Por Renato A. Azevedo
O Sinal Uau será respondido
O chamado Sinal Uau — tradução livre de Wow Signal — foi uma transmissão recebida do espaço em 1977 pelo radiotelescópio Big Ear, da Universidade de Ohio. O sinal de rádio, com duração de 72 segundos, veio da Constelação de Sagitário e, em seu pico, era 30 vezes mais intenso que a radiação ambiente do espaço exterior. Por isso, o astrônomo Jerry Ehman escreveu “wow” na folha impressa pelo equipamento que registrava a recepção da emissão — que se acreditava ser de alguma civilização extraterrestre. Astrônomos dizem que para enviá-lo seria necessário um transmissor de 2,2 gigawatts, muito mais potente que qualquer estação que tenhamos hoje.
Entretanto, até hoje nunca mais se conseguiu uma captação de rádio vinda daquela região do espaço, razão pela qual, embora contenha todos os indicativos de uma transmissão inteligente, o Sinal Uau não é reconhecido como prova de vida alienígena avançada pelo Projeto SETI [O programa de busca por vida extraterrestre inteligente]. Contudo, por iniciativa do National Geographic, participantes do Twitter poderão enviar mensagens para a tag #ChasingUFOs e seus textos serão anexados a uma mensagem que será transmitida para a Constelação de Sagitário em 15 de agosto, data do aniversário de 35 anos da recepção do sinal.
O que já está sendo considerada uma resposta da Terra ao Sinal Uau deve ser transmitida pelo Radiotelescópio de Arecibo, de Porto Rico, coincidindo com o primeiro episódio da nova série do canal, Chasing UFOs [Caçando UFOs], que tem como âncora o cineasta James Fox e da qual participou o editor A. J. Gevaerd, diretamente de Varginha. Kristin Montalbano, porta-voz do NatGeo, acrescentou que uma transmissão assim seria “um marco para qualquer civilização, a menos que ela já tenha nos visitado. Ou nos siga no Twitter”.
A galáxia mais distante já encontrada pelo homem
Trabalhando com os telescópios Subaru e Keck, uma equipe de astrônomos anunciou a descoberta da galáxia SXDF-NB 1006-2, a mais distante já encontrada, situada a 12,9 bilhões de anos-luz da Terra. O método para fotografar uma região tão distante é coletar luz por meio de telescópios durante 37 horas — esses instrumentos não amplificam as imagens, somente armazenam luz. Como a comunidade astronômica concorda que o universo teve início com o Big Bang, há 13,7 bilhões de anos, a galáxia já existia cerca de 800 mil anos após a grande explosão. O estudo servirá como base para a comunidade astronômica examinar o desenvolvimento do cosmos, podendo especular se, em época tão distante, a galáxia já tivesse planetas e talvez até formas de vida. Como são as estrelas que geram os elementos mais pesados, como carbono, oxigênio, ferro e outros, essenciais à vida, somente estudos futuros devem comprovar se houve ou não tempo de estarem presentes em SXDF-NB1006-2. Outros objetos candidatos a galáxias já foram avistados a distâncias maiores, mas precisam ser confirmados. A descoberta foi publicada na edição de junho do Astrophysical Journal.
Voyager 1 já pode estar saindo do Sistema Solar
Nos últimos meses, a equipe da NASA que monitora a nave Voyager 1, atualmente a 17,8 bilhões de km da Terra, tem percebido um aumento substancial na detecção de partículas vindas de fora do Sistema Solar. Entre janeiro de 2009 e janeiro de 2012, esse processo aumentou 25% — e a partir de maio, a detecção de raios cósmicos aumentou 9% por mês. Cientistas dizem que a nave e sua gêmea, a Voyager 2, viajando a 14,7 bilhões de km de casa, estão percorrendo camadas exteriores da heliosfera, um envoltório formado por partículas emitidas por nossa estrela. A detecção dessas partículas têm declinado, mas membros da equipe ainda não detectaram a ausência súbita de emissões que esperavam. Eles também aguardam por uma mudança no sentido do campo magnético envolvendo as duas naves, que dentro da heliosfera é orientado de leste para oeste. Os cientistas afirmam que quando elas estiverem no espaço interestelar, irão detectar um campo com orientação norte-sul. De qualquer forma, é questão de pouco tempo para a Voyager 1 se tornar a primeira espaçonave da Terra a sair do Sistema Solar.
Armas nucleares para desviar asteroides da Terra
Um novo estudo confirma que armas nucleares podem ser nossa melhor opção para desviar um asteroide que ameace a Terra. Uma simulação realizada por uma equipe comandada por Bob Weaver, do Los Alamos National Laboratory, no Novo México, mostrou que uma ogiva de 500 quilotons — aproximadamente 20 vezes mais potente do que a bomba jogada em Nagazaki — estilhaçaria um asteroide de 500 m de diâmetro e parcialmente poroso. A velocidade com que foram separados seus pedaços impossibilitou que se unissem novamente, e a maioria passou bem longe da Terra. David Dearborn, físico do Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, afirma que o método deve ser o mais efetivo se essa ameaça surgir nos próximos 50 anos. David Morrison, diretor do Instituto de Ciência Lunar da NASA, concorda que é a melhor opção caso tenhamos pouco tempo para nos defender de um grande asteroide. Dearborn afirma ainda que uma ogiva de 200 quilotons seria efetiva contra um corpo de aproximadamente 300 m — caso conseguíssemos interceptá-lo até 15 dias antes do impacto, ou além da órbita da Lua. Com isso, qualquer fragmento passaria longe da Terra. O grande problema, todos concordam, é a ideia negativa quanto à energia nuclear incutida na cabeça das pessoas, o que impede até mesmo um teste desse método de defesa.
Entidade ufológica oficial do Chile lança site na internet
O Comité de Estudios de Fenómenos Aéreos Anómalos (CEFAA), entidade oficial chilena de pesquisas ufológicas, ligada à Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC), lançou em meados de junho seu site oficial. Na página, que pode ser acessada no endereço www.cefaa.gob.cl, são publicados vídeos, casos e estudos que comprovam a realidade da presença alienígena na Terra não apenas no Chile, mas em todo o planeta. Da cerimônia tomou parte a jornalista Leslie Kean, entrevistada da edição UFO 180 [Agora disponível na íntegra em ufo.com.br], que destacou que a iniciativa é pioneira em todo o mundo. O CEFAA trabalha em conjunto com várias organizações de pesquisa. Seu atual diretor, o general Ricardo Bermúdez, afirmou que o Fenômeno UFO é real e ocorre em nível global. “O Chile é, hoje, o único país que tem conseguido aglutinar um grupo de cientistas das principais universidades, além de forças policiais, órgãos de segurança pública e diversos especialistas, para estudar o tema”, disse ao editor A. J. Gevaerd, quando foi por ele entrevistado, em abril passado.
NASA apresenta missão para pesquisar buracos negros
Quando estrelas mais massivas que o Sol chegam ao final de sua vida, elas explodem em supernovas e colossais detonações. Mas se um astro é ainda maior, acontece algo mais impressionante: sua transformação em um buraco negro, um corpo tão denso que sua gravidade não permite que sequer a luz lhe escape. Ainda se especula que os buracos negros podem ser pontes para locais mais distantes do universo ou para universos paralelos, porém isso ainda está longe de ser comprovado. Previstos por meio da Teoria da Relatividade antes que fossem descobertos, eles existem tanto à deriva no espaço quanto no centro de galáxias — incluindo nossa Via Láctea, onde existe um buraco negro cuja massa é 4 milhões de vezes maior que a do massa do Sol. Buscar novas informações sobre esses misteriosos corpos é a missão do NuStar, sigla em inglês para Telescópio Espectrógrafo Nuclear, lançado em junho pela NASA. Ele terá sensibilidade inédita para captar raios-X de alta energia emitidos por tais corpos.