Perguntas ainda sem respostas
por Thiago L. Ticchetti
Os agroglifos do oeste de Santa Catarina, tão bem descritos na edição UFO 185, de janeiro, não são apenas um “fenômeno”, como costumamos nos referir a eles. São algo muito maior e que exige uma reflexão bem mais cuidadosa — e talvez urgente. Com eles recebemos uma carga de perguntas difíceis de serem respondidas — mas que precisamos responder. A primeira, e que mais incomoda os estudiosos do assunto, é por que, afinal, eles só se manifestam em Ipuaçu e pequenas cidades ao redor, se nosso território é tão vasto e a área plantada de nosso país é gigantesca? O que, enfim, há naquela região específica do país que tanto interessa aos autores das figuras, sejam quem forem eles, e não há em outras?
Em segundo lugar, por que se manifestam apenas entre o final de outubro e começo de novembro, como ficou definido pelas pesquisas realizadas? Na Inglaterra e outros países do Hemisfério Norte, a “janela” de ocorrências vai do começo ao fim do verão, pois é quando as plantações estão viçosas para receber as figuras — mas, aqui no Brasil, temos esse cenário praticamente o ano todo. Por que nossas plantações não são afetadas pelos agroglifos em outras épocas? Enfim, as perguntas sem respostas são muitas, mas essas já são suficientes para se ter uma ideia da complexidade do assunto. Como diz o circólogo inglês Colin Andrews, “há alguém querendo nos dizer algo com as figuras nas plantações, mas estamos preparados para entender a mensagem?”
Há alguém querendo nos dizer algo com as figuras nas plantações, mas estamos preparados para entender a mensagem? — Colin Andrews