por Renato Azevedo
Assinado acordo de cooperação inédito na Ufologia Mundial
Na edição de 2012 da Feira Internacional do Ar e Espaço (FIDAE), o maior evento do gênero da América Latina, realizado no Chile entre 27 de março e 01 de abril, foi assinado um acordo inédito de cooperação entre duas entidades oficiais de pesquisas ufológicas — algo que nunca se viu antes e que muda a face da Ufologia no continente. O tratado foi estabelecido entre a entidade chilena Centro de Estudios de Fenómenos Aéreos Anómalos (CEFAA), subordinada à Diretoria de Aviação Civil do país, e a uruguaia Comisión Receptadora y Investigadora de Denuncias de Objectos Voladores No Identificados (Cridovni), da Força Aérea Uruguaia (FAU). O documento foi assinado pelo general da Força Aérea Chilena (FACH) Ricardo Bermúdez e pelo coronel da FAU Ariel Sánchez [Entrevistado das edições UFO 185 e 186].
As entidades dedicadas ao estudo científico dos UFOs se comprometeram a trocar informações acerca de casos de avistamentos que considerem relevantes, além de aperfeiçoar métodos investigativos e promovê-los conjuntamente. Nesse aspecto, o acordo prevê a incorporação de procedimentos e ações recomendadas a pilotos e controladores de tráfego aéreo — antes, durante e depois de um contato com UFOs. Finalmente, as organizações promoverão a análise conjunta das ocorrências investigadas e divulgarão os resultados para a comunidade científica, pesquisadores e público em geral. Enquanto isso, o Brasil — país com a maior e mais complexa casuística do continente — mais uma vez vai ficando para trás…
Barack Obama visita Roswell
“Quando cheguei, disse às pessoas que vim em paz”, brincou o presidente norte-americano Barack Obama em visita a Roswell, em 21 de março passado. O presidente ainda comentou que sempre é questionado por crianças acerca dos segredos que supostamente envolveriam aquela cidade e o caso de que foi protagonista em julho de 1947 — a queda de uma nave alienígena resgatada pela Força Aérea Norte-Americana (USAF). Obama também disse: “Existem crianças que, quando me veem, perguntam se já estive em Roswell e insistem em me pressionar para saber se é verdade o que dizem sobre a cidade”. O presidente tem sua forma de responder, bem ao estilo James Bond e evidentemente em tom de brincadeira: “Se eu te contasse o que sei, teria que te matar”. É natural que Obama negue ter conhecimento da queda de um UFO em Roswell, mas chama a atenção o fato de ter ficado em cima do muro quanto à questão, conforme se depreende de suas declarações.
Aliens podem ser como nós, afirmam cientistas
Sejam os Klingons de Jornada nas Estrelas ou os Grays de Contatos Imediatos do Terceiro Grau, na ficção científica os alienígenas sempre se parecem conosco por dois motivos. Primeiro, porque é mais fácil e barato para o departamento de maquiagem das produções reproduzir ETs semelhantes a nós. E, segundo, porque as plateias se identificam mais rapidamente com alguém que se pareça com um humano. Os cientistas sempre foram críticos dessa visão hollywoodiana, mas isso está mudando de forma animadora — e surpreendente. Seth Shostak, do SETI, é um desses críticos, afirmando que o nicho evolucionário de um mundo alienígena fatalmente produziria seres bem diferentes de nós. Ele acrescenta que, em números, os seres mais bem sucedidos da Terra têm seis membros, os insetos.
Afinal, os alienígenas têm mesmo que existir?
Mas o fato de estarmos procurando vida em mundos com água líquida — e que possam desenvolver vida com mecanismos biológicos similares aos nossos — tem levado outros cientistas a questionar se os extraterrestres não poderiam, afinal, seguir o mesmo caminho da evolução na Terra. Isso leva muitos a defender que as opções para o desenvolvimento de vida inteligente podem não ser assim tão amplas, resultando que os ETs podem ser formados por um corpo, dois membros inferiores, dois superiores, e uma cabeça repleta de órgãos sensoriais. Sobre isso, Simon Conway Morris, professor de paleobiologia evolucionária na Universidade de Cambridge, diz que, “no grande esquema das coisas, o que inclui todos os aspectos da vida, o número de soluções disponíveis é muito limitado”. Os cientistas também lembram que, dados os recentes estudos apontando para a existência de ao menos 160 bilhões de mundos habitáveis somente em nossa galáxia, a estatística indica que em alguns deles devem existir alienígenas humanoides.
Descobertas na Ilha de Páscoa
Em novembro de 2011, membros do Projeto Estátuas da Ilha de Páscoa, formado por especialistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), descobriram e recentemente anunciaram a existência de dois moais — como são chamadas as gigantescas estátuas — diferentes dos demais que tornaram a ilha famosa, e cuja origem nunca se determinou. Eles têm corpos enormes, mas que estavam enterrados na areia e não eram visíveis antes, com braços e detalhes únicos. Todos os moais têm petroglifos, mas os existentes nos corpos dos dois agora encontrados são mais complexos, escritos também em suas costas. O achado abre novas possibilidades para a definição de como as enormes estátuas foram feitas — e por quem?
Bilhões de planetas na galáxia
Uma nova estimativa, baseada nos achados realizados com o telescópio de La Silla, no Chile, pertencente ao consórcio Observatório Europeu do Sul (ESO), sugere que o número de planetas habitáveis ao redor de estrelas anãs vermelhas da Via Láctea deve estar na casa de dezenas de bilhões. Usando o espectrógrafo HARPS do telescópio, os astrônomos localizaram nove planetas pouco maiores do que a Terra em seis anos. Segundo o líder da equipe, doutor Xavier Bonfils, os dados indicam que aproximadamente 40% das anãs vermelhas da galáxia devem ter planetas ao redor. “Como essas estrelas compõem cerca de 80% da Via Láctea, a conclusão é de que exoplanetas habitáveis ao redor de anãs vermelhas se contam às dezenas de bilhões”, disse Bonfils.
Pioneer 10 completa 40 anos de viagem
Pioneer 10, a primeira nave a visitar Júpiter e se encaminhar para fora do Sistema Solar, completou quatro décadas de vida desde o seu lançamento. A sonda também foi a primeira a atravessar o Cinturão de Asteroides e, quando passou pelo gigante planeta Júpiter, transmitiu mais de 500 fotografias e inúmeros dados científicos. Alimentada por geradores nucleares de radioisótopos, a nave parou de transmitir em 27 de abril de 2002 — apenas um sinal muito fraco foi captado em 23 de janeiro de 2003, com a sonda a 12 bilhões de quilômetros da Terra. A Pioneer 10 carrega uma placa com uma mensagem para qualquer civilização extraterrestre que venha a interceptá-la. Boa viagem!