de páginas antes classificadas da Aeronáutica. “Recebo esta homenagem humildemente e não apenas em meu nome ou de minha publicação, a Revista UFO, mas em nome de toda a minha equipe de trabalho e de todos os ufólogos brasileiros”, iniciou Gevaerd sua fala de agradecimento à homenagem e reconhecendo que a comunidade está acima do indivíduo.
Plutão pode ter um oceano
Em 14 de julho de 2015 a nave New Horizons, da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), fez história ao se tornar o primeiro emissário terrestre a visitar Plutão. Diante das magníficas imagens obtidas de sua superfície, mais a impressionante torrente de informações obtidas pela nave que ainda continuam a ser transmitidas, os cientistas chegaram a várias conclusões. Diante dos grandes cânions observados em sua superfície, alguns com centenas de quilômetros, vários estudiosos consideraram que o planeta possuía um oceano sob a superfície que lentamente congelava e se encolhia, produzindo essas características. Contudo, analisando novos dados, especialmente quanto ao diâmetro e densidade de Plutão, uma nova pesquisa aponta que tal fenômeno teria produzido um tipo de elemento chamado gelo II, mais compacto, denso e com estrutura cristalina. Nesse caso o oceano teria encolhido e a superfície mostraria características diversas das observadas. Assim, o gelo II não foi formado e o oceano subterrâneo não se congelou.
Vida no mundo distante?
Os modelos apontam que a camada de água de Plutão deve ter 300 km de espessura e é mantida líquida graças a elementos radioativos no núcleo do planeta, como urânio, tório e potássio. Próximo à superfície do planeta a adição de gelo de nitrogênio e metano auxiliariam o oceano a permanecer líquido. As características geográficas vistas em Plutão, diversas delas muito recentes, sugerem que atualmente o oceano em seu subterrâneo deve permanecer líquido. A pesquisa, publicada no Geophysical Research Letters, abre espaço para a teoria de que muitos dos corpos maiores do Cinturão Kuiper, além de Plutão, também possam ter seus oceanos internos. Além disso, outra extraordinária possibilidade, ainda que remota, se abre. Elementos químicos orgânicos complexos, água líquida e uma fonte de energia são os requisitos básicos para a formação de vida — e é surpreendente inclusive para os cientistas que tais condições se apresentem em Plutão, situado a mais de quatro bilhões de quilômetros do Sol.
Química presente em Titã pode dar origem à vida
A lua Titã, de Saturno, maior do que o planeta Mercúrio e a única dotada de uma atmosfera densa, pode ter ainda outro elemento de destaque dentro do Sistema Solar. De acordo com recente pesquisa publicada nos Proceedings of the National Science Academy norte-americana, produzida por uma equipe utilizando modelos de computadores, elementos básicos para a formação de vida existem na superfície desse gélido mundo. Foi descoberto que deve existir ácido cianídrico em Titã, substância que na Terra pode ter sido crucial para a origem da vida. Cianetos de vários tipos também devem estar presentes e, apesar de todos serem extremamente tóxicos, o de hidrogênio pode servir como precursor de aminoácidos e ácidos nucleicos, elementos básicos para a produção de proteínas e do DNA.
Precursores da vida
Na Terra existe o ciclo da água, que chove, alimenta rios que correm para lagos e oceanos, evapora e forma nuvens que tornam a produzir chuva. Em Titã a mesma coisa acontece com o metano, permitindo um ambiente que, apesar das baixíssimas temperaturas, pode ser mais propício à vida do que se considerava antes. Pesquisas anteriores apontam que o cianeto de hidrogênio pode produzir polimina — o composto pode absorver uma grande variedade de espectros luminosos, que podem penetrar a densa atmosfera titânica. Essa energia, então, pode desencadear os processos químicos complexos que levem à formação de vida. A polimina é também uma molécula flexível, que pode assumir diversas arquiteturas, produzindo catalisadores que aceleram as reações químicas pré-bióticas. Essa variedade de formatos pode produzir estruturas químicas cada vez mais complexas. Pesquisadores afirmam que seu estudo indicou os primeiros passos para a formação de elementos que podem levar à vida.